Dor e o drama de uma mãe há um ano a procura do filho desaparecido em Lafaiete: “não desejo que nenhuma mãe passe por isto”, desabafou

Exatamente hoje (2), completa-se um ano do desaparecimento do jovem Juliano Calixto Gomes Morais, de 18 anos. Seu sumiço é marcado pelo mistério e até hoje não há qualquer pista de seu paradeiro. A última vez que ele foi visto, Juliano estava com sua mãe, quando ela o deixou perto da Alameda Juca Maia, quando o jovem tomou uma carona em uma moto. Pelas câmeras ele estava de boné alaranjado chinelo kenner amarelo bermuda jeans, Segundo a família, Juliano iria ao Bairro Real de Queluz. Ele morava com os pais no Bairro São Dimas e deixou uma filha de 1 ano e 5 meses.

Nossa reportagem procurou a Polícia Civil de Minas Gerais que informou que continua investigando o desaparecimento de Juliano Calixto Gomes Morais. O Delegado da Delegacia de Desaparecidos de Conselheiro Lafaiete, Marcus Vinícius Vieira Rodrigues reforçou que desde o registro da ocorrência diversas diligências foram realizadas, tanto oitivas de testemunhas, como atuação dos investigadores em campo.
“Apesar de diversas hipóteses formuladas, o caso ainda é tratado como desaparecimento, uma vez que a investigação não alcançou nenhuma informação concreta sobre o que aconteceu no presente caso”, explicou o delegado. Ele pediu a sociedade com informações que possam auxiliar nas investigações deste caso de desaparecimento, como outros em investigação em todo o Estado de Minas Gerais.

A dor da mãe

A mãe de Juliano, Maria Aparecida Gomes, fez um desabafo a nossa reportagem ainda alimentando pelo retorno do filho Segundo ela, toda semana ela vai a delegacia em busca de informações, Aparecida fechou sua loja no São Sebastião após do desaparecimento de Juliano. “Minha vida mudou por completo e hoje tomo remédio para dormir e me controlar. Há 1 ano que não tenho noticias do meu filho e pessoas que podem ter visto algo não me dizem. Peço ajuda pois hoje eu estou passando por esta situação e desejo do fundo do meu coração que mãe nenhuma passe o que eu estou passando. Mesmo assim agradeço pelo silêncio onde quer que ele esteja estarei sempre de joelhos dobrados pedindo a Deus que me ajude a encontrá-lo  vivo ou morto. Tenho fé que o encontrarei pois para Deus nada é impossível”, desabafou.

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http://correio.local/mae-chora-desaparecimento-do-filho-e-clama-pela-sua-volta-tenho-esperanca-de-reencontra-lo-desabafa-maria-aparecida/

Morre Maria da Consolação Cunha – a Fia

Faleceu na manhã desta quinta-feira, 26/09, a educadora Maria da Consolação Cunha, a Fia, como era mais conhecida.

A educadora passou mal, pouco antes de entrar na escola municipal Alfredo Laporte II, no bairro Santa Terezinha. Foi socorrida por moradores que residem próximo à escola. De imediato, funcionários do posto de saúde avisaram à direção do educandário. Fia encontrava-se consciente. Porém, ainda sem confirmação oficial, teve um infarto e faleceu.

Inclusão como meta de vida

Fia atuou de forma dinâmica na educação da cidade de Congonhas por anos. Uma profissional a frente do seu tempo, que dedicou grande parte do seu papel no Magistério, na difícil missão de desenvolver projetos educacionais inclusivos.

Fia, a última à direita – Uma mulher que fez da educação uma ferramenta transformadora
Sempre preocupada com os menos favorecidos, Fia conseguia desenvolver ações que acabavam aproximando os familiares do dia a dia de seus filhos nas escolas.

Foi idealizado por ela um dos prêmios mais cobiçados entregues aos educadores de Congonhas, o Prêmio Mérito Pedagógico Paulo Freire. O objetivo do Paulo Freire sintetizava bem a essência do que Fia defendia como sendo a postura ideal daqueles que se propõe a educar: Premiar professores comprometidos com o desenvolvimento dos alunos das escolas, que além disso, elaboram projetos didáticos inovadores. Além disso, valorizar, estimular e homenagear os educadores que se destacam com uma prática diferenciada.

Professora aposentada, nos últimos anos, Fia veio para Conselheiro Lafaiete onde atuou nas escolas municipais José Castellões de Menezes e Alfredo Laporte II, entre outras.

PT

Durante muitos anos, Maria da Consolação Cunha, defendia dentro do Partido dos Trabalhadores de Congonhas, a bandeira dos educadores. Fonte: Portal Lafaiete

Comoção e revolta tomam conta de passeata pela morte do comerciante na BR482; “não vai haver outro Jair”, disseram manifestantes

Manifestação pacífica expressou a dor e a revolta pela morte do comerciante quando a BR 482 foi paralizada

“Não queremos outro Jair. Queremos justiça”. Assim expressou uma das organizadoras da passeata, ocorrida agora há pouco, em frente a UNIPAC, em homenagem ao comerciante, Jair Egg de Miranda, morto em um acidente após bater com sua moto em uma vaca, no último sábado (6).

O clima de tristeza e dor tomaram conta da manifestação que contou com uma expressiva participação de amigos, familiares e populares, em sua maioria vestidos com uma camisa branca estampando a foto da vítima. Um “Pai Nosso” abriu o evento carregado de emoção.”Mais que solidariedade, queremos justiça. Esta situação não pode continuar”, cobrou Elaine Coelho.  “Esta é nossa mensagem. O primeiro passo foi dado, mas não vamos desistir”, completou.

O ex prefeito de Catas Altas da Noruega, Raimundo Gabriel, o “Mundinho”, fez um discurso contundente lembrando os valores de Jair Egg, mas também engrossou o coro exigindo solução para os animais soltos. “São vidas em jogo. Será que vamos esperar uma nova tragédia”, assinalou. A cidadã Neuza, lembrou o acidente pelo qual seu filho passou ao ser atingido por um animal na BR 482 no dia 1º de maio deste ano. “Graças a Deus ele se salvou.Não vamos esperar mais sangue nesta rodovia”, afirmou.

Com faixas e rosas distribuídas, os manifestantes seguiram em caminhada, distante uns 500 metros, até o local onde o comerciante faleceu, quando rezaram uma oração. Um momento de muita dor e de muitas lágrimas. Durante a manifestação, a Br 482 ficou fechada nas duas pistas pelos militares da Rodoviária Estadual.

Hoje, às 19: 00 horas, acontece a Missa de 7º dia na Basílica Sagrado Coração de Jesus, em Lafaiete.

 

Infarto fulminante tira a vida de uma das expoentes musicais de Lafaiete

Faleceu de um infarto fulminante em sua residência, no inicio do prologamento da Marechal no bairro Carijós, em Lafaiete, agora a tarde (30),  a cantora Mary Lucy. A notícia comoveu e tomou de surpresa a comunidade artística de Lafaiete e região.

Mary Lucy embalou durante décadas juntamente com Samor e Sérgio Trajano, as noites de Lafaiete.

Em 2015, ela foi  homenageada do XV FACE – Festival de Artes Cênicas de Conselheiro Lafaiete. “Hoje me despeço de uma grande amiga que acaba de partir. Acho que ainda não consigo acreditar que minha querida se foi. Meu coração está de luto e meu peito já transborda de tanta saudade. Descanse em Paz minha querida Mary Lucy”, postou em sua página, o artista plastico Sérgio Trajano.

Ainda não foram informados o horário do velório e o sepultamento.

Mais informações em breve.

Tristeza e luto: morte de Silmar, o popular Tindico, deixa um vazio cultura popular lafaietense

O Carnaval e os festivais de Congado não serão mais os mesmos em Conselheiro Lafaiete. A cidade perdeu na noite desta quinta-feira, 29/08, um de seus grandes personagens urbanos.

Silmar Raimundo de Andrade, o popular “Tindico”, morreu aos 53 anos. Ele passava por problemas de saúde, ficou vários dias internado em Barbacena, teve alta e foi para casa. Porém, acabou sofrendo um AVC (Acidente Vascular Cerebral) sendo internado no Hospital São Camilo, em Conselheiro Lafaiete onde veio a falecer. Alegre, com um sorriso largo, Silmar adorava participar do Carnaval de rua da cidade, tendo inclusive participado de vários blocos e da Escola de Samba Engole Ele.

Outra paixão de Silmar era o Congado. Apesar de não fazer parte das guardas de congado, ele gostava de se trajar como congadeiro para prestigiar os festivais organizados pela prefeitura. Cantava e dançava junto às bandas de Congado durante as apresentações.

A sua religiosidade também era demonstrada com a presença nas festas nas igrejas da cidade. Gostava de acompanhar as procissões, principalmente durante a Semana Santa. Silmar era torcedor do Cruzeiro e sempre que o time ganhava, ele pendurava a bandeira azul e branca na janela de sua casa no bairro Sagrado Coração de Jesus.

Outro time do coração era o Aimoré de Conselheiro Lafaiete e sempre que podia, Silmar estava no campo acompanhando os jogos do alvinegro da Chapada.

Velório e sepultamento

O corpo de Silmar está sendo velado no Velório Sagrado Coração de Jesus e o sepultamento está marcado para às 16h, nesta sexta-feira, 30/08, no Cemitério Nossa Senhora da Conceição. (Lafiaiete Agora)

José Odilon será sepultado às 16:00 horas. Vai com Deus e mande notícias do mundo de lá!

“Mande notícias do mundo de lá/Diz quem fica/Me dê um abraço, venha me apertar/Tô chegando/Coisa que gosto é poder partir/Sem ter planos/Melhor ainda é poder voltar/Quando quero/Todos os dias é um vai-e-vem/A vida se repete na estação/Tem gente que chega pra ficar/Tem gente que vai pra nunca mais/Tem gente que vem e quer voltar/Tem gente que vai e quer ficar/Tem gente que veio só olhar/Tem gente a sorrir e a chorar/E assim, chegar e partir
São só dois lados/Da mesma viagem/O trem que chega/ o mesmo trem da partida/A hora do encontro/É também de despedida/ plataforma dessa estação/É a vida desse meu lugar/É a vida desse meu lugar/É a vida”
A letra acima tenta expressar o momento em que Lafaiete perdeu um de seus ícones.  A perda supera a saudade e vice e versa. José Odilon Rodrigues será velado hoje a partir das 15:00 hora so velório São Jorge e às 16:00 hroas será sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição. Mande notícias de lá, meu amigo Odilon! Um breve retorno.

Mãe cobra condenação rigorosa pela morte de bebê que teve o leite envenenado

“Se Miguel estive vivo, ele estaria com seis anos hoje”. Assim lamentou Jussara Silva se referindo ao filho, que teve seu leite envenenado. O caso, ocorrido em 2013, será levado ao Tribunal do Júri no dia 3 de maio. Apesar da dor permanente, Jussara afirma que acredita no rigor da justiça para que seu filho possa, enfim, descansar em paz.

O caso envolve a mulher, de nome Deborah, acusada de colocar veneno em uma lata de leite que serviria de alimentação suplementar da criança. Para a mãe de Miguel, a expectativa é de que a ré seja condenada e “mofa na cadeia”. “Ela tirou o que eu tinha de mais precioso em minha vida, meu lindo príncipe, meu filho amado”, disse, afirmando que carregará essa dor pelo resto da vida. A cunhada de Jussara está organizando uma manifestação e familiares usaram uma camisa com a foto de Miguel no dia do julgamento.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, em 2012, Deborah já namorava com Anderson por mais de 10 anos. No entanto, ele a teria traído com sua ex-namorada, Jussara da Silva, que engravidou e a criança nasceu no início de 2013.

Em certa ocasião, entre os dias 4 e 6 de abril, Deborah teria aproveitado que algumas latas de leite em pó estavam em sua casa e, teria inserido uma pequena quantidade de cianeto. O alimento envenenado foi entregue a Jussara, que não percebeu a violação do lacre e passou a alimentar o filho Miguel, normalmente. Na tarde do dia 8 de abril, ao retirar o leite em pó para alimentar seu bebê, Jussara acabou colhendo parte do cianeto. Após a mamada, Miguel passou mal, sofrendo várias paradas cardíacas. A criança recebeu atendimento médico em Lafaiete e em Barbacena, mas não resistiu.
O crime começou a ser desvendado a partir do dia 27 de abril de 2013. Na ocasião, a cunhada de Jussara experimentou o leite em pó e relatou que o alimento estava ruim. A ingestão do produto adormeceu sua língua e ela chegou a ter falta de ar. No dia seguinte, Anderson também percebeu que o leite em pó estava com cheiro estranho, aparentando estar azedo. Os produtos foram levados à delegacia para passarem por testes e análises em laboratórios especializados quando se desencadeou a investigação.

Leia também: Acusada de envenenar leite de bebê vai a Júri Popular

Luto: mãe de empresários falece em Lafaiete

Será sepultada hoje, dia 31, às 16:00 horas, em Rio Espera, Dona Olímpia Silveira de Miranda, mãe dos empresários Amadeu Zacarias Miranda e Jairo Simão Miranda, ambos donos da Agrotec geral, localizada no Bairro São João, um dos estabelecimentos mais tradicionais de Lafaiete. Ela faleceu ontem, dia 30, exatamente no mesmo dia, em seu esposo Elzo Couto, há 15 anos atrás. Dona Olímpia completaria 90 anos no próximo dia 26 e deixa  10 filhos, sendo 7 homens e 3 mulheres. Um dos seus filhos também, de nome Elias Miranda, tem um comércio no Paulo VI.

Dona Olímpia deixou um legado de trabalho, honradez e dignidade

Dona Olímpia foi exemplo de vida e morou durante grande parte de sua vida em Rio Espera onde criou os seus 10 filhos. Nos últimos tempos, residia com uma filha em Lafaiete. Nas redes sociais, os netos deixaram mensagem que expressam o sentimento nobre de gratidão e reconhecem Dona Olímpia como referência ética e de dignidade.

“Hoje o dia terminou mais triste. E amanhã ele não terá o mesmo colorido… Meu coração está apertado… A senhora foi uma guerreira, mas agora não precisa mais lutar… Já pode ir em paz, porque a sua missão aqui entre nós já foi cumprida com maestria, o teu rebanho esta pronto e temos orgulho de tê-la como nossa referência, exemplo de fé, de força, luta e amor”, postou uma neta, a veterinária Cristina Miranda.

“O dia hoje amanheceu com cores tristes aqui na terra, é uma questão de equilíbrio, o céu está em festa com a sua chegada. Vovó Olímpia, nosso exemplo de sabedoria, fé, luta, força e serenidade”, disse o neto, o psicólogo Rodrigo Carlos Miranda.

Morte de jovem comove e mobiliza redes sociais

Segundo fontes ela teria morrido de ataque cardíaco/DIVULGAÇÃO

Há uma grande comoção nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 18 de março.

A confirmação do falecimento da jovem lafaietense Carolina Barros, feita a poucas horas nesta segunda, deixou muita gente atônita.

Mesmo passando por problemas de saúde e estando internada, segundo informações extraoficiais, o falecimento da jovem causou surpresa e muito lamento.

O corpo de Carol Barros será velado no velório São Jorge, em Lafaiete e seu sepultamento está marcado para ocorrer às 16 horas desta terça, 19, em cemitério ainda a ser definido.

Muitas são as mensagens enviadas aos familiares de Carol Barros, nas várias redes sociais. Alguns amigos lamentam a partida precoce de Carol e outras pessoas se solidarizam com a família neste momento de dor.

Fonte: Portal Lafaiete

Crônica: 30 dias da tragédia de Brumadinho

Nossa Senhora, a barragem do Feijão rompeu em Brumadinho. Deu no rádio. Notícia que ninguém queria ouvir. Vem a  TV com imagens de  chocar e  chorar. É difícil acreditar.  Ler,  nem pensar.  Até o tempo fechou.  Coisa de louco.  Só cabem orações. A  nossa Gerais  é terra de  minas,  minas sem fim. A atividade minerária  é coisa bruta, pesada, e perigosa.  É preciso cuidado, muito cuidado com o andar da carruagem no segmento. A prevenção e segurança urgem de ser tão ou mais pesada que se possa imaginar.  É,  a barragem do Feijão depois de décadas “vomitou”.  A força da lama que desceu morro abaixo é igual  a  de  um vulcão em erupção, só que sem ronco e fumaça. A lama é escura, lúgubre e poluente. É um maciço que passa sem dó  e compaixão, sem qualquer receio do  que bater de frente.  É de uma força descomunal, capaz de tombar coluna maior que o lendário Colosso de Rhodes.  Tem o poder de arrastar e engolir instalações gigantes, prédios, vagões de ferrovia, veículos de todo porte como se fossem miniaturas de brinquedo.  Uma coisa fora do  comum. O salve-se quem puder é intempestivo, vidas humanas tragadas, sem qualquer chance de se salvarem.  Muito triste.  É gente operária de primeira linha levadas precocemente, e  que  só conseguiram  deixar rastro de um tempo futuro para a lembrança. De um momento para o outro, a vida de muitos sucumbiu, deixando os vivos órfãos agasalhados de saudade. O sentimento de perda e o desastre são sem explicação. Estradas,  pontes, pousadas, sítios, animais, hortas, jardins,  pomares, campos verdejantes, casas e pessoas  deixaram de existir. Viraram lenda.  O rastro legado é desolador, um verdadeiro vale de lágrimas.  Nem efemérides nascem.  Nunca mais o sol  e o orvalho  das  manhãs serão sentidos pelos moradores, o mugido da vaca, o trato dos porquinhos, o relinchar e trote  do animal de montaria, os ovos frescos, o gorjear dos pássaros, o brilho do sol e o silêncio da noite paramentada  pela  lua  e estrelas;  nunca mais.  Felizmente,  no meio de toda a tragédia, surge  uma legião de verdadeiros heróis. Se trata de gente abnegada e corajosa que são os bombeiros, militares, voluntários, religiosos, filantropos, gente de fora e pessoal de apoio em todo norte,  agasalhados de fé, empatia e  tristeza. Muita tristeza.  O lamaçal  da destruição só encontra fim quando desagua no rio e finalmente é diluído deixando marcas profundas. Segredos vão junto.  A causa do desastre é um verdadeiro imbróglio  e  vem lá de trás,  de  priscas  eras.  A formação da barragem é material que cresce imperceptivelmente a cada segundo por anos e anos.  O tempo passa e os que convivem acostumam com uma visão padrão que impede de enxergar o perigo  iminente  submerso.  Silenciam ou mesmo inadmitem  que a natureza move, quando algo inexoravelmente vive e mexe, nem que seja microbiana. As montanhas são eternas, mas, com certeza a solidez aumenta ou diminui com o passar dos séculos. A natureza quando molestada dá o seu grito de dor e depois permanece silenciosa e fria. Mas, algo jamais  padece, e sempre paira a expectativa de a qualquer momento despertar e mostrar a sua fúria.  E quando acontece é  indomável e serve de alerta. Há um ditado que diz: todo alimento ceifa vida. A barragem por décadas  e  décadas foi alimentada  e  permaneceu inerte e acomodada. Mas algo a  fez  despertar.  Talvez pela ausência de cuidados, ou mesmo de ter ocorrido de ficar  nervosa com o sufoco do ínfimo espaço que ocupava e bateu nela a vontade de se ver livre das amarras e encostas, e,  foi quando então surtou, e se auto destruiu.

A tragédia se imortalizou nos anais da história mineira, assim como a dor na alma de cada parente e amigo que perdeu entes queridos, o que, permanecerá por gerações, acalentado no berço da eternidade.  Mas, a vida inapelavelmente desperta para um novo amanhã cheio de  esperanças.  A força  de bravos mineiros forjados de fé e força de trabalho são  o  ponto  de  partida  para seguir adiante, pois, sabem  que o mundo é um lugar que vale à pena lutar.  O sinal de alerta permanece latente de que a natureza necessita de comprometimento e respeito, muito respeito, de toda a humanidade.  A terra, a vida e o homem, são tudo uma coisa só.  Mariana e Feijão mereciam como outras barragens merecem, cuidado especial, muito especial, mesmo porque, um desastre não escolhe mortos e feridos.  E, nesse patamar vem à lume que todos somos iguais, que todos somos mortais.  As tragédias jamais poderiam acontecer, ninguém queria, mas  aconteceram.  Nossa Senhora que ilumine a força de trabalho dos homens  e proteja a todos nós.

Dedicados aos afilhados e amigos de Brumadinho e Conceição do Brumado.

Por: Reuber Lana

Fev/19

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