Padre João diz que famílias de Congonhas vivem tortura emocional com descaso da CSN

Deputado quer integrar a CPI das Barragens para ampliar o

poder de atuação em prol da comunidade

A ausência de representantes para debater a situação  da barragem Casa de Pedra tem marcado a fala de participantes da audiência que ocorre na manhã desta sexta-feira. A reunião fez parte dos trabalhos da comissão externa de Brumadinho e foi requerida pelo deputado federal Padre João (PT).

O primeiro a criticar a empresa foi o requerente do encontro, deputado Padre João  (PT). Ele lamentou a postura da CSN que não poderia se furtar de participar do encontro.

Outras autoridades como o presidente da comissão, deputado federal Zé Silva (SD) e o deputado federal Julio Delgado, relator da comissão, além populares também repudiaram a empresa e cobram mais diálogo. A deputada federal Aurea Carolina também criticou a empresa.

Protestos de moradores marcaram discussões em Congonhas /CORREIO DE MINAS

Para o deputado Padre João, o encontro foi de suma importância: “Conseguimos dimensionar a indignação e também a esperança da comunidade, além de certo desencanto com a empresa CSN. O desrespeito que a companhia já demonstrava em relação à comunidade foi ampliado nessa reunião pública, atingindo também a Câmara Federal. A relação Institucional da CSN esteve em Brasília e reuniu-se conosco no plenário das comissões. No encontro foi garantida a presença da empresa por meio de representante, além de acertar uma visita à estrutura da barragem Casa de Pedra”, revela.

O que seria para ser uma visita técnica, será, conforme o deputado, uma ação de fiscalização,  junto aos órgãos competentes e com a presença da comunidade. Padre João parabenizou a atuação do promotor Vinícius Alcântara. Ele ressaltou a importância da recomendação do Ministério Público para que haja a remoção voluntária dos moradores do Bairro Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro.

Moradores reivindicaram o direito de viver com dignidade/Terezinha Cândida

O deputado garantiu que a comissão externa acompanhará os desdobramentos da recomendação e, caso a CSN desacate também o Ministério Público, irá recorrer ao Judiciário. Ele ressaltou a necessidade de que as recomendações se tornem determinações com prazos bem definidos. “As famílias não podem ficar nessa situação de tortura psicológica, adoecimento e empobrecimento, enquanto a empresa permanece em conforto, tendo ainda suas ações valorizadas”, afirma. Na terça-feira, dia 26, haverá uma reunião da Comissão em Brasília com resoluções como requerimentos e outras ações. Representantes de Congonhas devem participar.

Padre João também informou que requereu sua participação na CPI das Barragens. “Assim, teremos poder de polícia e veremos o que será possível alcançar, uma vez que há denúncias contra a CSN em relação a trabalhos que estariam sendo executados sem a devida autorização dos órgãos ambientais”, antecipa.

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