Cidade do sul de Minas surpreende com produção inédita de amoras pretas; saiba qual

Donos de sítios plantaram as árvores apenas para consumo próprio das frutinhas, mas o clima favorável fez a produção triplicar e os planos mudaram

Despretensiosamente, uma fruta pequenina, altamente proteica e muito saborosa vem ganhando espaço no sul de Minas. De acordo com dados da Emater-MG, somente no município de Bocaina de Minas, na divisa com o estado do Rio de Janeiro, foram produzidas no ano passado uma média de 96 toneladas de amora-preta em apenas sete hectares de plantações.

Trata-se de uma planta arbustiva de porte ereto ou rasteiro, que produz frutos com cerca de 4 a 7 gramas, coloração negra e sabor ácido. A fruta in natura é altamente nutritiva, com muita água e elevada quantidade de minerais e vitaminas C, B e A. Os frutos podem ser consumidos in natura ou em forma de geleias, sucos, doces em pasta e fermentados. Podem ser congelados e utilizados como polpa para fabricação de sorvetes, iogurtes e tortas.

O extensionista da Emater-MG, Rodrigo Cavalcanti Ferreira, explica que a região é famosa por suas belezas naturais e, por isso, atrai muita gente de fora que adquire sítios para morar ou passar o fim de semana. “O pessoal gosta de plantar frutas vermelhas para fazer sucos e geleias. O cultivo não surgiu com uma proposta comercial, apenas para consumo próprio. Mas, como a região tem bom potencial por causa do clima frio, a produção tem sido muito maior do que se imaginava e o comércio, uma alternativa natural”, explica o técnico.

Boa alternativa para aumentar a renda

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Extensionista da Emater-MG, Rodrigo Cavalcanti conversa com produtor Danilo Costa/Divulgação Emater_MG

A cultura é uma ótima alternativa para pequenos produtores, que buscam diversificar sua produção, devido à facilidade de manejo e por não demandar grandes áreas. A atividade também pode ter seu valor agregado, com o beneficiamento da produção (doces, geleias e outros derivados).

O produtor Danilo Costa de Almeida, atual secretário de Agricultura do município, começou o cultivo de amora preta, em dezembro de 2020, com a assistência técnica da Emater-MG. Atualmente, ele tem 300 pés de amora, numa área de dois mil metros quadrados. “A região tem o clima favorável para o cultivo. É uma planta robusta, de fácil manejo e que logo produz. Com um ano, você já tem colheita”, explica o agricultor.

Fruta estraga com facilidade e precisa ser congelada

Primeiras flores de um pé de amora. Planta se adapta melhores em climas frios

Segundo Danilo, o mais complicado é se tratar de uma fruta muito perecível. “Você colhe de manhã e até meio dia tem de estar tudo congelado, senão perde. Então é preciso ter um freezer e fazer o transporte sem descongelar. Mas como a amora fica congelada, eu posso vender nas épocas de menor oferta e melhor preço”, explica Danilo. A amora tem o período de colheita de novembro a fevereiro.

Na região, a amora preta é comercializada por alguns agricultores através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e vendida em municípios próximos, especialmente em cidades do Rio de Janeiro que recebem muitos turistas como Visconde de Mauá.

Poda anual é importante

Outra dificuldade da amora, segundo o extensionista da Emater-MG, é a necessidade de uma poda anual. “Muita gente não faz a poda direito por causa dos espinhos da planta. Mas, no geral, ela é bem resistente, inclusive a geada, que é bem comum na região”, argumenta Rodrigo.

Produção não atende a demanda interna

A produção brasileira das principais espécies frutíferas de clima temperado é insuficiente para atender a demanda interna, gerando uma crescente necessidade de importação das frutas. Mas, se mantivermos o atual ritmo de crescimento dos pomares, essa situação pode mudar.

A amoreira-preta (Rubus spp) é uma das espécies que tem apresentado sensível crescimento de área cultivada no Rio Grande do Sul (principal produtor brasileiro) e tem elevado potencial para regiões com microclima adequado, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais.

(*) Com informações da Emater-MG

 

FONTE ITATIAIA

Em Rondônia, lafaietense faz descoberta de ave rara avistada pela última vez há quase 200 anos

Ave rara foi fotografada, depois de quase 200 anos, pelo lafaietense, José Silvestre

No dia 10 de agosto, o observador de aves, o lafaietense José Silvestre Vieira, fez uma grande redescoberta para ornitologia brasileira. Às margens do Rio Guaporé, na localidade de Porto Rolim, distrito de Alta Floresta D’Oeste (RO), ele fotografou uma espécie rara, a Iraúna Velada cujo nome científico é “Lampropsar Tanagrinus”.

O feito da redescoberta foi aplaudido e comemorado por amantes e pesquisadores da área.

“Parabéns Silvestre pela grande descoberta. Esse seu achado merece uma grande divulgação. Olha o quanto você contribuiu com a ornitologia brasileira”, avaliou a professora universitária aposentada, Celi Aurora, em um comentário postado, celebrando a façanha histórica do lafaietense.

Nas redes sociais do site especializado www.wikiaves.com.br, o observador Luiz Alberto dos Santos, da cidade de Pompéu, destacou a importância do registro feito pelo José Silvestre e ressaltou o comentário feito pelo biólogo e ornitólogo de renome nacional Vitor Piacentini, que postou: “José Silvestre, você fez um registraço! Essa população do Guaporé é uma subespécie à parte, Lampropsar tanagrinus violaceus, e — até onde eu sei — conhecida previamente apenas do material original coletado na década de 1820 por Natterer na atual Vila Bela da Santíssima Trindade – MT. É então possivelmente apenas o segundo registro na história dessa população! Eu pretendia procurar por esse bicho em Vila Bela ano passado, mas tinha apenas uma manhã e não pude ir no Guaporé. Fico feliz de saber que ele ocorre até o sul de RO”.

O observador lafaietense Eric Menezes Boris também exaltou o feito: “Orgulho de aprender todo dia com o mestre José Silvestre, um divulgador do oficio, gentil com os iniciantes e sempre disposto a ajudar. Não podia ser outra pessoa a ter essa honra”.

Feiro do lafaietense José Silvestre foi comemorado e celebrado por especialistas e amantes da área ornitológica

A redescoberta foi feita durante uma viagem de Silvestre em uma pescaria no Estado de Rondônia com a Turma dos Ô Quêêê. “Eu estava com meu filho Rafael dentro do barco, com uma vara de pescar em uma mão e na outra com uma máquina fotográfica”, contou à nossa reportagem, revelando seus dois maiores hobbies.

Silvestre revelou sua emoção quando fotografou a Iraúna Velada, pois sentia se tratar de uma espécie diferente, embora, no momento do clique, não ter tido condições de identificar a ave. Ao voltar a Lafaiete compartilhou a fotografia no site do Wikiaves, quando foi identificada de que se tratava de uma espécie raríssima e uma grande redescoberta para a ornitologia nacional. “Em quatro anos passarinhando, este foi meu maior feito. Isso me motiva e emociona. Gostaria muito que mais e mais pessoas se interessassem por este magnífico hobby”, relatou.

Ele conta que tem em seu inventário mais de 700 fotografias inéditas de aves registradas em diversas partes de Minas e do Brasil tendo iniciado este hobby em 2015, pelas mãos de seu amigo Fernando Praynha, filho do radialista lafaietense Zé Prainha. Faz parte de um grupo que se chama LOAVES – Liga dos Observadores de Aves, que congrega passarinheiros de Lafaiete, Ouro Branco, Piranga, Belo Horizonte, Resende Costa, Ilhéus, Barbacena, Pompéu, Sabinópolis, Contagem e Prados.

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