25 de abril de 2024 00:55

Zé Celso Martinez e Matheus Nachtergaele fazem performance no Museu de Congonhas

Mateus
Matheus Nachtergaele

Em mais uma edição do projeto “Roteiro das Minas”, o Museu de Congonhas recebe um dos maiores diretores de teatro do Brasil, Zé Celso Martinez Correa, que fará a leitura dramática do “Manifesto Antropófago”, de Oswald de Andrade, junto com os atores Matheus Nachtergaele, Roderik Himeros e Beatriz Azevedo, nesta quarta-feira, 22, às 20h. A atriz também irá lançar o livro “Antropofagia Palimpsesto Selvagem”. Os ingressos podem ser adquiridos no centro cultural no valor de R$ 2. No dia, haverá, ainda, a estreia da “Exposição de Gravuras”, de Yara Tupynambá, que ficará aberta a visitação até o dia 29 de julho.

Jose Celso
Celso Martinez Correa

A leitura dramática do “Manifesto Antropofágico” terá duas fases. Num primeiro momento, nesta terça-feira, 21, a partir das 19h, o diretor e os atores farão uma oficina com artistas locais dentro do projeto “Roteiro das Minas”. A intenção é prepará-los para interagir no espetáculo. Já na quarta-feira, às 20h, no Anfiteatro ao ar livre do Museu de Congonhas, Zé Celso apresentará a leitura do Manifesto contando com a participação dos artistas locais e do público de Congonhas. O ator Matheus Nachtergaele interpretará um capítulo do livro “Antropofagia Palimpsesto Selvagem”, ao lado da artista Beatriz Azevedo.

A vinda dos artistas a Congonhas reproduz simbolicamente a passagem da “Caravana Modernista” pela cidade histórica. Em 1924, a chegada do grupo formado por nomes como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald e tantos outros pensadores, foi crucial para a valorização do patrimônio histórico brasileiro. Até então, a produção cultural nacional era profundamente influenciada pelos padrões internacionais e havia pouca valorização da produção local. Coube a estes artistas, após essas andanças pelas Minas Gerais do século passado, virar o jogo constituindo um pensamento sobre a cultura genuinamente nacional. No Museu de Congonhas a reflexão esta presente na exposição de longa duração.

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Lançamento

Um dos últimos lançamentos da editora Cosac Naify, o livro “Antropofagia Palimpsesto Selvagem”, da poeta, cantora, compositora e atriz Beatriz Azevedo, com capa e ilustrações de Tunga e prefácio do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, é parte de um grande projeto sobre a antropofagia desenvolvido pela artista. A obra é talvez a primeira leitura realmente microscópica do “Manifesto Antropófago”, de Oswald de Andrade, texto fundacional para a sensibilidade cultural contemporânea. A obra será lançada, na sequência, também em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Imagens:Reprodução

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