Estudo inédito lista os 5 parques do Brasil menos conhecidos

Desinformação, distância e custos são as principais barreiras; veja os 5 parques menos conhecidos e onde eles ficam.

Numa conversa qualquer sobre viagens, não é raro encontrar um brasileiro que conheça mais sobre as atrações da Disney do que as de um parque do Brasil. Ou então, alguém que saiba de cor como ir de Londres a Paris, mas não tem ideia de como chegar a um parque natural na cidade de São Paulo.

Na pesquisa inédita Parques do Brasil – Percepções da População, divulgada nesta terça-feira, 16 de abril, o Instituto Semeia, com apoio do ICMBIo (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do Instituto Ekos Brasil, relata as percepções da população brasileira com relação aos parques naturais e urbanos do Brasil.

De acordo com o estudo, que ouviu 1.539 brasileiros de dez regiões metropolitanas do país, apesar da maioria da população conhecer algum dos 569 parques naturais no Brasil, cerca de um terço (29%) ainda não esteve em um nenhum desses lugares.

“Este cenário expressa o desafio de impulsionar a visitação nos parques brasileiros junto à opinião pública, enfrentado por gestores e especialistas dessas áreas”, analisa a coordenadora de Conhecimento do Instituto Semeia, Mariana Haddad, em nota enviada ao Viagem em Pauta.

A pesquisa mapeou a vivência da população com os parques, a partir de quatro pontos: conhecimento (o que), experiência (como), motivações (por que) e barreiras. E o não-conhecimento dessas áreas verdes não está vinculado à classe social, já que quase metade (48%) é da classe C e o segundo maior grupo (39%) compreende as classes A e B.

Mas quem viajou pelo Brasil, nos últimos anos, por exemplo, já deve até saber quais são as principais barreiras para o aumento de viagens do gênero: custo de deslocamento (33%), distância (22%), custo com hospedagens (20%), falta de informações sobre os parques (13%) e as atividades disponíveis neles (12%).

Já quem nunca visitou também indicou obstáculos para conhecer os parques, como custos com deslocamento (42%) e hospedagem (31%), distância (20%) e desinformação (13%).

CONHEÇA A DIFERENÇA

Parques Naturais

Grandes áreas demarcadas pelo governo para a conservação do meio ambiente. Geralmente, ficam em locais mais afastados dos centros urbanos e são procurados por visitantes em busca de atividades de aventura, contato com a natureza e contemplação de atrativos naturais, como o Parque Natural Municipal Jaceguava, às margens da Represa Guarapiranga, em Parelheiros, e o vizinho PNM Varginha.

Parques Urbanos

São áreas verdes públicas, dentro das cidades, procuradas pela população para a prática de esportes, atividades de lazer, entretenimento e contato com a natureza nos centros urbanos. O Ibirapuera e o Horto Florestal são alguns exemplos desse tipo de parque.

Entre os parques urbanos, cujas opções costumam ser gratuitas e de mais fácil acesso, 21% dos entrevistados disseram visitar um deles até uma vez por mês e outros 49%, nos últimos seis meses.

Com relação às barreiras para visitação desse tipo de parque, 30% responderam distância, 21% preferem ficar em casa, 14% optaram por outro tipo de passeio e 13% se referem aos custos. A pesquisa aponta também impeditivos como zeladoria (banheiros e instalações ruins, má iluminação, falta de equipamentos de lazer e segurança).

Próximos a grandes centros urbanos, os parques mais lembrados pelos brasileiros são o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Cantareira. Entre os mais distantes, foram citadas unidades de conservação como o Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA).

Foto: Viagem em Pauta
Foto: Viagem em Pauta * fonte: Instituto Semeia

Parques menos conhecidos no Brasil

Para a elaboração do Parques do Brasil – Percepções da População, a pesquisa fez o seguinte pedido para os 1.539 entrevistados: marque na lista abaixo todos os parques naturais que você conhece, mesmo que seja só de ouvir falar.

Em outros estudos, o Instituto Semeia já apontava que um dos entraves do turismo em parques é o baixo reconhecimento desses espaços pela sociedade. Por isso, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que se refere à divulgação e promoção de parques do gênero, sejam eles estaduais ou nacionais.

As unidades menos conhecidas ou mencionadas pelos entrevistados são o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí (22%), Parque Nacional da Serra da Bocaina, no Rio de Janeiro e São Paulo (17%), Parque Nacional de Aparados da Serra, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina (8%), Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais (8%), e Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas (4%).

Cânion Itaimbezinho
Cânion Itaimbezinho Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

Apesar dos estragos que a pandemia de coronavírus causou na economia mundial, o estudo do Instituto Semeia aponta que a procura por parques voltou a crescer, passando de 27% na edição de 2022 para 44% na atual.

Porém, ainda não dá para afirmar que será possível retornar aos patamares de antes da covid-19, uma vez que a crise sanitária mundial deixou uma série de consequências, como o impacto da pandemia sobre a renda da população, apesar da ampla reflexão sobre a natureza e seus benefícios para a saúde.

Ainda assim, os entrevistados associaram suas experiências em parques a sensações como liberdade, paz e natureza. Para avaliar esses sentimentos, a pesquisa considerou a média das respostas – e, nesse quesito, vale ressaltar que as experiências podem variar consideravelmente de um local para outro.

Quanto aos parques naturais, as avaliações dos 12 aspectos sobre zeladoria, serviços aos usuários e educação ambiental variaram entre 63% e 73% nas atribuições de ótimo e bom. Além disso, 66% atribuíram notas 9 ou 10 e recomendariam a experiência a familiares e amigos.

Sobre parques urbanos, 40% dos visitantes o fizeram no último mês, sendo 56% com visitas que duraram entre 1 e 3 horas. Os sentimentos foram de natureza, paz e liberdade. Zeladoria, serviços aos usuários e educação ambiental foram avaliados como bom e ótimo pela maioria, com notas 9 e 10, e 68% das pessoas entrevistadas recomendariam a visitação.

 

FONTE TERRA

Quais são os parques nacionais mais visitados do Brasil? Veja lista

Demanda por experiências ao ar livre e perto da natureza aumentou no último ano, segundo dados do ICMBio

Os parques nacionais do País tiveram um pico de visitação no ano de 2023, com o registro histórico de 11,8 milhões de pessoas – 15% a mais que o total de visitações no ano anterior. Os números são do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra as unidades de conservação federais.

O recorde em comparação aos anos anteriores reflete uma recuperação dos números pré-pandemia, além de uma crescente demanda por experiências ao ar livre e em contato com a natureza.

O analista ambiental Leonardo Freitas, da equipe de uso público do Parque Nacional da Tijuca, disse que o aumento de cerca de 25% na visitação aconteceu de forma bem distribuída em toda a unidade.

“A Floresta da Tijuca e o Parque Lage, nos quais não há cobrança de ingresso, receberam cerca de 30% a mais de visitantes na comparação com 2022, enquanto o Corcovado e a Vista Chinesa aumentaram o seu público em 27% e 15%, respectivamente”, avalia.

A pesquisa Tendências de Turismo 2024, realizada pelo Ministério do Turismo, aponta que o turismo de natureza/ecoturismo como a segunda principal motivação do viajante brasileiro, com 27% da preferência dos entrevistados, atrás apenas do turismo de sol e praia, o favorito de 59% dos consultados, o que contribui para embasar a visitação aos parques nacionais.

“O Ministério tem apostado cada vez mais no fomento ao segmento do ecoturismo como uma política pública para a promoção do turismo sustentável, pois, em especial depois da pandemia de covid-19, as pessoas passaram a buscar mais essa forma de conexão com a natureza, aliada a ações de preservação das nossas riquezas naturais”, explica a coordenadora-geral de Sustentabilidade e ações climáticas do Ministério do Turismo, Carolina Fávero.

Confira o ranking dos 10 parques nacionais mais visitados do País em 2023:

  • 1º – Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 4.464.257 visitações;
  • 2º – Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, com 1.800.225 visitações;
  • 3º – Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, com 1.487.283 visitações;
  • 4º – Parque Nacional da Serra da Bocaina, na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro, com 715.537 visitações;
  • 5º – Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em Fernando de Noronha, com 618.238 visitações;
  • 6º – Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão, com 408.235 visitações;
  • 7º – Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, na Bahia, com 323.149 visitações;
  • 8º – Parque Nacional de Brasília, no Distrito Federal, com 300.603 visitações;
  • 9º – Parque Nacional de Ubajara, no Ceará, com 210.898 visitações;
  • 10º – Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, com 208.974 visitações.

 

FONTE TERRA

Brasil tem quatro parques na lista dos melhores do mundo; veja os locais

Os parques brasileiro ficaram na frente, inclusive, do Walt Disney Studios Park, em Marne-la-Vallee, na França

O Brasil está na lista dos países que tem os melhores parques de diversões e aquáticos do mundo, segundo a lista do TripAdvisor, ocupado a segunda e terceira colocações no TOP 10, segundo a avaliação dos turistas e usuários. No total, quatro parques brasileiros fazem parte da lista e ficaram na frente, inclusive, de um parque da Disney. Fazem parte da lista 25 parques ao redor do mundo.

“As experiências e atrações premiadas com o Travellers’ Choice conquistaram um grande volume de avaliações e opiniões positivas em 12 meses. Cada lugar premiado passou por nossos padrões rigorosos de segurança e confiança”, destaca a plataforma.

O Beto Carrero World, o segundo melhor da lista, é um parque temático localizado no litoral norte do estado de Santa Catarina e o maior da América Latina. O parque tem mais de 100 atrações, com brinquedos radicais e familiares, sete shows ao vivo diariamente e “o mais belo zoológico do País.” O parque obteve nota 4.5 com 20.294 avaliações.

O terceiro na lista é o Beach Park de Aquiraz, um complexo turístico do litoral do Nordeste do Brasil, localizado na praia de Porto das Dunas, a 27 quilômetros de Fortaleza. O parque aquático é considerado o maior da América Latina, distribuído numa área total de 20.000 m² e 13 km² de área. O parque teve nota 4.5 com 15.038 avaliações.

O Parque Terra Mágica Florybal, em Canela, está na 13ª colocação com nota 4.5 e 6.176 avaliações. O parque oferece cinema em 7D, voo de Pterodáctilo, Dino Móvel e dezenas de outras atrações e foi inaugurado em 2011. A ideia do parque temático foi de Valdir Cardoso, fundador da Florybal Chocolates.

Na 18ª posição está o Hot Park, em Rio Quente, e é um dos melhores parques aquáticos do mundo, o maior da América do Sul e o único com águas quentes. Possui uma área de 55 mil m² com diversas atrações radicais, outras para relaxar e tudo isso em meio à natureza. Com pontuação 4.5 o parque teve 13.796 avaliações.

Os parques brasileiro ficaram na frente, inclusive, do Walt Disney Studios Park, em Marne-la-Vallee, na França. No topo da lista está o Siam Park, localizado em Tenerife na Espanha, e obteve nota 4.5 com 34.809 avaliações.

O grande vencedor é um parque aquático foi inaugurado em 2008 e é um dos maiores parques temáticos de atrações aquáticas da Europa. Ao todo, são 185.000 metros quadrados decorados segundo o exotismo e o mistério do antigo reino do Sião, com uma grande diversidade de tobogãs para quem gosta de adrenalina.

Lista dos parques

  • Siam Park – em Tenerife, Espanha
  • Beto Carrero World – Penha, Brasil
  • Beach Park – Aquiraz, Brasil
  • Ferrari World Abu Dhabi – Abu Dabi, Emirados Árabes
  • Waterbom Bali – Kuta, Indonésia
  • Le Puy du Fou – Les Epesses, França
  • Futuroscope – Chasseneuil-du-Poitou, França
  • Pleasure Beach – Blackpool, Reino Unido
  • Yas Waterworld Yas Island – Abu Dhabi Abu Dabi, Emirados Árabes
  • The Milky Way Adventure Park – Clovelly, Reino Unido
  • Aquafollie – Caorle, Itália
  • Alton Towers – Alton, Reino Unido
  • Parque Terra Mágica Florybal – Canela, Brasil
  • Silver Dollar City – Branson, Missouri
  • Dollywood – Pigeon Forge, Tennessee
  • Universal’s Islands of Adventure – Orlando, Flórida
  • Fun Spot America – Kissimmee, Flórida
  • Hot Park – Rio Quente, Brasil
  • Walt Disney Studios Park – Marne-la-Vallee, França

FONTE ITATIAIA

Parques do Itacolomi e Ibitipoca serão licitados a concessão pública

Economia prevista é de R$ 2 mi aos cofres públicos, além da geração de 1,6 mil empregos diretos e indiretos

A concessão dos parques do Itacolomi e Ibitipoca deve garantir uma economia de R$ 2 milhões ao ano ao Estado, além da geração de cerca de 1,6 mil empregos diretos e indiretos. A licitação para a concessão será na modalidade concorrência, com a entrega de envelopes marcada para o dia 15/12, na sede da B3, em São Paulo, e a sessão pública, em 21/12, no mesmo local. Vencerá o processo, a proposta economicamente mais vantajosa, considerando o maior valor de outorga a ser paga ao Estado. O edital foi publicado nessa terça-feira (18/10).

“Com esse contrato, incentivaremos o lazer, o turismo sustentável e o desenvolvimento econômico, principalmente para as comunidades do entorno. Além da geração de emprego, a concessão tem como pilar a manutenção da conservação ambiental”, ressalta a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

A concessionária será responsável pela requalificação, modernização e operação dos parques e na aplicação dos recursos para a implantação, manutenção e reforma de infraestruturas, como, por exemplo, centro de visitantes, quiosques, mirantes e restaurantes. Em contrapartida, poderá ao longo dos 30 anos da concessão, obter receitas advindas de atividades como cobrança de ingresso, hospedagem, alimentação, comércio e serviços turísticos, incluindo atividades de turismo de aventura.


Cabe ao Instituto Estadual de Florestas (IEF) a gestão administrativa das unidades, mantendo a responsabilidade pelas ações de conservação e educação ambiental, fomento a pesquisas, prevenção e combate aos incêndios, além da gestão do contrato de concessão, o monitoramento e a fiscalização do desempenho do parceiro privado.

O projeto contou com a cooperação da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), por meio da Coordenadoria Especial de Concessões e Parcerias (CECP), responsável por assessorar as ações e os procedimentos relativos aos projetos e contratos de concessão e parcerias do Estado.

Escuta pública 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contratado pelo IEF para elaboração do projeto de concessão das unidades de conservação, estruturou o processo em conjunto com o Consórcio Modelagem Parques – Bloco 3, liderado pela empresa Houer Consultoria e Concessões. O trabalho envolveu avaliação comercial e estudo de demanda, diagnóstico socioambiental, estudos arquitetônicos e de engenharia, estudo e modelagem jurídica, bem como a modelagem econômico-financeira do negócio.

Para elaboração do projeto, foram realizadas reuniões técnicas com autoridades municipais, comunidades do entorno das unidades de conservação, órgãos de controle, além de representantes da sociedade civil e do mercado. “Foram meses de discussão, para ouvir, analisar e entender os anseios da população local. Essa fase foi fundamental para podermos aprimorar o projeto, gerando benefícios para a sociedade e para o meio ambiente”, avalia Marília Melo. Durante os 75 dias de consulta e audiências públicas, foram recebidas 285 contribuições. Todas foram respondidas e publicadas no site do IEF-MG.

Programa Parc 

Em 2019, o Governo de Minas lançou o Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc) para desenvolver e implementar um novo modelo de gestão, operação e manutenção em 20 Unidades de Conservação sob responsabilidade do Estado, garantindo uma melhor experiência para os visitantes, fortalecendo a atividade turística nos municípios e regiões adjacentes, bem como valorizando as riquezas natural e cultural.

Dentre os benefícios previstos, destaca-se a ampliação dos serviços turísticos, com diversificação de opções de lazer nessas unidades; melhoria na infraestrutura, com foco na conservação ambiental e histórico-cultural das regiões; ampliação do número de visitantes; redução do custo de manutenção para o Estado, com ganhos de eficiência para o poder público e para os usuários; e geração de emprego e renda nas diversas regiões contempladas.

No âmbito do Parc, a Concessão da Rota Lund foi assinada em agosto de 2021, e contempla três Unidades de Conservação: o Parque Estadual do Sumidouro e os Monumentos Naturais Estaduais Gruta Rei do Mato e Peter  Lund.

O Parc é coordenado pelo IEF e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), com a participação das Secretarias de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e de Cultura e Turismo (Secult), por meio de um Acordo de Cooperação Técnica. 

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