Ômicron se propaga a ritmo inédito, diz OMS

Diretor-geral da entidade referência em saúde, Tedros Adhanom alerta que velocidade de disseminação da nova cepa do coronavírus pode voltar a sobrecarregar hospitais

“A ômicron está se propagando a um ritmo que não vimos com nenhuma outra variante”, afirmou nesta terça-feira (14) o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Em entrevista coletiva, ele alertou que a velocidade de disseminação da nova variante do coronavírus pode levar a nova sobrecarga do sistema de saúde do mundo em poucas semanas.

O diretor da OMS ressaltou ainda que os países não devem subestimar a nova variante, ao considerarem como menos letal. “Mesmo que a ômicron de fato cause doenças menos graves, o número imenso de casos poderia sobrecarregar mais uma vez sistemas de saúde despreparados”, reforçou.

De acordo com a entidade, a nova cepa, primeiramente identificada na África do Sul há cerca de três semanas, já foi encontrada em 77 países. “Mas a realidade é que provavelmente a ômicron esteja na maioria dos países, embora ainda não tenham detectado”, destacou Adhanom.

Na mesma linha, o diretor executivo do Programa de Emergências da OMS, Mike Ryan, disse que o mundo, de forma geral, está a “algumas semanas” de distância da onda de infecções causadas pela ômicron. E disse que “é necessário agir agora” para evitar pressão nos hospitais.

Dose de reforço e demais cuidados

Nesse sentido, Adhanom reafirmou: as doses de reforço das vacinas contra a covid-19 são importante arma contra o agravamento da doença. Mas é fundamental que haja uma distribuição mais igualitária desses imunizantes. Nesse sentido, a OMS voltou a pedir que os países ricos priorizem o envio de vacinas para os países mais pobres, sem acesso a imunizantes, em vez de usá-las como dose de reforço apenas para suas populações. 

“É uma questão de priorização. A ordem importa. Dar reforços a grupos com risco baixo de doenças graves ou mortes simplesmente ameaça as vidas daqueles com risco alto que ainda estão esperando suas doses primárias por causa de restrições de suprimento”, disse ainda.

Por fim, ele ressaltou que, mesmo entre os vacinados, é necessário manter as demais medidas de proteção, para conter o avanço da doença. “Não são vacinas em vez de máscaras. Também não são vacinas em vez de distanciamento. Não são vacinas em vez de ventilação ou higienização das mãos. Faça tudo. Faça de forma consistente.”

Pfizer x ômicron

Estudo clínico realizado na África do Sul indica que duas doses da vacina da Pfizer/Biontech oferecem 70% de proteção contra hospitalização para pacientes contaminados pela ômicron. O índice é menor do que resistência de 93% conferida contra a variante delta. Da mesma maneira, a proteção contra infecções caiu para 33% contra a nova cepa, em relação aos 80% conferidos ante a variante anterior. Apesar da queda, a presidenta do SAMRC, Glenda Gray, disse que as vacinas da Pfizer oferecem uma boa proteção contra doenças graves e hospitalizações.

O levantamento foi feito pela rede de saúde privada Discovery Health, em parceria com o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul (SAMRC). Os pesquisadores analisaram 211 mil exames positivos de covid-19. Desse total, cerca de 78 mil foram registrados entre 15 de novembro e 7 de dezembro, quando o país registrou aumento repentino no número de casos, atribuído à ômicron.

A neurocientista Mellanie Fontes-Dutra, coordenadora da Rede Análise Covid-19, endossou a avaliação da especialista sul-africana. “Com duas doses já nos beneficiamos de alguma proteção”, ressaltou. “Agora, é extremamente relevante receber sua terceira dose, pois sabemos que há um impacto maior para o risco de infecção, e que a terceira dose aumenta muito os níveis de anticorpos por exemplo”, comentou, pelas redes sociais.

Por outro lado, o estudo também revelou uma menor taxa de hospitalização causada pela ômicron. Foi identificada uma proporção de 38 internações para cada mil confirmados de contaminação para a nova variante. Entre os contaminados pela delta, esse índice sobe para 101 a cada mil. Além disso, a proporção de pacientes em UTI é de 13% durante a onda atual de contaminações, em que a ômicron responde por 90% dos casos. Nas ondas anteriores registradas pelo país, o índice de internações em UTI alcançava 30%.

Covid no Brasil

O Brasil registrou nas últimas 24 horas 92 mortes pela covid-19. No entanto, oito estados (Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins) não enviaram dados, ainda em função da instabilidade no sistema do Ministério da Saúde desde o suposto ataque hacker, no final de semana.

Com esses números defasados, o total de óbitos confirmados chegou a 616.970 desde o início do surto da doença no país, em março de 2020. Além disso, em tais condições, foram confirmados 3.826 casos nas últimas 24 horas, de acordo com Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), totalizando cerca de 22,2 milhões (22.204.779).

Para auxiliar no controle da doença, o Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou nova cartilha com orientações para as festas de fim de ano. Apesar da redução no número de casos e mortes no Brasil, os pesquisadores lembram que o surgimento da ômicron serve de alerta para o risco de agravamento da doença. Nesse sentido, o material destaca que a vacinação é a forma mais importante de proteção.

Mas outros cuidados, como manter os ambientes devidamente ventilados, também estão presentes. Até mesmo o uso de máscaras durante as confraternizações é recomendado, na medida em que é difícil garantir que todos os participantes estejam devidamente imunizados. Além disso, os encontros familiares também podem incluir crianças que ainda não foram vacinadas.

“Quem ainda não está com o esquema completo, recomendamos que vá ao posto de saúde 14 dias antes do evento para que possa estar protegido e ajudar a proteger os outros também. Essa é uma mensagem que gostaríamos que fosse muito compartilhada e incentivada nos grupos de família e amigos do WhatsApp”, ressaltou o coordenador do Observatório Covid-19, Carlos Machado.

FONTE REDE BRASIL ATUAL

Ômicron se propaga mais rápido e é mais resistente às vacinas, diz OMS

Dados preliminares coletados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que a variante ômicron se propaga mais depressa que a delta, porém causa sintomas mais leves. Dessa forma, a mutação parece contornar parcialmente as vacinas existentes no mercado. A descoberta foi anunciada ontem (12), em comunicado técnico.

Segundo informações da OMS, a nova cepa já está presente em 63 países do globo. Na África do Sul, a ômicron está se disseminando de forma mais veloz que a variante delta, cuja circulação no país é reduzida. Porém, a nova cepa vem se espalhando rapidamente mesmo em nações onde a incidência da delta é alta, como nos países do Reino Unido.

‘Ômicron deve superar delta onde há transmissão comunitária’

A OMS ainda revelou que, no momento, a ausência de mais dados impede afirmar se a taxa de transmissão da ômicron é relativa à evasão imunológica, ao fato de ser mais transmissível ou a uma combinação dos dois fatores. A entidade também avaliou que a “ômicron deve superar a delta nos lugares onde há transmissão comunitária”.

Tanto na África do Sul como na Europa, os sintomas da nova variante parecem ser de leves a moderados. No entanto, a coleta de dados ainda é precária para estabelecer o nível de gravidade do quadro clínico provocado pela mutação.

Na África do Sul, um grupo de cientistas revelou que as duas doses do imunizante da Pfizer tem eficácia de apenas 22,5% na proteção contra a variante ômicron. A pesquisa analisou, em laboratório, o sangue de 12 pacientes imunizados com a fórmula frente à nova mutação do vírus.

Vacinação contra Covid-19

A OMS ressalta que os resultados apresentados são fruto de estudos preliminares. No entanto, existem informações iniciais de que as reinfecções aumentaram na África do Sul, o que pode estar relacionado ao fato de que o vírus contorna anticorpos produzidos em infecções prévias. O texto acrescenta que os testes RT-PCR são eficazes e devem continuar sendo utilizados para diagnosticar pacientes infectados pela Covid-19.

A entidade ainda revelou outro estudo, que analisou amostras de sangue de pessoas vacinadas ou curadas após a infecção pela variante ômicron. Os resultados mostraram menor atividade de neutralização dos anticorpos, em comparação a outras variantes do vírus.

Na semana passada, a fabricante Pfizer/BioNTech afirmou que o esquema de imunização de três doses segue “eficaz” contra a variante ômicron. É o que acontece hoje em países da Europa, que incentivam a população a tomar uma terceira dose da vacina frente às novas ondas de circulação do coronavírus.

Nesta segunda-feira (13), o Reino Unido informou a primeira morte pela ômicron no mundo. O caso foi comunicado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.

Edição: Vitor Fernandes

FONTE BHAZ

Terceiro caso da variante ômicron no Brasil é confirmado em São Paulo

O caso é de um homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27)

A Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (1) o terceiro caso da variante ômicron da Covid-19, potencialmente mais contagiosa, no estado e também no Brasil.

O caso é de um homem de 29 anos que, vindo da Etiópia, desembarcou no Aeroporto de Guarulhos (SP) no último sábado (27). Ao chegar em solo brasileiro, o passageiro foi testado e, em seguida, diagnosticado com a Covid-19.

A identificação de que o homem estava infectado com a variante ômicron foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo de São Paulo.

Ainda de acordo com a Secretaria da Saúde, o homem tomou as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 e está em “isolamento domiciliar”, em Guarulhos, desde que chegou ao Brasil, estando, até hoje, assintomático.

Casal isolado

O casal diagnosticado com a variante ômicron do novo coronavírus está em isolamento na casa de parentes na cidade de São Paulo junto com mais quatro familiares, sendo três adultos e uma criança.

Tanto o casal, que está assintomático, quanto seus parentes adultos tomaram as duas doses da vacina contra a Covid-19, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

O secretário comentou o caso na manhã desta quarta-feira (1º), durante entrevista na Mooca, na zona leste, onde acompanhou o início de uma campanha de busca para vacinar moradores de rua com segunda dose.

Na terça-feira (30), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que a variante ômicron foi identificada no país. À noite, o Instituto Adolfo Lutz confirmou os casos.

O homem de 41 anos e a mulher de 37 são missionários na África do Sul, segundo Aparecido.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, o casal chegou a São Paulo em 23 de novembro e fez o teste dois dias depois, quando os dois foram identificados com a Covid-19.

De acordo com o secretário, a pasta da Saúde agora busca rastrear as pessoas que tiveram contato com os dois. “Desde o dia do diagnóstico para Covid, os dois entraram em isolamento”, afirmou.

Segundo o secretário, a família do casal, também isolada, será testada na tarde desta quarta para saber se também está com Covid.

Um outro paciente com Covid-19 e que passou pela África do Sul aguarda resultados de exames do Instituto Adolfo Lutz. Morador em Guarulhos, o homem de 38 anos chegou ao Brasil no sábado e segundo a prefeitura da cidade da Grande São Paulo, também está em isolamento domiciliar.

FONTE O TEMPO

Brasileiro que passou pela África do Sul, foco da ômicron, está com Covid

Anvisa confirmou o teste positivo, mas afirmou que ainda não é possível dizer se trata-se de uma infecção pela variante ômicron

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou na tarde deste domingo (28) que um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul testou positivo para a Covid-19. No entanto, ainda não é possível afirmar que se trata de uma contaminação pela variante ômicron.

Ele desembarcou em Guarulhos neste sábado (27) em um voo da Ethiopian Airlines.

A agência reguladora disse, em nota, que fiscaliza e exige, por força de portaria interministerial, que o viajante apresente exame RT-PCR negativo para Covid-19 realizado em, no máximo, 72 horas antes do voo internacional na origem do voo.

Na ocasião, o passageiro em questão chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático. No entanto, após sua chegada, a Anvisa foi informada no sábado (27) sobre o resultado positivo de novo teste de RT-PCR, realizado pelo laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos.

“Diante do resultado, a agência notificou o CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) nacional, estadual e municipal neste domingo (28). A Vigilância epidemiológica do município de Guarulhos também foi acionada para acompanhamento do caso.

FONTE O TEMPO

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