Jornal Correio de Minas
Nossa reportagem recebeu agora há poucos imagens em que retratam pelo menos 8 vacas pastando em frente ao Hospital e Maternidade São José, em Lafaiete.
A cena hilária e cômica chama a atenção daqueles que passam pelo local. “Acho que elas vieram ao veterinário”, provocou um internauta. “Cadê o curral prender estes animais. Cadê o pessoal da zoonoses?”, questionou outro leitor.
O recado foi dado! Agora falta a ação!” Com a palavra, nossas autoridades!
Foi depositado no último dia 10, o valor de R$150 mil na conta do Hospital São Camilo. O recurso do Ministério Saúde foi intermediado pelo deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) par ao custeio de incremento do teto da média e alta complexidades.
Há cerca de 2 meses, em visita do gabinete do Deputado, o prefeito Mário Marcus (DEM) e o secretário de saúde, conseguiram o compromisso de um recurso, já incluído no orçamento, para zerar as filas de exames e cirurgias de alta complexidade.
O ex vice prefeito, Darci Tavares (PMDB) teve o papel preponderante nas duas conquistas ao sensibilizar o deputado da importância dos recursos.
Diante da repercussão nas redes sociais sobre a suspensão do serviços do bloco cirúrgico à maternidade no período noturno do hospital Raymundo Campos, a prefeitura divulgou nota explicando tal medida. A principal alegação é que as cirurgias obstétricas são programadas.
Leia na íntegra:
Com intuito de dirimir mal-entendidos relativos às ações da Secretaria Municipal de Saúde referentes ao bloco cirúrgico da Unidade do Hospital Raymundo Campos, esclarecemos:
Que as medidas adotadas visam tão somente melhor atender os pacientes com segurança e qualidade.
Que o Bloco cirúrgico do HRC, no ano de 2017, realizou 339 procedimentos, entre cirurgia geral e obstetrícia, sendo que, destes, 99 foram partos normais e 118 cesáreas. Em 2018, até o mês de maio, totalizamos 104 procedimentos. Destes, 24 partos normais e 43 cesáreas. Do total de partos, apenas 25%, ou seja, 4 procedimentos a cada mês foram realizados no período noturno. Observamos também que 75% das cirurgias são atividades programadas e os demais atendimentos se resumem em partos normais.
Diante dos dados elencados acima, entendemos que a demanda noturna se demonstra menor se comparada à diurna e, desta perspectiva, entendemos que a manutenção destes serviços no período noturno deve ser revista.
Ressalta-se também que não haverá desassistência considerando nossos fluxos de atendimento e encaminhamento na rede de urgência e emergência da região. Todos os pacientes serão atendidos com atenção e eficiência.
O quinquenário Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), referência em pediatria, contabilizou entre junho a janeiro 27.948 atendimentos. O período corresponde desde quando a instituição celebrou um conveio com a prefeitura de Lafaiete para atender diretamente as crianças sem passar pela triagem da policlínica. A decisão conjunta foi recebida com louvor pela comunidade lafaietense, em especial, pelos pais que agora não precisam expor seus filhos a uma situação de desconforto e vulnerabilidade.
O número supera em mais de 50% os atendimentos no mesmo período no ano passado. A demanda impactou diretamente no aumento de custos e para suportar com qualidade o crescimento dos usuários, a direção, funcionários e corpo clínico se desdobram para conseguir atender a demanda local e de cidades vizinhas. Hoje a receita do SUS representa 90% dos atendimentos. “É o resultado do conjunto de todos os funcionários e dos médicos que não medem esforços para atender com humanidade as nossas crianças”, disse o provedor do hospital José Raymundo.
A atual administração faz apelo aos lafaietenses e a comunidade regional pela generosidade nas doações. “As doações espontâneas nos ajudam a manter vivo o ideal do patrono do hospital, São Vicente, da caridade, do amor ao próximo”, afirmou Paixão. “É de conhecimento de todos a situação dos hospitais filantrópicos como a falta de recursos. Para manter esta instituição em funcionamento há que se fazer uma engenharia financeira, um controle de gastos e uma gestão comprometida com a resolutividade. Este é compromisso de todos aqui dentro do hospital. Todos trabalhando e mobilizados pelo mesmo objetivo”, avaliou.
Investimentos
No ano passado, o HSVP recebeu diversos recursos de emendas parlamentares que estão promovendo significativos avanços e melhorias para ampliar a infra estrutura e atender com mais qualidade e conforto as crianças. Com as verbas foi possível equipar e mobiliar a sala de observação e estabilização dotado o hospital de melhores condições de atendimento e internação em até casos mais graves.
O hospital passou por uma completa reforma na portaria, ala de pediatria, e aquisição de mobiliário e enxovais. Em agosto, o HSVP recebeu uma cerca de R$ 120 mil para reforma da ala A da enfermaria e sala de Pequenos Procedimentos. O projeto da reforma encontra-se em andamento.
Uma grande notícia foi o aporte de R$472 mil que está depositado o fundo municipal de saúde que vai ajudar na compra de insumos e promoção de mais reforma. “Somente uma diretoria engajada, um corpo de funcionários comprometidos e médicos abnegados poderíamos manter este hospital em pleno funcionamento e franco crescimento para atender a crescente demanda por serviços. Diante destes desafios a comunidade é nossa principal parceria”, finalizou.
A semana foi marcada pela polêmica em Ouro Branco. O pedido de demissão assinado pelo cardiologista lafaietense Emerson Carvalho Leão, no qual ele alega que sofreu constrangimento ilegal do diretor do Hospital Raimundo Campos, João Vicente Santiago, foi assinado na última segunda-feira dia, dia 15.
Imediatamente ele postou nas redes sociais seu desabafo detonando a diretoria no qual justifica seu desligamento alegando falta de ética e moral por parte do diretor. Ele se diz reprimido e hostilizado quando recorreu a direção para resolver assuntos de pacientes. Ele citou falta de “preparo e controle emocional para lidar com questões que demandam de maior raciocínio e sempre utilizando de palavras chulas mediante um método arcaico de gestão”.
Emerson salientou que trabalhou como voluntário na instituição e exerce a função com zelo. “Confesso que mediante tamanha falta de ética e moral por parte da diretoria não tenho condições de exercer o cargo”, finalizou seu pedido de demissão.
Reação
Um dia após a saída do médico Emerson Leão a prefeitura publicou em sua página nas redes sociais uma nota reagindo contra as críticas de denúncias. “A Prefeitura de Ouro Branco, em todas as suas frentes de atuação, trata as questões administrativas com ética, de forma a preservar os direitos pessoais de seus servidores. No entanto, muito em função das facilidades encontradas nas redes sociais, informações podem chegar distorcidas a vocês através de notícias promovidas ou inventadas por pessoas que são influenciadas por questões políticas ou mesmo que são favoráveis à manutenção das já mencionadas “práticas antigas”, assinalou a nota.
A prefeitura hipotecou total apoio ao diretor do Hospital ressaltando seu profissionalismo e sua postura, repudiando tentativas de ataque contra servidores. “Como exemplo de comprometimento de nossos profissionais, citamos a pessoa do Diretor-Geral do Hospital Raymundo Campos, profissional que sempre prezou pela postura de tratamento igualitário e ético, seja com nossos pacientes, seja com o nosso corpo de servidores. O reconhecimento de nosso Diretor ultrapassa em muito as divisas de nosso município, alcançando a opinião positiva de gestores de toda a região, assim como de nossos pacientes. Dessa forma, repudiando por completo a tentativa de ataque à instituição, assim como à honra e dignidade de nossos profissionais. Essa administração não irá recuar diante de atos como esse”, finalizou.
Com fôlego novo e disposição de trabalho, os vereadores da nova legislatura fizeram ontem a tarde, dia 4, um visita ao Hospital São Vicente.
Segundo fontes, uma funcionária da entidade veio a Câmara para que um dos vereadores atestasse o seu funcionamento para fins de um projeto para liberação de recursos.
Neste instante, despretensiosamente, os vereadores que estavam em seus gabinetes decidiram juntos irem ao hospital e conhecer de perto a realidade da entidade como também estudar maneiras de ajudar a resistir a tantas dificuldades financeiras enfrentadas.
A ação rendeu frutos e os vereadores decidiram que farão visitas coletivas periódicas a entidades, escolas, clubes, postos de saúde, etc.