Para vereadora, fechamento do coreto para impedir acesso de moradores em situação de rua é ilegal, reforça a “arquitetura hostil” e cobra explicações; veja vídeo

A situação social dos moradores em situação de rua em Lafaiete (MG) ganhou nas últimas semanas uma ampla discussão. Na sexta-feira passada (24), conselhos municipais e a secretaria de assistência debateram propostas para enfrentar a situação com a criação do Comitê Pop Rua com a participação dos setores público e sociedade civil, visando garantir direitos, políticas públicas e acessos a dignidade e inserção social.

A Vereadora Damires Rinarlly (PV) usou a tribuna nesta terça-feira (28) para cobrar explicações sobre o fechamento do coreto na Praça Tiradentes, em Conselheiro Lafaiete(MG), em função da presença de moradores em situação de rua. Mesmo enxotados, eles resistem e transferiram suas “moradias” para frente do coreto, permanecendo ao entorno do local. “Isso está totalmente ilegal. Pode ser polêmico, mas sabemos do problema social, mas não podemos inpedir as pessoas de passar e permanecer em locais público. E até gostaria que esta Casa enviasse um ofício ao prefeito questionando os motivos desta atitude. Sei da questão da criminalidade, violência que eu não concordo mas temos que olhar com amor e compaixão para estas pessoas”, analisou.

A vereadora, defensora dos direitos humanos, relatou que no ano passado, esteve em Barbacena, visitando a Casa Abrigo onde oferecem terapia, psicólogos, assistência social e conseguem até empregos para as pessoas, como também tratamento para dependentes químicos. “Na área de assistência social este é o nosso maior gargalo. Não podemos tratar estas pessoas como objetos. São seres humanos. Tira daqui e põe ali. Se é para tratar os outros como a nós mesmos, precisamos de empatia e compaixão. Deus não falou em selecionar as pessoas para amar e sim a todos”, encerrou.

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