OMS alerta para possível surto mais letal que COVID-19

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, enfatiza a ameaça de novas variantes e patógenos emergentes em discurso na 76ª Assembleia Mundial da Saúde

Na segunda-feira (22), Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou para a necessidade de o mundo estar pronto para enfrentar um surto potencialmente mais letal que a COVID-19.

Em seu discurso na 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), que ocorre até 30 de maio, Adhanom destacou a possibilidade de surgimento de outras variantes causadoras de doenças e mortes, bem como o risco apresentado por patógenos emergentes ainda mais mortais.

Ele ressaltou que as pandemias não são a única ameaça que enfrentamos e defendeu a criação de uma estrutura eficiente para a preparação e resposta a emergências de saúde de todos os tipos, em um contexto de crises sobrepostas e convergentes. 

Durante o evento, a OMS anunciou o lançamento da Rede Internacional de Vigilância de Patógenos, cujo objetivo é aprimorar os sistemas de coleta de amostras e fornecer informações que possam orientar políticas públicas e auxiliar os gestores na tomada de decisões. A nova rede busca fortalecer a capacidade global de monitorar e responder às ameaças de saúde emergentes, contribuindo para a prevenção de futuras crises.

FONTE ESTADO DE MINAS

OMS confirma surto do vírus de Marburg, um dos mais letais do mundo

Com nove mortes e 16 casos suspeitos, ocorrências se concentram na Guiné Equatorial 

Após uma reunião de urgência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou o surto do vírus de Marburg na Guiné Equatorial e obrigou o país africano a declarar estado de alerta sanitário. O microrganismo, um dos mais perigosos do mundo, é da mesma família do Ebola e tem uma taxa média de mortalidade de 50% — podendo chegar a 88%, a depender da variante do vírus. 

  • Autoridades já relataram nove mortos e 16 casos suspeitos; 
  • 21 pessoas estão em isolamento e sob vigilância por terem contato com os mortos; 
  • Outras 4.325 estão em quarentena em suas casas; 
  • As mortes ocorreram entre 7 de janeiro e 7 de fevereiro, segundo o ministro da Saúde da Guiné Equatorial, Ondo’o Ayekaba; 
  • A Guiné Equatorial fica na África Central e é um dos nove Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual o Brasil também faz parte. 

Em um comunicado enviado à agência de notícias Lusa, o Ministério da Saúde da Guiné Equatorial disse ter detectado uma “situação epidemiológica atípica” em distritos de Nsok Nsomo, depois da morte de pessoas com sintomas de febre, fraqueza, vômitos e diarreia com sangue. O vírus foi confirmado por meio de amostras enviadas para análise no Senegal. 

O vírus de Marburg é altamente contagioso. Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pode chegar rapidamente para salvar vidas e parar o vírus o mais rapidamente possível.Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para África. 

vírus marburg
Imagem: Negro Elkha/Shutterstock

Essa não é a primeira vez que um surto do vírus acontece na região africana. Em 2004, 90% das 252 pessoas infectadas morreram em Angola. Em 2022, duas mortes pelo vírus foram relatadas em Gana. Também já houve surtos esporádicos em Guiné-Conacri, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda. 

O que é o vírus de Marburg? 

O vírus de Marburg, conhecido como “primo” do Ebola, é transmitido de morcegos para primatas e seres humanos. Entre humanos, o contágio ocorre por meio de fluidos corporais de pessoas infectadas ou por superfícies e materiais, como roupas de cama. 

Entre um dos principais sintomas está a febre hemorrágica, além de dor de cabeça, dor abdominal, náuseas, vômitos e problemas respiratórios superiores (tosse, dor torácica, faringite). 

O vírus leva o nome de uma pequena cidade da Alemanha, onde o vírus foi documentado pela primeira vez, em 1967. Na época, ele causou surtos simultâneos da doença em laboratórios de Marburg e em Belgrado, antiga Iugoslávia (hoje Sérvia). Sete pessoas morreram expostas ao vírus enquanto realizavam pesquisas. 

Ainda não há vacinas ou medicamentos autorizados para a doença. O tratamento fica concentrado em aliviar os sintomas e, assim, aumentar as chances de sobrevivência. 

FONTE OLHAR DIGITAL

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