25 de abril de 2024 01:35

Trinta e cinco dias após passar mal durante show em Lafaiete, o cantor Kid Vinil morre em São Paulo

 

Trinta e cinco dias após passar mal durante show em Lafaiete, o cantor Kid Vinil morre em São Paulo

Trinta e cinco dias após de passar mal durante show que fazia em Conselheiro Lafaiete, no Dom Pedro II, durante uma festa retrô, onde também se apresentariam Kiko Zambianchi e Richie, o Radialista e cantor Kid Vinil morreu na tarde de sexta-feira, dia 19, no Hospital da Luz, em São Paulo, onde estava desde o dia 18 de abril, em coma induzido. Antonio Carlos Senefonte, 62 anos, teve uma parada cardiorrespiratória após fazer show em um clube de Lafaiete na noite de 15 de abril. A morte foi causada por complicações de um edema.

O cantor que fez sucesso na década de 80 foi um dos responsáveis pelo boom do rock tupiniquim/Reprodução

Em Lafaiete Kid Vinil ficou internado no Hospital e Maternidade São José quando foi transferido para São Paulo pela gravidade do seu caso. A família fez “uma vaquinha” para arrecadar cerca de R$15 mil para levar o artista para São Pulo em um helicóptero equipado com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) particular.

A história

Paulista de Cedral, Kid Vinil teve grande sucesso nos anos 1980 à frente do grupo Magazine, emplacando hits que aproximaram o rock brasileiro do gosto e da linguagem popular. O país se divertiu com a crônica urbana de “Sou Boy”, embarcou no romantismo adolescente de “Tic Tic Nervoso”, e aprovou sua interpretação de “Comeu”, de Caetano Veloso, tema de abertura da novela “A gata comeu”, da TV Globo, em 1985.

Antes do estouro, porém, Kid já era reconhecido como agitador da cena punk e new wave de São Paulo, atuando como cantor do grupo punk/rockabilly Verminose. A popularidade do Magazine arrefeceu no fim dos anos 80, mas Kid seguiu brilhando como comunicador no rádio e na TV. Fez fãs e “discípulos” por onde passou, pelo carisma e pelo conhecimento enciclopédico de rock que generosamente distribuía a ouvintes e espectadores.

Nos anos 2000, atuou também como executivo de gravadora e como DJ. Retomou as atividades do Magazine e, a partir de 2005, levou em frente o Kid Vinil Xperience. Dono de uma coleção gigantesca de discos (cerca de 10 mil CDs e 10 mil vinis), ele permaneceu até os últimos dias antenado com a produção do rock internacional, que apresentava com entusiasmo de garoto em seu programa de rádio pela 89 FM de São Paulo.

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