Em decisão histórica, justiça obriga CSN a pagar aluguel para famílias que vivem em área de risco em Congonhas (MG)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pague aluguel a moradores vizinhos à Barragem Casa de Pedra, para que eles possam sair do local devido ao risco de rompimento

A pedido do Ministério Público de Minas Gerais – MPMG– e após muita mobilização das famílias atingidas – o Tribunal de Justiça de Minas Gerais deferiu liminar determinando que a CSN Mineração arque com o custo mensal de R$ 1.500, a título de aluguel, para cada núcleo familiar atingido-residente em área de risco nos bairros Cristo Rei e Residencial em Congonhas (MG) que são vizinhos ao complexo da Barragem Casa de Pedra.

De acordo com a decisão, a empresa deverá depositar a quantia, mensalmente em conta bancária indicada pelo atingido interessado em sair da área de risco. Os moradores deverão comprovar propriedade ou posse do imóvel. Para tanto, a CSN deverá se basear em cadastro da Defesa Civil ou outro a ser procedido logo após a intimação.

A ação determina ainda que a CSN arque com os custos de equipe técnica multidisciplinar para auxiliar os moradores na tomada de decisões, cabendo ao MPMG apresentar um plano detalhado para publicação de edital de convocação em 30 dias.

Na ação, o promotor de Justiça Vinícius Alcântara Galvão destaca que a ocupação dos bairros é anterior à construção da barragem, que, pelo tamanho e volume, não tem possibilidade de descomissionamento imediato, sendo impossível manter a população no local.

Na decisão, a Juíza Flávia Generoso de Mattos afirma que “se a distância do empreendimento em relação aos bairros não foi óbice para sua expansão, deve a requerida arcar com os custos da retirada dos moradores do local, arcando com as consequências de seu empreendimento”.

Em decisão anterior, a Juíza Flávia já havia determinado pagamento de aluguel de imóvel indicado pelo município para funcionamento de creche e de escola antes instalados no Residencial. Essa mesma medida de precaução é agora estendida a todos os moradores.

Em reunião com o MAB no dia 23 de novembro, o promotor de Justiça Vinícius celebrou essa vitória como histórica. Segundo ele, a determinação prioriza o direito do atingido em relação ao interesse da empresa e cria a possibilidade de sua saída da área de risco sem ser enxotado pela mineradora. Ele disse ainda que isso é uma aplicação do conceito ampliado de atingido historicamente defendido pelo Movimento dos Atingidos por Barragens. 

De acordo com a coordenação do MAB, o Movimento recebe com esperança essa decisão, sabendo que seu cumprimento vai exigir muita luta. O Movimento espera, também, que a CSN acate a decisão judicial, pois, depois dos crimes da Vale em Mariana e Brumadinho, fica claro que ‘quem paga pra ver é assassino’. Independentemente da postura da empresa, o MAB e seus parceiros continuarão na busca de solução segura e definitiva para o caso.

Audiência no TJMG em que foi deferida a decisão/REPRODUÇÃO

Garimpando: Notícias de Conselheiro Lafaiete – 32

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

Avelina Maria Noronha de Almeida

avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

NOTÍCIAS DE CONSELHEIRO LAFAIETE – 32

 

COMO QUELUZ ENTROU NO MOVIMENTO DE 1842

 

Estamos focalizando a primeira metade do século XIX. E um episódio glorioso aconteceu em nossa História: o MOVIMENTO LIBERAL.

Pintura de Elba Seabra do Carmo, em azulejo, em parede do Banco do Brasil de Conselheiro Lafaiete

.A adesão de Queluz no Movimento Liberal foi por intermédio de um ofício enviado pela Câmara Municipal da Vila de Queluz ao Governo Interino dos insurgentes, instaurado na cidade de Barbacena, na pessoa de José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, Presidente Interino da Província de Minas Gerais, comunicando a ele que a nossa Câmara, no dia 14 de junho daquele ano, reconhecia o Governo Liberal.

Foram cinco os Membros da Câmara que assinaram o ofício, dos quais cito alguns dados e, nas pessoas deles, quero homenagear, neste momento, os políticos liberais daquela época em Queluz: Joaquim Rodrigues Pereira, Joaquim Ferreira da Silva, Gonçalo Ferreira da Fonseca, Joaquim Albino de Almeida e Felisberto Nemésio Nery de Pádua.

Joaquim Rodrigues Pereira nasceu em Queluz em 1798. Era filho do Tenente Felisberto da Costa Ferreira e de sua esposa Dona Eufrásia Maria de Jesus (da família Rodrigues Milagres) e era irmão do Barão de Pouso Alegre, tio do Conselheiro Lafaiete Rodrigues Pereira e casado com Dona Inês Ferreira de Azevedo. Era não só vereador como também Major da Guarda Nacional em Queluz.

Joaquim Ferreira da Silva era um português que se casou com Anna Joaquina de Rezende, filha de José de Rezende Costa e Helena Maria de Jesus e morava na Fazenda da Ressaca, em Lagoa Dourada.

Gonçalo Ferreira da Fonseca era sacerdote. Natural de Prados, nasceu em 1982. Foi Padre Capelão de Olhos D’Água, Município de Prados. Herdou a Fazenda Olhos D’Água, onde, em 1842, o Cônego José Antônio Marinho se refugiou, após o fracasso do Movimento Liberal, e onde escreveu o seu célebre livro sobre esse movimento.

Joaquim Albino de Almeida, meu trisavô, era filho de criação do Guarda-mor Manuel Albino de Almeida, meu tetravô.  Nasceu em Queluz, em 29 de setembro de 1810, e casou-se com Joana Felizberta de Jesus, filha de Theodósio Alves Cyrino, meu tetravô.

Felisberto Nemésio Nery de Pádua, meu tetravô, era um rábula. Como na época havia poucos advogados formados, pessoas que, não possuindo formação acadêmica mas portadoras de grande cultura, podiam fazer um Exame de Suficiência em órgão competente do Poder Judiciário. Com a provisão expedida pelo órgão, tinham autorização para exercerem a profissão de advogados. Felisberto era famoso pela sua inteligência.

Estendo a homenagem à única mulher que figura na lista dos que fizeram compra antecipada do livro do Cônego Marinho para ajudar na sua publicação: minha tetravó Joana Moreira da Silva Gandra, filha de João Moreira da Silva Gandra e Anna Francisca de Jesus, que se casou com o médico e fazendeiro Doutor Francisco José Pereira Zebral, da Fazenda de Três Barras, próxima a Gagé.

Foi assim que Marciano Pereira Brandão inscreveu seu nome nas páginas da HISTÓRIA DE MINAS GERAIS.

Nos tempos do Império havia duas grandes agremiações: o Partido Conservador e o Partido Liberal. Este último defendia ideias renovadoras e pleiteava maior autonomia das províncias, contrariamente às ideias conservadoras do outro partido.

Imagem da Internet

Os conservadores estavam dominando o Ministério com medidas centralizadoras, com as quais não concordavam os liberais. O Partido Liberal venceu as eleições em 1842, porém estas foram contestadas e o governo imperial dissolveu a Assembléia. Foi organizado um movimento armado em São Paulo e Minas Gerais.

Queluz aderiu ao movimento por intermédio de um documento assinado por vereadores da Câmara, como já foi relatado.

As tropas queluzianas eram comandadas pelo Coronel Antônio Nunes Galvão sobre o qual há um episódio emocionante.

No calor da batalha, foi chamado porque seu filho, que atirava da sacada de um casarão no princípio da rua Direita, hoje comendador Baêta Neves, havia sido mortalmente ferido. Tomou o filho nos braços, mas o jovem pediu-lhe que voltasse a seu posto na batalha. O pai entregou o filho ao médico pedindo a ele que cuidasse do filho e, enxugando as lágrimas, antes de voltar ao seu posto de comando, exclamou: “Tenho mais três filhos para sacrificá-los à causa da liberdade”.

O poeta Mário Lima colocou este emocionante fato em um belo soneto em seu livro “Medalhas e Brasões”:

QUELUZ

Mário de Lima

Velho arraial dos Carijós, tens no passado,

– jazida de valor, mina de intrepidez,

um tesouro maior, mais belo e sublimado

que as jazidas do teu precioso manganês.

Baluarte liberal, destemeroso e ousado,

em dias de quarenta e dois, mais de uma vez,

afirmaste o valor do mineiro soldado

e o denodo marcial do povo montanhês.

Do valente Galvão, em teu seio, à bravura

num lance a paternal angústia se mistura:

morre-lhe o filho em luta e ele, sem dar um ai,

entre o dever de chefe e a dor que a alma lhe rói

não vacila – comanda o fogo como herói,

furtivas enxugando as lágrimas de pai.

Imagem da Internet – Mário de Lima

 

(Continua)

CSN Mineração disponibiliza vaga de emprego

A CSN Mineração está oferecendo uma nova oportunidade de trabalho em sua unidade Casa de Pedra, em Congonhas, Minas Gerais. Confira a seguir os dados da vaga:

Vaga: Coordenador de Manutenção

Para se candidatar, é exigido os seguintes requisitos: 1) Graduação em Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Mecatrônica ou Engenharia Elétrica; 2) Sólida experiência em área industrial de Mineração; 3) Ter atuado no comissionamento, desenvolvimento, inspeção, manutenção preventiva/corretiva em equipamentos eletroeletrônicos, switches, servidores, OPC, antivírus, virtualização de sistemas, administração e gerenciamento de rede ethernet, sistemas de supervisão (PLC e supervisório), inversores de frequência e circuitos elétricos de baixa/média tensão; 4) Experiência com planejamento e execução das atividades de manutenção dos sistemas de automação, elaboração de relatórios técnicos e análise de falhas; 5) Experiência em Gestão de Equipes, Gestão Orçamentária da Automação – CapEx e OpEx -, TA, TI e instrumentos.

A vaga ainda requer os seguintes conhecimentos:

– Pacote office avançado.
– Sistema SAP/R3 – Módulo PM e linguagem de programação.
– Instrumentação Industrial aplicada à Minério de Ferro
– Inglês intermediário.

Os interessados devem acessar o site csn.com.br/oportunidades para se candidatar. A vaga também está disponível na página da CSN no site VAGAS. A vaga também está disponível para pessoas com deficiência.

Outras vagas em Minas

A mineradora Vale atualizou o seu quadro de oportunidades na semana passada, disponibilizando dezenas de vagas de emprego para diversas cidades do estado de Minas Gerais. Atualmente, oferece postos de trabalho em Nova Lima, Itabirito, São Gonçalo do Rio Abaixo, Congonhas, Rio Piracicaba, Mariana, Itabira. (MaisMinas)

Clique aqui para acessar o quadro de vagas.

Vale oferece vagas de emprego em Minas Gerais

A mineradora Vale atualizou o seu quadro de oportunidades na semana passada, disponibilizando dezenas de vagas de emprego para diversas cidades do estado de Minas Gerais. Atualmente, oferece postos de trabalho em Nova Lima, Itabirito, São Gonçalo do Rio Abaixo, Congonhas, Rio Piracicaba, Mariana, Itabira.

Para a cidade de Nova Lima, há oportunidades na Vale para as seguintes funções: Técnico Controle Processo I; Supervisor Manutenção Preditiva; Engenheiro Pleno; Soldador I; Mecânico I; Eletricista I; Inspetor Manutenção Especializado; Analista de Gestão Integrada; Médico Auxiliar Sênior; Topógrafo II; e diversas vagas destinadas a pessoas com deficiência.

Em São Gonçalo do Rio Abaixo, há uma oportunidade para o cargo de Médico Auxiliar Sênior. Já em Itabirito, cidade localizada a 57 quilômetros de Belo Horizonte, há oportunidades na disponíveis na mineradora para as funções de Técnico Especializado de Manutenção. Soldador I, Mecânico I e Analista de Qualidade Sênior.

Na cidade de Congonhas, a Vale está oferecendo uma oportunidade para o cargo de Médico Auxiliar Sênior. Já em Mariana, há duas vagas disponíveis, ambas para a atividade de Mecânico II.

Na Mina de Água Limpa, localizada na cidade de Rio Piracicaba, a Vale está oferecendo quatro oportunidades para Operadores de Manutenção Mecânica II. Por fim, na Mina de Caue, em Itabira, há vagas disponíveis para os cargos de Operador de Equipamentos Instalações I e Médico Auxiliar Sênior.

Como acessar mais informações sobre as vagas da Vale

Todas as oportunidades da Vale estão disponíveis no seu Portal de Vagas. Por esse portal, é possível acompanhar novas vagas da Vale, pesquisar por vagas de empregos abertas e cadastrar seu currículo.

Cada uma das vagas descritas acima possui um prazo diferente para encerramento de inscrição. As vagas supracitadas foram consultadas às 06 h do dia 05 de agosto de 2019. (Mais Minas)

Situação Financeira de MG é apresentada em Ouro Branco

Reunião expôs o quadro dramático das finanças de Minas Gerais/DIVULGAÇÃO

O Assessor Especial da Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, Victor Cezarini, esteve na cidade de Ouro Branco para apresentar a real situação financeira de Minas Gerais.

Realizada na Câmara Municipal de Ouro Branco, a apresentação contou com a presença de vereadores, secretários municipais, professores universitários e população em geral.

É a segunda vez que Cezarini vem à região, no início do mês esteve também em Conselheiro Lafaiete.

O evento contou com apoio da Associação Comercial de Ouro Branco e Ouro Branco 2030, sendo organizado pelo filiado ao partido NOVO, Banes Júnior.

Lafaiete: Romeu Zema lidera ao Governo de Minas: Carlos Viana larga a frente ao Senado

Com 20,28% dos votos apurados, em Lafaiete, pelo TSE, Romeu Zema (NOVO) lidera a corrida ao Governo do Estado, com 52,78% dos votos, seguido de Anastasia (PSDB) com 23,12% e Pimentel (PT) com 18,71%.

Ao Senado, Carlos Viana (PHS) tem 23,76%, seguido de Rodrigo Pacheco (DEM) com 19,55%, Diniz Pinheiro (SD) com 16,21%, Dima Rouseff (PT) com 13,39% e Rodrigo Paiva (NOVO) com 10,73%.

Governo de Minas determina ponto facultativo para servidores do estado nesta sexta-feira

Medida foi anunciada na tarde desta quinta-feira como reflexo da greve dos caminhoneiros

Devido ao desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros o governo de Minas decretou ponto facultativo para todos os servidores nesta sexta-feira. Em comunicado, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão orienta apenas para que os serviços essenciais devam permanecer.
“Devem ser resguardadas as atividades essenciais, incluindo consultas e procedimentos agendados em toda a rede estadual de saúde, rede do IPSM e Hospital Militar, Ipsemg e Perícia Médica”, informa a nota.
Ainda de acordo com o governo de Minas, as agendas do governador Fernando Pimentel (PT) também foram suspensas. “A medida visa otimizar o uso de combustível para garantir o atendimento dos serviços de segurança pública e saúde em todo o Estado. A recomendação do governador também prevê o cancelamento de agendas e eventos de secretarias e outros órgãos de Estado que demandem deslocamentos”, informa.

Desde ontem, o governo de Minas ainda criou um gabinete de crise. A estratégia é para tomar decisões rápidas e traçar estratégias de logística.  O gabinete já funciona desde quarta-feira a pedido do Governador Fernando Pimentel (PT). Representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e das secretarias de Governo (Segov), de Saúde (SES-MG), de Transportes e Obras Públicas (Setop), de Educação (SEE), de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e de Segurança Pública (Sesp), fazem parte do grupo.

 

MPF pede fim da exigência de simuladores para obter CNH em Minas

Órgão argumenta em ação na Justiça Federal que resolução do Contran e portaria do Detran que obriga o uso do equipamento no processo de aprendizado não têm base legal

A polêmica da exigência de simulador de direção para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) promete um novo capítulo. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública pedindo que a Justiça Federal impeça o Departamento Estadual de Trânsito do Estado de Minas Gerais (Detran-MG) de exigir as aulas virtuais para candidatos à CNH na categoria B, por considerar ilegais atos que instituíram o procedimento. As cinco aulas no equipamento aumentam em pelo R$ 220,00.

Equipamento tornou-se obrigatórios para candidatos à CNH na categoria B (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Equipamento tornou-se obrigatórios para candidatos à CNH na categoria B (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)

A instrução no equipamento, antes dos alunos irem para ruas treinar nos carros, é determinada pela Resolução 543, de 15 de julho de 2015, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Na decisão, tornou-se requisito obrigatório para CNH na categoria B, destinada a condutores de veículos menores, a realização de aulas em simuladores de direção veicular.

Com a resolução, donos de autoescolas são obrigados a oferecer os equipamentos, para não serem descredenciados pelo Detran. E o aluno, só pode realizar o exame de direção depois de comprovar cinco horas de aula prática no simulador.

MPF diz que resolução e portaria que institui simulador são ilegais

Para o MPF, a resolução do Contran, bem como sua regulamentação em Minas pelo Detran-MG (Portaria nº 1.377/2015) são ilegais, porque extrapolaram o poder normativo da Administração Pública, além de inconstitucionais, porque violam princípios como o da legalidade, razoabilidade, proporcionalidade e isonomia.

“A exigência da aula prática em simulador é ilegal, porque se trata de uma obrigação que não está prevista na lei específica, o Código Nacional de Trânsito, e, portanto, não poderia ser criada por mero ato administrativo”, explica o procurador da República Cléber Eustáquio Neves.

“Qualquer alteração no procedimento de obtenção da habilitação para condução de veículos automotores deverá ser feita mediante a edição de lei, após o devido processo legislativo, o que não aconteceu nesse caso.”

Segundo o procurador, “ao impedir o candidato de obter a CNH por falta da aula prática no simulador, o Detran acaba restringindo direitos individuais, sem que a obrigação imposta encontre correspondência na lei, o que é vedado à Administração Pública, conforme reiterada jurisprudência de nossos tribunais.”

Equipamento é fornecido por seis fabricantes autorizados no país

O MPF destaca outros fatores que acabam resultando na violação aos princípios constitucionais da razoabilidade, proporcionalidade e isonomia. É que, de acordo com a resolução do Contran, os equipamentos só podem ser adquiridos de empresas credenciadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
E, conforme pesquisa no endereço eletrônico do Denatran, existem atualmente seis empresas homologadas em todo o país, as quais não estão conseguindo atender a demanda de fornecimento dos equipamentos simultaneamente em todos os municípios brasileiros devido à complexidade da produção do material.

Os fabricantes oferecem o equipamento para venda ao custo médio de R$ 42.500, mais os valores de manutenção e despesas de instalação, frete e seguro, ou em regime de comodato, com prazos que variam de 36 a 60 meses e previsão de cláusula penal em caso de rescisão, com pagamento de multas exorbitantes.


Custo elevado de dispositivo onera autoescolas e aprendizes

“Por aí se vê que o custo da aquisição desses simuladores para cada centro de formação de condutores é exorbitante. Se considerarmos que o processo de credenciamento das autoescolas no estado de Minas Gerais é um ato de natureza precária, com validade de apenas um ano, percebe-se que eles estão arcando com riscos excessivos, que, no final, acabam revertidos aos alunos”, destaca o procurador na ação.

Além do pedido de suspensão imediata dos efeitos da Resolução 543/2015 e da Portaria 1.377/2015, a ação também pede que o Detran seja obrigado a retomar os processos de obtenção de CNH paralisados com base nesses atos normativos, deixando de interromper novos procedimentos.

Com a suspensão, os órgãos de trânsito deverão aplicar as regras previstas nos regulamentos anteriores, quando não havia a etapa obrigatória de aulas em simulador de direção veicular para a concessão da CNH.

Fonte: Portal Uai Notícias

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