Sul de Minas deve receber fábrica chinesa de motores e peças

Após o anúncio de expansão da fabricante de máquinas e veículos pesados XCMG em Pouso Alegre, a Saic Motors informou que sua primeira fábrica na América Latina será instalada em Minas Gerais. A empresa é uma das principais fornecedoras de motores e peças para a XCMG e também deve se estabelecer na cidade do Sul do Estado.

O investimento da empresa não estava previsto durante o início da missão mineira na China, e foi confirmado após a oficialização de expansão da fábrica da XCMG, com um investimento de R$ 270 milhões e criação de 465 empregos diretos. 

“A vinda da Saic para Minas é mais uma demonstração da confiança dos investidores de escolherem o estado para ampliarem seus negócios. Quando atraímos uma grande empresa – e ela tem sucesso a ponto de aumentar sua presença, como é o caso da XCMG -, outras companhias ficam confiantes de que investir em Minas é uma grande oportunidade. Esse anúncio inesperado é um grande sinal de que o estado está em um ciclo virtuoso”, afirmou o governador Romeu Zema. 

A Saic é a maior das quatro grandes fabricantes de veículos estatais da China, mas, até o momento, não tinha instalações na América do Sul: a fábrica em Minas será a primeira do continente. 

“Vendo o resultado que a XCMG alcançou nos últimos anos, buscamos reuniões com o Governo de Minas e entendemos que o Estado tem alta eficiência e sempre com disposição para apoiar as empresas que querem investir em MG. Tenho uma grande confiança de que o investimento da Saic Motors no Brasil vai ser um sucesso, assim como a XCMG tem sido. Hoje, com muita honra, posso informar que a decisão já foi tomada: a Saic Motors vai criar uma fábrica de motores em Pouso Alegre”, afirmou um dos diretores da Saic Motors, Xu Qiuhua.

Os valores de investimento ainda serão definidos, mas as obras de instalação da fábrica estão previstas para meados de 2024.

Faytech

Ao saber que o governador de Minas estava na em missão oficial na Ásia, outra companhia com base na China procurou o Estado para tratar de investimentos: a empresa de tecnologia Faytech. Após mais de uma hora de reunião, os executivos decidiram escolher Minas Gerais para ser ser o ponto de referência, no Brasil, para fabricação de telas touchscreen. 

A empresa alemã desenvolveu sua tecnologia em sua sede na China e vai investir R$ 25 milhões para produzir as telas digitais, que são utilizadas para diversos produtos como tablets, painéis, entre outros. Ao todo, serão gerados mais de cem empregos diretos com a instalação da fábrica. 

“Eu fico muito feliz de Minas estar sendo procurada por empresas. Quando o trabalho é bem feito, a informação corre de boca em boca e os empresários descobrem que está sendo um bom negócio investir em Minas. Esse é um sinal de que Minas está sendo falada, está sendo procurada e se transformando em uma vitrine para o mundo como local onde bons investimentos são realizados”, concluiu o governador Romeu Zema.

* Com informações da Agência Minas

FONTE HOJE EM DIA

Sul de Minas deve receber fábrica chinesa de motores e peças

Após o anúncio de expansão da fabricante de máquinas e veículos pesados XCMG em Pouso Alegre, a Saic Motors informou que sua primeira fábrica na América Latina será instalada em Minas Gerais. A empresa é uma das principais fornecedoras de motores e peças para a XCMG e também deve se estabelecer na cidade do Sul do Estado.

O investimento da empresa não estava previsto durante o início da missão mineira na China, e foi confirmado após a oficialização de expansão da fábrica da XCMG, com um investimento de R$ 270 milhões e criação de 465 empregos diretos. 

“A vinda da Saic para Minas é mais uma demonstração da confiança dos investidores de escolherem o estado para ampliarem seus negócios. Quando atraímos uma grande empresa – e ela tem sucesso a ponto de aumentar sua presença, como é o caso da XCMG -, outras companhias ficam confiantes de que investir em Minas é uma grande oportunidade. Esse anúncio inesperado é um grande sinal de que o estado está em um ciclo virtuoso”, afirmou o governador Romeu Zema. 

A Saic é a maior das quatro grandes fabricantes de veículos estatais da China, mas, até o momento, não tinha instalações na América do Sul: a fábrica em Minas será a primeira do continente. 

“Vendo o resultado que a XCMG alcançou nos últimos anos, buscamos reuniões com o Governo de Minas e entendemos que o Estado tem alta eficiência e sempre com disposição para apoiar as empresas que querem investir em MG. Tenho uma grande confiança de que o investimento da Saic Motors no Brasil vai ser um sucesso, assim como a XCMG tem sido. Hoje, com muita honra, posso informar que a decisão já foi tomada: a Saic Motors vai criar uma fábrica de motores em Pouso Alegre”, afirmou um dos diretores da Saic Motors, Xu Qiuhua.

Os valores de investimento ainda serão definidos, mas as obras de instalação da fábrica estão previstas para meados de 2024.

Faytech

Ao saber que o governador de Minas estava na em missão oficial na Ásia, outra companhia com base na China procurou o Estado para tratar de investimentos: a empresa de tecnologia Faytech. Após mais de uma hora de reunião, os executivos decidiram escolher Minas Gerais para ser ser o ponto de referência, no Brasil, para fabricação de telas touchscreen. 

A empresa alemã desenvolveu sua tecnologia em sua sede na China e vai investir R$ 25 milhões para produzir as telas digitais, que são utilizadas para diversos produtos como tablets, painéis, entre outros. Ao todo, serão gerados mais de cem empregos diretos com a instalação da fábrica. 

“Eu fico muito feliz de Minas estar sendo procurada por empresas. Quando o trabalho é bem feito, a informação corre de boca em boca e os empresários descobrem que está sendo um bom negócio investir em Minas. Esse é um sinal de que Minas está sendo falada, está sendo procurada e se transformando em uma vitrine para o mundo como local onde bons investimentos são realizados”, concluiu o governador Romeu Zema.

* Com informações da Agência Minas

FONTE HOJE EM DIA

Por que China foi decisiva no adeus da Ford e dita futuro da GM no Brasil

Maior mercado automotivo do mundo, com mais de 20,5 milhões de carros vendidos em 2022, a China tem tanto peso nos investimentos globais das montadoras que pode interferir na permanência (ou não) de marcas em determinados países – incluindo o Brasil.

Segundo especialista consultado por UOL Carros, o fechamento das fábricas da Ford em nosso país em 2021 teve muito mais relação com o desempenho da empresa norte-americana no mercado chinês do que com fatores econômicos locais.

O “fator China” também deve ser considerado no caso da General Motors, no momento em que a montadora negocia um plano de demissões voluntárias nas três fábricas em São Paulo “que seja justo e que permita seguir produzindo e investindo no país”.

A GM tenta enxugar seu quadro de funcionários alegando queda nas vendas e nas exportações, enquanto a Justiça do Trabalho suspendeu recentemente a demissão mais de 1.200 trabalhadores dessas unidades – o que não impediu uma greve de 17 dias nessas unidades.

Para Ricardo Bacellar, da consultoria Bacellar Advisory Boards, há uma série de elementos “preocupantes” em relação ao futuro da operação da General Motors no Brasil. Segundo ele, fatores que levaram a Ford a encerar a produção de veículos no país também podem ser considerados no caso da GM.

“É importante entender que, quando a Ford abriu mão de fabricar veículos no Brasil, isso teve muito mais a ver com suas operações globais. Na época, fechou fábricas aqui, na Índia e em outros mercados para concentrar investimentos e recuperar vendas na China, onde ia mal naquela época e até hoje é o maior mercado do mundo”, analisa.

Vale destacar que o Brasil, apesar de ser um mercado extremamente relevante, fechou 2022 com pouco menos do que 2 milhões de automóveis e comerciais leves vendidos – ou seja, a China comercializou mais de dez vezes esse montante no mesmo período.

GM em baixa na China

Conforme Bacellar, em 2023 a General Motors acumula baixa de aproximadamente 25% nas vendas no gigante asiático ante o desempenho de 2022, quando a montadora norte-americana comercializou cerca de 1,7 milhão de veículos na China – ou seja, somente naquele mercado, a GM vendeu um volume não muito diferente do somatório de todas as montadoras no Brasil durante o ano passado.

“Se considerarmos outros fatores, a corda está extremamente esticada para a General Motors no Brasil. O custo para produzir veículos aqui é extremamente alto e nosso mercado está estagnado, andando de lado, o que é outro grande problema. Além disso, hoje o nível de investimento necessário para se manter competitivo só tem aumentado em relação a 2021, quando a Ford fechou suas fábricas no país”, pondera o consultor.

Ricardo Bacellar pontua que, “independentemente de viés político”, há um fortalecimento dos sindicatos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e isso pode se tornar mais sinal de alerta.

“É fato que hoje os sindicatos estão mais fortalecidos. Essa reversão das demissões pode ser um elemento de análise de risco estratégico para a direção da GM, inclusive no que se refere a futuras negociações de reajuste salarial. Tudo isso em um cenário que já é ruim”.

O especialista ainda aponta a prorrogação dos incentivos fiscais para montadoras com fábrica no Nordeste e na região Centro-Oeste, que desagrada a GM e outras montadoras aqui instaladas.

O que mais está em jogo sobre futuro da GM

Cássio Pagliarini, sócio da consultora Bright Consulting e ex-executivo de marcas como Ford, Renault e Hyundai, destaca que a General Motors “está encontrando dificuldades e não anunciou grandes planos de renovação” de sua gama de produtos e isso explica, em parte, a intenção de desligar funcionários.

“É difícil dizer que há um risco [de encerramento da produção local], mas dá para desconfiar. Chevrolet Onix e Tracker estão com boa participação de mercado porque são produtos atualizados. Já a Montana é um produto novo, mas não tem encontrado o mesmo sucesso do que a Fiat Toro”.

É bom destacar que Onix e Tracker, os dois best-sellers da GM no Brasil, são projetos de origem chinesa e também são comercializados no país asiático.

Pagliarini também cita um descompasso entre a estratégia de eletrificação no nível global com a realidade da empresa no Brasil.

“Os planos globais da GM focam os carros elétricos, enquanto no Brasil os híbridos são maioria e a companhia já disse que não tem pretende produzi-los aqui. A fábrica de São José dos Campos [uma das unidades que teria funcionários demitidos] produz a Chevrolet S-10, que vem perdendo terreno por não ser tão atualizada quanto as competidoras diretas na categoria das picapes médias”.

Por outro lado, Milad Kalume, diretor da consultoria Jato do Brasil, não acredita que neste momento a GM irá encerrar a produção em solo brasileiro, da mesma forma que a Ford.

“O que está acontecendo hoje é simplesmente um retrato dos últimos anos da GM no país. Não vejo o risco de acontecer como aconteceu com a Ford. Será preciso trabalhar de forma mais contundente, mas acredito que a marca conseguirá pensar em produtos de volume para o mercado brasileiro, isso está em sua essência”, analisa o executivo em entrevista a Paula Gama.

Para Kalume, a intenção de demitir mais de mil funcionários é uma adequação da filial brasileira à estratégia global da matriz, nos Estados Unidos, de eletrificar toda sua linha de produtos.

“A GM já passou por redução de custo na produção, agora chegou ao limite, o próximo passo é demissão”.

FONTE UOL CARROS

Por que China foi decisiva no adeus da Ford e dita futuro da GM no Brasil

Maior mercado automotivo do mundo, com mais de 20,5 milhões de carros vendidos em 2022, a China tem tanto peso nos investimentos globais das montadoras que pode interferir na permanência (ou não) de marcas em determinados países – incluindo o Brasil.

Segundo especialista consultado por UOL Carros, o fechamento das fábricas da Ford em nosso país em 2021 teve muito mais relação com o desempenho da empresa norte-americana no mercado chinês do que com fatores econômicos locais.

O “fator China” também deve ser considerado no caso da General Motors, no momento em que a montadora negocia um plano de demissões voluntárias nas três fábricas em São Paulo “que seja justo e que permita seguir produzindo e investindo no país”.

A GM tenta enxugar seu quadro de funcionários alegando queda nas vendas e nas exportações, enquanto a Justiça do Trabalho suspendeu recentemente a demissão mais de 1.200 trabalhadores dessas unidades – o que não impediu uma greve de 17 dias nessas unidades.

Para Ricardo Bacellar, da consultoria Bacellar Advisory Boards, há uma série de elementos “preocupantes” em relação ao futuro da operação da General Motors no Brasil. Segundo ele, fatores que levaram a Ford a encerar a produção de veículos no país também podem ser considerados no caso da GM.

“É importante entender que, quando a Ford abriu mão de fabricar veículos no Brasil, isso teve muito mais a ver com suas operações globais. Na época, fechou fábricas aqui, na Índia e em outros mercados para concentrar investimentos e recuperar vendas na China, onde ia mal naquela época e até hoje é o maior mercado do mundo”, analisa.

Vale destacar que o Brasil, apesar de ser um mercado extremamente relevante, fechou 2022 com pouco menos do que 2 milhões de automóveis e comerciais leves vendidos – ou seja, a China comercializou mais de dez vezes esse montante no mesmo período.

GM em baixa na China

Conforme Bacellar, em 2023 a General Motors acumula baixa de aproximadamente 25% nas vendas no gigante asiático ante o desempenho de 2022, quando a montadora norte-americana comercializou cerca de 1,7 milhão de veículos na China – ou seja, somente naquele mercado, a GM vendeu um volume não muito diferente do somatório de todas as montadoras no Brasil durante o ano passado.

“Se considerarmos outros fatores, a corda está extremamente esticada para a General Motors no Brasil. O custo para produzir veículos aqui é extremamente alto e nosso mercado está estagnado, andando de lado, o que é outro grande problema. Além disso, hoje o nível de investimento necessário para se manter competitivo só tem aumentado em relação a 2021, quando a Ford fechou suas fábricas no país”, pondera o consultor.

Ricardo Bacellar pontua que, “independentemente de viés político”, há um fortalecimento dos sindicatos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e isso pode se tornar mais sinal de alerta.

“É fato que hoje os sindicatos estão mais fortalecidos. Essa reversão das demissões pode ser um elemento de análise de risco estratégico para a direção da GM, inclusive no que se refere a futuras negociações de reajuste salarial. Tudo isso em um cenário que já é ruim”.

O especialista ainda aponta a prorrogação dos incentivos fiscais para montadoras com fábrica no Nordeste e na região Centro-Oeste, que desagrada a GM e outras montadoras aqui instaladas.

O que mais está em jogo sobre futuro da GM

Cássio Pagliarini, sócio da consultora Bright Consulting e ex-executivo de marcas como Ford, Renault e Hyundai, destaca que a General Motors “está encontrando dificuldades e não anunciou grandes planos de renovação” de sua gama de produtos e isso explica, em parte, a intenção de desligar funcionários.

“É difícil dizer que há um risco [de encerramento da produção local], mas dá para desconfiar. Chevrolet Onix e Tracker estão com boa participação de mercado porque são produtos atualizados. Já a Montana é um produto novo, mas não tem encontrado o mesmo sucesso do que a Fiat Toro”.

É bom destacar que Onix e Tracker, os dois best-sellers da GM no Brasil, são projetos de origem chinesa e também são comercializados no país asiático.

Pagliarini também cita um descompasso entre a estratégia de eletrificação no nível global com a realidade da empresa no Brasil.

“Os planos globais da GM focam os carros elétricos, enquanto no Brasil os híbridos são maioria e a companhia já disse que não tem pretende produzi-los aqui. A fábrica de São José dos Campos [uma das unidades que teria funcionários demitidos] produz a Chevrolet S-10, que vem perdendo terreno por não ser tão atualizada quanto as competidoras diretas na categoria das picapes médias”.

Por outro lado, Milad Kalume, diretor da consultoria Jato do Brasil, não acredita que neste momento a GM irá encerrar a produção em solo brasileiro, da mesma forma que a Ford.

“O que está acontecendo hoje é simplesmente um retrato dos últimos anos da GM no país. Não vejo o risco de acontecer como aconteceu com a Ford. Será preciso trabalhar de forma mais contundente, mas acredito que a marca conseguirá pensar em produtos de volume para o mercado brasileiro, isso está em sua essência”, analisa o executivo em entrevista a Paula Gama.

Para Kalume, a intenção de demitir mais de mil funcionários é uma adequação da filial brasileira à estratégia global da matriz, nos Estados Unidos, de eletrificar toda sua linha de produtos.

“A GM já passou por redução de custo na produção, agora chegou ao limite, o próximo passo é demissão”.

FONTE UOL CARROS

Governo de Minas quer atrair investimento bilionário de outra companhia chinesa

Ideia é avançar em conversas com a Sany, especializada em produzir máquinas pesadas; empresa quer aportar R$ 2 bi no Brasil

O governo de Minas Gerais quer que ao menos uma parte do investimento de R$ 2 bilhões que a companhia Sany pretende fazer no Brasil fique no estado. A empresa chinesa é uma das maiores produtoras de máquinas pesadas do mundo.

A busca pelo investimento da Sany em Minas foi informada à Itatiaia pelo secretário de Estado de Casa Civil de Minas,  Marcelo Aro (PP). A companhia esteve entre as principais empresas visitadas pela comitiva liderada pelo governador Romeu Zema (Novo) durante viagem à China.

“O governador também conversou com o pessoal da Sany e convidou para que eles invistam em Minas Gerais. Eles já falaram que vão investir R$ 2 bilhões no Brasil e o governador veio (até a China) para falar para que eles invistam em Minas Gerais”, disse Aro.

Até aqui, a equipe de Zema calcula ter captado investimentos de R$ 800 milhões durante a passagem pela Ásia. Depois da China, o foco é o Japão, onde os compromissos começam nesta segunda-feira (13). A estadia em solo japonês durará até o próximo dia 18.

“Minas voltou a ter esse protagonismo internacional. Minas hoje é conhecida em âmbito internacional e nosso trabalho vai continuar neste sentido”, afirmou o chefe da Casa Civil mineira.

Outro acordo

Na semana passada, o governo já havia anunciado outro trato com uma empresa especializada em fabricar veículos como guindastes e tratores. A XCMG, que já tem uma fábrica em Pouso Alegre, no Sul de Minas, vai aportar R$ 270 milhões no estado.

A empresa pretende utilizar as cifras para pesquisas e montagens de veículos pesados elétricos.

A cobertura da Missão Empresarial à China, que tem a participação do governador de Minas, é oferecimento da FIEMG. Essa iniciativa tem como patrocínio Master CODEMGE, CBMM, GERDAU, J.Mendes e VALE, e parceria Samarco e Arcellor.

FONTE ITATIAIA

Governo de Minas quer atrair investimento bilionário de outra companhia chinesa

Ideia é avançar em conversas com a Sany, especializada em produzir máquinas pesadas; empresa quer aportar R$ 2 bi no Brasil

O governo de Minas Gerais quer que ao menos uma parte do investimento de R$ 2 bilhões que a companhia Sany pretende fazer no Brasil fique no estado. A empresa chinesa é uma das maiores produtoras de máquinas pesadas do mundo.

A busca pelo investimento da Sany em Minas foi informada à Itatiaia pelo secretário de Estado de Casa Civil de Minas,  Marcelo Aro (PP). A companhia esteve entre as principais empresas visitadas pela comitiva liderada pelo governador Romeu Zema (Novo) durante viagem à China.

“O governador também conversou com o pessoal da Sany e convidou para que eles invistam em Minas Gerais. Eles já falaram que vão investir R$ 2 bilhões no Brasil e o governador veio (até a China) para falar para que eles invistam em Minas Gerais”, disse Aro.

Até aqui, a equipe de Zema calcula ter captado investimentos de R$ 800 milhões durante a passagem pela Ásia. Depois da China, o foco é o Japão, onde os compromissos começam nesta segunda-feira (13). A estadia em solo japonês durará até o próximo dia 18.

“Minas voltou a ter esse protagonismo internacional. Minas hoje é conhecida em âmbito internacional e nosso trabalho vai continuar neste sentido”, afirmou o chefe da Casa Civil mineira.

Outro acordo

Na semana passada, o governo já havia anunciado outro trato com uma empresa especializada em fabricar veículos como guindastes e tratores. A XCMG, que já tem uma fábrica em Pouso Alegre, no Sul de Minas, vai aportar R$ 270 milhões no estado.

A empresa pretende utilizar as cifras para pesquisas e montagens de veículos pesados elétricos.

A cobertura da Missão Empresarial à China, que tem a participação do governador de Minas, é oferecimento da FIEMG. Essa iniciativa tem como patrocínio Master CODEMGE, CBMM, GERDAU, J.Mendes e VALE, e parceria Samarco e Arcellor.

FONTE ITATIAIA

Jorge Gerdau se diz ‘extremamente preocupado’ com pressão da China sobre siderurgia brasileira

Em evento do setor, empresário afirmou que a companhia está na iminência de fazer demissões. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter disse hoje que está “extremamente preocupado” com a crescente oferta de aço chinês no mercado brasileiro e indicou que pode haver redução expressiva nas taxas de operação do setor se nenhuma medida para conter o avanço das importações for adotada. “Se não conseguirmos esses 25% [ de alíquota de importação], há risco de a China bombardear o Brasil e nos obrigar a reduzir a capacidade em 10%, 20% ou 30%”, afirmou, durante o Congresso Aço Brasil 2023.

Com a estrutura atual de alíquotas de importação no mundo – que se movimentou em busca de proteção contra a China -, boa parte da produção do país asiático tem sido deslocada para a América do Sul e inundado o mercado brasileiro, explicou.

“Ninguém está vendo o tamanho do problema com oferta predatória da China. Estamos na iminência de fazer demissões e desligamentos, disse o presidente”. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país.

“O problema não é conjuntural, é estrutural. E receio que, pelos nossos processos históricos [de negociação com o governo], não vamos conseguir os 25% de alíquota de importação”, afirmou. O setor já levou ao governo um pedido de elevação da alíquota, em caráter emergencial, mas ainda não teve sucesso. Setores consumidores de aço alegam que a indústria quer usar o aumento de imposto para elevar os preços de seus produtos.

“É preciso se conscientizar de que se não houver pressão política maior junto a congressistas, não vamos conseguir”, afirmou. O empresário disse ainda que, pela primeira vez em décadas de vivência no setor, avalia que os métodos históricos de negociação adotados pelo setor, agora para atingir os 25% de alíquota de importação e acompanhar o resto do mundo, não devem funcionar.

“Não vejo capacidade decisória pelos processos burocráticos convencionais. Estou sentindo insegurança do processo decisório governamental”, afirmou. “Provavelmente vamos ter de mudar nossa atitude política”.

Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

FONTE VALOR INVESTE

Jorge Gerdau se diz ‘extremamente preocupado’ com pressão da China sobre siderurgia brasileira

Em evento do setor, empresário afirmou que a companhia está na iminência de fazer demissões. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter disse hoje que está “extremamente preocupado” com a crescente oferta de aço chinês no mercado brasileiro e indicou que pode haver redução expressiva nas taxas de operação do setor se nenhuma medida para conter o avanço das importações for adotada. “Se não conseguirmos esses 25% [ de alíquota de importação], há risco de a China bombardear o Brasil e nos obrigar a reduzir a capacidade em 10%, 20% ou 30%”, afirmou, durante o Congresso Aço Brasil 2023.

Com a estrutura atual de alíquotas de importação no mundo – que se movimentou em busca de proteção contra a China -, boa parte da produção do país asiático tem sido deslocada para a América do Sul e inundado o mercado brasileiro, explicou.

“Ninguém está vendo o tamanho do problema com oferta predatória da China. Estamos na iminência de fazer demissões e desligamentos, disse o presidente”. Atualmente, a Gerdau tem 600 funcionários com contrato de trabalho suspenso em todo o país.

“O problema não é conjuntural, é estrutural. E receio que, pelos nossos processos históricos [de negociação com o governo], não vamos conseguir os 25% de alíquota de importação”, afirmou. O setor já levou ao governo um pedido de elevação da alíquota, em caráter emergencial, mas ainda não teve sucesso. Setores consumidores de aço alegam que a indústria quer usar o aumento de imposto para elevar os preços de seus produtos.

“É preciso se conscientizar de que se não houver pressão política maior junto a congressistas, não vamos conseguir”, afirmou. O empresário disse ainda que, pela primeira vez em décadas de vivência no setor, avalia que os métodos históricos de negociação adotados pelo setor, agora para atingir os 25% de alíquota de importação e acompanhar o resto do mundo, não devem funcionar.

“Não vejo capacidade decisória pelos processos burocráticos convencionais. Estou sentindo insegurança do processo decisório governamental”, afirmou. “Provavelmente vamos ter de mudar nossa atitude política”.

Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

FONTE VALOR INVESTE

China descobre novo mineral altamente estratégico no maior depósito de terra-rara do mundo

Um novo recurso estratégico acaba de ser descoberto na Mongólia e a China pretende utilizá-lo

Talvez o seu nome não signifique muito para você no início, mas a niobobaotite, um novo mineral num depósito na Mongólia identificado por cientistas chineses, atraiu o interesse da indústria em menos de um mês. Prova disso é que o anúncio da sua descoberta não despertou apenas o interesse das revistas especializadas na matéria: a imprensa econômica e geoestratégica também abordou o assunto.

Porém, talvez você já tenha ouvido falar. Com efeito, a niobobaotite contém nióbio, um metal utilizado em ligas, muito apreciado pelas suas propriedades supercondutoras e produzido num número muito limitado de países. Tanto é verdade que a China atualmente tem que importá-lo massivamente. E qual o maior produtor de nióbio do mundo? Sim, o Brasil.

Num local remoto da Mongólia, foi identificado este novo tipo de mineral, que os especialistas chamaram de niobobaotite. A descoberta é atribuída a três investigadores do Instituto de Investigação Geológica de Urânio de Pequim, organização ligada ao CNNC, e já foi oficialmente reconhecida pelo comitê da Associação Mineralógica Internacional, que lhe atribuiu o número IMA 2022-127a.

Por que isso é tão importante? A niobobaotita contém nióbio, metal estratégico que se destaca por suas aplicações industriais. É usado em todo o mundo, principalmente como elemento de liga em aços e superligas, afirma o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Quantidades apreciáveis ​​são usadas como ferronióbio de alta pureza e níquel-nióbio em superligas de níquel-cobalto-ferro para aplicações como componentes de motores a jato, subconjuntos de foguetes e equipamentos de combustão resistentes ao calor.

O nióbio é valorizado na indústria siderúrgica por sua resistência. Não é incomum encontrá-lo em ligas que são incluídas em materiais de construção, dutos, gasodutos, pás de propulsores ou mesmo motores a jato, entre uma longa lista de aplicações. As suas propriedades como supercondutor, particularmente a baixas temperaturas, tornam-no um valioso aliado na produção de ímanes para aceleradores de partículas como o Large Hadron Collider do CERN ou equipamentos de ressonância magnética e de ressonância magnética nuclear (NMR).

O que podemos produzir usando nióbio?

A Geoescience Australia cita outras aplicações, como o uso de nióbio em lentes de câmeras, joias, próteses, implantes médicos, capacitores de circuito, lâmpadas de vapor de sódio ou ferramentas de corte. A organização reconhece, no entanto, que 90% está associado à indústria siderúrgica: a adição de pequenas quantidades baratas de nióbio – bem menos de 1% – aumenta a resistência e reduz o peso dos produtos siderúrgicos.

Devido ao seu valor estratégico e à vulnerabilidade do seu fornecimento, o governo australiano considera-o um “mineral crítico” e reconhece que é essencial para a indústria tecnológica. A União Europeia também o incluiu na sua lista de matérias-primas fundamentais, ao lado de outras como o fósforo, o escândio ou o silício metálico.

Por que isso é crucial para os chineses? Porque até agora o gigante asiático também dependia do nióbio estrangeiro. A China importa 95% das suas necessidades: portanto, esta descoberta é importante para o país, que deseja reduzir as suas importações para se tornar mais independente. Para se ter noção, o Brasil possui cerca de 90% do nióbio mundial.

FONTE IGN BRASIL

China descobre novo mineral altamente estratégico no maior depósito de terra-rara do mundo

Um novo recurso estratégico acaba de ser descoberto na Mongólia e a China pretende utilizá-lo

Talvez o seu nome não signifique muito para você no início, mas a niobobaotite, um novo mineral num depósito na Mongólia identificado por cientistas chineses, atraiu o interesse da indústria em menos de um mês. Prova disso é que o anúncio da sua descoberta não despertou apenas o interesse das revistas especializadas na matéria: a imprensa econômica e geoestratégica também abordou o assunto.

Porém, talvez você já tenha ouvido falar. Com efeito, a niobobaotite contém nióbio, um metal utilizado em ligas, muito apreciado pelas suas propriedades supercondutoras e produzido num número muito limitado de países. Tanto é verdade que a China atualmente tem que importá-lo massivamente. E qual o maior produtor de nióbio do mundo? Sim, o Brasil.

Num local remoto da Mongólia, foi identificado este novo tipo de mineral, que os especialistas chamaram de niobobaotite. A descoberta é atribuída a três investigadores do Instituto de Investigação Geológica de Urânio de Pequim, organização ligada ao CNNC, e já foi oficialmente reconhecida pelo comitê da Associação Mineralógica Internacional, que lhe atribuiu o número IMA 2022-127a.

Por que isso é tão importante? A niobobaotita contém nióbio, metal estratégico que se destaca por suas aplicações industriais. É usado em todo o mundo, principalmente como elemento de liga em aços e superligas, afirma o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Quantidades apreciáveis ​​são usadas como ferronióbio de alta pureza e níquel-nióbio em superligas de níquel-cobalto-ferro para aplicações como componentes de motores a jato, subconjuntos de foguetes e equipamentos de combustão resistentes ao calor.

O nióbio é valorizado na indústria siderúrgica por sua resistência. Não é incomum encontrá-lo em ligas que são incluídas em materiais de construção, dutos, gasodutos, pás de propulsores ou mesmo motores a jato, entre uma longa lista de aplicações. As suas propriedades como supercondutor, particularmente a baixas temperaturas, tornam-no um valioso aliado na produção de ímanes para aceleradores de partículas como o Large Hadron Collider do CERN ou equipamentos de ressonância magnética e de ressonância magnética nuclear (NMR).

O que podemos produzir usando nióbio?

A Geoescience Australia cita outras aplicações, como o uso de nióbio em lentes de câmeras, joias, próteses, implantes médicos, capacitores de circuito, lâmpadas de vapor de sódio ou ferramentas de corte. A organização reconhece, no entanto, que 90% está associado à indústria siderúrgica: a adição de pequenas quantidades baratas de nióbio – bem menos de 1% – aumenta a resistência e reduz o peso dos produtos siderúrgicos.

Devido ao seu valor estratégico e à vulnerabilidade do seu fornecimento, o governo australiano considera-o um “mineral crítico” e reconhece que é essencial para a indústria tecnológica. A União Europeia também o incluiu na sua lista de matérias-primas fundamentais, ao lado de outras como o fósforo, o escândio ou o silício metálico.

Por que isso é crucial para os chineses? Porque até agora o gigante asiático também dependia do nióbio estrangeiro. A China importa 95% das suas necessidades: portanto, esta descoberta é importante para o país, que deseja reduzir as suas importações para se tornar mais independente. Para se ter noção, o Brasil possui cerca de 90% do nióbio mundial.

FONTE IGN BRASIL

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.