Minas ganha novas rotas turísticas, com foco na experiência e memória afetiva

O perfil do turista mudou após a pandemia, e o Sebrae tem buscado criar novas rotas para potencializar os negócios a partir dessa mudança; conheça algumas

Conhecer Ipatinga para além do Vale do Aço, experimentar a “estrada natural” da Bahia-Minas, como Milton Nascimento descreve em “Ponta de Areia”, fazer uma viagem só para conhecer os sabores dos cafés do Cerrado mineiro, e outro roteiro apenas para degustar os queijos da Serra da Canastra. Estes são exemplos de rotas em Minas que entram na categoria turismo de experiência, focado exclusivamente na experiência do viajante.

São alguns dos caminhos que o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem trabalhado para transformar em produtos, experiências e oportunidades de negócios no Brasil e em Minas, o turismo regional. Algumas destas novas rotas turísticas já foram lançadas, outras estão prestes a ser.

Imagem mostra feira na praça de São Lourenço, em Minas Gerais, com várias roupas expostas em cabides e mulher olhando.
São Lourenço – MG | Crédito: Embratur Sebrae / Divulgação

A analista do Sebrae Minas, Nathália Milagres, explica que o foco do projeto é descentralizar a oferta de roteiros turísticos. Ir além dos destinos mais conhecidos.

“Minas tem muitos produtos e belezas. Acreditamos que, potencializando esses destinos, criamos oportunidades para pequenos negócios e para mostrar mais Minas para os mineiros, para o Brasil e para o mundo. Afinal, Minas vai além do histórico e do cultural. Temos uma gastronomia muito forte, por exemplo, e que permeia vários produtos, temos recursos naturais, e tudo isso pode ser explorado e usado para atuar com a valorização dessas comunidades”, conta.

Ela lembra que 99,3% dos negócios da cadeia de turismo em Minas são pequenos negócios.

Imagem de feira de alimentos em São Lourenço, Minas Gerais, com foco em uma barraca onde estão expostos produtos típicos como queijos e cachaças.
São Lourenço | Embratur Sebrae / Divulgação

A analista de Competitividade do Sebrae Nacional, Germana Magalhães, também explica por que a exploração de novo destinos turísticos ajuda a fomentar as economias locais.

“As experiências podem impactar diretamente na economia das regiões visitadas, promovendo o desenvolvimento local, visto que podem promover interações diretas com as comunidades locais. A compra de produtos artesanais, restaurantes locais, atividades de passeios e hospedagem nas propriedades rurais, consumo de produtos da agroindústrias, são exemplos de atividades que podem agregar valor aos pequenos negócios ligados ao turismo”, conta Germana.

Rotas turísticas em Minas Gerais

O Estado já avança com alguns roteiros formatados como a Rota dos Cafés do Cerrado e a Rota Bahia-Minas. Os outros que devem ser potencializados ao longo deste ano incluem:

  • as rotas dos queijos em diferentes regiões,
  • outras rotas de cafés,
  • a Rota das Artes, que liga BH e Brumadinho até Ouro Preto, valorizando a arte histórica e contemporânea, e
  • a Rota Geoparque Terra de Gigantes em Uberaba.

Este último inclusive, está em análise da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para se tornar um geoparque global. O anúncio de novos territórios chancelados é previsto para março de 2024, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), que catalogou o inventário do patrimônio geológico de Uberaba

Imagem mostra sítio de cachoeiras no Geossítio Cachoeira da Fumaça no Geoparque Uberaba
Geossítio Cachoeira da Fumaça no Geoparque Uberaba | Crédito: SGB

A analista do Sebrae Minas ainda cita como exemplos de rotas turísticas diferenciais no Estado uma Ipatinga mais rural, que possibilita outras experiências que vão além do Vale do Aço; as cidades de Monte Verde, com suas temperaturas baixíssimas; e Delfim Moreira e Carrancas, com suas belas paisagens de cachoeiras.

Além disso, ela lembra também do Parque Nacional do Peruaçu, em Januária, com seus sítios arqueológicos e cavernas, território histórico e mais vivo do que nunca.

No início deste mês, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontrou restos de alimentos e de produção de pigmentos e instrumentos que datam de 2 a 3 mil anos atrás, segundo a Universidade. O sítio arqueológico que integra o Parque também concorre a Patrimônio Natural e Cultural da Unesco.

Imagem mostra pesquisadores fazendo escavações no solo de sítio arqueológico do Vale do Peruaçu, em Minas Gerais
Pesquisadores fazem escavações em sítio arqueológico no Vale do Peruaçu | Crédito: acervo do projeto / UFMG

Mudança no perfil do turista guia novos caminhos

Se antes a meta era visitar os pontos turísticos mais emblemáticos e bater ponto nos roteiros tradicionais, hoje, a tendência é explorar caminhos mais afetivos e personalizados nas viagens. A consultora do Sebrae Minas, Nathália Milagres, observa que, a partir do pós-pandemia e com o encarecimento de muitos produtos, houve uma mudança no perfil do turista.

“Após a pandemia tivemos um turismo regional muito grande, que impactou o turismo em Minas Gerais, Estado que mais cresceu em atividade turística. Também tivemos um momento de inflação muito alta, e, consequentemente, menos recursos para investir em lazer, mas as pessoas ainda queriam viajar e, por isso, o turista passou a escolher melhor suas experiências”, explica.

Imagem mostra família de costas, sendo homem, mulher e duas crianças segurando as mãos dos pais, passeando em praça de igreja, à noite, na cidade de Poços de Caldas, Minas Gerais
Poços de Caldas – MG | Crédito: Embratur Sebrae / Divulgação

Ela observa que o uso frequente das redes sociais também direciona o turista para lugares onde ele possa explorar melhor seus momentos, fazer registros e se conectar com ele mesmo.

“O turista vai muito longe na lógica de planejar e pensar uma viagem diferente. Com o uso das redes sociais e a exposição, a gente percebe que o turista busca entender mais o que ele quer e o que faz sentido pra ele”, completa.

Além disso, a análise da especialista é que a busca por natureza e pelo resgate de memórias da infância tem estado cada vez mais forte.

“Não fugimos muito da busca pelo contato com a natureza, que tem crescido, e com pessoas, lugares e experiências que conectam o turista com aquele momento. Ele quer o resgate da cultura e da sua história de momentos que viveu na infância. Experiências assim, que fazem sentido para ele, são mais valorizadas. É a caminhada, o fogão à lenha…”.

Paisagem de Monte Verde, em Minas Gerais, conhecida por suas altas temperaturas. Imagem mostra cenário da cidade, com casas, morros e caminho de pedras, e placa com o nome da cidade.
Monte Verde – MG | Crédito: Embratur Sebrae / Divulgação

Para a analista do Sebrae Nacional, Germana Magalhães, passou-se a valorizar não apenas os momentos de lazer, mas também as oportunidades de aprendizado e transformação pessoal. “As vivências enriquecedoras e a conexão com pessoas e culturas diferentes contribuem para o crescimento individual. O contato com a natureza. As viagens em famílias e amigos. O turismo de experiência transcende a abordagem convencional“, conclui.

 

FONTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

Terceiro Encontro do MAB: denúncia da combinação mortal entre mineradoras/040, memória das vítimas e homenagem a Dona Geci

No dia 11 de janeiro (quinta), aconteceu reunião preparatória do terceiro encontro regional do MAB no Alto Paraopeba, que se realizará no dia 20 de janeiro (sábado), no Bairro Pires, em Congonhas MG.

Na programação, Mesa de debate na parte da manhã sobre a combinação mortal entre a ganância insaciável das mineradoras e as condições precárias da rodovia 040. Na parte da tarde, momento cultural com presença de artistas populares e homenagem a Dona Geci Soares Marcos. O terceiro encontro do MAB se encerrará com caminhada e Ato na passarela do Pires em memória das vidas ceifadas pelas mineradoras e pela 040 privatizada.

A homenagem a dona Geci, nascida no dia 20 de maio de 1940, em Caranaiba, e hoje moradora de Congonhas, se justifica principalmente por sua participação nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e por ser militante do MAB, tendo se engajado ativamente na luta vitoriosa contra a prepotência da CSN no seu intento de construir barragem de rejeito em Santa Quitéria, local onde Dona Geci morava.

Entre os debatedores, teremos nomes reconhecidos pelo histórico de luta: Rafael Duda, Diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes; Lourdes Machado, Psicológica Presidente do Conselho Estadual de Saúde; Sandoval de Souza Pinto Filho, graduado em Direito e ativista ambiental e social; e Mário de Lima Rodrigues Jr, advogado militante do MAB.

Os parentes e conhecidos das vítimas da 040 e das mineradoras são convidados a trazer cartazes e cruses para o encontro. Nossa indignação será transformada em luta, pois é tempo de avançar na participação popular.

ArtQluz, projeto cultural que incentiva a memória urbana de Cons.Lafaiete

“O Corredor Cultural da antiga Rua Direita do Centro Histórico da parte alta da cidade de Conselheiro Lafaiete é um museu céu aberto  sobre a  memória urbana da cidade”

Por João Vicente, idealizador do projeto

O ArtQluz/Cultural é um projeto que visa promover ações de Educação Patrimonial e a memória urbana através da sua arquitetura, usando como primeira referência o espaço aqui definido como Eixo-Cultural da parte alta da cidade, espaço emblemático da evolução urbanística e cultural de Cons.Lafaiete. Quando se fala em espaço público, quase sempre se esquece da importância da observação e reconhecimento dos aspectos arquitetônicos para o exercício da apropriação do mesmo. Para esta observação, precisamos de hábito e exercício de sensibilidade. O Corredor Cultura Rua Direita é uma via de destaque desde os primórdios anos do arraial.

Av. Pref. Mario Rodrigues Pereira – corredor e território do ArtQluz

O Corredor Cultural da Rua Direita possui exemplares de diversos estilos arquitetônicos que retratam evoluções e (dês) construções urbanísticas presentes em toda área central da cidade, possuindo vários espaços de uso cultural localizados nela ou em seu entorno. Também foi o primeiro espaço de vida urbana na cidade, onde mais tarde com a chegada da ferrovia a cidade ficou dividida em parte alta e parte baixa.

EE Domingos Bebiano –  prédio estilo neoclássico de 1926.
Clube Carijos – outro prédio centenário com dois estilos. O primeiro estilo art’Deco e depois da reforma, estilo modernista

A importância artístico-cultural da ação apresentada neste projeto consiste efetivamente na proposta de interpretação do patrimônio histórico-cultural através da realização de visitas guiadas, com intuito de criar espaços onde os jovens possam preparar-se para uma observação crítica e construtiva do patrimônio comum, em especial ao que se refere a seu patrimônio cultural material, imaterial e ambiental, apresenta-se como oportunidade para destacar elementos da identidade sociocultural dos lafaietense.

Assim, o projeto busca mostrar como a observação é importante no reconhecimento do patrimônio material e imaterial e como este é um passo importante e significativo no exercício da cidadania. Num país que aplica poucos recursos em ações patrimoniais, este projeto propõe-se a contribuir para que mais pessoas possam iniciar (ou ampliar, em alguns casos) a concepção do que seja a história, processo contínuo que tem ligação conosco no momento presente, a partir das percepções do que nos aconteceu no passado e que ficou marcado em nós (individualmente e coletivamente) se projetando no futuro.

Largo da Matriz, inicio do século XX, palco da Batalha de Queluz em 1842, hoje Pça Barão de Queluz, onde fica o mais antigo monumento da cidade, o Chafariz.
Abrigo construído na década de 40 e demolido  em 1978.

Esse projeto foi lançado no centenário da EE Domingos Bebiano justamente por ser uma escola publica, onde a arquitetura do seu prédio centenário é um exemplar de arquitetura neoclássica que chegou ao Brasil na segunda década do século XIX e de frente onde passava o caminho novo da Estrada Real.

Nosso objetivo é fazer do projeto uma ferramenta pedagógica, lúdica de pesquisa e estudo sobre a história urbana da cidade a partir dos estilos arquitetônicos ainda presente no corredor que abrange à Av. Prefeito Mario Rodrigues Pereira, Pça Tiradentes e Barão de Queluz, Rua Comendador Baeta Neve, Rua Barão de Suassuy e o entorno , como a Rua Melo Viana, Afonso Pena,Tavares de Melo,Duque de Caxias e através da participação dos estudantes produzirem material audiovisual, cartilha, valorizando a Educação Patrimonial e a sua importância na preservação  do nosso patrimônio histórico cultural da cidade de Cons.Lafaiete e sua memória.

Tanto o Domingos Bebiano e o Nazaré são escolas aptas a desenvolver o projeto e se caso se interessarem em conhecer melhor a proposta ao ler essa matéria, estou à inteira disposição pelo contato 31 990863943 ou pelo email escolacaranova@yahoo.com.br.

Placa localizada em frente a EE Domingos Bebiano na Av. Mario Rodrigues Pereira

Aniversário da cidade

Conselheiro Lafaiete passou a ser povoado com a febre do ouro que tomou conta da Província de Minas Gerais a partir de 1695, com a descoberta do ouro na terra de Marília de Dirceu, Itaverava (pedra brilhante), portal de entrada da minerada em busca de fortuna e poder. Lafaiete era apenas uma passagem no inicio da ocupação das bandeiras paulistas de Taubaté no eldorado das Minas Gerais. Mas, foi por pouco tempo. Já no inicio do século XVII, a Coroa autorizou construir o novo caminho que encurtava a distancia até o Rio de Janeiro e o arraial ganha uma estrada real, o chamado caminho novo. Ai apareceu a Rua Direita com a Capela, algumas casas e casarões dos fazendeiros português que tinham terras e suas fazendas, mas, o morar na cidade representava também poder político e por isso os fazendeiros e depois coronéis caprichavam na construção dos imóveis no estilo arquitetônico colonial da época, no tamanho do imóvel, no embelezamento e com filhos estudando na Europa. Pequena ainda, o arraial Carijós virou Vila Real de Queluz . Em 1842, no tempo das batalhas entre eles – legalistas e liberais – ainda pequenos, Queluz já tinha Câmara Municipal instalada e dezenas de distritos. Mas, foi com a chegada da ferrovia, que Queluz começou a se expandir e se dividiu em duas Queluz: parte alta e parte baixa. Em 1934, quando Queluz virou Conselheiro Lafaiete da noite para o dia , o Brasil estava sob as tutela do Estado Novo de Getulio Vargas. O certo que fez acirrar ainda mais a parte baixa da parte baixa alta na política, no esporte e nas turmas do namorico. Mas, foi na década de 70 com a chegada da Açominas que Lafaiete passa definitivamente para  um do processo acelerado e desordenado do seu espaço urbano e hoje corre contra o tempo pra se adequar aos novos tempos de urbanização sustentável(Revisão Plano Diretor Participativo). Por isso,  urbanizar sim, com sustentabilidade, segurança jurídica e democratização da terra urbanizada, principalmente, no campo da habitação de interesse social, garantido dignidade e cidadania para as famílias de baixa. Finalizo dando meus parabéns à cidade de Conselheiro Lafaiete e que o ArtQluz se torne uma realidade nas escolas e que  possa contribuir para formação de jovem mais consciente e comprometido na busca do conhecimento em prol do bem estar  da coletividade.

ArtQluz, projeto cultural que incentiva a memória urbana de Cons.Lafaiete

“O Corredor Cultural da antiga Rua Direita do Centro Histórico da parte alta da cidade de Conselheiro Lafaiete é um museu céu aberto  sobre a  memória urbana da cidade”

Por João Vicente, idealizador do projeto

O ArtQluz/Cultural é um projeto que visa promover ações de Educação Patrimonial e a memória urbana através da sua arquitetura, usando como primeira referência o espaço aqui definido como Eixo-Cultural da parte alta da cidade, espaço emblemático da evolução urbanística e cultural de Cons.Lafaiete. Quando se fala em espaço público, quase sempre se esquece da importância da observação e reconhecimento dos aspectos arquitetônicos para o exercício da apropriação do mesmo. Para esta observação, precisamos de hábito e exercício de sensibilidade. O Corredor Cultura Rua Direita é uma via de destaque desde os primórdios anos do arraial.

Av. Pref. Mario Rodrigues Pereira – corredor e território do ArtQluz

O Corredor Cultural da Rua Direita possui exemplares de diversos estilos arquitetônicos que retratam evoluções e (dês) construções urbanísticas presentes em toda área central da cidade, possuindo vários espaços de uso cultural localizados nela ou em seu entorno. Também foi o primeiro espaço de vida urbana na cidade, onde mais tarde com a chegada da ferrovia a cidade ficou dividida em parte alta e parte baixa.

EE Domingos Bebiano –  prédio estilo neoclássico de 1926.
Clube Carijos – outro prédio centenário com dois estilos. O primeiro estilo art’Deco e depois da reforma, estilo modernista

A importância artístico-cultural da ação apresentada neste projeto consiste efetivamente na proposta de interpretação do patrimônio histórico-cultural através da realização de visitas guiadas, com intuito de criar espaços onde os jovens possam preparar-se para uma observação crítica e construtiva do patrimônio comum, em especial ao que se refere a seu patrimônio cultural material, imaterial e ambiental, apresenta-se como oportunidade para destacar elementos da identidade sociocultural dos lafaietense.

Assim, o projeto busca mostrar como a observação é importante no reconhecimento do patrimônio material e imaterial e como este é um passo importante e significativo no exercício da cidadania. Num país que aplica poucos recursos em ações patrimoniais, este projeto propõe-se a contribuir para que mais pessoas possam iniciar (ou ampliar, em alguns casos) a concepção do que seja a história, processo contínuo que tem ligação conosco no momento presente, a partir das percepções do que nos aconteceu no passado e que ficou marcado em nós (individualmente e coletivamente) se projetando no futuro.

Largo da Matriz, inicio do século XX, palco da Batalha de Queluz em 1842, hoje Pça Barão de Queluz, onde fica o mais antigo monumento da cidade, o Chafariz.
Abrigo construído na década de 40 e demolido  em 1978.

Esse projeto foi lançado no centenário da EE Domingos Bebiano justamente por ser uma escola publica, onde a arquitetura do seu prédio centenário é um exemplar de arquitetura neoclássica que chegou ao Brasil na segunda década do século XIX e de frente onde passava o caminho novo da Estrada Real.

Nosso objetivo é fazer do projeto uma ferramenta pedagógica, lúdica de pesquisa e estudo sobre a história urbana da cidade a partir dos estilos arquitetônicos ainda presente no corredor que abrange à Av. Prefeito Mario Rodrigues Pereira, Pça Tiradentes e Barão de Queluz, Rua Comendador Baeta Neve, Rua Barão de Suassuy e o entorno , como a Rua Melo Viana, Afonso Pena,Tavares de Melo,Duque de Caxias e através da participação dos estudantes produzirem material audiovisual, cartilha, valorizando a Educação Patrimonial e a sua importância na preservação  do nosso patrimônio histórico cultural da cidade de Cons.Lafaiete e sua memória.

Tanto o Domingos Bebiano e o Nazaré são escolas aptas a desenvolver o projeto e se caso se interessarem em conhecer melhor a proposta ao ler essa matéria, estou à inteira disposição pelo contato 31 990863943 ou pelo email escolacaranova@yahoo.com.br.

Placa localizada em frente a EE Domingos Bebiano na Av. Mario Rodrigues Pereira

Aniversário da cidade

Conselheiro Lafaiete passou a ser povoado com a febre do ouro que tomou conta da Província de Minas Gerais a partir de 1695, com a descoberta do ouro na terra de Marília de Dirceu, Itaverava (pedra brilhante), portal de entrada da minerada em busca de fortuna e poder. Lafaiete era apenas uma passagem no inicio da ocupação das bandeiras paulistas de Taubaté no eldorado das Minas Gerais. Mas, foi por pouco tempo. Já no inicio do século XVII, a Coroa autorizou construir o novo caminho que encurtava a distancia até o Rio de Janeiro e o arraial ganha uma estrada real, o chamado caminho novo. Ai apareceu a Rua Direita com a Capela, algumas casas e casarões dos fazendeiros português que tinham terras e suas fazendas, mas, o morar na cidade representava também poder político e por isso os fazendeiros e depois coronéis caprichavam na construção dos imóveis no estilo arquitetônico colonial da época, no tamanho do imóvel, no embelezamento e com filhos estudando na Europa. Pequena ainda, o arraial Carijós virou Vila Real de Queluz . Em 1842, no tempo das batalhas entre eles – legalistas e liberais – ainda pequenos, Queluz já tinha Câmara Municipal instalada e dezenas de distritos. Mas, foi com a chegada da ferrovia, que Queluz começou a se expandir e se dividiu em duas Queluz: parte alta e parte baixa. Em 1934, quando Queluz virou Conselheiro Lafaiete da noite para o dia , o Brasil estava sob as tutela do Estado Novo de Getulio Vargas. O certo que fez acirrar ainda mais a parte baixa da parte baixa alta na política, no esporte e nas turmas do namorico. Mas, foi na década de 70 com a chegada da Açominas que Lafaiete passa definitivamente para  um do processo acelerado e desordenado do seu espaço urbano e hoje corre contra o tempo pra se adequar aos novos tempos de urbanização sustentável(Revisão Plano Diretor Participativo). Por isso,  urbanizar sim, com sustentabilidade, segurança jurídica e democratização da terra urbanizada, principalmente, no campo da habitação de interesse social, garantido dignidade e cidadania para as famílias de baixa. Finalizo dando meus parabéns à cidade de Conselheiro Lafaiete e que o ArtQluz se torne uma realidade nas escolas e que  possa contribuir para formação de jovem mais consciente e comprometido na busca do conhecimento em prol do bem estar  da coletividade.

Memória: Até que ponto esquecer é normal?

Imagine acordar um dia e perceber que suas memórias do passado simplesmente desapareceram. Eventos importantes, experiências emocionais e até mesmo rostos familiares se tornam um borrão em sua mente. 

Esse é o fenômeno conhecido como amnésia retrógrada, um tipo de perda de memória que afeta a capacidade de recordar eventos ocorridos antes de um ponto específico no tempo. É como se uma parte do seu passado fosse misteriosamente apagada, deixando uma lacuna em sua história pessoal.

Este evento específico no tempo, pode ser uma lesão cerebral, um trauma ou uma doença. Em outras palavras, é a incapacidade de recordar eventos passados anteriores a um determinado ponto onde algo acontece.

A neurocientista parceria do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, Livia Ciacci, explica que na amnésia retrógrada, as memórias recentes podem ser preservadas, enquanto as memórias antigas são afetadas.

“A extensão da perda de memória retrógrada pode variar de pessoa para pessoa e dependerá da causa subjacente. Em alguns casos, a perda de memória pode abranger dias, semanas, meses ou mesmo anos antes do evento desencadeante”, detalhou.

Ainda segundo a especialista, existe ainda a amnésia anterógrada, que é a incapacidade de formar novas memórias após o evento desencadeante. Na amnésia retrógrada, a formação de novas memórias pode ser preservada, enquanto as memórias anteriores são afetadas.

Em quais situações isso pode acontecer?

As causas médicas mais comuns da amnésia retrógrada incluem lesões cerebrais traumáticas, como concussões ou traumatismos cranianos graves, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), epilepsia, encefalopatias, como a encefalopatia de Wernicke, efeitos colaterais de alguns medicamentos e certos distúrbios neurológicos, como a doença de Alzheimer.

·    É possível que isso aconteça sem que haja traumas?

A amnésia retrógrada sem a ocorrência de um trauma físico direto pode incluir certas condições neurológicas, como a encefalite (inflamação do cérebro), meningite (inflamação das membranas ao redor do cérebro e medula espinhal) ou tumores cerebrais, que podem afetar os circuitos de memória e causar amnésia.

Alguns transtornos psiquiátricos também podem ser a causa, como a depressão severa, o transtorno dissociativo de identidade e transtornos de ansiedade graves.

O abuso crônico de álcool e drogas também podem levar a danos cerebrais que afetam a memória, incluindo a ocorrência de amnésia retrógrada.

A amnésia retrógrada sem a ocorrência de um trauma físico direto estará associada a condições médicas subjacentes e requer avaliação médica adequada para determinar a causa e o tratamento.

Nem tudo é Amnésia retrógrada : em quaisquer circunstâncias, melhorar a memória é possível !

Ainda que não trate-se de um fenômeno como amnésia retrógrada, em um cotidiano repleto de estímulos, as queixas de memória têm sido cada vez mais frequentes e a causa provavelmente está na habilidade de atenção.

“Podemos entender a atenção no nosso cérebro como uma lanterna. Não dá para iluminar tudo ao mesmo tempo, eu tenho que escolher para onde direcionar a luz e alternar. Se a atenção é uma ferramenta para separar estímulos irrelevantes dos relevantes, ter muitos estímulos simultâneos significa que a maioria deles vai cair na classificação de ‘irrelevante’ já que eu tenho apenas uma lanterna. Desta forma, ficará muito mais difícil lembrar deles”, detalhou a especialista do SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

A boa notícia é que a atenção é uma habilidade que pode ser treinada para se desenvolver e, assim, contribuir para com a memória. Esta habilidade pode ser treinada através da prática de ginástica para o cérebro que também oferece ganhos como concentração, memória e raciocínio.

Para te ajudar com a sua memória, o SUPERA – Ginástica para o cérebro preparou 6 dicas, confira:

1)   Livre-se das distrações antes de começar algo que deseja lembrar. Nada de multitarefas!

2)   Peça às pessoas que falem mais devagar ou repitam o que disseram para ter certeza de que você entendeu.

3)   Reserve um tempo extra para repetir ou ensaiar as informações que você precisará lembrar em uma reunião, por exemplo.

4)   Use organizadores, cadernos ou um calendário de telefone celular ou “aplicativos” para manter o controle de informações importantes, como compromissos, listas de tarefas e números de telefone.

5)   Mantenha todos os itens que você precisa levar com você (por exemplo, carteira, chaves e telefone) em uma “estação de memória” em casa – como uma mesa perto da porta ou uma seção especial do balcão.

6)   Mantenha seu cérebro aprendendo e treinando a atenção focada com exercícios cognitivos!

Memória resgatada: livro retrata 110 anos da Sociedade Musical Gloriense

Comemorações marcam o lançamento do livro “Ciranda Cultura: um giro por Carnaíba e Homenagem a Centenária Sociedade Musical Glorisense”, projeto desenvolvido pela Secretaria de Cultura, Turismo, Desenvolvimento, Esporte e Lazer e também pela Secretaria Municipal de Educação.
Um dos patrimônios mais importantes de Caranaíba (MG), o lançamento ocorre em grande estilo para celebrar 110 anos da banda, uma das mais antigas e em atuação do interior de Minas.
Amanhã (28) acontece na Praça Marciano Vieira, às 19:00 horas, o show com a dupla “Leo & Luccas” após as comemorações do lançamento do livro.

01 – Américo Bento Fernandes Leão; 02 – Horácio Lopes de Faria, 03 – Não identificado, 04 – Horácio Pamplona, 05 – Sizenando Teixeira de Carvalho, 06 – Jacob Henriques Pereira, 07 – Baldino Teixeira de Carvalho, 08 – Não identificado, 09 – Adamastor Baêta, 10 – José Augusto de Rezende, 11 – Elói Neves Lacerda, 12 – Olímpio Camargo, 13 – Anísio de Souza Rodrigues, 14 – Assis, 15 – Aprígio Rezende, 16 – Nico Lopes, 17 – Euzébio Augusto de Rezende, 18 – Tonico Baêta, 19 – Não identificado, 20 – Não identificado, 21 – Odilon Teixeira, 22 – Galo, 23 – Acácio Barbosa, 24 – Não identificado, 25 – José Ferreira de Assis (Juca Brás). 26 – Cristiano Vieira, 27 – Martinelle Vieira da Silva Coimbra e 28 – Não identificado.

A história

Corporação Musical Gloriense esse foi seu primeiro nome, fundada em 15 de maio de 1912 pelo Coronel Américo Bento Fernandes Leão, nascido no dia 21 de março de 1872. Após sua fundação, foi contratado o professor Virgílio Lacerda, cuja incumbência era ensinar música aos iniciantes. Virgílio era natural de Santo Amaro – atual Queluzito-MG, tornando-se o primeiro regente da banda.
Em 03 de maio de 1947, aconteceu o então esperado momento, o registro oficial da banda, com a criação de seu CNPJ e estatuto, passando a chamar-se Sociedade Musical Gloriense.
Hoje possui sede própria, e é mantida por doações dos “Amigos da Banda” é considerada de Utilidade Pública Municipal. Desde sua criação, está sempre presente no coração dos Glorienses, abrilhantando com suas melodias nos mais diversos eventos.
A Sociedade Musical Gloriense de Caranaíba é sem dúvida uma herança valiosíssima da rica história cultural de Minas Gerais e aproveitando essa data dedicamos nossos PARABÉNS !!!!!

Repicar dos sinos celebra 307 anos de Entre Rios de Minas

“Nestas plagas outrora fincara Sua taba o feroz Cataguá. E, entre danças dos índios, vibrara Lá na mata o febril maracá. Nestes campos pousara a Bandeira De Fernão Dias, ínclito herói, E, qual marco, uma casa altaneira, Senhoril, no Gambá se constrói”.

O verso acima, é parte do Hino Oficial de Entre Rios de Minas, com letra dos saudosos Dom José Belvino do Nascimento e Dom Oscar de Oliveira, Arranjo para Banda por Elvis Washington Reis.

Hoje a Mesopotâmia de Minas comemora 307 anos, nome a alusão a palavra de origem grega que significa “terra entre rios”, uma região desértica localizada entre os rios Tigre e Eufrates, pertencente ao Iraque.

Foram os bandeirantes Bartolomeu Machado Neto e Pedro Domingues, este citado como o primeiro morador local, obtiveram sesmaria concedida por D. Brás Baltazar da Silveira, em 20 de dezembro de 1713, no Caminho Novo que vem da vila de São João del-Rei para as Minas Gerais, na paragem chamada o Bromado. Assim nascia Entre Rios de Minas, Entre Rios e João Ribeiro, nomes que sucederam a atual denominação. Bromado vem de embroar, local onde o ouro não era de qualidade, daí Brumado.

Ruínas históricas da Casa de Pedra do Gambá/ REPRODUÇÃO

Mas coube ao Arcebispo Dom Oscar de Oliveira a pesquisa pela origem da cidade, quando descobriu a autenticidade do documento de nascimento da cidade, religioso que se dedicou com ardor de causa história de Entre Entre Rios de Minas, estudioso nato e apaixonado, desvendando seu torrão de Minas, por onde em passou a Bandeira desbravadora de Fernão Dias no final do século XVIII.

Terra erguida sobre os alicerces mais altos dos valores republicanos, aqui nasceram grandes ideais de Minas e do Brasil, quando figuram os garis, comerciantes, pedreiros, trabalhadores rurais, gente simples e ilustres que construíram e erguem este município que hoje (20) completa 307 anos de fundação. Viva Entre Rios de Minas e do mundo.

“Mais te orgulhas de já teres dado Grandes filhos ao nosso Brasil, E conclamas em mais alto brado, Eia! Avante” Buscai glórias mil! Deus te salve, Entre Rios de Minas! Eu te aclamo com grande emoção, Sobre ti desçam bênçãos divinas! Vivas sempre no meu coração”. Parte acima fecha o Hino Oficial de Entre Rios!

Cabe aqui entre tantos destaques, a memória de historiador Artur Campos e do médico, Dr. Neves, que muito dedicaram a preservação da memória arqueológica e genealógica de Entre Rios de Minas.

Programação

Uma extensa programação celebrou os 307 anos de Entre Rios e hoje às 20:00 horas encerra o evento com a Live Estevão Lobo com o lançamento do CD Latino Nativo

  • Texto: Guilherme Vinicios -(Micro empresário do ramo da comunicação, entendedor de história e entrerriano da gema)

Pacientes do CAPS AD são convidados a se tornarem guardiões da memória de Congonhas

O Centro de Atenção Psicossocial ao Usuário de Álcool e outras Drogas (CAPS AD) participa do projeto Museu Pra Todos, desenvolvido pelo Museu de Congonhas. Este ano o objetivo é atrair os cidadãos que ainda não participem das ações deste e do Museu da Imagem e Memória (Museu da Ladeira) para que se tornem Guardiões da Memória de Congonhas. Diversas temáticas relacionadas à cidade serão desenvolvidas com a participação de grupos, nos próximos meses, como o formado pelos usuários do CAPS AD. Nesta terça-feira, 30, os usuários e a equipe de profissionais deste serviço ligado à Unidade Regional de Saúde Mental (URSM) visitaram a exposição “Mulheres de Maio – Mães de Congonhas”, que fala do amor, da beleza e da força das mulheres e mães da Cidade dos Profetas. A mostra, O Centro de Atenção Psicossocial ao Usuário de Álcool e outras Drogas (CAPS AD) participa do projeto Museu Pra Todos, desenvolvido pelo Museu de Congonhas. A intenção do projeto é promover a autonomia e a inserção social desses indivíduos, para que eles ocupem de forma positiva os espaços, inclusive na história da cidade. Nesta terça, usuários e a equipe do CAPS AD visitaram a exposição “Mulheres de Maio – Mães de Congonhas”, que fala do amor, da beleza e da força das mulheres e mães da Cidade dos Profetas. A mostra, idealizada por Patrícia Monteiro com realização da FUMCULT, conta com imagens do fotógrafo Mauro Barros e pode ser conferida, de terça-feira a domingo, das 9h ás 17h, no Museu da Ladeira.  que fica aberta ao público, de terça-feira a domingo, das 9h ás 17h, no Museu da Ladeira,  conta com imagens do fotógrafo Mauro Barros.

Pacientes do CAPS AD são convidados a se tornarem guardiões da memória de Congonhas/DIVULGAÇÃO

Natural de Entre Rios e moradora de Congonhas desde jovem, M. J. N., mãe de um filho, fitou cada quadro deixando transparecer que se via representar por cada um deles. “Fiquei feliz de ver esta exposição que homenageia as mães. Conheço muitas delas. Em todos os lugares onde trabalhei, tinha duas, três crianças e em sempre cuidei muito bem delas. Numa dessas casas, cheguei como empregada e hoje sou madrinha de uma das filhas do casal. Agora a profissionais do CAPS AD é quem cuida de nós como se fôssemos filhos delas, com imenso carinho”, comentou.

A parte técnica deste projeto consiste em oficinas e visitações a essas duas instituições museológicas de Congonhas. “Nossos pacientes vão até o museu e a equipe de lá também pode conhecer nossos pacientes e nosso serviço. Assim, por uma via de mão dupla, inserimos os pacientes na sociedade e as equipes dos dois museus em nosso trabalho. A intenção do projeto é promover a autonomia e a inserção social desses sujeitos, para que eles ocupem de forma positiva os espaços, inclusive na história da cidade onde eles vivem. É exatamente este o aspecto terapêutico, porque assim eles alcançam um novo paradigma, frequentando esses lugares como todos os outros cidadãos podem e devem fazê-lo. Assim irão enxergar na cidade possibilidades de promoção de sua cidadania, e não de sua exclusão por estigma, pelo fato de serem usuários de álcool e outras drogas. Esta é a porta de saída da segregação, das barreiras sociais e, principalmente, é a via de acesso à sociedade da qual eles devem fazer parte. Este projeto Guardiões da Memória de Congonhas traz para eles esta responsabilidade de cuidarem da cidade, ao invés de serem vistos como problema social”, explica a coordenadora do CAPS AD, Suzi Silva.

Para Nathália Rezende Santos, coordenadora Pessoal e Gestão do setor educativo dos dois museus, “é extremamente importante abrir espaço para toda comunidade de Congonhas e região, não apenas para que tomem conhecimento da história da nossa cidade, mas para que haja a construção de um vínculo de pertencimento com o meio. É importante que eles se sintam parte dessa história e fabricantes dela. A parceria com o CAPS AD é a comprovação de que isso é possível!”.

Entre Rios: Santa cabocla Manoelina dos Coqueiros ganha estátua em sua memória

Ontem, dia 14, foi um dia marcante para um grupo de pessoas que busca o resgate da memória e a preservação da história Manoelina Maria de Jesus (1911-1960), mais conhecida a “Santa Milagreira dos Coqueiros”, fama que percorreu o país e atraiu milhares de fiéis a sua humilde casa, situada no Retiro Velho, localidade rural de Coqueiros, distante 12 km do centro de Entre Rios de Minas.

O empresário Maurílio de Oliveira Resende, atual proprietário do terreno onde está localizada a residência na qual Manoelina prestou suas assistências espirituais recebeu do escultor David Eduardo Fuzatto, de Coronel Xavier Chaves, a estátua da Santa.

Estátua foi colocada ontem, dia 14 de março quando ela comemora 60 anos de falecimento/DIVULGAÇÃO

Ela foi afixada na entrada da casa com uma fonte de água cristalina que banhará os fiéis, como marco inicial do resgate histórico do centro de peregrinações. Davi experimentou pela primeira vez as águas e jogou sobre a estátua, como em um gesto de batismo. O momento simbólico foi carregado de emoção e espiritualidade.

Participaram da instalação também, Renato Pacheco, Wander, Lucas, Leonídio e Rincon. Hoje, dia 14, comemora-se a data de 59 anos de falecimento da Santa Manoelina dos Coqueiros. A estátua foi doação de Maurílio Oliveira. Ele concordou em transformar a antiga residência da Santa em local de peregrinação, sem exploração financeira, em um gesto de abnegação.

Visita em 2018 à casa no Retiro Velho, zona rural de Entre Rios
de Minas, onde nasceu Manoelina/Divulgação

Ações

Outra ação do grupo, já aprovada pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, será a instalação de uma estátua na Praça Coronel Joaquim Resende, centro de Entre Rios. Amanhã, sábado, acontecerá uma Santa Missa, na Fazenda Retiro Velho, às 15:00 horas. Cabe destacar que esta estátua é resultado da mobilização e do gesto voluntários do grupo através de doações. Para ampliar a divulgação do resgate histórico, cerca de 50 camisas estampando o rosto da Santa foi confeccionadas e vendidas para arrecadação de fundos que vai ajudar em diversas campanhas.

Há quase um ano nascia o projeto de resgate histórico de Manoelina Maria de Jesus. O idealizador da iniciativa, médico José Pedro Borges, fez um reverência a história de Manoelina dos Coqueiros como parte integrante da cultura de Entre Rios de Minas. Neste período diversos relatos de milagres já foram levantados e colhidos com a intenção de sensibilizar a Igreja Católica na santificação de Manoelina de Conqueiros.

A Câmara de Entre Rios de Minas deve aprovar um Projeto de Lei que transforma o dia 14 de março como referência e homenagem a Manoelina dos Coqueiros. A Santa já ganhou até Hino Oficial pelas mãos do artista Daditto.

Escultor relata a intensidade vivenciada na obra

Leia a seguir o relato do escultor David Eduardo Fuzatto sobre sua experiência ao escupir a estátua de Manoelina dos Coqueiros. “Trabalhando nessa obra, depois de ter visto muitas vezes o filme  Santa Manoelina dos Coqueiros e tomar conhecimentos mais detalhados da história dela, pude sentir, em vários momentos, a presença dela.Trabalhando normalmente, a mente se esvaziava de pensamentos e de repente, eu sentia uma energia diferente, uma presença.

Imagem foi esculpida em pedra sabão e retrata com a originalidade a Santa Manoelina

Eu olhava para a escultura, me lembrava da história dessa santa e quanto mais  eu entrava em sintonia com ela, com a  realização da obra e sentia esses momentos onde essa energia se  fazia presente, mais eu tomava consciência de que aquela escultura  ganhava uma representatividade profunda, pois aquela imagem, retratava um corpo que aqui viveu, realizou um trabalho místico e, voltou para a terra, estando agora em um túmulo. Essa consciência me fazia entrar mais e mais em sintonia com essa presença.

Quando terminei a  escultura, fiquei de frente a ela, segurei em sua mão e fiquei  impressionado com o que ocorreu.Em meu  mais profundo íntimo, brotou uma sensação de conforto, de paz, de alegria, uma sensação de um reencontro agradável.

Penso que todos os que conhecerem a história dessa santa, ao segurarem a mão dela e observarem seus sentimentos, entrará em uma experiência mística igual à que experimentei ao fazer isso.Espero que todos possam se colocar diante dela, segurar em sua mão e sentir essa presença.

Tenho certeza que ao sentirem essa experiência agradável que descrevo aqui, todos possam sentir a sensação de que venceram a barreira do tempo e se transportaram para a época em que ela vivia aqui na terra e  derramava essa energia curadora sobre os que a visitavam. Sou imensamente grato em ter recebido a incumbência de materializar aqui essa escultura, esse símbolo, com toda essa representatividade da Santa Manoelina dos Coqueiros”.

Leia mais:

http://correio.local/grupo-resgata-a-historia-da-santa-milagreira-manoelina-dos-coqueiros-que-arrastou-multidoes-por-seus-milagres-cidade-vai-construir-memorial/

Livro retrata a criação das Comarcas em Minas; Conheça a história do judiciário da região

Um marco histórico no estudo da estrutura do Judiciário mineiro, o livro Comarcas de Minas, produzido pela Memória do Judiciário Mineiro (Mejud)  e lançado em junho de 2016 é uma boa dica de leitura para quem gosta do tema memória. A publicação inclui a relação das comarcas, um breve histórico com sua data de criação, supressão, restauração e várias denominações, bem como a classificação quanto à entrância e leis de referência, de forma cronológica, de 1711 a 2014. Apresenta ainda a relação de juízes de direito que passaram pelas comarcas e quadros analíticos da organização administrativa e judiciária.

Livro da história das Comarcas de Minas

Superintendente da Mejud, o desembargador Lúcio Urbano, no prefácio da obra, conta que em 2012 ele teve o ensejo de lançar a obra Síntese Histórica do Tribunal de Justiça. “A partir daí, veio-me a ideia de contar a história das 296 comarcas mineiras, lançando-me ao trabalho de pesquisa, para cuja tarefa contei com efetiva e indispensável colaboração dos qualificados servidores da Mejud, vindo agora à lume a obra Comarcas de Minas, onde são narradas as histórias delas, bem como capítulo especial que se alinham os desembargadores e suas.s ‘terras de nascimento’”, observa.

Foram impressos 1.500 exemplares, o que não foi suficiente para suprir a demanda.” Infelizmente não foi possível atender a todos e a consulta eletrônica amplia o acesso a todos a uma pesquisa histórica muito importante para o Judiciário Mineiro, ressalta Andréa Costa Val, assessora da Memória do Judiciário(Mejud) na época do lançamento do livro.

Para ler o livro “ Comarcas de Minas”, em arquivo PDF:

http://museudojudiciariomineiro.com.br/livro-comarcas-de-minas-e-incluido-biblioteca-digital/ ( Fonte site TJMG)

 

João Vicente que descobriu essa relíquia nos anais  do Mejud  e nos pediu  que fizéssemos uma matéria  sobre o livro e relatou: “O livro é uma viagem ao tempo  e a memória, onde é possível descortinar o surgimento da presença do judiciário em Minas  com muita sutiliza e leveza desde a colonização, repassando pelo o Império e a Republica onde vamos   descobrindo as pequenas facetas da consolidação do  poder judiciário em Minas Gerais. Comarcas de Minas é um dádiva memorial que  vale a pena lê-lo   e  tê-lo  salvo em seu computador ou pendrive  como ferramenta de pesquisa e conhecimento para ser compartilhado”.

   

João Vicente com o Sr. Juiz Marcos Brant no salão da Pinacoteca do Memorial da Revolução Liberal de 1842 em Santa Luzia e idealizador do Movimento Memória Viva de Queluz

           

AS PRIMEIRAS COMARCAS DE MINAS

 Em 6 de abril de 1714, são instituídas as primeiras comarcas na Capitania de São Paulo e Minas do Ouro: Rio das Mortes, Vila Rica e Rio das Velhas.

As primeiras comarcas puseram a estrutura judiciária mais próxima do povo e significaram uma forma de equilíbrio com a administração do governador-geral, representante do rei de Portugal. “Nas décadas iniciais da colonização, época das capitanias hereditárias, a figura do ouvidor-geral foi a primeira instância jurídica em solo brasileiro. Quase dois séculos depois, nas vilas, havia uma incipiente estrutura judiciária, com a presença dos juízes ordinários, pessoas escolhidas entre os homens de bem, assim como os “camaristas” ou membros da Câmara, que hoje são os vereadores”, explica João Vicente.

Nos quadros abaixo fizemos um apegado da história de 5 municípios da nossa região, Lafaiete,Congonhas,Ouro Branco,Entre Rios de Minas e Piranga com as suas respectivas  datas de elevação de Freguesias,Vilas,Cidades e Comarcas que no livro vocês vão encontrar com mais riquezas de detalhes.

Essa é a nossa dica de cultura para o mês de janeiro. Uma boa leitura e feliz ano novo, são os nossos sinceros votos  da redação do Correio de Minas a todas e a todos internautas que curtem a nossa pagina  na internet.

– Município de Conselheiro Lafaiete

Denominações anteriores:  Carijós, Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre dos Carijós, Queluz

Antigo Fórum de Lafaiete

Elevação a Freguesia Colada 19/01/1752
Elevação a Vila 19/09/1790
Elevação a Cidade 02/01/866
Mudança de Nome 27/03/1934
Criação da Comarca 15/07/1852
Instalação da Comarca 07/03/1892

 

  • Município de Congonhas – Denominação anterior:  Congonhas do Campo

 

Congonhas se tornou Comarca em 1963

Elevação a  Freguesia Colada 06/11/1749
Elevação a  Cidade 17/12/1938
Mudança de Nome para Congonhas 27/12/1948
Criação da Comarca 12/12/1963
Instalação da Comarca 09/10/1955

– Municipio de Piranga-Denominação anteriores: Guarapiranga, Nossa Senhora da Conceição do Piranga

Piranga virou Comarca em 1889

Elevação a Freguesia Colada 16/02/1724
Elevação a Vila c/ a supressão do nome “Guara” 01/04/1841
Elevação a Cidade 05/10/1870
Criação da Comarca 27/07/1889
Instalação da Comarca 25/02/1892

– Município de Entre Rios de Minas

Denominação anteriores: Brumado, Brumado do Suaçuí, Entre Rios, João Ribeiro

Em outubro, Comarca de Entre Rios completou 140 de criação

Elevação a  Paróquia Curato 4/07/1832
Elevação a Vila 07/01/1875
Elevação a Cidade 03/01/1880
Criação da Comarca 19/10/1878
Instalação da Comarca 10/03/1892
Mudança do Nome Pelo Decreto-lei nº 148, de 17/12/1938, fica mudada para João Ribeiro a denominação da Comarca de Entre

Rios e Pela Lei nº 1.039, de 12/12/1953, fica mudada para Entre Rios de Minas a denominação da Comarca de João Ribeiro.

– Municipio de Ouro Branco-Denominação anteriores: Santo Antônio do Ouro Branco

 

Comarca de Ouro Branco completou 40 anos em setembro

Elevação a  Freguesia Colada 16/02/1724
Elevação a Cidade c/ a supressão do nome “Santo Antonio” 12/12/1953
Criação da Comarca 27/09/1978
Instalação da Comarca 11/02/1982
  • Pesquisa: João Vicente

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.