Oito anos após tragédia de Mariana, mais de 100 famílias ainda esperam nova casa

Algumas obras no novo Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo sequer foram iniciadas

“Nesses oito anos, a comunidade de Bento Rodrigues perdeu 57 moradores. Eu perdi um irmão há três anos, que não teve a oportunidade de ser indenizado nem de nos auxiliar a fazer o projeto da nova casa. Eu não quero ser mais uma que não vai ver a casa ficar pronta”. Esse é o desabafo da bacharel em direito Mônica dos Santos, de 37 anos, moradora do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas. Ela teve a casa destruída pelos rejeitos da barragem da Samarco, em 5 de novembro de 2015, e conta, apesar de já ter terreno reservado no novo Bento, até hoje a obra não começou e o projeto da casa nem sequer está pronto. 

Enquanto esse processo não avança, a família de Mônica vive em um apartamento em Mariana, com aluguel pago pela Fundação Renova. “Quero que construam o quanto antes não só a minha casa, mas as de todas as pessoas que ainda estão pendentes”, relata. 

As obras no reassentamento de Bento Rodrigues começaram no início de 2018, e o prazo fixado pela Justiça para a entrega era em fevereiro de 2021. Dois anos e meio depois do fim do prazo, 80 imóveis no novo distrito ainda não tiveram a construção finalizada.

Segundo a coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragem, Stephanne Biondo, além do atraso nas entregas, há muito a ser feito. “Algumas pessoas ainda lutam para serem reconhecidas (como atingidas pela tragédia)”, comenta Stephanne.

O novo distrito Bento Rodrigues está sendo construído a cerca de 9 km do vilarejo destruído pela lama. O terreno foi comprado da empresa ArcelorMittal e aprovado pela comunidade do distrito em votação, com aprovação de 92% dos moradores.

Opções de indenização

Cada família que vivia na zona rural atingida pôde escolher como seria reparada pela perda de sua moradia, lotes e comércio, entre três opções: reconstrução do imóvel atingido; compra e reforma ou construção de imóvel em outro local; ou indenização em dinheiro.

O que diz a Renova

Segundo a Fundação Renova, os prazos para conclusão do novo distrito “são diretamente influenciados pelo processo coletivo e deliberativo que envolve as famílias”. “Os projetos das casas das famílias são individualizados. Cada projeto de cada residência é desenvolvido com apoio de arquitetos para cada núcleo familiar. (…) O tempo que cada núcleo familiar precisa para definir e aprovar seu projeto é respeitado”, justifica.

Danos não reconhecidos em Paracatu e Gesteira

Além de Bento Rodrigues, o rompimento da barragem do Fundão atingiu os distritos de Paracatu de Baixo, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa, na região Central. Dos 93 imóveis (casas, comércios, sítios e lotes) incluídos na reparação, 19 foram entregues, 66 estão com obras finalizadas e aguardando a manifestação dos moradores e 27 ainda estão em obras ou esperando a aprovação do projeto pelas famílias, segundo a Fundação Renova. 

No entanto, uma visita da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em junho deste ano, encontrou danos não ressarcidos pela Renova. Entre os que não são considerados atingidos pela Fundação, está a Fazenda Cerceau, que teve sete nascentes destruídas pela lama. O estrago causou deterioração no solo, o que dificulta o trato de animais, inclusive pela falta de água para consumo.

Já no distrito de Gesteira, 37 famílias foram reconhecidas como atingidas em acordo firmado na Justiça, em maio deste ano, no valor de R$ 126 milhões. Seis famílias aguardam a construção de um novo distrito, enquanto outras 31 optaram por adquirir imóvel em outro local ou receber a indenização em dinheiro.

A comunidade relatou, entretanto, à Comissão de Administração Pública da ALMG, que o número de afetados pela tragédia chega a 70 famílias. Na visita da comissão da ALMG, em junho deste ano, a Gesteira, várias pessoas disseram que respiram poeira contaminada com rejeito, que a água está poluída, e as casas, trincadas, sem ainda terem recebido manutenção ou qualquer compensação.

FONTE O TEMPO

Oito anos após tragédia de Mariana, mais de 100 famílias ainda esperam nova casa

Algumas obras no novo Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo sequer foram iniciadas

“Nesses oito anos, a comunidade de Bento Rodrigues perdeu 57 moradores. Eu perdi um irmão há três anos, que não teve a oportunidade de ser indenizado nem de nos auxiliar a fazer o projeto da nova casa. Eu não quero ser mais uma que não vai ver a casa ficar pronta”. Esse é o desabafo da bacharel em direito Mônica dos Santos, de 37 anos, moradora do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas. Ela teve a casa destruída pelos rejeitos da barragem da Samarco, em 5 de novembro de 2015, e conta, apesar de já ter terreno reservado no novo Bento, até hoje a obra não começou e o projeto da casa nem sequer está pronto. 

Enquanto esse processo não avança, a família de Mônica vive em um apartamento em Mariana, com aluguel pago pela Fundação Renova. “Quero que construam o quanto antes não só a minha casa, mas as de todas as pessoas que ainda estão pendentes”, relata. 

As obras no reassentamento de Bento Rodrigues começaram no início de 2018, e o prazo fixado pela Justiça para a entrega era em fevereiro de 2021. Dois anos e meio depois do fim do prazo, 80 imóveis no novo distrito ainda não tiveram a construção finalizada.

Segundo a coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragem, Stephanne Biondo, além do atraso nas entregas, há muito a ser feito. “Algumas pessoas ainda lutam para serem reconhecidas (como atingidas pela tragédia)”, comenta Stephanne.

O novo distrito Bento Rodrigues está sendo construído a cerca de 9 km do vilarejo destruído pela lama. O terreno foi comprado da empresa ArcelorMittal e aprovado pela comunidade do distrito em votação, com aprovação de 92% dos moradores.

Opções de indenização

Cada família que vivia na zona rural atingida pôde escolher como seria reparada pela perda de sua moradia, lotes e comércio, entre três opções: reconstrução do imóvel atingido; compra e reforma ou construção de imóvel em outro local; ou indenização em dinheiro.

O que diz a Renova

Segundo a Fundação Renova, os prazos para conclusão do novo distrito “são diretamente influenciados pelo processo coletivo e deliberativo que envolve as famílias”. “Os projetos das casas das famílias são individualizados. Cada projeto de cada residência é desenvolvido com apoio de arquitetos para cada núcleo familiar. (…) O tempo que cada núcleo familiar precisa para definir e aprovar seu projeto é respeitado”, justifica.

Danos não reconhecidos em Paracatu e Gesteira

Além de Bento Rodrigues, o rompimento da barragem do Fundão atingiu os distritos de Paracatu de Baixo, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa, na região Central. Dos 93 imóveis (casas, comércios, sítios e lotes) incluídos na reparação, 19 foram entregues, 66 estão com obras finalizadas e aguardando a manifestação dos moradores e 27 ainda estão em obras ou esperando a aprovação do projeto pelas famílias, segundo a Fundação Renova. 

No entanto, uma visita da Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em junho deste ano, encontrou danos não ressarcidos pela Renova. Entre os que não são considerados atingidos pela Fundação, está a Fazenda Cerceau, que teve sete nascentes destruídas pela lama. O estrago causou deterioração no solo, o que dificulta o trato de animais, inclusive pela falta de água para consumo.

Já no distrito de Gesteira, 37 famílias foram reconhecidas como atingidas em acordo firmado na Justiça, em maio deste ano, no valor de R$ 126 milhões. Seis famílias aguardam a construção de um novo distrito, enquanto outras 31 optaram por adquirir imóvel em outro local ou receber a indenização em dinheiro.

A comunidade relatou, entretanto, à Comissão de Administração Pública da ALMG, que o número de afetados pela tragédia chega a 70 famílias. Na visita da comissão da ALMG, em junho deste ano, a Gesteira, várias pessoas disseram que respiram poeira contaminada com rejeito, que a água está poluída, e as casas, trincadas, sem ainda terem recebido manutenção ou qualquer compensação.

FONTE O TEMPO

Vereadora Damires desmascara fala do Governador Romeu Zema sobre obra no Hospital Regional

Viralizou nesta terça-feira (05), um vídeo do Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em entrevista realizada pelo MGTV em que afirma que as obras dos hospitais de Divinópolis, Sete Lagoas, Teófilo Otoni e Conselheiro Lafaiete estão acontecendo com centenas de trabalhadores no momento da sua fala naquela tarde.
A Vereadora Damires Rinarlly do município de Conselheiro Lafaiete/MG, no intuito de fiscalizar e verificar a veracidade das informações, se deslocou até a obra paralisada do Hospital Regional de Conselheiro Lafaiete e se surpreendeu com o que viu, ou com o que não viu, na realidade. Em um vídeo postado em suas redes sociais, a vereadora desmentiu o Governador, provando que no local não havia nenhum movimento de retorno das obras e muito menos trabalhadores no local.


No vídeo, a Vereadora Damires afirma: “Pessoal, o Governador Romeu Zema falou que já tem centenas de trabalhadores nos hospitais regionais, incluindo o de Lafaiete e ó, a centena de trabalhadores não chegou aqui não viu.”. Acrescentou também que “Eu quero muito que esse hospital funcione, que seja uma benção pra Lafaiete e nossa região toda, mas infelizmente não tá’ sendo possível aqui não. A nossa saúde é uma questão de prioridade zero no nosso município e a gente quer uma saúde de qualidade, não só aqui em nosso município, mas em toda a nossa região, porque é de fato um hospital regional e a gente espera muito que essa promessa seja cumprida cada dia mais, porque eu já fiscalizei e tem muito material aqui desperdiçado e a gente precisa de ter responsabilidade com o dinheiro público.”
Ainda, a Vereadora recebeu o apoio da Deputada Estadual Lohanna França, que também foi até o hospital de Divinópolis fiscalizar e verificar a verdade e constatou o mesmo que em Lafaiete, um total de zero trabalhadores. As parlamentares cobraram respeito com as mineiras e mineiros.

Sem execução de obras, Vereador André Menezes defende fim do orçamento impositivo

Desde 2020, os vereadores de Lafaiete dispõem de um instrumento que permite apresentar emendas na Lei Orçamentária Anual (LOA) do município. O Orçamento Impositivo estabelece um valor em torno de R$110 mil ao ano para cada um dos 13 vereadores destinarem recursos obras e serviços dependendo das demandas de suas bases e de seus projetos em diversas áreas de atuação.

Em 2020, toda a soma do Orçamento Impositivo, algo em torno de R$2,5 milhões foram referenciados, em consenso entre os parlamentares municipais, ao combate ao coronavírus.

Porém neste ano, os valores foram direcionados a obras e implementação de projetos em diversos setores, porém a chiadeira geral nos bastidores e nos discursos é que até o momento as emendas não foram cumpridas.

Em diversas sessões, os vereadores demostram insatisfação com a lentidão em implementar as indicações previstas no orçamento e 2022 e quase não há mais tempo hábil na execução do orçamento impositivo. Parte dos recursos disponíveis foi direcionado para zerar a demanda reprimida na área de saúde em exames e cirurgias.

“Desde o início eu fui contra o orçamento impositivo. Isso porque há burocracia e lentidão internas. A gente indica e nada acontece, como no meu caso que direcionei para a reforma do telhado de uma escola. Acaba que a gente promete, a obra não é executada e ficamos mal com a população. Tudo recai sobre nossas costas. Por isso defendo o fim do orçamento impositivo pelo descumprimento pelo Executivo”, argumentou André Menezes.

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