19 de março é dia da ‘enchente das goiabas’. Você sabe a origem da expressão? outono começa amanhã (20)

No final de março, a grande expectativa e esperança residiam em chuvas. Aguardava-se ansiosamente as águas de março, que tradicionalmente caem no Dia de São José, 19, na interlândia identificada como Enchente das Goiabas. As águas de março fecham o verão. Está em “O caçador de esmeraldas”, do poeta parnasiano Olavo Bilac (“Foi em março, ao findar da chuva, quase à entrada / do outono, quando a terra em sede requeimada / bebera longamente as águas da estação (…)”)

Hoje (19) a Igreja Católica comemora o dia de São José sem fazer nenhuma ligação entre São José e as condições climáticas. Mas é fato que, no final do verão, as chuvas são mais constantes e, coincidentemente, é o mesmo período em que se comemora o dia do santo e que as goiabas estão maduras. Os padres, geralmente formados no meio urbano, sorriem discretamente pela crendice dos capiaus. Já os produtores rurais são capazes de afirmar que “o santo gosta mesmo de chuva. Não é apenas São Pedro não, São José também manda chuva para nós”, dizem.

No interior de Minas Gerais e dos estados vizinhos, no dia 19, alguns dias antes ou depois, a enchente é esperada com sobressaltos. Os antigos diziam que era o dia mais chuvoso do mês e muitos afirmam que é do ano inteiro. Os dados da meteorologia não confirmam a crendice popular. Qualquer ameaça de chuva requer muitos cuidados. Em geral, nesta data, como uma tempestade das derradeiras chuvas da temporada, cai uma tromba d´água de intensidade imprevisível. ”É a chuva chovendo, é conversa ribeira; Das águas de março, é o fim da canseira… São as águas de março fechando o verão” (Tom Jobim,”Águas de Março”).

Não chove necessariamente no dia 19, como antigamente. Na lenda popular conta-se que pode ser seis dias antes ou depois do dia de São José, e é muita água mesmo! No meio rural, há algumas décadas, nas margens dos rios, ribeirões e córregos era comum vicejarem as goiabeiras. As goiabas começavam a amadurecer em janeiro, de modo que em Março a maioria estava amarelinha nos pés caindo facilmente, os pés de goiabas ficam carregados de frutas maduras. Essa deliciosa fruta era saboreada principalmente pelos moradores e outra parte era para a deliciosa goiabada de produção caseira. Não havia ainda a logística para vender a fruta in natura nos “sacolões” das cidades.

O que diz a tradição

As pessoas adultas, em especial as mulheres, rezavam pelo abrandamento das chuvas. Em situações mais alarmantes chegavam a fechar as janelas tampando as gretas com cobertores, acendiam velas e rezavam o terço entremeado de “Salve Rainhas”. Para nós, ainda crianças, achávamos um espetáculo fascinante que fica em nossa memória! Nas pequenas cidades do interior era uma delícia nadar na enxurrada e fazer barquinhos de papel. Os filhos dos ricos ganhavam navios coloridos de matéria plástica, que era uma novidade, e ao contrário dos nossos barquinhos venciam a força das águas barrentas e ameaçavam ir embora por sua grande velocidade.

Outono

A chegada do outono, prevista para às 0h06 do dia 20 de março — quando também se encerra o verão, terá chuvas, temperaturas mais amenas e fim da bolha de calor. A partir de domingo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) avisa que fenômeno que promove a elevação das máximas se encerrará, ocasionalmente, no período de transição entre as estações.

Como ficará o tempo no Brasil durante o outono?

Mesmo com a previsão de relativização do El Niño, o fenômeno continua presente no país, fazendo com que as chuvas fiquem abaixo da média esperada para a estação. Esse cenário será presente na região Norte, que deverá ter temperaturas acima da média, ficando entre 1 a 2ºC em alguns locais da região.

No Nordeste, chuvas abaixo da média e temperaturas acima do esperado, com exceção do litoral da região. Nessas áreas, a chuva irá diminuir as temperaturas, deixando o clima mais ameno. O Centro-Oeste terá chuvas próximas à média, porém também com temperaturas mais altas do que o comum para o outono.

Em contrapartida, o sudeste terá chuvas acima da média em áreas de São Paulo e no Sul de Minas Gerais, ficando também com temperaturas acima da média. Por fim, a região Sul irá registrar temperaturas acima da média. A exceção vai para a área centro-sul do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas ficarão próximas ao esperado. Em relação às chuvas, os volumes ficarão acima da média, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

 

Fé e cultura: Lamim terá a primeira Festa do Feijão que marca a origem da cidade há mais de 300 anos

No próximo dia 22 de abril (sábado) a primeira Festa do Feijão de Lamim com grande atrações musicais. Após a missa, haverá desfile de carros de boi com as rainhas e reios do feijão, com apresentação e dança e paródia da lenda do feijão. Haverá barraquinhas com comidas típicas e show com Diego Chocollat a partir das 22: 00 horas. O evento antecede a festa do Divino que acontece no final de maio.

A tradição

Conhecer Lamim, no Vale do Piranga, é voltar os olhos para o passado e mergulhar na religiosidade do Brasil Colônia. A Festa do Divino é uma das mais famosas tradições da comunidade e sua história se confunde com a fundação do município. A origem da Festa do Divino Espírito Santo remota a rituais religiosos realizados em Portugal a partir do século XIV, nos quais as celebrações da Santíssima Trindade eram festejadas com banquetes coletivos em que eram distribuídas comida e esmola. Em Lamim essa tradição chegou com os fundadores e é mantida com toda pompa nos atuais dias.

A lenda do feijão

Quem visita Lamim não deixa de conhecer a história do feijão milagroso. Por volta de 1800, os primeiros grãos “pintados” com a imagem de uma pomba – símbolo do Divino Espírito Santo, padroeiro da cidade. De lá para cá, o “feijão milagroso”, foi passando de geração em geração e, hoje, serve de souvenir na tradicional Festa do Divino Espírito Santo.

“Em 1801, como de costume, houve um sorteio para escolher quem faria a festa do padroeiro de Lamim. Só que o sorteado, um humilde agricultor, não tinha dinheiro para pagar as despesas. Alvo de críticas, prometeu que se sua plantação de feijão vingasse, pagaria a festa com o dinheiro da colheita. A colheita foi farta e alguns grãos estampavam a imagem do divino”, conta o estudioso local José Geraldo Reis e Silva. “Assim nasceu a lenda do feijão do Divino Espírito Santo”, arrematou.

José Geraldo, que soube da lenda ainda na escola. Os avós lhe contaram a história e algumas sementes foram guardadas pelos pais do agricultor. A partir daí, resolveu pesquisar a história dos “grãos mágicos” até que encontrou na paróquia o livro de 1899, de autoria do professor João Francisco Medeiros Duarte. “Foi aí que descobri a história desse agricultor que plantou o feijão do divino. Segundo o autor, a lenda do feijão é um dos fatos mais importantes da história de Lamim.”

Devoção

O ponto mais alto da festa acontece em maio quando Lamim recebe milhares de romeiros e devotos do Divino Espírito Santo. A cidade amanhece com um colorido e casas enfeitadas. Em meio a fé e a emoção, a procissão segue pelas ruas com os cantos carregados de simbolismo das folias de reis e do congado evocando as raízes de uma cultura tricentenária. Vestido a caráter como um rei, o Imperador, que nestes ano será o comerciantes Hermes Reis, cercado de amigos, familiares, e devotos, desfila pelas ruelas e chega ao Igreja matriz para o desfecho com a Santa Missa.

Reza a cultura que o imperador representa uma história preservada ao longo dos séculos na liturgia católica e uma devoção portuguesa. “Também no Arquipélago dos Açores (parte do Império português, formado por nove ilhas, no Oceano Atlântico) – donde vieram os fundadores de Lamim – o Divino Espírito Santo foi cultuado como um protetor contra as calamidades por se tratarem de ilhas vulcânicas sujeitas a várias intempéries”, relata o pesquisador laminense, Ângelo Maurício Sousa Reis sobre a origem da festa do Divino.

Magia e cultura: Catas Altas da Noruega integra o Natal da Mineiridade com vasta programação

Prefeitura Municipal investe nas tradições e costumes de Minas com decoração de fim de ano

A inspiração para o Natal 2022 é a mineiridade, suas tradições e costumes. O Município de Catas Altas da Noruega participa da iniciativa do Governo de Minas Gerais integrando o projeto Natal da Mineiridade juntamente com mais de 200 cidades mineiras oferecendo decorações natalinas e atrações culturais no final de ano. Na cidade, desde o dia 03/12, os visitantes poderão se encantar com a decoração e iluminação natalina na Praça 1º de Março que conta com presépio, casa do papai Noel, árvore iluminada e diversos adornos de natal.

As luzes de natal também ocupam a principal avenida da cidade, Avenida Nossa Senhora das Graças, espaços e prédios públicos refletindo o jeito mineiro de viver este período natalino em uma realização da Prefeitura Municipal através da Secretaria de Cultura. O Município estará também na 7ª edição do Circuito de Presépios e Lapinhas do Estado de Minas Gerais 2022 lançado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG).

Catas Altas da Noruega ainda conta inúmeros atrativos religiosos e culturais. O Monumento à Padroeira, o Museu e Arquivo Histórico, a histórica Matriz de São Gonçalo, o Santuário, a Gruta de Nossa Senhora das Graças, Exposição de Artesanato na Casa da Cultura, dentre outros que podem ser visitados.

Atrações

03/12
20:00h Benção do Presépio
20:30h Apresentação do Projeto Menino Violão
22h Show com Os Boys do Forró

10/12
20:30h Auto de Natal
21h Apresentação da Corporação Musical Nossa Senhora das Graças

19/12
17h Natal Solidário Jucan
18h Show com Késia Dornelas

23/12
18h Chegada Papai Noel
20h Show

31/12
Shows da Virada e Fogos

Veja a programação completa do Natal da Mineiridade neste link.

Colaborou Giovane Neiva

@visitecatasaltasdanoruega

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