Setor mineral no Brasil elevará aportes a US$64,5 bi até 2028, diz Ibram

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O setor mineral brasileiro deverá investir cerca de 64,5 bilhões de dólares no período entre 2024 e 2028, alta de 29% ante os investimentos previstos no período anterior (de 2023 a 2027), informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as mineradoras no Brasil.

O crescimento contou com avanço de aportes em projetos socioambientais, de logística e em minerais críticos, disseram representantes do Ibram.

Os investimentos socioambientais, que representam atualmente 10,7 bilhões de dólares do montante previsto para o período de 2024 a 2028, cresceram 62,7% ante o projetado anteriormente para o período de 2023 a 2027.

“No caso dos investimentos socioambientais isso está principalmente relacionado a novas energias, de substituição para a economia de baixo carbono”, disse o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery.

“Tem muito investimento em energia solar, em energia eólica e investimentos bastante significativos em hidrogênio verde também por parte das mineradoras.”

Os investimentos em logística somarão 10,36 bilhões de dólares, alta de 133% em relação ao período anterior. Nesse caso, Nery destacou que os aportes são voltados predominantemente para ferrovias, a partir da renovação de concessões.

Já os investimentos em cobre, importante matéria-prima para a fabricação de baterias para carros elétricos, somarão 6,74 bilhões de dólares, 50,7% a mais do que em 2023-2027.

O segmento de projetos de minério de ferro, por sua vez, permanece como o líder no recebimento dos maiores aportes, com cerca de 17 bilhões de dólares até 2028, um aumento de 2,1% em relação ao projetado para o período anterior.

RESULTADOS DE 2023

O faturamento do setor mineral brasileiro em 2023 alcançou 248,2 bilhões de reais, queda de 0,7% ante o ano anterior, apesar de um aumento de 5,7% na receita com as exportações do minério de ferro, para 30,5 bilhões de dólares, segundo dados do Ibram.

O minério de ferro responde pela maior parte das exportações minerais brasileiras, que somaram ao todo 42,98 bilhões de dólares, com alta de 3,1%.

Em volumes, as exportações do segmento somaram 392,34 milhões de toneladas no ano passado, aumento de 9,5% em relação ao ano anterior.

Já as vendas externas de minério de ferro alcançaram 378,5 milhões de toneladas, avanço de 10% na mesma comparação.

A arrecadação de royalties da mineração, a chamada Cfem, somou 6,9 bilhões de reais em 2023, versus 7 bilhões de reais um ano antes, segundo o Ibram, que representa empresas como Vale, Gerdau, ArcelorMittal e Mosaic.

FONTE ECONOMIA UOL

MG é o Estado com maior faturamento do Brasil no setor mineral, segundo o Ibram

Minas Gerais ficou na frente do Pará, de acordo com números de 2023 divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de

O setor mineral teve faturamento de R$ 248,2 bilhões em 2023, queda de 0,7% na comparação com 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), divulgados nesta quarta-feira (31). Minas Gerais foi o Estado com maior participação no faturamento nacional, com 41,7%, na frente do Pará, que teve 34,4%.

Pará (-7,6%), Goiás (-7,5%) e Bahia (-4,3%) tiveram redução no faturamento em 2023. Por outro lado, São Paulo (17,3%), Minas Gerais (3%) e Mato Grosso (2,5%) registraram crescimento. 

Faturamento por Estado

  1. Minas Gerais – 41,7%
  2. Pará – 34,4%
  3. Outros – 10,1%
  4. Bahia – 3,9%
  5. São Paulo – 3,7%
  6. Goiás – 3,4%
  7. Mato Grosso – 2,8%

Exportações

Em 2023, o Brasil exportou 392 milhões de toneladas de produtos do setor mineral, um aumento de 9,5% em relação a 2022, totalizando cerca de US$ 43 bilhões. O minério de ferro (-3,6%) e o ouro (-11,9%) tiveram as maiores retrações no faturamento do ano passado, enquanto cobre (6,5%), calcário (11%), granito (25,6%) e bauxita (0,3%) registraram alta. 

“O setor mineral é um dos três que mais exportam no Brasil, possivelmente atrás apenas do agronegócio. Mas o minério de ferro foi responsável por 71% das exportações. O grande comprador é a China. Precisamos diversificar, tanto pela demanda quanto pelo potencial que nós temos. Nós somos o quinto ou sexto maior produtor de minerais do mundo”, disse o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann.

Importações

As importações minerais em dólar caíram 34%, embora tenham sido importadas mais toneladas – 42 milhões de toneladas, um aumento de 4,7% em relação a 2022. Os preços mais baixos dos produtos minerais e o câmbio justificam a queda em dólar.

Arrecadação de impostos

A arrecadação total de impostos e tributos pelo setor caiu 0,71% em 2023, totalizando R$ 85,6 bilhões. A arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) chegou a R$ 6,86 bilhões.

Previsão de investimentos 

O Ibram ampliou a previsão de investimentos do setor em projetos para US$ 64,5 bilhões para o período entre 2024 e 2028, aumento de 28,8% em relação à previsão do período entre 2023 e 2027.

Os anúncios do setor desde o ano passado para investimentos em projetos socioambientais, de logística e minerais críticos foram os principais motivos da elevação da projeção. 

FONTE O TEMPO

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