Casarão histórico do século XIX será reformado para abrigar sede da PM; custo previsto é de R$900 mil e gera polêmica

Um parabéns às cidade do Vale do Piranga (MG) pelo exemplo em iniciativas para preservação do rico patrimônio histórico. A Prefeitura de Piranga enviou à apreciação e votação um projeto do Prefeito Luizinho (PMN) que autoriza a cessão do imponente Sobrado, o Casarão Padre Felício, situado à Rua São Sebastião (Quebra), para o funcionamento da sede da Polícia Militar. A iniciativa prevê 25 anos de duração podendo ser renovado a critério da administração. A cessão foi oriunda da celebração de um Termo de Compromisso firmado entre o Ministério Público e as Prefeituras de Piranga, Presidente Bernardes, Porto Firme e Senhora de Oliveira que integram a Comarca.

Porém antes da instalação o imóvel histórico passará por uma ampla reforma no valor de quase R$ 900 mil custeada em 60% pela Prefeitura de Piranga e o restante em parceria com os municípios da Comarca. A previsão é que a obra inicie ainda este ano, mas ainda sem prazo de conclusão.

Em 2021, a Prefeitura de Piranga investiu cerca de R$ 250 mil na reconstrução do telhado que estava totalmente comprometido. A edificação foi desapropriada há mais de 12 anos e contava com a sorte para permanecer em pé.

Diante da polêmcia instalada, a Câmara pediu vista ao projeto. O historiador Marco Antônio Gomes questionou a finalidade do casarão, que ao ser tombado, o Município iria erguer uma Casa de Cultura. O imóvel guarda relíquias de pinturas do artista italiano Ângelo Bigi.

Foto Patrício Guará Drone

A história

Dona de um rico patrimônio histórico, Piranga vem perdendo seus exemplares de época ao longo dos anos. O imponente sobrado do Padre Felício tem pé direito alto, amplas e várias janelas envidraçadas, de onde se descortina visual sobre o centro da cidade.

Dos elementos que mais se destacam no casarão chama a atenção as pinturas interiores do artista italiano Ângelo Bigi. Aos poucos, sua estrutura foi se deteriorando: janelas e portas estão caindo aos pedaços, paredes trincadas, telhado e forro em situação degradante. O desabamento de parte do telhado em 2019 colocou em risco toda edificação.

O casarão do Cônego Felício representa parte da história de Piranga, que já atravessa mais de três séculos. O sobrado foi erguido pela comunidade para moradia do Cônego Felício de Abreu Lopes, que veio para Piranga em 1900 com a atribuição de ser pároco da primeira paróquia de Minas Gerais. Cônego Felício nasceu em 11/12/1872 na cidade de Mariana. Era dono de um estilo vigoroso e autoritário, exerceu longo paroquiato, participando ativamente, com mão de ferro, em todas as áreas do grande “Pays de Guarapiranga”.

Na parte educacional, foi o primeiro Inspetor da Escola Estadual Coronel José Ildefonso, quando da sua inauguração em 1912. Na política, tornou-se elo entre o povo e a elite da cidade, dominada pelos antigos coronéis, grande defensor da austeridade e do comportamento ético-cristão das atitudes das autoridades.

No campo social foi um ferrenho moralista em prol dos bons costumes, e cobrava de seu rebanho o desempenho máximo de suas obrigações religiosas, campo no qual se conta vários casos pitoresco a seu respeito. O Cônego Felício residiu no sobrado até a sua morte na década de 1940. Por volta dos anos 70/80, os familiares do Cônego venderam o imóvel para a família de Dona Filinha Milagres.

Casarão histórico do século XIX será reformado para abrigar sede da PM; custo previsto é de R$900 mil e gera polêmica

Um parabéns às cidade do Vale do Piranga (MG) pelo exemplo em iniciativas para preservação do rico patrimônio histórico. A Prefeitura de Piranga enviou à apreciação e votação um projeto do Prefeito Luizinho (PMN) que autoriza a cessão do imponente Sobrado, o Casarão Padre Felício, situado à Rua São Sebastião (Quebra), para o funcionamento da sede da Polícia Militar. A iniciativa prevê 25 anos de duração podendo ser renovado a critério da administração. A cessão foi oriunda da celebração de um Termo de Compromisso firmado entre o Ministério Público e as Prefeituras de Piranga, Presidente Bernardes, Porto Firme e Senhora de Oliveira que integram a Comarca.

Porém antes da instalação o imóvel histórico passará por uma ampla reforma no valor de quase R$ 900 mil custeada em 60% pela Prefeitura de Piranga e o restante em parceria com os municípios da Comarca. A previsão é que a obra inicie ainda este ano, mas ainda sem prazo de conclusão.

Em 2021, a Prefeitura de Piranga investiu cerca de R$ 250 mil na reconstrução do telhado que estava totalmente comprometido. A edificação foi desapropriada há mais de 12 anos e contava com a sorte para permanecer em pé.

Diante da polêmcia instalada, a Câmara pediu vista ao projeto. O historiador Marco Antônio Gomes questionou a finalidade do casarão, que ao ser tombado, o Município iria erguer uma Casa de Cultura. O imóvel guarda relíquias de pinturas do artista italiano Ângelo Bigi.

Foto Patrício Guará Drone

A história

Dona de um rico patrimônio histórico, Piranga vem perdendo seus exemplares de época ao longo dos anos. O imponente sobrado do Padre Felício tem pé direito alto, amplas e várias janelas envidraçadas, de onde se descortina visual sobre o centro da cidade.

Dos elementos que mais se destacam no casarão chama a atenção as pinturas interiores do artista italiano Ângelo Bigi. Aos poucos, sua estrutura foi se deteriorando: janelas e portas estão caindo aos pedaços, paredes trincadas, telhado e forro em situação degradante. O desabamento de parte do telhado em 2019 colocou em risco toda edificação.

O casarão do Cônego Felício representa parte da história de Piranga, que já atravessa mais de três séculos. O sobrado foi erguido pela comunidade para moradia do Cônego Felício de Abreu Lopes, que veio para Piranga em 1900 com a atribuição de ser pároco da primeira paróquia de Minas Gerais. Cônego Felício nasceu em 11/12/1872 na cidade de Mariana. Era dono de um estilo vigoroso e autoritário, exerceu longo paroquiato, participando ativamente, com mão de ferro, em todas as áreas do grande “Pays de Guarapiranga”.

Na parte educacional, foi o primeiro Inspetor da Escola Estadual Coronel José Ildefonso, quando da sua inauguração em 1912. Na política, tornou-se elo entre o povo e a elite da cidade, dominada pelos antigos coronéis, grande defensor da austeridade e do comportamento ético-cristão das atitudes das autoridades.

No campo social foi um ferrenho moralista em prol dos bons costumes, e cobrava de seu rebanho o desempenho máximo de suas obrigações religiosas, campo no qual se conta vários casos pitoresco a seu respeito. O Cônego Felício residiu no sobrado até a sua morte na década de 1940. Por volta dos anos 70/80, os familiares do Cônego venderam o imóvel para a família de Dona Filinha Milagres.

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