Devolução do auxílio emergencial vai atingir 2,1 milhões de brasileiros; veja quem

O Governo Federal revelou que poderá solicitar a devolução do auxílio emergencial distribuído irregularmente à população. Caso a decisão se concretize, a decisão poderá impactar 2,1 milhões de brasileiros ainda neste mês de dezembro.

De acordo com o Planalto, a operação de recuperação do dinheiro deve arrecadar 1,5 bilhão de reais aos cofres públicos. A informação, divulgada pela Rede Globo,  aconteceu após a emissora ter acesso a um documento do Ministério da Cidadania, responsável pelo auxílio emergencial.

A princípio, a suspeita é que os beneficiários com rendimento acima do permitido para acessar o auxílio tenham recebido ilegalmente o benefício. Além disso, a possibilidade de que político eleitos, militares e servidores públicos tenham recebido os valores do Governo.

Como o ministério vai solicitar a devolução do auxílio emergencial? VEJA!

Após a notícia, o Ministério da Cidadania confirmou que vai enviar mensagens de texto aos brasileiros que receberam o auxílio emergencial de forma irregular. A pasta informou que o custo da operação pode chegar a 163 mil reais e que 4,8 milhões de mensagens devem estar preparadas.

Caso a população acionada não efetue a devolução do dinheiro, o Ministério pode enviar uma nova mensagem reforçando a cobrança. Isso deve acontecer já na segunda semana de dezembro.

Relatório TCU

Em novembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou em nota que entre abril e julho houve indício de quase meio milhão de recebimentos indevidos do auxílio emergencial.

À época, o relator da análise, ministro Bruno Dantas, determinou que o Ministério da Cidadania realizasse uma varredura mensal sobre elegibilidade dos beneficiários do programa.

Até o mês de julho, período da análise, foram pagos R$ 167,61 bilhões do auxílio emergencial instituído pela Lei 13.982/2020 (art. 2º). O montante equivale a 66% dos créditos extraordinários abertos para o pagamento do benefício.

Ao todo, o governo pagou o auxílio emergencial a 66,9 milhões de pessoas, que compõem 55,8 milhões de famílias brasileiras, segundo o TCU. A Corte verificou ainda que o auxílio emergencial direcionou mais de 50% dos recursos aos domicílios enquadrados entre os 30% mais pobres.

“Essa focalização é inferior apenas à do Programa Bolsa-Família, que alcança 71,4%, também levando em conta os 30% das famílias com renda per capita mais baixa”, observou o ministro-relator Bruno Dantas, em nota à imprensa fornecida pelo TCU.

Por outro lado, o Tribunal de Contas da União verificou que 29% dos recursos do auxílio foram alocados para 50% dos domicílios com maior renda, aquela superior a R$ 665,11 por pessoa. Estima-se que 8,5 milhões de domicílios com renda per capita acima de meio salário mínimo receberam o auxílio emergencial.

Também se estima que pelo menos 4,8 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial descumprindo a regra de dois membros por família. Até o mês de junho, 1,31 milhão de benefícios foram cancelados por estarem em desacordo com as regras de elegibilidade, o que representa 2% do total de elegíveis e indica pagamentos indevidos de R$ 1,46 bilhão.

Auxílio de R$ 300 libera novo lote de pagamentos nesta quarta

O Governo Federal liberou o novo calendário de pagamento do auxílio emergencial de R$ 300. Mães chefes de família recebem R$ 600 por parcela.

O cronograma foi iniciado no dia 17 de setembro, com o pagamento sendo feito para os beneficiários do Bolsa Família.

Assim como nos calendários anteriores para beneficiários do Bolsa Família, o pagamento segue de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Nesta quarta-feira, 23 de setembro, a liberação ocorre para quem tem NIS terminado em 5.

O auxílio emergencial e o Bolsa Família não são benefícios cumulativos. Ou seja, o beneficiário dos dois recebe apenas o que tem pagamento maior. Até agora, foi divulgada apenas a data de pagamento para esse grupo. Os beneficiários que fizeram cadastro pelo site ou pelo app ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) ainda não tiveram os detalhes do calendário divulgados.

Veja abaixo o calendário completo da sexta parcela de pagamento do auxílio emergencial para beneficiários do Bolsa Família. O pagamento é de R$ 300 – ou de R$ 600, para mães chefes de família.

  • 17 de setembro: NIS de final 1
  • 18 de setembro: NIS de final 2
  • 21 de setembro: NIS de final 3
  • 22 de setembro: NIS de final 4
  • 23 de setembro: NIS de final 5
  • 24 de setembro: NIS de final 6
  • 25 de setembro: NIS de final 7
  • 28 de setembro: NIS de final 8
  • 29 de setembro: NIS de final 9
  • 30 de setembro: NIS de final 0

Auxílio prorrogado até dezembro

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio foi oficializada por meio de medida provisória e terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.

“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro.

Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.

O presidente Jair Bolsonaro já havia informado sobre a redução do valor do benefício e argumenta que, se o valo pode parecer pouco para os brasileiros afetados pela pandemia, “é muito para quem paga, no caso, o Brasil”.

De acordo com cálculos feitos pela equipe econômica, o custo mensal do benefício foi de R$ 50 bilhões por mês durante a primeira fase do programa.

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