TCU aprova novo modelo de concessão da BR 381 e devolve projeto da BR 040 para a ANTT fazer adequações

Governo federal pretende divulgar editais da BR 381 ainda neste mês

O Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou, nesta quarta-feira (17), o novo modelo de concessão da BR 381. A matéria foi aprovada, no mês passado, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Os dois orgãos deram aval ao governo federal para retirar os lotes 8A e 8B do projeto de concessão da rodovia. O trecho, entre Belo Horizonte e Caeté, ficará sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e foi separado em função do alto custo gerado pelas desapropriações e o relevo acidentado. Essas características estavam gerando desinteresse por parte dos investidores. Os dois últimos leilões da rodovia foram desertos.

Com a aprovação do novo modelo, a União planeja publicar dois editais ainda neste mês: um para contratação da empresa que vai fazer a obra para o poder público entre BH e Caeté e o outro de concessão da rodovia entre Caeté e Governador Valadares. O leilão está previsto para agosto. Em entrevista à Itatiaia, o ministro relator, Antônio Anastasia, disse que a expectativa é positiva. “Então, eu estou muito esperançoso. Não posso garantir, mas eu tenho, vamos dizer assim, a convicção que nós teremos licitante da mesma forma que tivemos 040 de Belo Horizonte de Juiz de Fora e, portanto, a 381, se Deus quiser, deixará de ser essa promessa eterna e será objeto essa concessão para melhoria e segurança dos milhares”, afirmou.

Serão R$ 9,3 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos. Para as obras, há o planejamento de duplicação, instalação de marginais e passarelas, construção de pontos de parada e descanso, entre outros.

BR 040

Na mesma sessão, o TCU analisou o projeto de concessão da BR 040 de Belo Horizonte à Brasília, a chamada Rota dos Cristais. O Tribunal fez recomendações e devolveu a proposta para A ANTT que precisa fazer as adequações antes de submeter o projeto novamente ao TCU.

 

FONTE ITATIAIA

Leilão da BR-040: saiba tudo sobre prazos, obras, empregos e preço dos pedágios

Consórcio encabeçado pela EPR, que já opera no Sul de Minas e no Triângulo, venceu leilão da rodovia e vai administrar trecho entre Belo Horizonte e Juiz de Fora

Após sair vencedora do leilão do trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, o Consórcio Infraestrutura MG, que tem como um dos controladores a empresa EPR, espera criar 2 mil postos de trabalho e prevê que as obras de duplicação da rodovia comecem no terceiro ano após o início das operações. A concessionária vai administrar o trecho de 232 km por 30 anos após a assinatura do contrato – o que deve ocorrer nos próximos meses.

O Consórcio Infraestrutura MG apresentou a melhor proposta entre as três participantes do leilão, propondo um desconto de 11% no valor de pedágio previsto no contrato. As outras duas empresas ofereceram desconto de 0% e 1%.

O edital foi publicado em 29 de dezembro de 2023 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e prevê à concessionária a realização de duplicação em um trecho de 160 km da rodovia e a criação de faixa adicional em outros 40 km. Trata-se da primeira relicitação da história do Brasil já que a Via 040, empresa que administrava o trecho pediu rompimento do contrato e deixar a gestão da rodovia.

Para o presidente da EPR, José Carlos Cassaniga, a relicitação foi ponto positivo, já que havia informações detalhadas sobre o perfil da concessão.

“Nós estudamos que a modelagem que foi elaborada pela pela ANTT e pela Infra S.A considera muito o histórico dessa concessão. Isso é uma vantagem para um projeto de concessão. Às vezes, alguns projetos têm insuficiência de histórico de dados e, nesse caso, como já há uma concessão em operação, o histórico de informações o comportamento da demanda já é mais conhecido”, explica.

Cassaniga reforçou o compromisso de realização de investimentos estruturantes entre Belo Horizonte e Juiz de Fora e avalia que as mudanças irão transformar o perfil da região.

“A modelagem traz compromisso com investimentos estruturantes. Sâo 160 km de duplicação, mais ou menos 40 km de faixas adicionais, o que vai ser transformador para o perfil dessa rodovia e para o potencial dela na região. É uma região com bastante potencial de mais movimentação de carga e pessoas”, projeta.

Ainda de acordo com Cassaniga, a previsão é que a concessionária gere cerca de 2.000 empregos diretos e indiretos com as obras.

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), prevê que os investimentos na BR-040 enquanto durar a concessão deve chegar a R$ 8 bilhões e que o governo aguarda uma resposta do Tribunal de Contas da União (TCU) para publicar dois novos editais de concessão: da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, e da BR-040, entre a capital mineira e a cidade de Cristalina, em Goiás.

“Essas são as duas próximas a sair do TCU e nós temos oito projetos lá que a gente espera que saia ao longo de dois, três meses para que os leilões sejam realizados ainda este ano. É um ciclo muito exitoso de leilões no Brasil. Nós tínhamos uma média de um leilão por ano e estamos enfrentando o desafio de fazer 12 a 13 leilões em um ano, o que é um arrojo muito grande”, afirmou após a realização do leilão.

Obras na BR-040

Em entrevista coletiva após o término do leilão, Cassaniga explica que a execução das obras será feita conforme previsão do edital da ANTT e são divididas em quatro etapas. Confira:

  • Etapa 1: trabalhos iniciais e preparação de estrutura e tecnologia para prestação de serviços aos usuários
  • Etapa 2: recuperação estrutural da rodovia, pontes e viadutos (entre 2º e 6º ano da concessão)
  • Etapa 3: obras estruturais, com duplicação e criação de faixa adicional (entre 3º e 8º ano da concessão)
  • Etapa 4: manutenção permanente (até o fim do contrato, em 30 anos)

Preço do pedágio

Atualmente, sob administração da Via 040, a tarifa do pedágio na BR-040 é de R$ 6,30 – mas aumentará, e muito, assim que a concessionária assumir o trecho.

O edital da ANTT previa valor de R$ 14 em cada praça de pedágio e o martelo foi batido no leilão na B3, em São Paulo, com base no maior desconto oferecido pelas empresas participantes.

O Consórcio Infraestrutura MG, encabeçado pela EPR, ofereceu um desconto de 11,21% sobre o valor previsto em edital. Dessa forma, já contando o desconto, o preço do pedágio deve ser de mais de R$ 12. Os motoristas só saberão o preço final que pagarão nas praças de pedágio após a assinatura do contrato.

 

FONTE ITATIAIA 

Leilão da BR 040 tem quatro investidores interessados

Concessão está marcada para abril

O leilão da BR 040, entre Nova Lima e Juiz de Fora, tem pelo menos quatro investidores interessados, segundo fontes da Itatiaia. O pregão está marcado para o dia 11 de abril.

Desde 2017, a concessionária Via 040 pede o encerramento do contrato para a gestão da rodovia entre Juiz de Fora e Brasília. Para fazer uma nova concessão, o governo federal decidiu dividir a BR em dois trechos: a parte entre Nova Lima e Juiz de Fora, que será leiloada em abril e a chamada Rota dos Cristais, que vai de Belo Horizonte até Cristalina, em Goiás. O governo está confiante que haverá sucesso no leilão.

BR 381

Para a BR 381, a expectativa também é positiva. Depois da aprovação do novo modelo pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o governo espera que haja interessados no novo leilão, previsto para setembro ou outubro.

O Ministério dos Transportes retirou os lotes 8A e 8B (entre Belo Horizonte e Caeté) do projeto de concessão. A medida diminui os custos do investidor já que o trecho tem cerca de 2 mil desapropriações e alto risco geológico.

O governo decidiu licitar o trajeto de Caeté a Governador Valadares. Nessa modelagem, segundo fontes da coluna na Esplanada dos Ministérios, três grupos estariam interessados.

 

FONTE ITATIAIA

BR-040: veja os detalhes do projeto de concessão entre BH e Juiz de Fora

Três praças de pedágio, 163 quilômetros de duplicação e 42 quilômetros de faixa adicionais: veja os detalhes do projeto para a BR-040

O edital de relicitação da BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, prevê a manutenção de três praças de pedágio, a duplicação de 163 quilômetros na estrada e mais 42 quilômetros de faixas adicionais.

Publicado nesta sexta-feira (29) pelo governo federal, a expectativa do edital é que o leilão aconteça no dia 11 de abril, e encerre parte da novela da concessão da BR-040.

Desde 2017, a rodovia mineira se tornou motivo de incertezas para o setor público e para milhares de motoristas que passam pelo trecho.

A concessionária Invepar, dona da Via 040, administra a rodovia desde 2014, mas em setembro de 2017 pediu ao governo federal para fazer uma “rescisão amigável” do contrato, alegando a redução no volume de tráfego e dificuldades em conseguir licenças para fazer as obras exigidas em contrato.

BR-040. 1.jpg
BR-040: veja os detalhes do projeto de concessão

Dos 557 quilômetros previstos para serem duplicados entre Brasília e Juiz de Fora, a Via 040 executou as obras apenas em 73 quilômetros.

O processo de relicitação se arrastou por anos e o Ministério dos Transportes, ainda durante a gestão do ex-ministro Tarcísio de Freitas (atual governador de São Paulo), decidiu dividir a BR-040 em três partes: o primeiro, entre Juiz de Fora e Belo Horizonte; o segundo entre Belo Horizonte e Cristalina (GO) e, o último entre Cristalina e Brasília.

O projeto mais avançado é do trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte, que teve edital publicado nesta sexta-feira (29) e tem leilão marcado para o dia 11 de abril.

Ao todo, o trecho tem 232 quilômetros de extensão. Ele começa do entroncamento da BR-356, no km 544, em Nova Lima, na Grande BH, e vai até a interseção com a Antiga União e Indústria, em Juiz de Fora.

O trecho entre BH e Conselheiro Lafaiete é conhecido pelo grande trânsito de caminhões pesados, que transportam minério na região, e pelo alto índice de acidentes. Especialistas apontam que a duplicação da estrada será fundamental para evitar os acidentes com vítimas fatais.

O edital prevê que a empresa que assumir o trecho terá que duplicar 163 quilômetros entre BH e Juiz de Fora, além de outros 42 quilômetros em faixas adicionais.

Veja os detalhes do projeto:

Extensão total da concessão – 232 km
-Entre o entroncamento com a BR-356, no km 544, em Nova Lima, até a interseção com a Antiga União e Indústria, no KM 776, em Juiz de Fora.

Obras de duplicação – 163,9 km

Faixas adicionais – 42,1 km

Correção de traçado – 34

Passarelas – 8

Retornos em nível – 18

Praças de pedágio – 3

  • Itabirito
  • Conselheiro Lafaiete
  • Barbacena
INÍCIO DA CONCESSÃO. FOTO ANTT.jpg
BR-040: início da concessão

FONTE ITATIAIA

BR-040: concessão pode ter sobrepreço de R$ 582 mi e onerar pedágio, alerta TCU

ANTT aprovou edital nesta quinta-feira (23); especialistas temem fiasco de leilão como o da BR-381

O trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora ganhou um golpe de esperança após o edital de concessão ser finalmente aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) nessa quinta-feira (23 de novembro). Mas o processo até um leilão de sucesso ainda guarda algumas ressalvas. O Tribunal de Contas da União (TCU), ao avaliar o projeto de concessão do trecho, identificou um sobrepreço de R$ 582 milhões. Segundo o órgão, foram levantados custos acima dos preços do mercado e estão sendo considerados serviços desnecessários, o que deve resultar em uma oneração indevida da tarifa de pedágio. O problema de um edital de concessão inadequado é, segundo especialistas, a consequência de um leilão que não desperta interesse, como aconteceu com a BR-381

A análise do TCU observou que a tabela de custos do projeto de concessão da BR-040 não segue a base de referência do governo federal – o Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) – e sequer explica como os valores foram estabelecidos. Para se ter ideia, o projeto determina um custo de R$ 55,58 o m³ do “solo para base de remendo profundo”. Já o custo determinado pelo Sicro para o mesmo item é de R$ 3,76 o m³. A diferença é de 1378%. 

Outro problema que pode acabar onerando os bolsos dos motoristas foi sinalizado pelo TCU como serviços sem sentido. O órgão cita os trechos escolhidos pelo projeto de concessão para “correção de traçado” da 040. Segundo a análise, são trechos em que não é preciso refazer toda a pista ou que o ajuste previsto, na verdade, prejudicaria a rodovia. Só a correção desses serviços a mais oneram o projeto em R$ 69 milhões. 

A ANTT respondeu ao órgão que o projeto possui as justificativas dos valores, mas isso não foi confirmado pelo TCU. “Esse sobrepreço é estranho. Obviamente, o governo vai fazer os levantamentos dos custos de acordo com as suas planilhas básicas. Quando os custos estão dentro do posto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é quando o projeto está adequado”, explica o especialista em trânsito Silvestre Andrade.  

Mesmo assim, segundo Andrade, as diferenças de custo costumam ser comuns quando comparados projetos públicos e privados, e o que vai beneficiar ou não o leilão é a concordância com os valores do mercado. “O setor público às vezes dimensiona valores que não funcionam no âmbito privado, que o mercado não está disposto a bancar. O valor, quando vai à licitação, também pode ser negociado, pode ser apresentado desconto, ofertas melhores. Já se o custo fica muito abaixo, se foge da realidade, acaba em uma licitação deserta como foi com a 381”, afirma. 

De fato, o trauma de uma licitação que falha parece ter sido herdada do leilão da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, que precisou ser adiado ao não despertar empresas interessadas. O investimento previsto para a obra gira em torno de R$ 10 bilhões, e o da BR-040, entre BH e Juiz de Fora, R$ 9 bilhões. “Quando não aparece nenhum interessado, a impressão é que tem uma falha muito grande no edital do governo. Um problema na 040 é a concessionária querer entregar o trecho de qualquer jeito, e isso há anos. Esses processos estão acontecendo com certa irresponsabilidade. São concessões baseadas no menor valor da tarifa, quando vale também uma análise na viabilidade e sucesso do projeto”, analisa o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto. 

O TCU fez determinações de revisão do projeto à ANTT, que deve dar um retorno antes de seguir com a licitação da BR-040 entre BH e Juiz de Fora. O órgão informou que esses pedidos serão monitorados, mas, como a avaliação do projeto está recente, ainda não há previsão para que ocorra a fiscalização. “Isso vai ser monitorado ao longo do tempo pelo poder público. É um processo de longo prazo”, explica o especialista Andrade. 

Empresa que vencer leilão vai herdar rodovia da morte 

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

Um dos trechos com maior incidência de acidentes está entre os km 563 e km 617 da BR-040. Nesta sexta (24 de novembro), um acidente com duas carretas no km 603, em Congonhas, na região Central de Minas Gerais, deixou duas pessoas gravemente feridas. Há 18 dias, três pessoas morreram em um engarrafamento no mesmo local.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG) realizou um estudo específico desse trecho da 040 e identificou desafios para a próxima gestão da via. “É o trecho com maior número de acidentes e está em um quadrilátero ferrífero. O transporte irregular de carretas e caminhões pesados já é feito de forma a super explorar as vias. E, em todo o tempo de concessão da Via 040, não foi feita nenhuma melhoria no local. O pedágio foi cobrado, mas nada foi feito”, denuncia o coordenador do GT Engenharia do Crea-MG, o engenheiro mecânico Antônio Humberto Almeida. 

Para a próxima concessão, o engenheiro propõe no estudo que soluções rápidas, de baixo custo e intermediárias sejam feitas com prioridade, antes das obras de longo prazo, que devem demorar a começar, segundo o projeto previsto. “Por exemplo, divisórias metálicas entras as pistas impedem colisões frontais, pinos evitam cruzamento de estrada, além de alargamentos, acostamentos e retornos. São medidas emergenciais, relativamente baratas. Isso porque o projeto prevê obras em sete anos de concessão. Se a empresa começar mesmo em 2025. Pode atrasar, e lá se vão mais anos. Não podemos esperar mais uma década para uma mudança”, afirma. 

O engenheiro se preocupa com o futuro da 040. “Uma nova concessão é sempre bem-vinda, mas feita da forma correta. O TCU fez uma série de recomendações de mudanças, de melhorias e observações no projeto apresentado. Uma boa concessão começa com um bom projeto”, diz. 

A ANTT ainda tem ressalvas a consertar no edital. O projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro.  

A ANTT foi procurada pela reportagem, mas não respondeu. O espaço segue aberto. 

FONTE O TEMPO

BR-040: concessão pode ter sobrepreço de R$ 582 mi e onerar pedágio, alerta TCU

ANTT aprovou edital nesta quinta-feira (23); especialistas temem fiasco de leilão como o da BR-381

O trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora ganhou um golpe de esperança após o edital de concessão ser finalmente aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) nessa quinta-feira (23 de novembro). Mas o processo até um leilão de sucesso ainda guarda algumas ressalvas. O Tribunal de Contas da União (TCU), ao avaliar o projeto de concessão do trecho, identificou um sobrepreço de R$ 582 milhões. Segundo o órgão, foram levantados custos acima dos preços do mercado e estão sendo considerados serviços desnecessários, o que deve resultar em uma oneração indevida da tarifa de pedágio. O problema de um edital de concessão inadequado é, segundo especialistas, a consequência de um leilão que não desperta interesse, como aconteceu com a BR-381

A análise do TCU observou que a tabela de custos do projeto de concessão da BR-040 não segue a base de referência do governo federal – o Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO) – e sequer explica como os valores foram estabelecidos. Para se ter ideia, o projeto determina um custo de R$ 55,58 o m³ do “solo para base de remendo profundo”. Já o custo determinado pelo Sicro para o mesmo item é de R$ 3,76 o m³. A diferença é de 1378%. 

Outro problema que pode acabar onerando os bolsos dos motoristas foi sinalizado pelo TCU como serviços sem sentido. O órgão cita os trechos escolhidos pelo projeto de concessão para “correção de traçado” da 040. Segundo a análise, são trechos em que não é preciso refazer toda a pista ou que o ajuste previsto, na verdade, prejudicaria a rodovia. Só a correção desses serviços a mais oneram o projeto em R$ 69 milhões. 

A ANTT respondeu ao órgão que o projeto possui as justificativas dos valores, mas isso não foi confirmado pelo TCU. “Esse sobrepreço é estranho. Obviamente, o governo vai fazer os levantamentos dos custos de acordo com as suas planilhas básicas. Quando os custos estão dentro do posto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é quando o projeto está adequado”, explica o especialista em trânsito Silvestre Andrade.  

Mesmo assim, segundo Andrade, as diferenças de custo costumam ser comuns quando comparados projetos públicos e privados, e o que vai beneficiar ou não o leilão é a concordância com os valores do mercado. “O setor público às vezes dimensiona valores que não funcionam no âmbito privado, que o mercado não está disposto a bancar. O valor, quando vai à licitação, também pode ser negociado, pode ser apresentado desconto, ofertas melhores. Já se o custo fica muito abaixo, se foge da realidade, acaba em uma licitação deserta como foi com a 381”, afirma. 

De fato, o trauma de uma licitação que falha parece ter sido herdada do leilão da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, que precisou ser adiado ao não despertar empresas interessadas. O investimento previsto para a obra gira em torno de R$ 10 bilhões, e o da BR-040, entre BH e Juiz de Fora, R$ 9 bilhões. “Quando não aparece nenhum interessado, a impressão é que tem uma falha muito grande no edital do governo. Um problema na 040 é a concessionária querer entregar o trecho de qualquer jeito, e isso há anos. Esses processos estão acontecendo com certa irresponsabilidade. São concessões baseadas no menor valor da tarifa, quando vale também uma análise na viabilidade e sucesso do projeto”, analisa o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto. 

O TCU fez determinações de revisão do projeto à ANTT, que deve dar um retorno antes de seguir com a licitação da BR-040 entre BH e Juiz de Fora. O órgão informou que esses pedidos serão monitorados, mas, como a avaliação do projeto está recente, ainda não há previsão para que ocorra a fiscalização. “Isso vai ser monitorado ao longo do tempo pelo poder público. É um processo de longo prazo”, explica o especialista Andrade. 

Empresa que vencer leilão vai herdar rodovia da morte 

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

Um dos trechos com maior incidência de acidentes está entre os km 563 e km 617 da BR-040. Nesta sexta (24 de novembro), um acidente com duas carretas no km 603, em Congonhas, na região Central de Minas Gerais, deixou duas pessoas gravemente feridas. Há 18 dias, três pessoas morreram em um engarrafamento no mesmo local.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG) realizou um estudo específico desse trecho da 040 e identificou desafios para a próxima gestão da via. “É o trecho com maior número de acidentes e está em um quadrilátero ferrífero. O transporte irregular de carretas e caminhões pesados já é feito de forma a super explorar as vias. E, em todo o tempo de concessão da Via 040, não foi feita nenhuma melhoria no local. O pedágio foi cobrado, mas nada foi feito”, denuncia o coordenador do GT Engenharia do Crea-MG, o engenheiro mecânico Antônio Humberto Almeida. 

Para a próxima concessão, o engenheiro propõe no estudo que soluções rápidas, de baixo custo e intermediárias sejam feitas com prioridade, antes das obras de longo prazo, que devem demorar a começar, segundo o projeto previsto. “Por exemplo, divisórias metálicas entras as pistas impedem colisões frontais, pinos evitam cruzamento de estrada, além de alargamentos, acostamentos e retornos. São medidas emergenciais, relativamente baratas. Isso porque o projeto prevê obras em sete anos de concessão. Se a empresa começar mesmo em 2025. Pode atrasar, e lá se vão mais anos. Não podemos esperar mais uma década para uma mudança”, afirma. 

O engenheiro se preocupa com o futuro da 040. “Uma nova concessão é sempre bem-vinda, mas feita da forma correta. O TCU fez uma série de recomendações de mudanças, de melhorias e observações no projeto apresentado. Uma boa concessão começa com um bom projeto”, diz. 

A ANTT ainda tem ressalvas a consertar no edital. O projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro.  

A ANTT foi procurada pela reportagem, mas não respondeu. O espaço segue aberto. 

FONTE O TEMPO

BR-040: relembre o imbróglio da concessão até a aprovação do edital de R$ 9 bi

Ação do MPF impediu interrupção de serviços da concessionária Via-040 em agosto deste ano

trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora espera um novo direcionamento desde que o processo de relicitação foi iniciado, em novembro de 2020, após a concessionária Via-040 informar prejuízo. A briga por quem herdaria as trincas no asfalto, os gargalos no trânsito, a falta de passarelas e a média de quase cinco acidentes por dia passou por diversos trâmites na Justiça e dentro do processo. Esta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital para a concessão do trecho. Relembre nesta matéria o imbróglio da 040 até aqui e veja os próximos passos. 

  • Quando tudo começou: leilão de 2013, contrato de 30 anos 

A Via-040 venceu o leilão de concessão da BR-040, entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Brasília (DF), com a melhor oferta (melhor deságio e menor pedágio) em 2013. A empresa assumiu o controle de 936,8 quilômetros de rodovia em 22 de abril de 2014, com contrato previsto de 30 anos.

A promessa era de obras de melhorias e extensão da capacidade em 714,5 km, sendo a duplicação em 557,2 km e a implantação de 50 passarelas, sendo 41 previstas para serem instaladas logo nos primeiros cinco anos da concessão. Para isso, seriam investidos R$ 8,1 bilhões no sistema rodoviário logo nos anos iniciais de contrato. Em contrapartida, o acordo permitia a construção de onze praças de pedágio, que só poderiam cobrar taxas após a conclusão de 10% das obras de duplicação. 

  • Só 14% dos km previstos foram duplicados

A cobrança foi iniciada em 2015 após a empresa entregar a duplicação de 56,3 quilômetros da rodovia, além de obras de melhorias na pavimentação e sinalização da via. Porém, desde o início do pedágio, apenas 21,7 km foram duplicados, totalizando 78 km  – 14% das intervenções previstas em contrato. Dos trechos que receberam as obras, apenas 12 km estão em Minas. As intervenções ocorreram em João Pinheiro, na região Noroeste. Além disso, apenas cinco passarelas foram instaladas, sendo três em Minas. 

  • Via-040 oficializa desistência da rodovia em 2017

Em meio aos pequenos investimentos na rodovia em relação ao que fora inicialmente pactuado, a Via 040 protocolou, em setembro de 2017, pedido de adesão ao processo de devolução “amigável” da rodovia para que ela fosse relicitada. À época, a concessionária alegou que o cenário de crise econômica havia afetado o planejamento de arrecadação.

  • Contrato de relicitação foi assinado em 2020

As negociações se arrastaram por três anos, até que o termo aditivo ao contrato de concessão, acordado entre Via 040 e ANTT, foi assinado em novembro de 2020 – prorrogado por mais 18 meses em 2022. Meses depois a empresa admitiu investimento de R$ 1,9 bilhão até dezembro de 2020. Ou seja, em seis anos, ela teria investido pouco menos de quatro vezes o valor estimado em estudos de viabilidade da concessão com cifras de 2012. A concessão pela Via-040 terminou na quinta-feira de 17 de agosto deste ano. 

  • O cenário da entrega da rodovia: a 3 dias do fim da concessão, BR–040 tinha mais óbitos do que a ‘rodovia da morte’

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 2023, mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

  • O cenário da entrega da rodovia: Via 040 tem 975 ocorrências por falhas na BR-040 e paga menos de 4% das multas

Desde que Via-040 começou a tentar a devolução amigável da rodovia, em 2017, a empresa teve 975 Termos de Registro de Ocorrência (TRO) lavrados em função do descumprimento de regras, segundo dados levantados pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Esses documentos geraram 133 Autos de Infração (AI), que resultaram em R$ 4,2 milhões em multas. A concessionária pagou apenas R$ 156 mil desse montante, ou 3,6% do total. 

  • Mas ação na Justiça quis impedir interrupção de serviços da concessionária em agosto de 2023

O Ministério Público Federal (MPF), no entanto, ajuizou uma ação civil pública para que a Via 040 fosse obrigada a dar continuidade aos serviços essenciais prestados na BR-040 até a conclusão do processo de relicitação. Para o MPF, a interrupção dos serviços essenciais prestados pela Via 040 causaria prejuízos inaceitáveis à segurança dos usuários da rodovia. Já a concessionária pedia a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão. 

  • 17 de agosto de 2023: Justiça determina que Via 040 continue serviços até conclusão de relicitação

A Justiça federal determinou na quinta-feira (17 de agosto) – dia que significaria o fim da concessão da Via-010 – que a concessionária deveria continuar prestando serviços de manutenção, conservação, operação e monitoração do trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira até a conclusão do processo de relicitação e início da operação da próxima empresa, previsto para abril de 2024. A decisão previu ainda multa no valor de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

  • 23 de novembro de 2023: após atraso de dois meses e, com ressalvas, ANTT aprova edital de concessão da BR-040

Após anunciar que o edital para a concessão da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora sairia no final de setembro, dois meses depois, nesta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o documento, com ressalvas. O investimento previsto é R$ 9 bilhões em 30 anos.

  • O que já se sabe: BR-040 foi dividida 

O trecho da BR-040 entre BH e Rio de Janeiro contempla 495 km e foi dividido em duas partes. A divisão ocorreu para possibilitar a execução de obras em ambos os trechos. Além de BH-JF, o edital referente ao trecho entre Juiz de Fora e a capital carioca passa por ajustes e deve ser enviado ainda neste ano para o Tribunal de Contas da União (TCU).

  • O que já se sabe: duplicação e faixas adicionais

Segundo a ANTT, entre as melhorias para o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, está prevista a duplicação de mais de 160 km, além da implantação de mais de 15 km de vias marginais. Os detalhes do projeto serão totalmente conhecidos após ajustes do edital e publicação no Diário Oficial da União (DOU). O edital também prevê que a concessionária Via 040, que atualmente administra a rodovia, participe da transição operacional com a futura ganhadora do certame.

  • Próximos passos

O edital para o projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro. 

FONTE O TEMPO

BR-040: relembre o imbróglio da concessão até a aprovação do edital de R$ 9 bi

Ação do MPF impediu interrupção de serviços da concessionária Via-040 em agosto deste ano

trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora espera um novo direcionamento desde que o processo de relicitação foi iniciado, em novembro de 2020, após a concessionária Via-040 informar prejuízo. A briga por quem herdaria as trincas no asfalto, os gargalos no trânsito, a falta de passarelas e a média de quase cinco acidentes por dia passou por diversos trâmites na Justiça e dentro do processo. Esta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital para a concessão do trecho. Relembre nesta matéria o imbróglio da 040 até aqui e veja os próximos passos. 

  • Quando tudo começou: leilão de 2013, contrato de 30 anos 

A Via-040 venceu o leilão de concessão da BR-040, entre Juiz de Fora, na Zona da Mata, e Brasília (DF), com a melhor oferta (melhor deságio e menor pedágio) em 2013. A empresa assumiu o controle de 936,8 quilômetros de rodovia em 22 de abril de 2014, com contrato previsto de 30 anos.

A promessa era de obras de melhorias e extensão da capacidade em 714,5 km, sendo a duplicação em 557,2 km e a implantação de 50 passarelas, sendo 41 previstas para serem instaladas logo nos primeiros cinco anos da concessão. Para isso, seriam investidos R$ 8,1 bilhões no sistema rodoviário logo nos anos iniciais de contrato. Em contrapartida, o acordo permitia a construção de onze praças de pedágio, que só poderiam cobrar taxas após a conclusão de 10% das obras de duplicação. 

  • Só 14% dos km previstos foram duplicados

A cobrança foi iniciada em 2015 após a empresa entregar a duplicação de 56,3 quilômetros da rodovia, além de obras de melhorias na pavimentação e sinalização da via. Porém, desde o início do pedágio, apenas 21,7 km foram duplicados, totalizando 78 km  – 14% das intervenções previstas em contrato. Dos trechos que receberam as obras, apenas 12 km estão em Minas. As intervenções ocorreram em João Pinheiro, na região Noroeste. Além disso, apenas cinco passarelas foram instaladas, sendo três em Minas. 

  • Via-040 oficializa desistência da rodovia em 2017

Em meio aos pequenos investimentos na rodovia em relação ao que fora inicialmente pactuado, a Via 040 protocolou, em setembro de 2017, pedido de adesão ao processo de devolução “amigável” da rodovia para que ela fosse relicitada. À época, a concessionária alegou que o cenário de crise econômica havia afetado o planejamento de arrecadação.

  • Contrato de relicitação foi assinado em 2020

As negociações se arrastaram por três anos, até que o termo aditivo ao contrato de concessão, acordado entre Via 040 e ANTT, foi assinado em novembro de 2020 – prorrogado por mais 18 meses em 2022. Meses depois a empresa admitiu investimento de R$ 1,9 bilhão até dezembro de 2020. Ou seja, em seis anos, ela teria investido pouco menos de quatro vezes o valor estimado em estudos de viabilidade da concessão com cifras de 2012. A concessão pela Via-040 terminou na quinta-feira de 17 de agosto deste ano. 

  • O cenário da entrega da rodovia: a 3 dias do fim da concessão, BR–040 tinha mais óbitos do que a ‘rodovia da morte’

Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 2023, mostram que a BR–040 já é mais letal que a BR–381, conhecida como a “rodovia da morte”. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.023 acidentes, com 1.277 feridos, sendo mais de 300 das colisões graves, e 91 vidas perdidas na 040, no trecho da rodovia que corta as cidades mineiras. No mesmo período, a BR–381 registrou 79 mortes. 

  • O cenário da entrega da rodovia: Via 040 tem 975 ocorrências por falhas na BR-040 e paga menos de 4% das multas

Desde que Via-040 começou a tentar a devolução amigável da rodovia, em 2017, a empresa teve 975 Termos de Registro de Ocorrência (TRO) lavrados em função do descumprimento de regras, segundo dados levantados pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Esses documentos geraram 133 Autos de Infração (AI), que resultaram em R$ 4,2 milhões em multas. A concessionária pagou apenas R$ 156 mil desse montante, ou 3,6% do total. 

  • Mas ação na Justiça quis impedir interrupção de serviços da concessionária em agosto de 2023

O Ministério Público Federal (MPF), no entanto, ajuizou uma ação civil pública para que a Via 040 fosse obrigada a dar continuidade aos serviços essenciais prestados na BR-040 até a conclusão do processo de relicitação. Para o MPF, a interrupção dos serviços essenciais prestados pela Via 040 causaria prejuízos inaceitáveis à segurança dos usuários da rodovia. Já a concessionária pedia a rescisão amigável do contrato de concessão, para que ocorra um novo leilão do trecho e outra empresa assuma a gestão. 

  • 17 de agosto de 2023: Justiça determina que Via 040 continue serviços até conclusão de relicitação

A Justiça federal determinou na quinta-feira (17 de agosto) – dia que significaria o fim da concessão da Via-010 – que a concessionária deveria continuar prestando serviços de manutenção, conservação, operação e monitoração do trecho entre Brasília (DF) e Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira até a conclusão do processo de relicitação e início da operação da próxima empresa, previsto para abril de 2024. A decisão previu ainda multa no valor de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

  • 23 de novembro de 2023: após atraso de dois meses e, com ressalvas, ANTT aprova edital de concessão da BR-040

Após anunciar que o edital para a concessão da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora sairia no final de setembro, dois meses depois, nesta quinta-feira (23 de novembro), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o documento, com ressalvas. O investimento previsto é R$ 9 bilhões em 30 anos.

  • O que já se sabe: BR-040 foi dividida 

O trecho da BR-040 entre BH e Rio de Janeiro contempla 495 km e foi dividido em duas partes. A divisão ocorreu para possibilitar a execução de obras em ambos os trechos. Além de BH-JF, o edital referente ao trecho entre Juiz de Fora e a capital carioca passa por ajustes e deve ser enviado ainda neste ano para o Tribunal de Contas da União (TCU).

  • O que já se sabe: duplicação e faixas adicionais

Segundo a ANTT, entre as melhorias para o trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, está prevista a duplicação de mais de 160 km, além da implantação de mais de 15 km de vias marginais. Os detalhes do projeto serão totalmente conhecidos após ajustes do edital e publicação no Diário Oficial da União (DOU). O edital também prevê que a concessionária Via 040, que atualmente administra a rodovia, participe da transição operacional com a futura ganhadora do certame.

  • Próximos passos

O edital para o projeto de concessão da BR-040/MG deverá ser publicado nas próximas semanas no Diário Oficial da União (DOU). Já a previsão é que o leilão aconteça em fevereiro. 

FONTE O TEMPO

Comissão da ALMG pede fim do contrato com viação Gardênia

A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pediu à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) a caducidade, ou seja, a recisão, do contrato com a empresa de ônibus Gardênia, que atende 150 municípios no Sul de Minas, transportando 6 milhões de passageiros/ano.

Em visita realizada nesta segunda-feira (13/11/23), o deputado Dr. Maurício (Novo) entregou ao secretário Pedro Bruno documento com denúncias como atrasos, problemas sanitários e de má conservação dos ônibus. Ele ainda pediu o governo que uma eventual nova licitação envolva duas empresas – e não apenas uma – na prestação do serviço intermunicipal.

Segundo Dr. Maurício, os ônibus da Gardênia estão mal conservados, têm para-brisas quebrados, sofrem constantes acidentes e sempre se atrasam. Passageiros, segundo ele, perdem, inclusive, consultas e outros procedimentos médicos. “São mais de dez anos de descaso com a população do Sul de Minas. Temos tido muita paciência com a empresa”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, o pedido para uma nova licitação envolver a concessão a duas empresas tem relação com a concorrência, que, em sua visão, é o “melhor método para aprimorar o serviço”.

O secretário Pedro Bruno afirmou que a Gardênia já preocupa o governo porque tem vários contratos com o Estado e tem sido uma das viações com maior número de reclamações. Só em 2023, segundo ele, ela passou por 66 vistorias, que resultaram em 365 notificações de irregularidades a serem corrigidas.

Além desse reforço na fiscalização, Pedro Bruno afirmou que o governo vai tomar as providências adequadas, a partir das novas denúncias. “Vamos atuar no âmbito da Seinfra, resguardando a preocupação fundamental com a segurança dos passageiros. E temos penalidades previstas no contrato”, afirmou.

Um dos caminhos, segundo o secretário, pode ser o exame de cada um dos contratos da Gardênia, que foram feitos há cerca de quinze anos para um período de trinta anos de concessão. Se o problema se mantém, segundo ele, há mecanismos contratuais que preveem a caducidade e podem levar ao fim da concessão.

FONTE PORTAL ONDA SUL

Comissão da ALMG pede fim do contrato com viação Gardênia

A Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pediu à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) a caducidade, ou seja, a recisão, do contrato com a empresa de ônibus Gardênia, que atende 150 municípios no Sul de Minas, transportando 6 milhões de passageiros/ano.

Em visita realizada nesta segunda-feira (13/11/23), o deputado Dr. Maurício (Novo) entregou ao secretário Pedro Bruno documento com denúncias como atrasos, problemas sanitários e de má conservação dos ônibus. Ele ainda pediu o governo que uma eventual nova licitação envolva duas empresas – e não apenas uma – na prestação do serviço intermunicipal.

Segundo Dr. Maurício, os ônibus da Gardênia estão mal conservados, têm para-brisas quebrados, sofrem constantes acidentes e sempre se atrasam. Passageiros, segundo ele, perdem, inclusive, consultas e outros procedimentos médicos. “São mais de dez anos de descaso com a população do Sul de Minas. Temos tido muita paciência com a empresa”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, o pedido para uma nova licitação envolver a concessão a duas empresas tem relação com a concorrência, que, em sua visão, é o “melhor método para aprimorar o serviço”.

O secretário Pedro Bruno afirmou que a Gardênia já preocupa o governo porque tem vários contratos com o Estado e tem sido uma das viações com maior número de reclamações. Só em 2023, segundo ele, ela passou por 66 vistorias, que resultaram em 365 notificações de irregularidades a serem corrigidas.

Além desse reforço na fiscalização, Pedro Bruno afirmou que o governo vai tomar as providências adequadas, a partir das novas denúncias. “Vamos atuar no âmbito da Seinfra, resguardando a preocupação fundamental com a segurança dos passageiros. E temos penalidades previstas no contrato”, afirmou.

Um dos caminhos, segundo o secretário, pode ser o exame de cada um dos contratos da Gardênia, que foram feitos há cerca de quinze anos para um período de trinta anos de concessão. Se o problema se mantém, segundo ele, há mecanismos contratuais que preveem a caducidade e podem levar ao fim da concessão.

FONTE PORTAL ONDA SUL

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