Belo Vale: Igreja do século XVIII ganha campanha popular para sua a restauração

Mais um patrimônio histórico pode ser restaurado em Belo Vale. Um dos monumentos mais queridos dos moradores do Alto Rio Paraopeba, na Região Central de Minas Gerais – e ponto de peregrinação de visitantes de todo canto –, ganha uma campanha para recuperar a arquitetura, os elementos artísticos e o entorno voltado para a vastidão de montanhas. Localizada a nove quilômetros do Centro de Belo Vale, a Igreja de Santana, de 1735, costuma receber cerca de 10 mil pessoas a cada 26 de julho, data consagrada à padroeira. “Trata-se da mais antiga da cidade, e sempre muito procurada pelos fiéis. Por isso, nunca podemos dizer que está abandonada, mas sim necessitada de restauração”, afirma o titular da Paróquia de São Gonçalo, padre Wellington Eládio Nazaré Faria, sem esconder o entusiasmo pela empreitada.

A nove quilômetros de Belo Vale, templo religioso precisa de recuperação nas partes arquitetônica, estrutural e artística

Para deslanchar as ações, uma boa notícia: a imagem de Santana, de origem portuguesa, vai ser restaurada com recursos próprios da paróquia, principalmente obtidos na barraquinha da última festa. Logo depois de a reportagem do Estado de Minas chegar à igreja, que fica numa comunidade rural, a peça sacra foi retirada do altar-mor e levada para o ateliê de especialistas. Em madeira policromada e com 1,30 metro de altura, a imagem de Santana com a filha Virgem Maria menina recebeu várias demãos de tinta que desfiguraram os traços originais. Olhando cada detalhe, padre Wellington afirma que “todo mundo está empenhado” na restauração do objeto de fé e da construção dos tempos coloniais. Muito apropriadamente, a campanha se intitula Juntos por Santana.

Tendo o pároco como guia, a equipe percorre o interior da construção e vê que, ao longo do tempo, foram feitas ali intervenções que retiraram o brilho e traços originais. À primeira vista, a impressão é de que alguém “correu” uma tinta, como costumam dizer os pintores de casas, tanto nas paredes como nas imagens e nos altares. Se os anjos barrocos do retábulo-mor ganharam a camada de um prateado metálico, os próximos ao sacrário perderam completamente os douramentos. No espaço no qual fica a padroeira, tecnicamente chamado de camarim, cores berrantes foram escolhidas em outras épocas, num contraste com o ar singelo da igreja, tombada pelo município.

CUPINS

Personagens vorazes e contumazes de igrejas e capelas do século 18, os cupins estão na Igreja de Santana, como mostra o padre Wellington. Numa coluna pintada de verde, a madeira está “esfarinhando”. Na parede perto da sacristia,  uma rachadura rasga a tinta branca e sinaliza os riscos. “Precisamos de obras de engenharia, pois a estrutura e o telhado estão comprometidos”, revela.

O zelador Giovane Álvaro Vieira, de 57 anos, avisa que a parte elétrica está em boas condições. Um alívio para o padre. “Quando a igreja foi construída não havia a devoção católica a Nossa Senhora de Lourdes, então aquele quadro foi pintado depois”, afirma, sobre um painel recriando a aparição da Virgem à adolescente Bernadette Soubirous (que se tornou Santa Bernadete) numa gruta em Lourdes, na França, em 1846.

Nascido e criado na comunidade de Santana do Paraopeba, Giovane devota profundo amor ao templo, onde foi batizado e se casou. “Meu sonho é ver a igreja pronta. Não podemos deixá-la acabar”, afirma.

Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que pediu providências às autoridades municipais para sua restauração

Seu filho, Christian Egg de Castro, é presidente da Associação dos Zeladores da Igreja de Santana do Paraopeba, parceira da paróquia. Contando com esse duplo apoio, padre Wellington lembra que muitos noivos procuram a igreja para se casar, e que é a mais “querida” dos moradores do Alto Paraopeba. “Estamos Juntos por Santana”, anima-se o zelador. As doações vão chegando, como um quadro emoldurado, que está coberto com um tecido, e retrata Santana.

PROJETO

Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que pediu providências às autoridades municipais para sua restauração. A secretária municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Belo Vale, Eliane dos Santos, informou ontem que a prefeitura vai bancar um terço do valor da obra no bem, tombado pelo município. Não há estimativa de valor. A intervenção deve começar em março de 2019, contemplando a parte civil.

Quanto ao projeto de restauração, equipe formada por estudantes e professores de arquitetura do Centro Universitário Newton Paiva, de BH, está encarregada da execução, trabalho que compreenderá também a planilha de custos. O serviço vai contemplar as partes de engenharia, elementos artísticos e entorno do templo.

PORTA DE ENTRADA DE BANDEIRANTES

Conforme pesquisa do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, o Vale do Paraopeba foi a entrada aos sertões das Minas pela bandeira de Fernão Dias Paes Leme. Ao longo do caminho, vários integrantes da bandeira estabeleceram povoamentos que se tornaram, com o tempo, pontos de abastecimento e hospedagem para viajantes. A bandeira conduzida por Paes Leme, acompanhado do mestre de campo Matias Cardoso, do genro Manoel de Borba Gato e do filho Garcia Rodrigues Paes, chegou à região em 1675, como relata Diogo de Vasconcelos: “Passada a estação das chuvas, em março do ano seguinte, dirigiram-se os bandeirantes em direção à Serra da Borda e atravessaram a região do campo, entrando na do Paraopeba (Piraipeba, rio do Peixe Chato), onde fundaram o segundo arraial (Santana).”

A pesquisa diz ainda que “em cada núcleo de povoamento foi colocada uma pessoa de confiança do chefe bandeirante. Seu filho, Garcia Rodrigues Paes, administrou a feitoria de São Pedro do Parahypeba (atual Santana do Paraopeba). Em seguida à fundação da feitoria, Manuel Teixeira Sobreira e seu sócio Manuel Machado fizeram pedido de concessão de sesmaria em São Pedro do Parahypeba e, em 1735, ergueram a Capela de Santana, conforme provisão de 4 de março de 1750”.

E mais: “Em 1823, a capela era filial de Congonhas, tendo como capelão o padre Domingos Ribeiro de Sousa. Em 1865, foi elevada a freguesia pela Lei nº 1.254, de 25 de novembro, tornando-se, então, sede da paróquia. Até 1880, devido a razões políticas, a sede da paróquia alternou-se sucessivas vezes entre Santana do Paraopeba e São Gonçalo, vinculando-se, então, definitivamente, a São Gonçalo. O terreno onde se erigiu a capela foi doado legalmente, conforme escritura passada em 2 de setembro de 1925, por Antônio Vieira dos Santos e sua mulher, Nívea da Conceição Braga”.

FASES 
O tempo apresenta fases distintas: barroca (de 1735 a 1920) e eclética (de1920 a 1929). Neste último ano, foram feitas “reformas substanciais”, divididas em dois anos críticos, sendo 1920 o primeiro, segundo o Livro de Tombo, quando a capela foi “retocada”. Em 1929, houve uma grande intervenção, “que transformou a fachada original, abriu os arcos e inseriu ornatos contrastantes nas fachadas, embora a inscrição refeita ainda mostre a data da construção, 1735”.

  • Fonte:EM

Defesa Civil faz vistoria na Capela de Santo Antônio e contesta risco de desabamento; abalos sísmicos do Morro da Mina não compromete bem histórico

Irmandade busca recurso de R$5 milhões para restauração da Capela de Santo Antônio e imagens sacras/Arquivo

A pedido do Ministério Público, em ação conjunta entre a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, foi realizada visita de inspeção no dia 1º na Capela de Santo Antônio, datada de 1737, construída em estilo colonial.

Há mais de 30 dias, o provedor da Irmandade de Santo Antônio, Marco Gonçalves, denunciou a deterioração do exemplar do século XVIII, alertando sobre a possibilidade de desabamento do bem a qualquer momento. Rachaduras, paredes tombadas e infiltrações é o atual estágio da capela.

O laudo não confirmou risco a integridade do bem, muito menos possibilidadede uma interdição. “Verificou-se que a edificação apresenta alguns pontos que precisam ser reparados sob reforma, a fim de se evitar a deterioração do patrimônio, além de controle de pragas, a ser realizado por empresa especializada para promover a descupinização das madeiras do altar, evitando até mesmo que os cupins se proliferem para as demais estruturas de madeira como engradamento do telhado. Portanto, em sua totalidade, a edificação não apresentou situações de risco iminente de desabamento, entretanto, orientamos a análise técnica a ser feita  por arquiteto habilitado e  especialista em patrimônio histórico a fim de avaliar e relatar a situação da edificação e prover melhorias”, diz o laudo.

Em relação a abalos sísmicos provocados Vale unidade Morro da Mina, situação questionada pelo provedor como a causadora da deterioração da capela, a mineradora

apresentou um estudo de monitoramento realizado nos meses de maio e junho do corrente, o qual foi realizado por empresa especializada com responsável técnico habilitado, mostrando, portanto, estarem dentro dos limites previstos em norma, as vibrações provenientes de detonações.

Busca de recursos

Laudo apontou necessidade de reforma e combate a praga dos cupins no altar/CORREIO DE MINAS

No final do ano passado o Instituto Meraki conseguiu a aprovação de um projeto junto a Lei Rouanet e ao IEPHA que prevê a restauração e reforma da Capela e de imagens sacaras de valor inestimáveis, como a de Santo Antônio, Nossa Senhora da Piedade, São João Evangelista, São Joaquim, Nossa Senhora do Rosário e crucifixo primitivo. As peças compõem a riqueza da capela cuja fundação remonta ao ano 1751.

Os diretores do Instituto estão confiantes na sensibilização da iniciativa privada pelo valor que representa o bem histórico. “Estamos trabalhamos em parceria com a irmandade na busca destes recursos ou parte deles para iniciarmos a obra. A gente conta com a generosidade daqueles empresários ou empresas como Vale, CSN e outras para abrir as portas para a apresentação do projeto. A importância deste bem ultrapassa as fronteiras de Lafaiete e faz parte da história regional”, sintetizou Marluce Albino, uma das diretoras do Meraki.Os projetos elaborados e aprovados facilitam a busca de financiamento seja público ou privado. Este é agora o caminho que a Irmandade e o Instituto Meraki trilham para executar os projetos cujos valores chegam a R$ 5 milhões. “Queremos ver esta igreja com seu brilho original”, revelou Marcos, confiante em arrumar uma fonte de recursos.

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Fiéis cobram fim de obra em Igreja histórica interditada desde 2009 para festejar a padroeira Nossa Senhora da Ajuda

Sem abertura da Igreja celebrações são realizadas em espaço celebrativo/Arquivo

Mais um mês de agosto, e apenas a esperança guia os passos dos moradores católicos de Alto Maranhão, em Congonhas, na região central. Há mais de um ano, eles aguardam a conclusão das obras da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda – templo do século 18, que já esteve interditado e escorado com vigas – e não escondem a ansiedade para participar da festa de reinauguração. Na noite de ontem, teve início a novena tricentenária em louvor à padroeira, mas um lamento continua a ecoar na comunidade. “No próximo dia 15 é a festa da padroeira, e infelizmente não teremos a igreja pronta. Em agosto do ano passado, ela esteve aberta durante a celebração e queremos que fique assim desta vez também”, diz a coordenadora do Conselho Comunitário da Pastoral, Maria da Paz Pinto.

Por questão de segurança, o templo tombado há 40 anos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA-MG) foi interditado em 2009. Desde então, as novenas foram transferidas para o espaço celebrativo, bem perto da construção. “O movimento aumenta muito nesta época, são milhares de pessoas que chegam a Alto Maranhão. Portanto, não podemos mais fazer a festa, não cabe tanta gente na Igreja e no adro, embora seja fundamental o término do restauro”, afirma Maria da Paz. A expectativa é que hoje um funcionário da Diretoria Municipal de Patrimônio esteja no local para conversar com integrantes do conselho.

Hoje, as comemorações incluem a recitação do terço (às 18 h) e celebração eucarística (

Ás 19 h). “A novena é uma tradição em Alto Maranhão, é rezada desde o início do povoamento, há mais de 300 anos, diz Maria da Paz, filha da organista Maria Lina de Rezende, que tocava na Igreja na década de 1930. Ela adianta que, no dia 15, haverá repicar de sinos, missas solenes e leilões, seguindo o descerramento do mastro.

Salvação

O quadro de degradação da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda foi alvo de sucessivas matérias do Estado de Minas, que deram destaque, paralelamente, à tristeza dos moradores. No ano passado, o aposentado Francisco Pereira Trindade, de 69 anos, mostrava toda a sua esperança

Na certeza de que, em agosto, tudo estaria concluído. Na foto de primeira página publicada no jornal, ele abria os braços em sinal de reverência ao marco religioso e cultural do distrito. Pouco mais de oito anos antes, no mesmo local, Francisco então coordenador do Conselho Comunitário de Pastoral, mostrava as paredes escoradas com madeira e também sua preocupação com a segurança dos fiéis, medo de desabamento da construção e pesar por uma possível perda do monumento dos tempos coloniais. “A obra redescobriu as maravilhas de nossa Igreja”, disse com alegria.

De acordo com informações da Diretoria Municipal de Patrimônio de Congonhas, a expectativa é de que, até o fim do mês que vem, ocorra a tão esperada festa de reinauguração da Igreja de Nossa Senhora da Ajuda. O problema agora é terminar pequenos serviços (a cargo de uma empresa contratada por licitação) e, de forma especial, o sistema contra incêndio, que consiste num reservatório de água na parte de trás da Igreja. Os técnicos explicam que toda a parte da engenharia foi feita, assim como o restauro dos elementos artísticos e pintura externa.

  • Gustavo Werneck

Interior da Matriz do Divino pode ganhar novo visual, mas divide opiniões dos laminenses

Paróquia do Divino Espírito Santo de Lamim,  através de seu pároco  Padre Adelson Clemente, comentou a um grupo de paroquianos aquilo que chamou de projeto de reambientação litúrgica para a Igreja Matriz. Ou seja, seria um novo visual  “capaz de transpor na matéria as realidades celestes, ajudando a todos a compreender e a viver de forma mais sublime a vida cristã.”

O atual ambiente interno da igreja

A Matriz do Divino foi construída sob a coordenação do ex-pároco Padre Newton Malta. Apesar de estar plenamente construída, trata-se de um ambiente interno simples e pouco inspirador. Neste contexto, a Paróquia apresenta um projeto/proposta elaborado pelo renomado Ateliê São Bento de Arte Sacra.

De acordo com o Pároco o projeto já foi aprovado pela Arquidiocese de Mariana. No momento  está em fase de discussão com a comunidade para sugestões, aprovação ou rejeição.

Projeto de ambientação interno da matriz proposto por pároco

Mas nas redes sociais, as mudanças dividem as opiniões entre aqueles que consideram descaracterização da igreja e a corrente mais moderna de que as alterações favorecem o ambiente espiritual.

Exemplar destruído

As discussões também voltam ao tempo da demolição de uma antiga histórica igreja, um exemplar barroco, que foi demolida na mesma época da atual construção. Muitos católicos criticam a destruição do bem que veio ao chão, pondo um fim a uma das belas edificações, que a exemplo de Piranga, deu lugar a templos ditos “modernos”

Após tentativa de furto pelo telhado, ladrão é localizado no forro de igreja evangélica

O Templo do Salão do Reino das Testemunhas de Jeová situada a rua José Fernandes, bairro Grogotó, em Barbacena foi invadido por A.S.L de 43 anos, que entrou no local após remover algumas telhas.

A tentativa de furto aconteceu na noite deste domingo (20/05), quando vizinhos do templo ouviram o alarme disparar e acionaram a Polícia Militar que imediatamente enviou guarnições do turno ao local, onde os militares depararam com o alarme ligado e observaram que algumas telhas estavam fora do lugar.

Ao  subir no telhado, os militares depararam com o autor escondido no forro do templo, sendo ele preso em flagrante. Os responsáveis pelo templo foram acionados e no local constataram que o autor tentou furtar uma televisão de 55 polegadas, tendo ele ainda danificado duas janelas.

Inconformado com o seu fracasso, o ladrão começou desferir chutes no compartimento fechado da viatura durante o trajeto para a delegacia de Polícia Civil onde ele foi autuado por furto e dano ao patrimônio público.

Fonte: AFX Notícias

Fechada há vários anos, fiéis se mobilizam para salvar igreja barroca em Belo Vale

Em estado avançado de deterioração, a comunidade belovalense se mobilizou para salvar um de seus maiores patrimônios históricos. A Igreja de São Gonçalo, exemplar do século XVIII, construída em estilo barroco, já está sendo reformada. A obra começou esta semana e a empresa responsável pela reforma a Restaurare Construções Ltda com larga experiência na área.

Nesta fase, a parte estrutural será prioridade. O telhado será reformado, remoção de um metro do reboco a altura de metro na parte externa, drenagem pluvial para evitar infiltrações, instalação de sistema de proteção de descarga elétrica e combate a incêndio, além das partes elétricas e hidráulicas.

Porém a principal obra desta fase será reforço da fundação, com sondagens e prospecção, para controla e eliminar a trinca existe na parte frontal, como também evitar o surgimento de outras na igreja. A obra deve durar 6 meses.

O investimento na ordem de R$600 mil é oriundo da prefeitura municipal que licitou a obra. O valor corresponde a 30% do total do projeto de reforma, orçada em torno de R$1,8 milhões.

Mobilização

Foi no ano passado que despertou na comunidade a urgência da reforma da Igreja de São Gonçalo diante do péssimo estado de conservação, principalmente desde a fundação até o telhado, incluindo infiltrações, rachaduras, ação de cupins, etc.

Datada de 1764, no decorrer dos anos a Igreja de São Gonçalo sofreu várias intervenções e também descaracterizações. Segundo o pároco Wellington Eládio, projeto atual contempla apenas a recuperação do prédio, não incluindo a recuperação dos elementos artísticos o que dependerá de um outro projeto. “Quanto ao tempo de conclusão da obra total dependerá de captação de recursos financeiros. A comunidade católica está sensibilizada com a causa, pois todos veem a necessidade dessa reforma de maneira urgente. Várias iniciativas têm surgido na comunidade com objetivo de arrecadar fundos, porém, todo esforço ainda é pouco diante da grandiosidade da obra e de sua complexidade”, explicou o líder religioso.

 A paróquia dispõe de carnês de vários valores (de acordo com a condição de cada doador), favorecendo a contribuição mensal dos colaboradores. Dispomos ainda de uma conta corrente para depósitos de valores maiores e variados, além de rifas, barraquinhas e outras promoções.

A igreja já se encontra fechada diante da interdição por medidas de seguranças e ficará até o final da reforma.

Os carnês para a colaboração na campanha encontram-se disponíveis na secretaria paroquial e ao final de cada missa nos finais de semana. Aqueles que moram distantes e desejam participar da  campanha podem fazer o seu depósito em conta própria para esse fim. Além disso, as pessoas podem apoiar e participar dos diversos eventos que surgem e que visam a arrecadação de recursos. “Gostaria de pedir àqueles que ainda não estão participando dessa campanha para que possam participar fazendo suas doações, tendo em vista a nobreza e a importância da causa. Trata-se de um capítulo importante na história de Belo Vale que precisa ser reconhecido, preservado e protegido. Se assim for, em  breve devolveremos a Igreja Matriz de São Gonçalo à população belovalense plenamente recuperada e restaurada. Creio que teremos ainda muito orgulho dessa igreja que é tão linda mas que por vez encontra-se tão ameaçada. Que Deus nos ajude nesse propósito”, conclui o padre.

Ladrões roubam igreja e fogem sem deixar pistas

Os ladrões não perdoam nem as igrejas. No fim de semana, a Polícia Militar registrou ocorrência de furto na paróquia do Divino Espírito Santo, em Lamim, onde pessoa(s) não identificada(s) teriam danificado a fechadura do escritório e furtaram a quantia aproximada de R$ 800,00. O ladrão fugiu sem deixar rastro.

Construída em razão de promessa alcançada, Igreja de Santa Efigênia é reaberta a comunidade em Lafaiete

Construída em razão de promessa alcançada, Igreja de Santa Efigênia é reaberta a comunidade em Lafaiete/CORREIO DE MINAS

O Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio estará em Lafaiete neste sábado, dia 28 para celebrar a reabertura da Igreja de Santa Efigênia. Na ocasião, o religioso celebrará uma Missa com o sacramento da Crisma para adultos. A solenidade acontece ás 15:00 horas. O templo ficou por 15 meses fechado por motivos de reforma da parte estrutural, telhado e troca de forro, como também pintura em geral.

A igreja de Santa Efigênia foi construída na década de 1920, por Francisco Gonçalves, homem negro, de origens simples, era pedreiro e conhecido por atuação nas tradicionais Marujadas, em cumprimento a uma promessa. Tendo alcançado a graça por intermédio da santa, Chico Grande, como era chamado, começou a esmolar em prol da construção da capela que prometera. A capela foi edificada em terreno doado pela senhora Anna Maurícia Halfeld, em 1925, no lugar denominado Alto da Eva ou dos Barrancos, hoje bairro Santo Efigênia.

Concluída a obra, a igreja foi inaugurada a 22 de agosto de 1926. Na ocasião, o Padre Américo Tait-Son, benzeu a imagem, doada por Carmelino Reis e pelo Dr. José Guilherme, que saiu em procissão da Farmácia Central em direção à sua capela.

No final da década de 1940, o então vigário de Nossa Senhora da Conceição, o Cônego José Sebastião Moreira, reconstruiu a pequena capela. Dom Daniel Tavares Baêta Neves, bispo auxiliar de Mariana, oficializou a benção do templo, em 15 de outubro de 1950.

Em 1979, a igreja foi reformada, com novo retábulo e sagração do altar de mármore. A sagração foi oficializada no dia 23 de setembro de 1979, por delegação do arcebispo de Mariana, Dom Oscar de Oliveira. Na época, a prefeitura realizou, também completa remodelação do eterno da igreja, tornando-se mais um cartão-postal da cidade.

Matriz de Santo Antônio, em Itatiaia – Ouro Branco está aberta à visitação

Templo passou por restauro de elementos artísticos e pode ser visitada de sexta a domingo, das 9h às 16h

Matriz de Santo Antônio, em Itatiaia em Ouro Branco está aberta à visitação/Reprodução

Todo o trabalho de restauro da Matriz de Itatiaia, em Ouro Branco/MG pode ser visto por turistas e interessados em cultura e arte barroca. A igreja está aberta a visitação de sexta a domingo, das 9h às 16h. O valor do ingresso é R$ 5,00. Há gratuidade para a comunidade de Itatiaia e para crianças de até cinco anos. O valor arrecadado é utilizado pela Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis exclusivamente para a conservação e preservação  da igreja, para que sempre seja possível que pessoas conheçam a história, a arquitetura e a arte da Matriz.

A abertura da Matriz de Santo Antônio para visitação faz parte das ações do plano de fomento ao turismo e à cultura,  que teve início com  as atividades de  educação patrimonial  que foram desenvolvidas em paralelo ao restauro. Os monitores, que acompanham os visitantes, cuidam da portaria e da manutenção a igreja são moradores de Itatiaia, em uma ação que reforça o sentido de pertencimento e de preservação do bem culturais mais importante de localidade.

Para Wilton Fernandes, presidente da Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis, o projeto de conservação da Matriz de Santo Antônio de Itatiaia não terminou com a entrega das obras de restauro, em 13 de junho de 2017. “E importante que a comunidade se mantenha unida e forte na preservação da nossa igreja. E Os Bem-Te-Vis estão convictos de que nossa atuação, que levou às obras de restauro, vai nos garantir uma igreja sempre preservada, mantendo Itatiaia em sintonia com sua história”, completa.

O restauro

O bem mais precioso de Itatiaia, a Matriz de Santo Antônio, estava precisando de intervenções de restauro. A comunidade se uniu para buscar formas de viabilizar as obras. A construção do projeto, sua aprovação junto aos órgãos responsáveis e a busca por patrocínio foram realizados pelos moradores de Itatiaia, por meio da Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis. O projeto previu o restauro dos elementos integrados da Matriz (altares, arco cruzeiro, púlpitos, pia batismal e coro) e das imaginárias, além da reforma do piso e da laminação do telhado, com instalação de sistema de câmeras, alarme e proteção contra incêndios.

O restaurador-chefe, Gilson Ribeiro, iniciou os trabalhos já descobrindo, sob as camadas de repintura dos retábulos colaterais, a pintura original com motivos florais. A limpeza dos altares também revelou peças, que estão expostas em um espaço de referência, dentro da Matriz. A equipe de restauro foi reforçada por Aryanne Félix e Josiane Perucci, duas jovens da comunidade de Itatiaia. Incentivadas pelo trabalho, as duas foram aprovadas no curso de restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop).

A partir de agora, a comunidade de Itatiaia se une para um novo trabalho: manter a Matriz em todo o seu esplendor. Para isso, durante o restauro, a equipe técnica promoveu palestras e oficinas de educação patrimonial, com objetivo de formar, nos moradores de Itatiaia, guardiões que vão defender a igreja e promovê-la como exemplo da história de Minas Gerais e da arte barroca do Estado. Assim, é natural que a Matriz de Santo Antônio esteja, agora, aberta à visitação.

Matriz de Santo Antônio – Itatiaia (Ouro Branco/MG)

A Matriz de Itatiaia foi construída na primeira metade do século XVIII por iniciativa das irmandades do Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito. Apresenta duas etapas distintas de construção. A parte dos fundos do templo (capela-mor e corredores laterais) foi executada em estrutura de madeira com vedação de pau-a-pique que comprova ser a capela original. A ela foram acrescidas, posteriormente, a atual nave, as torres e o frontão, em pedra. (Fonte: Iphan)

O trabalho de restauro dos bens integrados e Acervo de Imaginárias da Matriz de Santo Antônio foi realizado pela Associação Sócio Cultural Os Bem-Te-Vis, em parceria com o Banco  Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com o apoio Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Ministério da Cultura (MinC) e do Governo Federal. O projeto contemplou a recuperação do interior da construção e seus elementos artísticos como retábulos, púlpitos, arco-cruzeiro, balaustrada da nave, coro e pia batismal. Também foram contempladas a reforma do assoalho, a instalação de câmeras de segurança, a laminação do telhado e a restauração e conservação do acervo de imaginárias.

 

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