Brumadinho ganhará obras inéditas de Oscar Niemeyer

Cidade histórica de Minas e um dos primeiros vilarejos do Estado, bem mais antigo que Ouro Preto e Mariana, Brumadinho depois do sucesso nacional e internacional de Inhotim, o maior museu a céu aberto do mundo, e toda uma ganha de investimentos, projetos e ações que o Museu trouxe para a cidade, busca agora na modernidade dos traços do arquiteto Oscar Niemeyer novos atrativos para o município, se consolidando assim como um importante destino turístico do Estado de Minas Gerais.

Como parte dessas ações, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, juntamente com o Ministério Público do Trabalho, a prefeitura Municipal de Brumadinho, o Instituto Arte Brasil, o Instituto Oscar Niemeyer e a ONG Avabrum – Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão de Brumadinho apresentam o Projeto Circuito Cultural e Casa do Turista Oscar Niemeyer, que começa a ser implantando nos próximos dias.

O Projeto envolve várias ações, sendo duas delas as construções de dois grandes pórticos nas entradas da cidades, desenhados por Oscar Niemeyer. O primeiro será instalado na entrada de Brumadinho pela Rodovia Fernão Dias, e o outro no acesso pelo Parque do Rola Moça. Os pórticos abrigarão em suas estruturas a Casa do Turista, com receptivos para visitantes da cidade, o Espaço Oscar Niemeyer, com fotos do arquiteto e suas obras mais importantes, e espaço para exposições, área de convivência e espaço para desenvolvimento de atividades educacionais e culturais.

Com traços modernos e leveza estética, bem ao estilo de Oscar Niemeyer, os pórticos terão grandes dimensões, sendo que o que dá acesso à rodovia Fernão Dias terá 47 metros de comprimento, 8 metros de largura e 5.6 metros de altura. O que será construído na entrada do Parque do Rola Moça terá 36 metros de comprimento, 6 de largura e 5.6 de altura.

Verdadeiras obras de arte, os pórticos serão atrativos a mais para a cidade, se aliando ao modernismo do Museu de Inhotim e às igrejas e ao casario barroco tombados de Brumadinho. O neto de Oscar Niemeyer, Kadu Niemeyer, um dos idealizadores do Projeto, destaca que “os desenhos dos pórticos e seus projetos já estavam bem adiantados pelo Oscar e pelo Jair, que os fizeram inicialmente para a prefeitura de Niterói, o que não chegou a ser concluído. Agora nós fizemos apenas a parte final dos projetos e suas adequações para a cidade de Brumadinho, que ganha duas obras inéditas de meu avô. Vale lembrar que esses pórticos foram projetados a quatro mãos, pelo Oscar e seu arquiteto de confiança, Jair Valera, que será o responsável pelas obras”.

O arquiteto Jair Valera trabalhou por décadas com Oscar Niemeyer e, além de coordenar as obras da Catedral Cristo Rei, em Belo Horizonte, será o responsável técnico pelas obras dos pórticos de Brumadinho.

Governo de Minas não aceita proposta de mineradoras para reparação por Mariana de R$112 bi

O Governo de Minas não aceitou os termos da proposta de um acordo negociado com mineradoras para garantir o pagamento de indenização a título de reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na região Central, em 2015.

Há um ano e meio, representantes do governo estadual, de 39 prefeituras, das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton negociam, com intermédio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o pagamento de um valor bilionário aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, atingidos pelo desastre.

Uma reunião ocorre nesta sexta-feira (2), mas deve terminar, novamente, sem acordo. De acordo com uma fonte que acompanha as negociações, o problema não é o valor oferecido pelas empresas mineradoras, mas a forma de pagamento.

O valor previsto no acordo de reparação é de R$ 112 bilhões, segundo fontes do governo federal, mas as mineradoras ofereceram pagar 19% do valor ao longo dos próximos quatro anos, o que é considerado insuficiente pelo Estado de Minas Gerais e do Espírito Santo. O restante seria dividido em mais 15 anos, segundo informações preliminares. Com isso, o impasse entre as partes deve parar na Justiça.

Acordo longo

A construção de um acordo se arrasta em audiências de conciliação ocorridas nos últimos 18 meses. No dia 24 de agosto, uma reunião terminou sem acordo e representantes das mineradoras foram criticados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

“Vejo que as empresas estão perdendo uma grande oportunidade. A proposta era de pacificação, de solução, e para as empresas de segurança jurídica, de estabilidade, acho que estão perdendo uma grande chance. Agora nós vamos cumprir nosso papel”, disse o Procurador-Geral de Justiça, Jarbas Soares, sugerindo a judicialização do caso.

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