Fábrica de Betim está nos planos de investimentos bilionários da Stellantis

Sem revelar valores para a planta de Betim, Stellantis confirma que a unidade receberá a plataforma bio-Hybrid e novas tecnologias

Stellantis, que detém marcas como a Fiat, Jeep e Peugeot, vai investir, entre 2025 e 2030, R$ 30 bilhões no Brasil. Em Minas Gerais, a gigante automotiva tem fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A unidade faz parte do projeto de investimento do grupo e deve receber aportes significativos, talvez na casa dos bilhões, para a implantação da plataforma bio-Hybrid e novas tecnologias.

Sem revelar os valores para a unidade de Betim, o presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, explicou que todas as plantas da multinacional no Brasil vão receber aportes.

Até o momento, sabe-se que, dos R$ 30 bilhões previstos em investimentos, R$ 13 bilhões serão direcionados ao Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco.

“Sobre Betim, vamos abrir os valores mais na frente. Por enquanto, abrimos somente os R$ 13 bilhões para a planta de Pernambuco. Mas, o que podemos falar, é que todas as nossas plantas irão receber plataformas novas e também tecnologias”, disse Cappellano.

A nova plataforma é considerada essencial para o avanço do plano estratégico da Stellantis. As plataformas embarcam vários tipos de motorizações, desde a básica, que é a combustão flex, mas também podendo ser embarcadas na mesma plataforma os híbridos e elétricos.

“A característica da plataforma é a flexibilidade. Ainda há um problema de indefinição do que será a demanda do mercado nos próximos cinco anos. Vai puxar mais para o elétrico, vai ser mais para híbrido? Então, a melhor resposta que podemos dar como empresa é flexibilidade. Assim, as plataformas podem variar as tecnologias, desde os motores tradicionais, passando por várias formas de híbridos até o elétrico puro”, explicou Cappellano.

Ainda no plano de investimento de R$ 30 bilhões no Brasil, há a previsão de implantação de quatro novas plataformas bio-Hybrid, 40 novos modelos automotivos e de oito powertrains.

Stellantis apresenta novo plano estratégico

Stellantis também apresentou o Next Level, plano estratégico para a América do Sul. O projeto visa consolidar a liderança, a descarbonização da mobilidade, e a expansão dos negócios da companhia na região.

“O Next Level representa um novo ciclo virtuoso, que iniciamos na região após o anúncio de nossos investimentos recordes. Vamos consolidar a liderança e expandir os negócios com o lançamento de produtos, investimentos direcionados para todos os polos automotivos da Stellantis na região, aquisição de empresas, entre outras ações previstas em cada um dos pilares estratégicos”, explicou o presidente para a América do Sul, Emanuele Cappellano.

O plano está dividido em seis pilares. O primeiro é a aceleração do negócio, que será possível através da expansão de produtos e serviços, da ampliação da liderança de mercado e da inovação. Há também os pilares da experiência do cliente, excelência operacional, descarbonização, pessoas e finanças

 

FONTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

MAIS EMPREGOS: Minas supera marca de R$ 400 bi em investimentos e pode gerar mais de 200 mil novas vagas

Setores de fertilizantes, minerais críticos e fármacos são os destaques de 2024

Governo de Minas Gerais atingiu, em abril, a marca de R$ 409 bilhões em investimentos atraídos para o estado desde 2019. Ao todo, foram 709 projetos formalizados em pouco mais de 5 anos, com potencial para gerar mais de 200 mil empregos diretos em pelo menos 269 municípios mineiros. Os principais empreendimentos realizados foram nas áreas de mineração, infraestrutura, energia solar e nos setores ferroviário e automotivo, respectivamente.

Somente em 2024, já foram formalizados 34 novos projetos – somando R$ 21 bilhões em investimentos e mais de 8 mil empregos diretos -, frutos, dentre outros, do trabalho desenvolvido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) e sua vinculada agência Invest Minas.

Os destaques ficam com os setores de fertilizantes, minerais críticos e fármacos, que despontam como tendência neste ano, atrás apenas do setor de mineração – que segue na liderança. Outros setores importantes são infraestrutura, energia solar, sucroenergético, siderúrgicos e automotivos.

Dentre os empreendimentos atraídos, está, por exemplo, a Boston Metal, que em 2023 anunciou um investimento de R$ 573 milhões na construção de uma unidade produtora de aço verde na região de Coronel Xavier Chaves, no Campo das Vertentes. Outro investimento é o da Wella Company, líder global no segmento de produtos para cabelos e unhas da indústria da beleza, que inaugurou um centro de distribuição nacional na cidade de Extrema, no Sul de Minas Gerais.

O governador Romeu Zema salienta que o Estado está cada vez mais aberto e com menos burocracia para quem deseja trazer ou expandir os negócios em Minas. “As empresas estão percebendo este momento que Minas está vivendo, de mais apoio a quem empreende e gera riqueza, e vindo se instalar aqui. Essa política eficaz auxilia inclusive na melhoria de vida das pessoas, oferecendo cada vez mais trabalho e dignidade à população mineira”, enfatiza.

Fenômeno nacional 

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, afirma que este é um fenômeno que não se repetiu em nenhum outro lugar do Brasil.

“Antes de 2019, a média anual na atração de investimentos girava em torno de R$ 11 bilhões. De 2019 em diante, na gestão do governador Romeu Zema e do vice-governador Professor Mateus, com dados fechados em fevereiro deste ano, Minas Gerais atraiu um total de R$ 409 bilhões. Ou seja, uma média anual de mais de R$ 80 bilhões em investimentos”, destaca.

Passalio acrescenta que o cenário positivo é fruto do alinhamento entre governo estadual e municípios, a fim de garantir ambientes juridicamente seguros para os investidores e prósperos para a população.

Fertilizantes

Um dos setores que apresenta grande tendência de crescimento é o de fertilizantes, estando em segundo lugar na lista dos mais promissores de 2024. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Minas Gerais ocupa o primeiro lugar nacional na produção de fertilizantes, com 8,4 milhões de toneladas (Mt), o que representa 62,5% do total nacional.

O parque produtor de fertilizantes em MG inclui empresas mineradoras/produtoras de matérias-primas, que fornecem produtos intermediários; empresas misturadoras/vendedoras de fertilizantes; e produtoras que atuam como misturadoras e no campo da química. Em grande parte, os complexos industriais estão concentrados, principalmente, nas regiões de Patos de Minas e Uberaba.

“É importante destacar que o setor de fertilizantes é estratégico para o Brasil, uma vez que reduz a dependência nacional da importação do produto. As regiões do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro são grandes polos deste setor. Além de possuírem as jazidas dos nutrientes, têm também benefícios logísticos, devido à proximidade de grandes áreas de produção agrícola”, destaca o presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Eurochem, Mosaic, Nutrien, Yara, Verde Fertilizantes, KP Fértil são empresas que recentemente investiram na região. A planta da Eurochem, por exemplo, irá produzir 15% da produção nacional de fertilizantes fosfatados.

Outros destaques

A área de minerais críticos ocupa o terceiro lugar, levando desenvolvimento para regiões como o Vale do Jequitinhonha e Mucuri, por meio do Vale do Lítio. De 2019 até hoje, foram atraídos R$ 9,8 bilhões em investimentos nessa área, sendo aproximadamente 32% desse montante (R$ 3,2 bilhões) formalizados no ano passado, como é o caso da Sigma Mineração e da MG LIT.

Em quarto lugar, vem o setor de fármacos, com destaque especial para o Sul de Minas, atraindo grandes empresas como a Medley, Eudora (do grupo O Boticário), Eurofarma, Carestream, União Química, Biotronik e Cellera.

 

FONTE AGÊNCIA MINAS

9 coisas para se fazer com 20 anos para ficar milionário aos 30

Se você chegou aos 20 anos, está no momento certo para mudar sua mentalidade e ser capaz de construir uma riqueza real

Atualmente, quanto mais cedo você começar a tomar as decisões corretas, mais rapidamente terá a oportunidade de se tornar um milionário. Se você chegou aos 20 anos, saiba que está no momento ideal de sua vida para definir todo o seu futuro.

Entenda que a construção da riqueza é um processo lento, que exige muito esforço e dedicação. Apesar de vivermos em uma geração que às vezes se ilude com histórias de pessoas que acumularam grandes fortunas rapidamente, esses casos são exceções.

Em uma economia de mercado livre, todos têm a possibilidade de ganhar a quantia de dinheiro que desejarem, mas para isso, é fundamental adaptar-se o mais cedo possível. Afinal, quanto mais cedo você se preparar e iniciar sua jornada, mais rapidamente poderá atingir seus objetivos.

Não podemos garantir que você se tornará um multimilionário se seguir nossas orientações, mas podemos assegurar que suas chances de enriquecer aumentarão significativamente se você prestar atenção em nossas dicas. E, no pior dos cenários, caso não fique rico, pelo menos terá uma vida financeiramente estável.

1. Defina metas que você consegue alcançar

O primeiro passo rumo ao sucesso financeiro é saber exatamente o que você deseja alcançar. Estabeleça objetivos financeiros específicos e realistas, que possam servir como guia na sua jornada para aumentar seu patrimônio. Essas metas podem variar desde atingir uma quantia específica em economias até alcançar uma certa renda passiva mensal.

Muitas pessoas acabam cometendo o erro de definir metas extremamente impossíveis de alcançar, por isso acabam fracassando, logo, seu primeiro passo é colocar os pés no chão e entender quais são os seus limites para colocar metas reais, que sejam possíveis alcançar.

2. Coloque na sua cabeça: você precisa empreender

Ser empreendedor vai muito além de abrir um negócio. Envolve cultivar uma mentalidade de constante busca por oportunidades, estar disposto a assumir riscos bem calculados e ser resiliente diante dos inevitáveis contratempos. Encarar a vida com uma perspectiva empreendedora é essencial para quem busca criar riqueza significativa.

3. Invista o tempo todo em conhecimento

A educação é a base sobre a qual você pode construir sua fortuna. Isso não se limita ao ensino formal; engloba uma ampla gama de aprendizados, desde cursos online até mentorias, que podem aprimorar suas competências em áreas críticas como finanças, gestão de negócios e inovação tecnológica. Expandir seus conhecimentos é diretamente proporcional à expansão de suas oportunidades financeiras.

4. Nunca dependa de uma única fonte de renda

Confiar em uma única fonte de renda é um erro comum que pode limitar seu potencial de riqueza. Explore diferentes vias de geração de renda, seja por meio do investimento em ações, imóveis, criação de conteúdo digital, ou até mesmo lançando novos negócios. Quanto mais diversificados forem seus investimentos e fontes de renda, maior será sua segurança financeira e potencial de crescimento.

5. Tenha uma vida econômica

A verdadeira acumulação de riqueza vem da capacidade de economizar e investir com sabedoria, não apenas de ganhar dinheiro. Aprenda a viver de acordo com suas possibilidades, evitando gastos supérfluos, e comprometa-se a investir uma parte de sua renda regularmente. A utilização de contas de investimento com contribuições automatizadas pode simplificar esse processo, garantindo que você sempre coloque seu dinheiro para trabalhar a seu favor.

6. Faça investimentos estratégicos

Faça Investimentos Estratégicos: A chave para o crescimento do patrimônio está em tomar decisões de investimento informadas e bem pensadas. É crucial se educar sobre as diferentes opções disponíveis, de ações a imóveis, buscando aquelas que oferecem um bom equilíbrio entre risco e retorno. Diversificar seus investimentos pode minimizar riscos e proteger seu capital.

7. Não subestime o poder do networking

Estar em boa companhia, cercado por pessoas que compartilham dos seus objetivos e que já alcançaram o sucesso que você almeja, pode abrir portas para oportunidades incríveis. Faça um esforço para participar de eventos de networking, integrar-se a grupos profissionais relevantes e buscar mentoria. Os relacionamentos construídos agora podem se revelar inestimáveis mais tarde.

8. Você precisará persistir e ter paciência

O caminho para se tornar milionário geralmente apresenta altos e baixos. Encare os desafios como oportunidades de aprendizado e nunca perca a visão de seus objetivos de longo prazo. A persistência, combinada com a paciência, frequentemente leva ao sucesso duradouro mais do que tentativas de ganhos rápidos e fáceis.

9. Revise e aprimore seu modelo de negócio

Para quem empreende, é fundamental revisar e otimizar constantemente o modelo de negócios. Utilize o feedback dos clientes e insights de mercado para aprimorar serviços ou produtos, melhorar processos e expandir a base de clientes. Empreendedores de sucesso nunca estão satisfeitos; eles sempre buscam maneiras de elevar seu negócio a novos patamares.

 

FONTE MEU VALOR DIGITAL

21 tipos de negócio que costumam dar certo em cidade pequena

Existem alguns tipos de negócio que costumam se consolidar melhor em cidades pequenas, gerando lucro e oportunidades

Quando buscamos ideias de negócios para iniciar, muitas vezes não conseguimos identificar boas oportunidades, especialmente quando vivemos em cidades pequenas. Isso ocorre porque essas localidades têm suas peculiaridades, e o que funciona bem em cidades menores pode não ter o mesmo sucesso em grandes centros.

Se você vive distante de capitais e grandes centros urbanos, provavelmente já ouviu que negócios lucrativos são um mito e que apenas pessoas com recursos financeiros já estabelecidos na sua cidade conseguem fazer um negócio prosperar.

Embora essa seja uma percepção comum entre moradores de cidades pequenas, o que você precisa entender é que o desafio não está na impossibilidade de um novo negócio ser lucrativo em uma cidade pequena, mas sim na necessidade de oferecer bons produtos e serviços, além de prestar atenção na qualidade do atendimento e nas necessidades dos consumidores.

Percebemos que muitas vezes as pessoas abrem comércios em cidades pequenas pensando no que gostariam para si, quando, na verdade, não se deve abrir um negócio pensando apenas em si mesmo, mas sim na população em geral da sua cidade e no que eles apreciam ou criticam nos outros negócios existentes.

Lembre-se, começar nunca é fácil, mas é necessário ter estratégia. Não basta simplesmente abrir um negócio; é essencial saber fazer marketing, atender bem e, consequentemente, oferecer produtos e serviços de qualidade.

Para auxiliar no seu primeiro passo rumo à abertura de um novo negócio, vamos oferecer algumas ideias de negócios que tendem a ter mais sucesso em cidades pequenas, além de algumas dicas do que considerar ao abrir sua empresa.

Ideias de negócio lucrativas para cidade pequena

Vamos conhecer algumas ideias de negócio que costumam dar mais resultado em cidades pequenas, seja com relação a se estabelecer em sua cidade, assim como gerar lucro:

1. Mercadinhos locais

Em áreas residenciais afastadas dos grandes centros, um mercadinho se torna essencial. Ele oferece praticidade para compras rápidas ou de última hora. A chave é balancear preços competitivos com uma margem de lucro justa, considerando que o volume de compra menor pode elevar os custos. A localização e a análise da concorrência são cruciais para o sucesso.

2. Serviços de reparos e pequenas reformas

A demanda por serviços de manutenção residencial, como instalações elétricas e hidráulicas, pintura, entre outros, é constante. Um diferencial pode ser oferecer um serviço confiável e de qualidade em um mercado carente de profissionais qualificados. O profissionalismo e um bom atendimento podem transformar esse serviço numa referência local.

3. Salões de beleza e estéticas

Este setor mantém uma clientela fiel e a oportunidade de expandir serviços. Investir em técnicas modernas e tendências, como tratamentos estéticos avançados, pode colocar seu negócio à frente da concorrência. A personalização do atendimento e a diversificação dos serviços são estratégias chave para o crescimento.

4. Pet Shops

O amor pelos animais de estimação e a tendência de tratá-los como membros da família criam uma demanda sólida por produtos e serviços pet. Oferecer uma gama variada de produtos, além de serviços como banho e tosa, pode posicionar seu pet shop como um centro de cuidado animal completo. Parcerias estratégicas e promoções podem atrair e reter clientes.

5. Lojas de roupas

Oferecer uma seleção de vestuário que atenda às necessidades locais, desde moda casual a formal, pode fazer com que sua loja se destaque. Observar as preferências e tendências atuais do público-alvo é fundamental. Além disso, criar um ambiente de compra atraente e oferecer um atendimento personalizado pode fortalecer a fidelidade do cliente.

6. Lojas de calçados

Uma variedade de estilos, do casual ao sofisticado, pode atender às necessidades da comunidade local. Serviços adicionais, como ajustes e personalizações, podem ser um diferencial. A qualidade dos produtos e um bom conhecimento das tendências de moda são essenciais para capturar a atenção dos consumidores.

7. Manutenção de equipamentos domésticos

O serviço de reparo em domicílio para aparelhos como refrigeradores, fogões e máquinas de lavar é uma necessidade em qualquer lugar. Oferecer um serviço rápido, eficiente e de confiança pode garantir uma clientela constante.

8. Produção e venda de produtos caseiros

A culinária local, com itens como pães, bolos, geleias e conservas, pode encontrar um mercado receptivo, especialmente se oferecer produtos de qualidade com um toque caseiro. Estratégias como vendas online, participação em feiras locais e entrega a domicílio podem ampliar o alcance do seu negócio.

9. Comércio de materiais de construção e decoração

Investir em uma loja que oferece tudo para a casa, desde itens de construção até decoração, pode ser um acerto. Oferecer serviços complementares como consultoria para reformas e focar em produtos ecológicos pode diferenciar seu negócio no mercado local.

10. Produtos para jardinagem

Com o espaço e o apreço pela natureza típicos de cidades menores, um negócio focado em jardinagem pode florescer. Além de vender plantas e ferramentas, oferecer cursos e workshops pode criar uma comunidade de entusiastas do verde.

11. Loja especializada em produtos de esportes

A venda de equipamentos esportivos, roupas e suplementos pode atender a uma ampla gama de clientes. Promover eventos como torneios locais e aulas demonstrativas de diferentes esportes pode incrementar o engajamento com a marca e promover um estilo de vida saudável.

12. Loja de produtos usados

Uma loja de produtos usados, com foco na sustentabilidade, pode atrair consumidores conscientes. O controle de qualidade, autenticidade e a oferta de serviços como customização e restauração de itens usados podem elevar o padrão do brechó tradicional.

13. Boutique de presentes e souvenires

Uma loja que oferece uma variedade de opções de presentes, incluindo artesanato local e itens exclusivos, pode encontrar um nicho especial em cidades pequenas. Serviços adicionais como embalagens personalizadas e pedidos sob encomenda podem encantar os clientes.

14. Papelaria

Mesmo na era digital, há espaço para uma papelaria que ofereça desde materiais escolares até itens para hobbies criativos. Realizar workshops e cursos sobre temas como caligrafia artística e scrapbooking pode criar uma comunidade fiel.

15. Academia

Uma academia que ofereça não apenas musculação, mas também classes de ginástica, yoga, pilates, artes marciais e crossfit pode atender a uma ampla gama de interesses, promovendo saúde e bem-estar na comunidade.

16. Farmácia

Além de medicamentos, uma farmácia que disponibilize produtos de beleza e higiene pessoal pode se tornar essencial na comunidade. É importante analisar a concorrência e considerar a possibilidade de uma franquia, que traz reconhecimento da marca e suporte operacional.

17. Serviço de creche e educação infantil

Com a demanda por cuidados infantis, abrir uma creche pode ser uma excelente oportunidade. Oferecer um ambiente seguro, educativo e adaptado às necessidades das crianças pode preencher uma lacuna importante para famílias trabalhadoras.

18. Barbearia

Uma barbearia personalizada, com diversos itens de entretenimento como mesa de sinuca, uma geladeira com cerveja e outras bebidas, além de oferecer um espaço confortável e agradável para encontrar com os amigos é outro tipo de negócio que vem se consolidando em cidade pequena e tem tudo para dar certo.

19. Loja de acessórios e peças para veículos

Com o apego que muitos têm por seus carros e motos, uma loja que ofereça peças, acessórios customizados e sistemas de som pode prosperar. Oferecer também serviços de instalação e manutenção, além de promover encontros para entusiastas de veículos, pode agregar valor ao negócio.

20. Serviços de eletricista

A demanda por serviços elétricos é constante em qualquer lugar, incluindo instalações residenciais e empresariais, reparos e manutenção de eletrodomésticos. Atuar como eletricista pode ser vantajoso, seja de forma independente ou através de uma empresa de serviços. O investimento inicial é relativamente baixo, focando em formação técnica, ferramentas e equipamentos de segurança.

21. Oficina mecânica de automóveis

A mecânica de veículos é outro serviço sempre necessário, com a vantagem de ser menos suscetível a crises econômicas, pois veículos sempre precisarão de manutenção e reparos. Identificar uma localização com pouca ou nenhuma concorrência próxima pode garantir uma clientela regular. Apesar de requerer um investimento inicial em ferramentas e equipamentos especializados, a mecânica de automóveis pode se tornar uma fonte de renda estável e lucrativa.

O que você precisa saber para abrir uma empresa

Abrir um negócio em uma cidade pequena pode ser uma excelente oportunidade, mas requer uma análise cuidadosa para maximizar as chances de sucesso. Aqui estão alguns aspectos importantes a considerar:

Conheça seu público-alvo

Demografia e necessidades locais: Entenda a composição da população local (idade, renda, ocupações) e suas necessidades específicas. Isso pode ajudar a identificar lacunas no mercado que seu negócio pode preencher.

Preferências e comportamentos de consumo: Conheça os hábitos e preferências dos moradores. Em cidades pequenas, essas informações podem ser obtidas através de conversas diretas com a população ou observações no dia a dia.

Análise da concorrência

Concorrentes diretos e indiretos: Identifique outros negócios que ofereçam produtos ou serviços semelhantes aos seus. Considere também negócios que, embora não sejam diretamente concorrentes, possam satisfazer a mesma necessidade dos consumidores de outra forma.

Pontos fortes e fracos: Avalie o que os concorrentes fazem bem e onde há espaço para melhorias. Isso pode ajudar a posicionar seu negócio de forma única.

Legislação e regulamentações locais

Permissões e licenças: Informe-se sobre todas as permissões, licenças e regulamentações específicas da cidade que podem afetar seu negócio. Isso pode variar significativamente de uma localidade para outra.

Incentivos locais: Alguns municípios oferecem incentivos para novos negócios, como reduções fiscais ou auxílio no acesso a financiamentos.

Infraestrutura e localização

Acesso e visibilidade: A localização do seu negócio é crucial em cidades pequenas. Pense em acessibilidade, visibilidade e fluxo de pessoas.

Fornecedores e logística: Considere a proximidade e a facilidade de acesso a fornecedores essenciais. A logística de entrega de produtos também é um aspecto importante.

Plano de marketing

Estratégias de marketing local: Estratégias de boca a boca e marketing comunitário costumam ser eficazes em cidades pequenas. O envolvimento com a comunidade pode fortalecer a presença do seu negócio.

Presença online: Não subestime o poder das mídias sociais e de um website para alcançar clientes, mesmo em uma cidade pequena. A presença online pode expandir seu mercado para além das fronteiras da cidade.

Análise financeira

Custo inicial e capital de giro: Calcule o investimento inicial necessário e o capital de giro para manter o negócio operando até que se torne lucrativo.

Previsão de receitas e despesas: Faça uma estimativa realista de suas receitas e despesas. Considere cenários otimistas e pessimistas.

Plano de negócios

Desenvolva um plano de negócios detalhado, abordando todos os pontos acima e definindo claramente seus objetivos, estratégias e projeções financeiras. Isso servirá como um roteiro para o sucesso do seu negócio e pode ajudar na obtenção de financiamento.

 

FONTE MEU VALOR DIGITAL

Montadoras já anunciaram em 2024 R$ 32 bilhões em investimentos no Brasil

Nesta semana, além da Toyota, a Stellantis, dona da Fiat e Peugeot, também anunciará um novo ciclo de investimentos no país

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), antecipou que a Toyota fará na terça-feira (5) o anúncio de investimento de R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos anos. Com isso, chega a R$ 32 bilhões os investimentos no país anunciados por montadoras somente em 2024 – além de R$ 3 bilhões da chinesa BYD, anunciados em meados de 2023. Na próxima quarta-feira, a Stellantis, dona da Fiat e Peugeot, também anunciará seu novo ciclo de investimentos, segundo o jornal O Globo, o que deverá elevar ainda mais a cifra.

“A Toyota está no Brasil há 66 anos e vem contribuindo enormemente para o adensamento das nossas cadeias produtivas. Seu anúncio é uma demonstração clara da confiança dessa grande empresa japonesa em nossa economia”, escreveu Alckmin em publicação nas redes sociais.

Em fevereiro, o presidente Lula (PT) se reuniu com o presidente global do Grupo Hyundai Motor, Eui-Sun Chung, em encontro em que a empresa sul-coreana anunciou investimentos na ordem de US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 5 bilhões) em investimentos no Brasil até 2032 em tecnologia e em hidrogênio verde.

A General Motors, por sua vez, anunciou um investimento de R$ 7 bilhões no país entre 2024 e 2028, também após encontro com Lula, que estava acompanhado por Alckmin. Segundo o vice-presidente de Políticas Públicas, Comunicações e ESG da GM para América do Sul, Fabio Rua, o valor poderá aumentar, de acordo com as condições de mercado.

A alemã Volkswagen anunciou R$ 9 bilhões em investimentos no Brasil até 2028, com previsão de fabricação de quatro novos modelos no país.

  • Toyota: R$ 11 bilhões – anúncio em 05/03/2024
  • Grupo Hyundai Motor: US$ 1,1 bilhão (aprox. R$ 5 bilhões) – anúncio em 22/02/2024
  • General Motors: R$ 7 bilhões – anúncio em 24/01/2024
  • Volkswagen: R$ 9 bilhões – anúncio em 01/02/2024

FONTE BRASIL 247

Mineradoras, Gerdau, PMOB e ADESIAP buscam alternativas para tráfego de caminhões e diminuir impactos de mega investimentos

Nesta quarta feira, dia 28/02, os representantes das empresas Gerdau, CDA (Grupo Avante), LGA Mineração, Minas Mineração, ADESIAP-OB, MMLOG, Infraplan se reuniram na Prefeitura de Ouro Branco juntamente com o Prefeito Hélio Campos e o Secretário de Meio Ambiente Neilor Aarão.

A reunião teve por objetivo alinhar a proposta que vem sendo discutida desde 2002 que prevê a realização do ESTUDO DE VIABILIDADE VIÁRIA DO TRANSPORTE DE MINÉRIO na região do Alto Paraopeba e Inconfidentes, criando uma rede alternativa para desenvolvimento dos planos de expansão das empresas mineradoras sem impactar as rodovias públicas como a MG030, MG443, MG356, MG129 e a BR040.

O estudo ainda visa integrar esta alternativa junto a rodovia do minério que ligara a região até próximo a Belo Horizonte reduzindo consideravelmente o fluxo de carretas nas rodovias públicas, como na BR040. A proposta deverá ser concluída em até 90 dias, que obteve total apoio dos participantes inclusive para seu custeio. O produto dos estudos será apresentado para as Prefeituras da região, Governo do Estado de Minas Gerais e Ministério Público Estadual, e pretende servir de plano orientador para elaboração da infraestrutura viária denominada de “Rodovia do Minério”, podendo inclusive servir de base para estabelecer parcerias público privadas entre as empresas mineradoras, município e governo do estado. Na oportunidade, o prefeito Hélio Campos destacou que a integração das empresas no desenvolvimento do projeto reduz os custos e possibilita o desenvolvimento sustentável na região.

O secretário de Meio Ambiente Neilor Aarão enfatizou a importância da construção compartilhada de alternativas, considerando o interesse de cada empresa em seus projetos de expansão juntamente com o interesse público para que as empresas possam expandir com mais segurança no horizonte de pelo menos 30 anos, reduzindo ao máximo os impactos causados pela atividade mineradora, sobretudo nas rodovia públicas. Para elaboração dos estudos, serão utilizados sistemas americanos de informação e geração de dados, além de uma equipe técnica altamente qualificada.

Minas registra maior abertura de empresas em cinco anos e Vale do Jequitinhonha se destaca

Com as ações voltadas ao desenvolvimento econômico lideradas pelo Governo de Estado, a região foi a que mais cresceu percentualmente em relação ao ano anterior

Minas Gerais encerrou o ano de 2023 com um total de 85.904 novas empresas constituídas em todo o estado. O número representa um crescimento de 10,54% em relação a 2022, quando foram registrados 77.716 novos empreendimentos.

Isso significa que, no último ano, por dia foram abertos 235 novos negócios em Minas e, por hora, dez empresas. O desempenho, que é recorde, é o melhor desde 2019.

Entre os destaques ficou a região do Jequitinhonha/Mucuri, com alta de 18,45%. O resultado reflete o trabalho que o Estado tem desenvolvido para impulsionar a localidade, com políticas públicas e ações estratégicas como o Vale do Lítio.

Analisando apenas o mês de dezembro, o avanço é ainda mais marcante. O mês fechou com 6.537 novas empresas abertas em todas as regiões do estado, uma alta de 16,19% em relação ao mesmo período de 2022 (5.626 registros).

O governador Romeu Zema comemora o resultado e reforça que sua gestão trabalha firme para que Minas Gerais se mantenha como o estado amigo do empreendedor.

“Os mineiros já estavam cansados de tanta burocracia, e o governo tem o papel de facilitar e não atrapalhar o desenvolvimento. Esses números provam que as pessoas estão mais confiantes e dispostas a investir seus empreendimentos no estado. Desejo boa sorte a todos os novos empresários mineiros e para os trabalhadores. Que 2024 seja um ano de ainda mais prosperidade para todos”, afirma.

Um novo Jequitinhonha

Os dados constam no relatório anual de registros mercantis da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg). Em 2023, no Jequitinhonha/Mucuri foram criadas 1.907 novas empresas. Se levarmos em consideração apenas dezembro, em relação ao mesmo período de 2022, o aumento foi ainda mais significativo: 30,43%.

As políticas públicas na região estão entre as prioridades da atual gestão. Entre as iniciativas de destaque, o Vale do Lítio, formado por 14 cidades, já atraiu R$ 5,5 bilhões em investimentos e a geração de cerca de 10 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos.

Na esteira desse investimento, o Governo de Minas trabalha para ampliar o acesso à região. Após a inauguração do projeto, houve a viabilização de nova rota aérea com voos diretos de Belo Horizonte para Salinas, município que compõe o Vale do Lítio, e para 2024 está previsto o início de mais uma, rumo a Araçuaí.

Empreendedorismo e prosperidade

Acompanhando esse desenvolvimento econômico e visando proporcionar mais qualidade de vida aos moradores, no fim de dezembro de 2023, foi assinado um convênio inédito, pelo Programa de Regularização Fundiária Urbana Minas Reurb, com o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Baixo Jequitinhonha (Cimbaje) que prevê a emissão de 10 mil títulos de propriedade às famílias.

Foi nesse contexto que a designer de interiores Sâmara Guedes decidiu investir na região, justamente, com um empreendimento especializado em acabamentos para construção civil.

Além da expectativa de demanda gerada pela regularização de imóveis, ela também conta que o projeto do governo envolvendo o recurso mineral já tem sido um grande atrativo.

“Com a demanda de mão de obra para o trabalho nas empresas de extração do lítio, muitas residências foram e estão sendo construídas para a acomodação dos trabalhadores, além de hotéis e restaurantes, o que gerou um acréscimo de desenvolvimento no setor da construção civil”, comenta.

Ela inaugurou a empresa em dezembro de 2023, no município de Araçuaí, onde Sâmara reconhece que a demanda de emprego já supera a oferta de mão de obra, especialmente na construção, sinal de uma prosperidade muito aguardada pelos mineiros do Jequitinhonha.

“Quanto mais estratégias econômicas o governo criar para o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha, maior será o crescimento das empresas na região. Visto que as pessoas passarão a procurar uma melhor qualidade de vida, consumindo mais e diversificando o comércio local”, completa Sâmara.

Crescimento em todo o estado

Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, a abertura de empresas é um dos indicadores mais importantes do desenvolvimento econômico e gera uma rápida resposta na melhoria da qualidade de vida da população mineira.

“Esse resultado positivo em 2023 é um dos frutos da política do Governo de Minas voltada para a simplificação e facilitação para quem quer empreender. No caso do Jequitinhonha, trata-se de uma inversão muito significativa de panorama: de uma região quase abandonada durante outras gestões, está agora, progressivamente, se tornando um dos grandes motores do crescimento mineiro”, destaca.

Ainda conforme o relatório da Jucemg, todas as regiões do Estado tiveram alta na abertura de empresas em 2023 na comparação com o ano anterior.

Após o Jequitinhonha/Mucuri, aparecem Triângulo (12,85%), Norte de Minas (12,02%), Noroeste (11,89%), Central (11,26%) e Alto Paranaíba (11,16%). Na sequência, estão Sul de Minas (10,18%), Rio Doce (9,26%), Centro-Oeste (6,81%) e Zona da Mata (4,77%).

“São 8.188 novas empresas registradas a mais que em 2022, um salto espetacular. Esse resultado reflete a disposição da Jucemg em facilitar a vida de quem quer empreender e prosperar em Minas. E aponta para nosso propósito de transformar a Jucemg na mais inovadora, resolutiva, sustentável e admirada junta comercial do país”, diz a presidente da Jucemg, Patricia Vinte Di Iorio.

O balanço anual também informa o volume de empresas abertas por município. Belo Horizonte lidera o Top 10, com 21.948 novas empresas constituídas no período. Em seguida, aparecem: Uberlândia (5.116); Contagem (2.968); Juiz de Fora (2.351); Montes Claros (1.888); Uberaba (1.819); Betim (1.351); Divinópolis (1.246); Governador Valadares (1.226); e Ipatinga (1.130).

Em relação aos encerramentos, o ano de 2023 apresentou um total de 48.959 registros baixados em Minas, contra 46.564 extinções em 2022, representando uma variação de 5,14%. Ou seja, o número de empresas abertas (85.904) foi quase duas vezes maior que a quantidade de negócios fechados.

A disponibilização do balanço total dos registros mercantis teve início em 2019. O levantamento considera empresas de qualquer porte, com exceção dos microempreendedores individuais (MEIs), cujas inscrições são realizadas diretamente no Portal do Empreendedor, do Governo Federal, sem passar pelas juntas comerciais estaduais.

Simplificação favorece os negócios

Esse crescimento na abertura de empresas também é resultado da política de desburocratização empreendida pelo Governo, por meio da Sede-MG, com programas como o Minas Livre para Crescer.

Apenas no Vale do Jequitinhonha, cerca de 220 mil mineiros já sentem o impacto real da política de liberdade de crescimento. Mais da metade dos municípios da região (55%) já assinou o decreto ou está em processo final de publicação.

Essa ação de desenvolvimento econômico tem possibilitado, inclusive, a expansão de outros potenciais da região, como o artesanato produzido pelos mineiros do Jequitinhonha, que passou a ter maior abertura para o mercado estrangeiro.

Aliado a esse programa, o governo fornece um sistema que integra, em um único ambiente, de forma totalmente digitalizada, todas as etapas de registro e licenciamento de uma empresa.

Conforme aponta a Jucemg, nove em cada dez empresas já são abertas por meio da Redesim MG, e a iniciativa está presente em 488 municípios.

A partir deste ano, a população mineira já poderá contar com uma solução tecnológica inovadora que permitirá reduzir para poucos segundos a abertura de empresas de baixa complexidade em Minas Gerais.

A plataforma Redesim + Livre, desenvolvida pela parceria entre Sede-MG, Jucemg e Sebrae Minas, visa agilizar ainda mais os processos de cadastro dos negócios, em conformidade com a Lei de Liberdade Econômica.

FONTE AGÊNCIA MINAS

Investimentos em ferrovias em 2024 não incluem Minas

Enquanto concentra a maioria das concessões rodoviárias previstas para este ano, estado não consta do cronograma para transporte sobre trilhos

Minas Gerais será o estado mais contemplado na concessão de rodovias federais este ano pela União, mas as ferrovias ficaram de fora. O Ministério dos Transportes confirmou ontem que a Região Sudeste não tem trechos previstos pela futura Política Nacional de Transporte Ferroviário de Passageiros (PNTFP). Em entrevista coletiva, o ministro Renan Filho informou que é a primeira vez que a União incluiu no orçamento a possibilidade de fazer um aporte público para viabilizar projetos privados na área de transporte que não sejam oriundos apenas de recursos privados.

“Ao longo do ano de 2023, a Secretaria Nacional de Transporte Ferroviário participou de reuniões com representantes do setor, da academia, de governos estaduais e municipais e até com governos estrangeiros. Todas essas discussões têm gerado subsídios para o aprimoramento da PNTFP. Quando concluído o texto final, a publicação ocorrerá em forma de decreto”, explicou a assessoria especial do órgão.

De acordo com o ministério, foram escolhidos seis trechos iniciais para o transporte de pessoas sobre trilhos, “não havendo ainda confirmação de quais poderão ser de fato implantados”: Pelotas (RS) x Rio Grande (RS); Londrina (PR) x Maringá (PR); Brasília (DF) x Luziânia (GO); Salvador (BA) x Feira de Santana (BA); Fortaleza (CE) x Sobral (CE) e São Luís (MA) x Itapecuru (MA).

“Não há, no momento, definição prévia de modelo único de negócio para futuros empreendimentos, uma vez que cada situação pode exigir um modelo diferente. O governo federal está trabalhando na definição de uma carteira de projetos no país, para aprofundar estudos já considerando as principais diretrizes da minuta da PNTF”, disse o órgão.

Demanda histórica, a Política Transporte Ferroviário de Passageiros foi submetida à consulta pública, encerrada na última terça-feira, e contou com 246 contribuições da sociedade. As sugestões agora passam por análise da equipe técnica da pasta e serão fundamentais para ajudar a construir o decreto que visa ampliar a operação e melhorar a infraestrutura da malha ferroviária existente. Até 2026, a expectativa é que os projetos ferroviários contem com investimento de R$ 94,2 bilhões, de acordo com o Novo PAC.

Uma das contribuições, apresentada por Fernando Roberto Reis, pede um trecho entre Belo Horizonte e Salvador, passando por outras cidades populosas, como Montes Claros. “Esse trecho seria ótimo, pois as passagens aéreas beiram o colapso e as rodoviárias não ficam menos de R$ 300,00. Sem contar que seria uma integração justa e social da Região Sudeste com a Região Nordeste”, ponderou.

Atualmente, existem duas ferrovias no Brasil que fazem transporte regular de passageiros, sendo uma a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), entre a capital do Espírito Santo e Belo Horizonte, e a Estrada de Ferro Carajás (EFC), entre São Luís, no Maranhã, e Parauapebas, no Pará.

FONTE ESTADO DE MINAS

Ainda bem que os economistas erram — o Brasil estaria pior se eles tivessem acertado as projeções para 2023 na Focus

Comparamos as estimativas da primeira edição da Focus em 2023 com a última — e o ano caminha para terminar muito melhor do que se esperava

Os erros nas estimativas para a economia brasileira têm chamado a atenção — e não é de hoje. A mais nova evidência dessa constatação é a última edição da pesquisa Focus.

Os principais indicadores macroeconômicos do Brasil chegam ao fim de 2023 muito melhores do que esperavam os economistas de mercado consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) para a elaboração da Focus.

Se as projeções da primeira Focus de 2023 tivessem se confirmado, a economia brasileira estaria hoje numa situação bem pior do que a realidade de momento.

Quando o ano começou, as estimativas dos economistas para o fim de 2023 indicavam inflação em 5,36% (ante um teto da meta de 4,75%), expansão do PIB de 0,78%, dólar a R$ 5,28 e a taxa Selic a 12,25% ao ano.

Boletim Focus
Fonte: Banco Central.

Projeções começaram a melhorar depois do PIB do primeiro trimestre

O pessimismo generalizado começou a diminuir a partir da divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2023.

O quadro a seguir mostra com clareza esse ponto de virada nas projeções.

Boletim Focus
Fonte: Banco Central.

Nas últimas semanas, o avanço de uma agenda econômica complicada, incluindo a aprovação de uma reforma tributária discutida havia décadas, ajudou a consolidar a melhora das expectativas.

De todas as projeções, a que menos ficou fora da curva foi a da Selic, que entrou em 13,75% com o BC já pressionado a promover um corte na taxa básica de juros.

Na mais recente edição da Focus, com data de 22 de dezembro, a inflação encontra-se dentro da meta para 2023, a previsão do PIB é de alta de 2,92%, o dólar posiciona-se para fechar o ano em R$ 4,90 e a taxa Selic caiu para 11,75%.

Boletim Focus
Fonte: Banco Central.

Antes de prosseguir, é preciso notar que, à exceção da Selic, os números finais do IPCA, do PIB e da taxa de câmbio ainda devem passar por ajustes.

Além disso, a Focus ainda terá mais uma edição com data de coleta de 2023 — embora a divulgação esteja programada apenas para 2 de janeiro de 2024.

De qualquer modo, diante do que já se sabe, pouco deve mudar até lá.

O que a Focus sinaliza para 2024

Agora o foco se volta para as projeções referentes ao ano que vem.

As projeções para as taxas de câmbio e juros em 2024 são melhores hoje do que se observava há um ano.

“Chama atenção a queda da projeção de Selic para 2024, que saiu de 9,25% para 9%”, disse o economista André Perfeito.

De acordo com ele, essa queda reflete a melhora nas projeções de inflação, bem como a perspectiva de juros mais baixos nos EUA.

Já a projeção para o IPCA acumulado do próximo ano é pior agora do que no início de 2023.

Todo mundo de olho nas projeções para o PIB

Mas são as projeções do PIB que mais têm saltado aos olhos. Desde a pandemia, os especialistas têm subestimado o desempenho da economia brasileira.

Uma das ponderações feitas pelos economistas é de que os modelos ainda não foram adequadamente adaptados à nova realidade.

Mesmo com o bom resultado observado em 2023, as projeções para 2024 permaneceram praticamente inalteradas, tendo passado de 1,50% na primeira Focus do ano para 1,52% agora.

No entanto, alguns pesos-pesados do mercado já têm apresentado projeções bem melhores do que a mediana da Focus.

O Bank of America, por exemplo, trabalha com uma expansão de 2,2% do PIB brasileiro em 2024.

FONTE SEU DINHEIRO

Finanças: 15 perguntas e respostas para se planejar para 2024

O cenário macroeconômico está mais favorável e, para crescer com ele, é preciso começar a traçar metas e mapear desafios

O sucesso de todo empreendimento passa obrigatoriamente por um cuidadoso e detalhado planejamento. Quanto mais informações a pessoa à frente da empresa tiver em mãos e souber lidar com dados macroeconômicos, maiores as chances de deslanchar e de estar preparada para imprevistos. Esta é a época do ano em que boa parte dos empreendedores dedica tempo à missão de delinear o futuro.

Não é uma tarefa simples: envolve a análise de uma série de fatores que podem afetar o negócio em 2024 ou até mesmo sua sobrevivência no médio e longo prazos. Entre os inúmeros indicadores econômicos, é fundamental levar em conta a projeção da inflação, as taxas de juros, as oscilações do dólar e a expectativa de aumento ou redução do PIB brasileiro.

Tem mais: cenários de instabilidade política, a exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos no Brasil, também podem ter impactos importantes, gerando desconfiança e insegurança nos investidores e no mercado. É preciso ainda acompanhar o surgimento de tecnologias e avaliar ameaças, entre elas o ingresso de concorrentes, as crises globais e os cenários de conflitos entre países, como acontece neste momento com a Rússia e a Ucrânia, e que provocam o aumento de preço de commodities, entre elas açúcar, milho, trigo e soja.

A boa notícia para o empreendedor neste segundo semestre é que vários índices econômicos apresentam evoluções positivas, provocando um otimismo moderado. A inflação medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) vem desacelerando nos últimos meses. A estimativa da Selic, taxa básica de juros da economia, é de 9% para o próximo ano, menor do que a expectativa de 11,75% para 2023. Já a previsão para o PIB brasileiro é de um crescimento de 1,3% em 2024.

“A perspectiva para o próximo ano é boa, mas os empresários necessitam ter cautela”, afirma Tales Andreassi, vice-diretor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo e professor de empreendedorismo. “As pequenas e médias empresas devem ter sempre muito cuidado, especialmente aquelas que não têm uma reserva financeira suficiente para sobreviver caso surja alguma novidade ou algo inesperado no horizonte.”

Com as taxas de juros mais baixas, o empreendedor deverá ter um pouco menos de dificuldade para buscar crédito no mercado e investir no crescimento da empresa sem comprometer sua saúde financeira. Ainda assim, todo cuidado é pouco na hora de fazer uma dívida. “O que deve ser levado em conta é que essa baixa das taxas de juros só ocorre porque a inflação está sendo controlada”, explica Samuel Barros, reitor do Ibmec do Rio de Janeiro e especialista em finanças. “Qualquer mudança no IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] pode provocar uma intervenção do Banco Central para que ela não fuja do controle.”

Da mesma forma, quem trabalha com importação de produtos e insumos deve ter atenção redobrada, pois o dólar tende a subir neste segundo semestre e continuar com viés de alta em 2024, justamente por causa das taxas de juros mais baixas. Isso reduz o interesse de investidores de apostarem no Brasil, o que provoca a diminuição do número da moeda estrangeira por aqui e sua consequente valorização frente ao real.

“Houve um aprendizado significativo por parte das empresas de que os cenários futuros são e continuarão sendo incertos, porque vivemos momentos de turbulência e imprevisibilidade”, diz Fabian Salum, professor titular de estratégia e inovação da Fundação Dom Cabral. “2024 ainda será assim, mas existem sinais que indicam um ano positivo.”

Para que você possa compreender melhor esse complexo cenário macroeconômico e definir os próximos passos do seu negócio em 2024, PEGN preparou uma lista de perguntas e respostas estratégicas que não podem faltar no seu planejamento. Elas ajudarão a avaliar e reduzir os riscos e a tomar as melhores decisões para alcançar metas e retomar o caminho do crescimento.

Para que você possa compreender melhor esse complexo cenário macroeconômico e definir os próximos passos do seu negócio em 2024, PEGN preparou uma lista de perguntas e respostas estratégicas que não podem faltar no seu planejamento. Elas ajudarão a avaliar e reduzir os riscos e a tomar as melhores decisões para alcançar metas e retomar o caminho do crescimento.

Tire suas dúvidas

1. Como posso verificar a saúde econômica do setor em que atuo?
“Há uma série de indicadores-chave, como rentabilidade, margem de lucro, índice de inflação, taxa de juros e rentabilidade sobre o patrimônio, que mostram como está o cenário atual e permitem fazer projeções para o futuro”, afirma Samuel Barros, do Ibmec. “Mas não basta avaliá-los uma única vez. É preciso acompanhar sua evolução ao longo do ano, pois nem sempre a resposta para o dia de hoje serve para o de amanhã.” Caso você não tenha acesso às informações, o especialista em finanças recomenda observar as grandes empresas de capital aberto do setor e checar se houve variação do preço das ações e da receita. Vale também fazer comparações com períodos anteriores para perceber tendências de crescimento ou queda, acompanhar os passos da concorrência e ter atenção a fatores externos, a exemplo da guerra na Ucrânia, que podem provocar o aumento do preço de insumos. Avaliar constantemente seu segmento de atuação é fundamental para ter uma perspectiva clara de como algumas características específicas afetam o negócio.

2. Como blindar meu negócio das oscilações políticas e econômicas do Brasil?
A informação é sua grande aliada, pois, por meio dela, é possível fazer o monitoramento constante de ameaças ao seu empreendimento e ao setor em que atua. Com o grande volume de fake news circulando, é preciso buscar fontes confiáveis, como os grandes e tradicionais veículos de comunicação, que fazem um trabalho sério e profissional. Não basta, porém, somente observar o que está acontecendo à sua volta. “Você precisa ter uma visão mais analítica dos cenários político e econômico”, alerta Salum, da Fundação Dom Cabral. “Questione-se sempre como uma determinada decisão poderá afetar o negócio.” A partir daí fica mais claro definir quais decisões podem ser tomadas para blindá-lo. Acompanhe as notícias da sua cidade, do estado e da federação. Em 2024, por exemplo, acontecerão eleições municipais. Avalie criteriosamente as propostas dos candidatos. Quais delas podem interferir de forma mais intensa no seu setor? Faça parte de entidades patronais para ter representação junto às agências governamentais e aos legisladores e poder influenciar nas decisões políticas, econômicas e novas regulamentações.

3. Há chance de os insumos voltarem a subir?
Essa possibilidade jamais deve ser descartada e tem que estar prevista no planejamento para minimizar seus impactos. Vários fatores podem provocar o aumento do valor dos insumos, como escassez de matéria-prima; aumento da demanda, dos custos de produção e da logística; crises globais e alterações climáticas. “No setor de alimentos, por exemplo, o reajuste maior do preço ocorre por inúmeras razões, entre elas a quebra da safra”, afirma Samuel Barros, do Ibmec. “Nas demais empresas, a elevação do dólar causa um aumento dos custos logísticos por conta do reajuste do preço dos combustíveis e dos insumos importados.” Para se proteger, você pode diversificar seus fornecedores, reduzindo a dependência de uma única empresa. Negociar contratos com duração maior ajuda a garantir preços mais vantajosos. Outras medidas são a formação de um estoque estratégico e a substituição por insumos mais baratos, mas que não afetem a qualidade.

4. É hora de fazer investimentos em novas máquinas ou frentes para o negócio?
Marcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers, responde essa pergunta com outra: “Não ter um determinado equipamento vai beneficiar ou prejudicar seu negócio?”. “Se a máquina for fazer falta, então é hora de adquiri-la”, diz ele, “mas se for para deixá-la ociosa, guarde o dinheiro”. O mesmo raciocínio vale sobre abrir frentes de negócio. Se forem garantir a sobrevivência da empresa ou levá-la à liderança do setor, será hora de investir. E as taxas de juros? Se o investimento proporcionar um ganho maior, que compense a taxa de juros, vá em frente. Do contrário, não entre numa dívida que provavelmente comprometerá o seu caixa. “Se você visa a um retorno rápido, busque crédito rápido com pagamento também rápido”, aconselha Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Caso o investimento tenha como objetivo retorno para médio ou longo prazos, o mesmo deve acontecer com o tipo de financiamento. O ideal não é pagar empréstimo para sobreviver, mas para sair de uma posição para chegar a outra melhor no futuro.

5. Quanto de fundo de reserva devo ter na minha empresa, tendo em vista emergências?
Muitas empresas quebraram durante a pandemia porque não tinham uma reserva financeira para suportar o período em que os negócios ficaram praticamente paralisados. Ter um colchão que permita manter as contas em dia por um determinado período deve ser uma das prioridades para enfrentar não só momentos de crise, mas também para cobrir despesas inesperadas, como o conserto de um equipamento. Ou até mesmo poder apostar em estratégias de crescimento. Também ajudará você a ter mais tranquilidade para lidar com possíveis oscilações do seu fluxo de caixa e ficar menos dependente de empréstimos. “É razoável ter o equivalente a três vezes o valor da estrutura de custos do negócio e mais duas vezes a necessidade de capital de giro”, orienta Barros, do Ibmec. Para Tales Andreassi, da FGV, a reserva não precisa ser exclusivamente de dinheiro guardado no banco: “Pode ser algo em que você investiu e que consiga fazer dinheiro rápido diante de uma necessidade” – um carro, um imóvel ou um terreno, por exemplo.

6. No setor de energia, há chance de retornar a bandeira vermelha?
O risco sempre existe, pois está diretamente ligado às condições climáticas. “Vai depender de como estarão nossos reservatórios de água no próximo ano”, afirma Tales Andreassi, da FGV. “Se estivermos produzindo mais energia do que consumindo, a situação será tranquila; caso contrário, será preciso se preocupar e incluir um possível aumento na conta de luz no planejamento financeiro para o próximo ano.” O sistema de bandeiras vermelha, amarela e verde foi criado em 2015 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para cobrar tarifas adicionais. No caso da bandeira vermelha, existem dois níveis de preços: no patamar 1, é cobrado R$ 6,50 a cada 100 quilowatts consumidos; no 2, para cenários mais graves de escassez de água, esse valor sobe para R$ 9,79. O aumento ocorre devido à necessidade de utilização de outras fontes de geração de energia, como a de usinas termelétricas, que têm custo mais elevado de produção e poluem mais o ambiente. Além de refletir o custo real da geração de energia, serve como uma forma de conscientizar as pessoas em relação ao consumo.

7. Com a desaceleração da inflação, devo reduzir preços ao consumidor?
Muitos empreendedores costumam fazer promoções assim que surge no horizonte a possibilidade de uma queda na inflação. Pode parecer um raciocínio lógico, especialmente se a ideia é aproveitar a oportunidade para alavancar as vendas, mas a estratégia pode trazer mais problemas do que bons resultados. “Essa decisão tem que estar ligada a uma análise da oferta e da demanda”, alerta Fábio Pina, da FecomercioSP. “Mesmo em momentos de desaceleração da inflação, há pessoas que não buscam descontos e estão dispostas a pagar o preço cheio.” Além de reduzir a margem de lucro, o desconto dado sem critério ou mal calculado pode impactar negativamente a marca de um produto e levar o cliente a questionar sua qualidade. Outro efeito é criar no consumidor o hábito de esperar por novas promoções durante todo o ano, o que é inviável para a sustentabilidade de qualquer negócio. Nesse caso, fica mais difícil aumentar o preço de um item quando for necessário, pois o cliente tenderá a não querer pagar o valor maior no futuro. Uma alternativa à redução de preços pode ser incluir brindes aos produtos ou mesmo oferecer serviços complementares, que aumentam o valor percebido.

8. Em que momento devo contratar mais pessoas?
“O critério é saber qual a sua capacidade”, responde de bate-pronto Davi Jerônimo, consultor de negócios do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). “Se você vai crescer 20% e sabe que não conseguirá oferecer um atendimento de qualidade com a equipe atual, então precisará contratar”, exemplifica. O desafio será encontrar talentos prontos para assumirem as vagas. Como há uma lacuna no mercado principalmente para cargos técnicos e de liderança, a solução será investir em treinamento – o que representa um custo a ser previsto no orçamento para o próximo ano. “O conceito de atrair e reter pessoas foi substituído pela alocação de talentos”, afirma Salum, da Fundação Dom Cabral. “Você tem que achar esse recurso humano em qualquer lugar do planeta e disponibilizar alternativas, como trabalho à distância ou aderir ao modelo híbrido”, diz. Essa é outra mudança que precisa ser considerada: muitos profissionais recusam ofertas de emprego hoje porque as empresas resistem em oferecer formas mais flexíveis de trabalho, como o home office. Caso decida rever essa postura, o empreendedor terá que adotar sistemas de monitoramento, criar formas de difundir os valores da organização e estimular o trabalho em equipe.

9. Quando vale contratar vendedores temporários?
Antes de sair contratando pessoas para aumentar a equipe, certifique-se de ser algo realmente necessário. A decisão só fará sentido se estiver previsto no planejamento financeiro um crescimento do negócio que a justifique, pois haverá um impacto na folha de pagamento. “O empresário não pode se dar ao luxo de ter um colaborador ocioso, mesmo que por um período menor”, diz Jerônimo, do Sebrae, “daí a importância de saber avaliar o momento e os picos sazonais de demanda”. Considere se haverá ou não aumento da carga de trabalho e se os novos projetos previstos podem exigir uma equipe maior, mesmo que temporariamente. Em seguida, faça as contas para conhecer os custos envolvidos e ter certeza de que existirão recursos disponíveis. Se a contratação for importante para suportar o aumento das vendas em datas especiais, como Natal, Dia das Mães, dos Pais e dos Namorados, então ela deve ser feita, mas sempre visando ao maior retorno financeiro. Avalie também a possibilidade de terceirizar algumas atividades e a aquisição de tecnologias para automatizar a realização de tarefas repetitivas, que tomam tempo das pessoas. Assim será possível realocá-las para as atividades mais estratégicas e importantes.

10. O que podemos esperar do desempenho do comércio?
Depende do segmento em que você atua. “A tendência é termos uma desaceleração gradativa no segundo semestre e entrarmos em 2024 com uma taxa de crescimento mais baixa”, afirma Pina, da FecomercioSP. “Quem lida com produtos de baixo valor deverá ter um ano melhor do que aqueles que vendem produtos mais duráveis.” Diante de cenários nebulosos, o brasileiro costuma fazer ajustes: por exemplo, em vez de comprar um carro zero, opta por um seminovo. Por essa razão, é tão importante conhecer seu setor de atuação, seu consumidor, se ele está ou não endividado e se existem ameaças externas. “A concorrência do pequeno comércio não é mais a lojinha do lado”, diz ele, “pode estar em qualquer lugar dos Estados Unidos ou da Europa”. Grandes marketplaces, como Shopee e Shein, que têm conquistado os consumidores com preços baixos, continuarão atrativos para quem prioriza a economia.

11. Devo aguardar a queda dos juros para tomar crédito?
Fugir das altas taxas de juros é uma espécie de mantra que deve ser seguido por quem empreende. Pesquisar as várias opções do mercado antes de assinar o contrato de financiamento também. O risco de esperar além do razoável para buscar crédito é não aproveitar uma oportunidade, não se modernizar e perder competitividade em relação à concorrência. Embora as taxas de juros estejam caindo, o ritmo é lento. “Essa tendência deve se manter para 2024, o que ajuda a fazer um planejamento com números próximos da realidade”, diz Davi Jerônimo, do Sebrae. Não deverão ocorrer mudanças drásticas. Portanto, se existir urgência, é hora de arriscar. Considere que o PIB deverá crescer pouco e a taxa de desemprego se manterá estável. Não é o ideal, mas essa perspectiva contribui para que as pessoas consumam um pouco mais e movimentem a economia. Continuará sendo difícil também antecipar recebíveis. “A taxa subiu de 1,2% para 3%, e pegar dinheiro para capital de giro ainda será algo caro”, diz Salum, da Fundação Dom Cabral.

12. É arriscado tomar um empréstimo para fazer investimentos?
“O financiamento sempre vai valer a pena se o ganho for maior do que os juros que a pessoa terá que pagar”, diz Iavelberg, da Blue Numbers. Como as taxas de juros estão caindo, os riscos também diminuem. Você deve ter bem claro os motivos para buscar crédito. Quais são as prioridades e os objetivos? O ideal é que esse recurso seja bem investido, como na aquisição de novas tecnologias, na expansão dos negócios ou em inovação. “O risco maior está justamente em não investir no futuro e ter que enfrentar novos concorrentes que entram no mercado mais preparados e com produtos e serviços mais competitivos”, diz Andreassi, da FGV. Há uma série de linhas oficiais de fomento com juros bem mais baixos do que os praticados pelos bancos tradicionais: BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Pronampe (Programa de Apoio à Pequena e Média Empresa) e o Proex (Programa de Financiamento às Exportações), este destinado a empresas que exportam ou produzem bens destinados ao mercado externo.

13. Quais são as perspectivas para o setor de serviços?
O setor terminou o primeiro semestre deste ano com uma alta de 4,7% em sua atividade econômica, segundo dados do IBGE. Para 2024, esse cenário de alta deverá mudar. “As pessoas estão pisando no freio e, emocionalmente, não vão querer consumir projetos de consultorias e serviços”, diz Salum, da Fundação Dom Cabral. Ele avalia, no entanto, que alguns segmentos terão uma demanda maior no próximo ano, como o de turismo e o de logística. “Embora a queda da Selic tenda a permanecer pequena em 2024, os setores de crédito imobiliário e de veículos se beneficiarão, assim como os segmentos de serviços que os atendem”, afirma Tales Andreassi, da FGV. Essa cadeia é composta pelos setores de design, decoração, terraplanagem, elétrica, hidráulica, locação de equipamentos, corretoras e empresas de avaliação de crédito e de risco, entre outros. Negociar contratos com duração maior ajuda a garantir preços mais vantajosos.

14. Como devo preparar o estoque para eventuais vendas maiores?
Invista em tecnologias para um melhor gerenciamento. Algumas delas permitem o monitoramento em tempo real das mercadorias, o que ajudará a tomar decisões com maior agilidade para a empresa não ficar desabastecida. Negocie uma redução no prazo de entrega dos fornecedores, pois, quando a demanda é crescente, o estoque pode ficar reduzido e você corre o risco de perder vendas. Jerônimo, do Sebrae, recomenda que o empreendedor coloque em prática o conceito de curva ABC, que divide os produtos de acordo com a sua relevância. “Invista em produtos com grande possibilidade de saída rápida, que fazem parte do grupo A”, diz ele. “Lembre-se de que, em geral, 20% dos clientes compram até 80% dos produtos, e eles merecem mais atenção.” Para aumentar as vendas do grupo B e transformá-los em A, faça campanhas de vendas, promoções e degustações para atrair o público e despertar seu interesse. Os do grupo C devem merecer menos atenção, já que não são o carro-chefe das vendas e não terão o mesmo impacto dos demais nos resultados.

15. O que devo esperar da reforma tributária?
Uma das principais propostas é consolidar num único imposto os cinco tributos que atualmente incidem sobre produtos e serviços no Brasil: Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e PIS (Programa de Integração Social). A mudança será gradativa e levará oito anos, de 2026 a 2033. “Muitos empreendedores não observam a agenda de Brasília e ignoram o efeito das tomadas de decisão que ocorrem por lá”, enfatiza Salum, da Fundação Dom Cabral. “Se a reforma tributária for aprovada sem a mudança que o Senado deve fazer no texto base enviado pelos deputados, o prestador de serviços mudará sua faixa de contribuição: quem está no regime tributário do lucro presumido de 15%, por exemplo, pode ir para 25%, o que impactará a precificação do seu serviço”, exemplifica. Alguns setores deverão pagar mais impostos, ao mesmo tempo em que outros poderão sofrer uma diminuição. O texto da reforma tributária foi aprovado em julho pela Câmara dos Deputados em Brasília, passou pelo Senado Federal em novembro e deve ser novamente votado pela Câmara.

FONTE PEGN

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