A falta de acordo entre Vale (VALE3) e Minas Gerais sobre Brumadinho é uma situação de perde-perde, na visão do BTG Pactual.
Para eles, isso se da pois Minas Gerais deve adiar investimentos consideráveis na região, enquanto a Vale deve demorar mais para limpar esta pendência.
“Devemos reconhecer todos os esforços da administração da Vale para reparar os danos (já alocando bilhões para as comunidades) e seu compromisso em chegar a um acordo, entretanto, nossa leitura é que a empresa está respeitando seu dever fiduciário de lutar por um acordo ‘justo’”, avaliou a empresa.
De acordo com o relátorio, a Vale tem o prazo de uma semana para apresentar uma contraproposta, e o banco não descarta um negócio de última hora, mas, para eles, é cada vez maior a probabilidade de essa disputa chegar aos tribunais.
Até o momento, aproximadamente 8.700 indenizações individuais foram pagas. A empresa alocou cerca de R$ 10 bilhões para esses fins. A discordância fundamenta-se em aspectos relativos apenas aos valores a serem pagos e sua destinação.
Assim, o banco acredita que ainda é necessário acompanhar a situação para ver qual será o desfecho, mas reforça sua recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 103. A dica do BTG para os investidores é adicionar valor sob qualquer fraqueza.
