Projeto Memória Viva de Queluz

Sedição de Queluz 

180 anos da Batalha de QueluzMovimento Revolucionário de 1842

Parte 5 – Especial, Bernardo Guimarães

Por João Vicente

Continuando a série sobre a “ Sedição de Queluz- 180 anos da Batalha de Queluz”, publicaremos uma matéria muito interessante sobre Bernardo Guimarães, ouro-pretano, que estudou na mesma escola de Direito que o Conselheiro Lafyette estudou, a faculdade de Direito, Largo São Francisco, São Paulo, capital, berço da Sociedade Epicurista, fundada por três jovens, Azevedo, Lessa e Guimarães e seguidores do poeta inglês, Byron. Alias lendo um artigo muito bom, foi essa galera aí que começou a aterrorizar a literatura brasileira no conturbado século XIX, Paris que o diga. Bom, isso é assunto paras outro dia. Voltando ao Bernardo Guimarães, por isso, foi juiz na província de  Goiás, professor em Queluz ( Latim e Francês) e escritor-poeta. Nãos esquecendo, Guimarães bebeu muita água quando viveu pelas bandas de Uberaba. Segundo relatos do seu biografo Basílio de Magalhães deduziu, de informações que obteve da viúva de Bernardo Guimareses que ele não servira os rebeldes e sim os legalistas e sua certa participação na Batalha de Queluz. Em 1873  se mudou para Queluz, escreveu o romance “Escrava Isaura” no casarão que morava e por muitos anos funcionou a escola Monsenhor Horta, inclusive escola a qual eu fiz meus estudos do antigo 1º grau e 2º grau e que hoje funciona o Supermercado EPA. O lançando da primeira edição do romance, “Escrava Isaura”, aconteceu em 1875 em Queluz, hoje Conselheiro Lafaiete. (mas onde ?)Eu não sei, mas só sei que dá uma boa pesquisa.

Bernardo Guimarães – um discípulo de Byron no sertão (Editora Migalhas-2013)

George Gordon Byron, 6.º Barão Byron, conhecido como Lord Byron, foi um poeta britânico e uma das figuras mais influentes do romantismo. Entre os seus trabalhos mais conhecidos estão os extensos poemas narrativos Don Juan, A Peregrinação de Childe Harold e o curto poema lírico She Walks in Beauty

Nascido Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, em Ouro Preto-MG, aos 15 de agosto de 1825, o autor cresceu na também mineira Uberaba, travando conhecimento com o sertanejo que mais tarde figuraria em muitos de seus romances, desenvolvidos sobretudo a partir da tradição da narrativa de “causos”. Conforme remarca o crítico Jamil Almansur Haddad, “Bernardo Guimarães não é evidentemente dos tais Quixotes que empunham a lança em prol do estilo. O que ele quer é contar uma história.”

Para o sociólogo e professor de teoria literária da USP Antonio Candido, embora um dos livros mais famosos de Bernardo, A Escrava Isaura, seja situado na Província do Rio de Janeiro, “o seu mundo predileto é o oeste de Minas e o sul de Goiás, onde se passam O Ermitão de Muquém, O Seminarista, O Garimpeiro, O Índio Afonso, A filha do Fazendeiro, que constituem o bloco central e mais característico da sua ficção.”

Bernardo Guimarães estudou Direito no Largo de São Francisco, ambiente que lhe seria propício para o desenvolvimento da literatura – fundou, com Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa a célebre Sociedade Epicureia, que pretendia realizar os sonhos de Byron, a cujos princípios o exímio tocador de violão e amante de boa cachaça seria fiel para sempre. De acordo com a moda da época, sua iniciação nas letras fez-se pelas portas da poesia marcada pelo devaneio e pelo macabro, para mais tarde, a partir da década de setenta, lançar-se à ficção.

São Paulo em 1860, ao fundo a Faculdade de Direito do Largo São Francisco onde Bernardo Guimarães. Dois Conselheiros  do Imperador D. Pedro II,  também estudaram  nesta faculdade e eram de Queluz, Lafayette Rodrigues Pereira e Joaquim Antão Fernandes Leão

Foi juiz em Catalão-GO em dois períodos (1852-1854 e 1861-1863), no intermédio dos quais foi jornalista no Rio de Janeiro. A experiência em Goiás propiciou-lhe voltar ao ambiente caboclo de sua infância e ali ouvir as histórias e crendices que lhe inspirariam romances.

Em 1861 ocorre um dos causos famosos de Bernardo Guimarães, narrado pela pena de seu neto, José Armelin Bernardo Guimarães:

“Ao assumir interinamente o juizado de Direito e impressionado com o mau tratamento que os presos recebiam, Bernardo convoca uma sessão extraordinária de júri para julgar 11 réus. Foram todos absolvidos e soltos imediatamente. O presidente da província, José Martins Pereira de Alencastre, move processo contra Bernardo. O processo não dá em nada em função de mudanças no Governo, o juiz titular (Virgínio Henriques Costa) é transferido para uma comarca vizinha e Bernardo ocupa o cargo até 1863.”

Em 1864 ou meados de 1865, volta a sua terra natal, Ouro Preto, como professor de retórica e poética do Liceu Mineiro; casa-se em 1867  e cinco depois muda para Queluz e vai dá aulas de francês e latim (hoje Conselheiro Lafaiete); casa-se em 1867 com Teresa Maria Gomes de Lima Guimarães, com quem tem oito filhos; em 1868, volta a viver ainda um tempo no Rio de Janeiro, para enfim fixar-se de vez em Ouro Preto. Em 1873  muda para Queluz e vai dá aulas de francês e latim.

É um de seus descendentes, Armelin Guimarães, quem relata:

“Parece-me que a partir de 1877 já Bernardo Guimarães havia abandonado, de vez, o magistério. Passou, desde então, a viver dos caraminguás que lhe rendiam esporadicamente os direitos autorais. O Garnier era seu patrão…

As aulas de Bernardo andavam com urucubaca. As cadeiras de Retórica e Poética do Liceu de Ouro Preto havia muito estavam suprimidas. As de Filosofia e Literatura do Colégio de Congonhas foram fogo de palha. A Queluz não iria mais.

A advocacia, já tinha mesmo mandado às favas. Cargos de nomeação do Governo, nem queria ouvir falar nisso! Da política fugia como o diabo foge da cruz. Nem pensar queria em seguir ao pai, que fora parlamentar em vários períodos legislativos na Assembleia Provincial, embora lhe acenasse com propostas e certos favoritismos de mão beijada, que outros não rejeitariam. E não seria nem cascudo nem ximango. Permaneceria um independente. Entregar-se-ia inteiramente às letras e às musas, nem que para tanto fosse preciso passar à água e angu.”

Foi por essa época, em 30 de março de 1881, que o Imperador D. Pedro II chegou em visita à velha capital das Gerais e manifestou o desejo de encontrar-se com o autor de A Escrava Isaura. Verdadeiro “inimigo das formalidades”, como mais tarde o classificaria Sílvio Romero, todos temeram pela recusa do escritor. O encontro deu-se, contudo, com a intermediação de d. Teresa, dos filhos do escritor e dos criados da casa:

“D. Pedro II, ao ver o poeta, rompendo o cerimonial rotineiro, levantou-se e avançou para o seu lado, abraçando-o, comovido. O monarca, que também fazia versos, externou-lhe a profunda admiração que por ele tinha, e o desejo de possuir, tomadas das próprias mãos do escritor, todas as obras já publicadas.”

Conta a tradição que ao final do encontro, o Imperador teria oferecido ao escritor o título de barão, ao que teria tido como resposta:

— Sou, Majestade, um homem pobre. Onde já se viu um barão sem baronato?

E assim, pobre, morre em 1884.

Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/191259/bernardo-guimaraes—um-discipulo-de-byron-no-sertao

Essa matéria reproduzida, foi escrita pela editora Migalhas em 27 de novembro de 2013

Fonte: https://www.migalhas.com.br/quentes/191259/bernardo-guimaraes—um-discipulo-de-byron no sertão

Projeto Memória Viva de Queluz – Sedição de Queluz

180 anos da Batalha de QueluzMovimento Revolucionário de 1842

Por João Vicente

3º Parte – 1842 e as lideranças liberais paulistas

Antes de entrar nas biografias dos líderes  liberais do Movimento Revolucionário de 1842, vamos dar uma passada como o Brasil estava em 1842 tanto do ponto de vista econômico e político. Precisamos entender como as elites agrárias se posicionavam politicamente e  em relação ao país, já que essas forças políticas, econômicas e  sociais predominante na época se dividiam entre liberais e conservadores nesse período.  Em síntese, iremos abordar alguns antecedentes que culminou na insurgência dos liberais contra o Gabinete formados pelos partidários do Partido Conservador. Quem se interessar pelo tema colocaremos no final da matéria algumas dicas de leituras e filmes.

1 – Brasil de 1840 a 1842

O estopim da revolta dos liberais em 1842 se deu com a  dissolução da Câmara dos Deputados de maioria formada por deputados liberais em maio do mesmo ano. Essa medida tomada pelo Imperador D.Pedro II, ferveu o caldeirão da política no Brasil Império. A ebulição política já vinha subindo o tom entre liberais e conservadores deste a renuncia do Padre Feijo  da Regência Una em 1837. Com  interpretação do Ato Adicional de 1834 em 1840 ( retorno do Conselho Moderador) e as reformas do Código Processo Criminal em 1841, medidas conhecidas como regressivas, deixou os liberais raivosos e o caminho encontrado por eles foi  instaurar um movimento armado para tirar os conservadores do poder.

2 – Economia, Partidos e as elites de 1831 a 1842

O Brasil nesta época como todos nos sabemos, era um pais agroexportador de algodão, cacau, açúcar, fumo, café e de  pouca industrias. Sua financia publica estavam com um rombo enorme pelos gastos na manutenção da monarquia principalmente e os gastos militares no combate as revoltas que afloraram no período regencial( 1831 a 1840). A elites agrárias que estavam divididas entre caramurus, chimangos e farrapos ( guerra Farroupilha) se diferenciavam na forma de governar. Os caramurus (restauradores) desejavam o retorno de D.Pedro I, os chimangos (moderados) eram a favor da monarquia e do status quão  e os farrapos a Republica (jurujubas).

Os exaltados foram derrotados pelos moderados que passaram dominar a economia e a política através dos Partidos Conservador e Liberal. No sul, a Republica Rio Grandense, liderados pela elite de estancieiros e charqueadores, chamados de  farrapos, resistiam. O modelo agroexportador que utilizava mãos de obra escrava envergonhava a nova elite agroexportadora urbana que defendia o fim da escravidão e a implantação de indústrias no Brasil. O poder político, o poder econômico, o poder judiciário que estava nas mãos das elites agrárias  se dividiram entre legalistas e insurgentes em 1842.  As pacificações  nas províncias  de São Paulo e Minas pelo Barão de Caxias e da Guerra dos Farrapos em 1945,vai por um ponto final na revolta dos liberais e por um bom período  as elites agrárias conservadoras e liberais irão ter uma convivência mais pacifica e com mais paz nas províncias, haverá uma melhora na economia principalmente, com a produção do café no Vale do Paraíba (SP-RJ). Esse período de recuperação na economia  vai ser interrompido com a chegada de mais um conflito bélico e bem mais perigoso e custoso, a Guerra do Paraguai, o maior conflito armado da América Latina que durou 6 anos ( 1864 a 1870).

3 – As lideranças liberais paulistas no Movimento Revolucionário de 1842 na Província de São Paulo

A movimentação dos rebeldes em maio de 1842, na cidade de Sorocaba, onde a revolta começou. Óleo sobre tela de Ettore Marangoni. Domínio público

Bom, como podemos constatar o ano de 1842, o caldeirão político estava fervendo e no dia 17 de maio, partindo de Sorocaba, o levante liderado pelo Brigadeiro Rafael Tobias, inicia o  Movimento Revolucionário de 1842 na Província de São Paulo.

Rafael Tobias de Aguiar 

  Militar e Político paulista (1794-1857)

Nascido no dia quatro de outubro de 1795, Rafael Tobias de Aguiar era proveniente de Sorocaba. Seus pais, Antônio Francisco de Aguiar e Gertrudes Eufrosina Aires, eram fazendeiros e possuíam um respeitável patrimônio. Rafael passou apenas sua infância na cidade natal, logo foi para São Paulo, onde iniciou seus estudos e foi colega de escola do Padre Diogo Antônio Feijó. Após concluí-los, não tardou muito também para iniciasse sua vida pública como representante da comarca de Itu, aos 26 anos de idade. Foi sua responsabilidade escolher os deputados brasileiros que integraram as Cortes Gerais e Constituintes de Lisboa.

Rafael Tobias de Aguiar se envolveu muito com a vida pública e se tornou um dos grandes líderes liberais da primeira metade do século XIX. Sua carreira se desenvolveu com muita rapidez, em pouco tempo ele se tornou conselheiro do governo provincial. Este cargo foi sucedido pelas posições de deputado provincial e deputado geral em várias legislaturas. Dez anos apenas depois de ter iniciado sua vida pública, Rafael Tobias de Aguiar chegou ao respeitável posto de Presidente da Província de São Paulo. Cargo que ocupou por duas vezes, inclusive. Durante o exercício de seus dois mandatos, Rafael ganhou a admiração de todos por conduzir ótimas gestões administrativas e investir o próprio salário em melhorias nas escolas e em obras públicas e de caridade. Sua conduta o rendeu o título de Brigadeiro Honorário do Império, tornando-o, então, conhecido como Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.

O Brigadeiro Tobias de Aguiar foi um dos principais nomes do movimento liberal no século XIX e foi um dos chefes da Revolução Liberal de 1842. Nesta época, uniu-se a seu colega de escola, Padre Diego Antônio Feijó, para combater os conservadores que ganhavam espaço no começo do reinado de Dom Pedro II. Os revolucionários mudaram provisoriamente a capital da Província de São Paulo para Sorocaba e formaram um exército de 1500 homens que recebeu o nome de Coluna Libertadora para invadir São Paulo e depor o Presidente da Província, Barão de Monte Alegre. Porém, o movimento foi derrotado e Tobias de Aguiar buscou refúgio no Rio Grande do Sul, junto aos rebelados da Guerra dos Farrapos. O Brigadeiro acabou preso e levado para a Fortaleza de Laje no Rio de Janeiro.

Depois da derrota no Combate da Venda Grande, Rafael Tobias foi buscar refugio na Guerra dos Farrapos, mas acabou sendo preso pelo Exercito Imperial e transferido para o Forte da Laje no RJ ( na pintura de Leandro Joaquim, o Forte da Laje está no primeiro plano)

O Brigadeiro Tobias de Aguiar ficou preso por pouco tempo, ele era o chefe mais popular do partido liberal paulista e era considerado um dos homens mais populares da pátria. Tanto que saiu da prisão, em 1844, e foi recebido por uma multidão em São Paulo. Tobias de Aguiar foi casado com a Marquesa de Santos, Domitila de Castro Canto e Melo, uma ex-amante de Dom Pedro I. Em uma das viagens de Santos para a capital do Império o Brigadeiro foi acometido por uma grave moléstia a bordo do vapor Piratininga que o levou à morte, no dia 7 de outubro de 1857. Atualmente, é lembrado por ser o patrono da Polícia Militar do Estado de São Paulo.  Uma de suas frases mais marcantes para falar de sua dedicação à São Paulo era: “Servir São Paulo é, sobretudo, antes de tudo e acima de tudo, servir ao Brasil.”

Brigadeiro Rafael Tobias Aguiar é patrono da policia militar de São Paulo – ROTA
   Marquesa de Santos, esposa de Rafael Tobias e ex. amante de D.Pedro I

Diego Antonio Feijó -Padre Feijó 

Padre e político paulista (1784-1843)

Diogo Antônio Feijó (3/8/1784-10/11/1843) nasce em São Paulo e ordena-se sacerdote da Igreja Católica em 1805. Em 1821 é eleito deputado para as Cortes Constitucionais, em Lisboa. Defensor de idéias separatistas, é perseguido pela Coroa portuguesa e refugia-se na Inglaterra. Volta ao Brasil após a independência. Deputado nas legislaturas 1826-1829 e 1830-1833, combina idéias liberais com práticas políticas conservadoras. Luta contra o absolutismo, a escravidão e o celibato clerical, mas chama os grupos liberais de “clubes de assassinos e anarquistas”. Ocupa o Ministério da Justiça de 5 de julho de 1831 a 3 de agosto de 1832. Em 1833 é eleito senador e, dois anos depois, torna-se regente único do reino com o apoio dos chimangos – grupo liberal moderado, representante da aristocracia rural. Mantém o poder apoiado na Guarda Nacional, criada com a ajuda dos grandes fazendeiros, os quais, em troca, recebem a patente de coronel. Reprime as rebeliões dos setores urbanos que reivindicam a autonomia das províncias e as manifestações dos restauradores, que pregam o retorno do imperador dom Pedro I. Autoritário na condução do Estado e sem uma base de apoio própria, é obrigado a renunciar em 1837. Em 1842 participa da Revolução Liberal em São Paulo, mas é derrotado e preso. Libertado no ano seguinte, passa a viver em Vitória, no Espírito Santo. Pouco tempo depois, muito doente, volta para São Paulo, onde morre.

Fim de linha da 3ª Parte da nossa série Sedição de Queluz – 180 anos da Batalha de Queluz no Movimento Revolucionário de 1842. Na quarta parte iremos destacar o papel da imprensa nos acontecimentos da revolta liberal nas províncias  de SP  e Minas. Segue abaixo algumas dicas de livros e filmes sobre o século XIX.

Esse volume apresenta o momento-chave que foi o período das regências para a construção da nação brasileira, quando, ao custo de muitas vidas e despesas, garantiu-se a independência e o caminho de uma ordem nacional ao mesmo tempo próspera e desigual.

O livro trás o polêmico autor francês Jean-Charles Marie Expilly (1814-1886) que viveu no Brasil em meados do século XIX. Ao contrário de muitos viajantes europeus, ele não foi trazido em missão do governo. Veio enriquecer, fazer fortuna, faire l´Amérique. O tempo que aqui permaneceu, como fabricante de fósforos no Rio de Janeiro e representante comercial pelo interior, permitiu-lhe escrever dois livros sobre o que viu e viveu – Le Brésil tel qu´il est (1862) e Les femmes et les moeurs au Brésil (1863) –, despertando a indignação dos leitores brasileiros, acostumados a se verem retratados com benevolência e entusiasmo por parte dos viajantes estrangeiros encantados com a natureza e a paisagem locais. Na contramão desse olhar positivo, os textos de Charles Expilly denunciam a corrupção, a crueldade para com os negros, a condição feminina, as injustiças sociais, a arrogância das classes abastadas brasileiras, acusando o sistema escravocrata como culpado por toda essa degradação dos costumes. Suspeita-se de que sua obra polêmica seja uma das fontes de Gilberto Freyre, na composição de sua trilogia sobre a sociedade. Reunimos aqui uma seleção e tradução dos textos mais representativos dessas duas obras, no intuito de revelar, ao leitor brasileiro de hoje, um olhar crítico e amargo do Brasil oitocentista, que poderá suscitar reflexões e debates sobre esses temas, ainda muito atuais. Acreditamos que, com isso, possamos trazer contribuições aos estudos de ciências humanas e sociais, ao apresentarmos questionamentos que podem favorecer as investigações dos problemas brasileiros, na busca da construção de um país melhor.

Minisérie sobre o ponto de vista de sete mulheres da família do estancieiro e militar Bento Gonçalves na guerra civil mais longa do Império, a Guerra dos Farrapos

O filme mostra a vida do Barão de Mauá  da pobreza à riqueza e de volta a pobreza no século XIX.

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