XX ENCANTA LAFAIETE Madrigal Roda Viva – 25 anos: a força da cultura musical e a vanguarda do festival de corais

Fotos: Juliana Vsconcelos Fotografia

O Festival de Corais “Encanta Lafaiete”, após alguns anos de ausência, volta a acontecer com grande impacto e brio artístico, entre 11 e 29 de outubro, sob a promoção e organização do Madrigal Roda Viva, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura. Foram duas semanas, de muita música, do século 15 aos dias atuais, com a participação de diversos corais de vários gêneros , maestros renomados e músicos talentosos.

Em contraste as aflições de todas as naturezas, que amarguram sobre a terra e à vida, Conselheiro Lafaiete, por meio de seus artistas do teatro; da dança; das folias; do artesanato; das artes plásticas; da música, em sua pluralidade, segue a estrela do encantamento.

Mesmo com o evento sendo transmitido ao vivo, pelas redes sociais – Instagram e Youtube, um excelente público se fez presente aos concertos. A cidade se maravilhou com a multiplicidade exibida pelos coros, saboreando a excelência sonora ofertada pelos artistas que ascenderam nossos palcos.

OUTUBRO ENCANTADO

Concertos para corpo e alma

Em 11 de outubro o Coral Ars Nova da UFMG – BH, um dos mais admiráveis corais do planeta e de trajetória ímpar, presentemente sob a regência do Maestro Lincoln Andrade, conferiu ao público, um vasto repertório, de Schuman a Milton Nascimento, com extraordinária qualidade e competência para transmitir emoções, informações e conhecimentos, assegurando o entendimento da mensagem e entretenimento de auto nível. O Maestro Lincoln deixou a seguinte mensagem: “a experiência de cantar em Lafaiete se resume em alguns pontos: primeiro, cantar na belíssima Matriz Nossa Senhora da Conceição foi um grande privilégio. Outro aspecto interessante foi ouvir o trabalho do maestro Geraldo Vasconcelos com o coro Madrigal Roda Viva, que foi feito com muito cuidado e carinho. Fiquei encantado e bastante impressionado. Além disso, a maneira que o público nos acolheu foi surpreendente. O repertório do Ars Nova é difícil, não fazemos ele simplesmente para agradar. Nós cantamos para ressaltar as habilidades do coro e mostrar importantes obras que não são tão conhecidas. Gostaria de destacar que foi uma honra ter regido um concerto em Conselheiro Lafaiete e espero voltar! Encerra deixando um agradecimento enorme ao público, ao Madrigal Roda Viva, ao Secretário Municipal de Cultura Geraldo Lafayette e ao maestro Geraldo Vasconcelos

Uma semana após, o Coral Canarinhos de Itabirito, sob a regência do Maestro Eric Lana, coloriu a Matriz Nossa Senhora da Conceição, com arranjos muito bem interpretados e alinhados, à performances que afagavam os ouvidos e maravilhavam os olhos. O Canarinhos de Itabirito, é filiado à Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil e já percorreu 10 estados brasileiros e o Chile, ocupando os mais diversos e importantes teatros e casas de espetáculo do Brasil, sob a regência e coordenação artística do maestro Éric Lana e preparação vocal e cênica da professora Thays Simões.

Um momento ímpar se deu pela inclusão do Coral de Meninas e Meninos Cantores do Projeto Roda Moinho, sob a regência do Maestro Geraldo Vasconcelos, De forma alegre e espontânea,

aproximadamente, 40 crianças e adolescentes, promoveram olhos marejados em boa parte do público. O encerramento dessa noite se tornou ainda mais especial para esses jovenzinhos, quando o Maestro Lana, os convidou para se juntarem aos Canarinhos, na canção final. Comovente!

O Maestro Lana disse: ainda estamos sob os encantos do festival. Parabéns por tudo que têm feito e muita força na linda jornada. Muito obrigado por não medirem esforços para nos proporcionar esse inesquecível encontro. Que possamos estar juntos em breve e por repetidas vezes! Sucessos e alegrias!

Na sexta feira, dia 20, o auditório do Solar Barão de Suaçuí, recebeu lotação acima da sua capacidade, para ver o Coral do IFMG de Ouro Preto, regido pela Maestrina Maíra Batista, apresentar, com distinto alinho, um delicioso repertório composto de canções da MPB.

E logo a seguir uma bem sucedida inovação: o show de Elizete Aleixo e Tuca Boelsums, maravilhando os fãs, pela qualidade habitual da dupla, interpretando obras da literatura da MPB e a fascinante poeira do Grupo Queluz de Minas. O Maestro Vasconcelos é categórico: “Elizete, se não está entre as mais famosas tem em si, a marca do encanto, que traz na voz, o abraço sonoro, que arrepia a pele, acaricia os ouvidos mais exigentes e aquece a alma. Ocupa no proscênio nacional, sem nenhum favor, o lugar de uma das mais talentosas intérpretes brasileiras sob a proteção das sagradas cordas da viola do genial Tuca Boelsums, a voz de Elizete consagrou a noite , principalmente na canção “Espelho”.

Na noite seguinte, o Teatro Municipal, acolheu centenas de pessoas para apreciar o consagrado Tom Maior de Mariana, sob a direção artística do Maestro Adeuzi Batista. Foi lindo de ver e ouvir aqueles jovens, levando a sério, com extrema competência, a arte de bem cantar música em alto nível.

E teve mais. A cultura artística de toda a região, de acordo com o Maestro Vasconcelos, foi contemplada com o néctar da música, quando a estupenda Mezzo soprano, Aline Lobão ascendeu o palco do Municipal, para muito além de cantar, esculpir sonoramente, a felicidade nas teias do universo, através de belíssimas canções de grandes compositores, entremeadas, com singeleza e sabedoria, por palavras de empatia, amorosidade e um claro recado de que somos todos, fios de um só tecido .

Um vendaval apaixonante de acordes e melodias, em requinte, devidamente apoiados no arrebatador piano de Paulo Borges, decretou docemente, uma cascata de sentimentos muito intensos, de alegria, prazer, admiração e reverência. Histórico!

Outra extraordinária inovação, foi a inclusão de um recital de violão, na tardezinha de domingo. Pelas mãos e memória de Luís Albanese, o excelente e gabaritado público que tomou as dependências da Igreja de Santo Antônio, pode apreciar obras de alguns dos melhores compositores brasileiros. De forma didática e aprazível, Albanese situou todas as canções, construindo uma deliciosa narrativa da história do violão brasileiro. Certamente, uma experiência que veio para ficar.

A NOITE DE UM MADRIGAL PRATEADO

Na noite do dia 27, a glamourosa e histórica Matriz Nossa Senhora da Conceição, abriu as portas para um público de luxo, afagar o Madrigal Roda Viva. Na plateia, as ilustres presenças de Alex Gomes, Vice Presidente do Conselho de Cultura; Osmir Camilo, integrante do LESMA e Conselho de Cultura; Nathália Kelly, Presidente da Casa do Teatro e também do Conselho de Cultura; Geraldo Lafayette – Secretário de Cultura; a Maestra Juliana Lima – Itaúna e o Maestro Cássio Marcelo – O. Branco, representantes do Comitê de reorganização da Federação Mineira de Corais; a Maestra Fátima Mendonça de Niterói; Hélcio Queirós – AMAR; Padre Geraldo Gabriel – Paroquia N. S. da Conceição, o artesão Wilson de Paula entre outros. Esse último, o responsável pela confecção do Troféu “Maestro Rocha Ferreira.

De acordo com o Maestro Vasconcelos, o coro escolheu entre quase três centenas de canções interpretadas pelo Madrigal, durante seus 25 anos, aquelas que marcaram essa rica trajetória, nos diversos palcos de Lafaiete, pelo Brasil e exterior. O programa foi dividido em três estações intituladas:

1ª estação: Música, divina música…

1. Ave Maria – Tomás Luís de Victoria – Solo: Maria Lúcia da Silva (Contralto); 2. O Magnum Mysterium – Pedro de Cristo; 3. The Lord bless you and keep you – John Rutter; 4. Ave Maria nos seus andores de Vicente Paiva e Jaime Redondo – Arr.: Marcelo Minal. Piano: Éder Tavares

2ª estação: Linguagem de todas as raças…

1. Roll, Jordan roll – Negro spiritual – do filme “12 anos de escravidão” – Solo: Jorge Murilo da Silva (Baixo); 2. O arco-íris – Harold Arlen / Edgar Harburg Arr.: Luiz Henrique Moreira – do filme “O Mágico de Oz”; 3. Manhã de carnaval, de Antônio Mª / Luiz Bonfá / Arr.: João Carlos Kuntz – do filme Orfeu Negro. Violão: Luís Albanese

3ª estação: Na terra, aroma de eternidade!

1.Te quiero – Alberto Favero / Mário Benedetti – Arr.: Liliana Cangiano – Solos: Gabriel Rodrigues Vasconcelos (Barítono) e Juliana Rodrigues Vasconcelos (Soprano); 2. Quem sabe isso quer dizer amor – Márcio e Lô Borges – Arr.: Márcio Pontes Miranda; 3. Sé que volverás – N. Ignativiades / J. Vivianos – Arr.: Neri A Milanez; 4. Caçador de mim -Luiz Carlos Sá & Sérgio Magrão.

O poeta considera que nas estações, “o trem que chega é o mesmo trem da partida”. Nessa estação, embarcaram iluminados ex cantores, entre eles os primeiros passageiros. Aqueles que a 25 anos, deram a partida: Alessandra Lana; Ruth Izabel e Fernando Celso. São os cofundadores do Roda Viva, ao lado do Maestro Vasconcelos e da Soprano Giselda Rodrigues – esta, em procedimentos auxiliares, primeiramente e a seguir como cantora, sendo a mais longeva, em atividade.

Foi uma linda e emocionante viagem, pelos trilhos de Se que volveras; O arco íris e Caçador de mim.

Juntos, cantores e ex cantores, pintaram o “varandão da saudade”, repleto de carinho, beleza, respeito e a certeza de que fazem parte, solidariamente da mesma história, indispensável à vida, do corpo e d’alma.

UM FESTIVAL DE CORAIS

Assim foi a noite de sábado – 28 de dezembro, quando mais uma vez, o Teatro Municipal foi o palco de extraordinárias emoções, vindas de Niterói, RJ – Coral Amantes da Música; de Carandaí – Coral Veritas; de Itaúna – Coral Una Voz; de Ouro Branco – Coral Espírita Vinha de Luz e de João Monlevade – Coral Monlevade para se conectarem ao Madrigal Roda Viva de Conselheiro Lafaiete e juntos embarcar todos os ouvintes a uma emocionante viagem.

Cada coro inventava do palco, uma estação, com notícias de todos os mundos. O Veritas noticiou a cristandade da Itália, na Ave Maria de Stefano Cui; a benevolência da Inglaterra em John Rutter e as contradições amorosas no Rio antigo, em Manhã de carnaval, de Antônio Maria e Luiz Bonfá.

Na segunda estação, a espiritualidade deixou a sua mensagem, nas vozes do Coral Espírita Vinha de Luz, de Ouro Branco, através de canções de profundo sentimento e da Ave Maria de Gounod, em vozes delicadas, apoiadas no exímio violão do Maestro Cássio Marcelo.

Na estação da História, o Coral Una Voz de Itaúna, invocou a memória e escancarou esperança, resistência e fé, nas canções que fotografaram tempos difíceis, do povo brasileiro. Sob a elegante regência da Maestra Juliana Lima, foi possível apreciar um coro firme e muito bem alinhado com as poesias e harmonias de Chico Buarque, Paulo Cesar Pinheiro, Milton Nascimento e outros.

Chegamos na estação da alegria. De Niterói, os “Amantes da Música” que vieram “como uma onda no mar” feito Lulu Santos e cantando “que maravilha” tal qual Jorge Bem Jor, descendo a rua da ladeira que nem “Sá Marina”, com a força da Mulher brasileira em “Madalena” de Ivan Lins. Foi a estação do compromisso com a felicidade e o abraço de uma gente que mesmo na dor, oferece sorriso. Leveza, irreverência e muita descontração, com a qualidade em alta.

A Maestra Fátima Mendonça, expressou com alegria que “…Deus nos concede muitos presentes, grandes oportunidades de conhecer amigos mais chegados que um irmão. Muito obrigada (C. Lafaiete), pelo carinho e acolhida. Amamos tudo! Esperamos retornar o mais breve possível!

Na quinta estação, notícias da terra do aço, onde o canto coral resiste a todas as intempéries. Um coro que nasceu e cresceu com a cidade de João Monlevade. Construiu e permanece escrevendo belas páginas na história da música coral brasileira. Na ocasião ouvimos o “Pai nosso” de Tchaikowski, seguido de duas críticas sociais, dos anos 70, bem humoradas, “O orvalho vem caindo” e “Trem das onze”. A poesia de uma “Canção amiga”, de Carlos Drumond encontrou seu canto, na magnífica composição do Maestro Luciano Mendes, onde piano, um lindo solo bem executado por Márcia Fonseca e um coro bem articulado, transitam sobre diversos planos sonoros magníficos e de atmosfera fascinante, a respaldar o poeta que afirma caminhar por uma rua que passa em muitos países, numa canção que acorda os homens e adormece as crianças.

O Maestro Luciano Lima, ao ser indagado sobre qual é a mensagem do Festival, proferiu: “Lembro-me, agora, de uma frase que me é muito cara: “Se vires um homem cantando, junta-te a ele, porque ele é bom.” Quem disse isso foi o alemão Blumenau, fundador da cidade de mesmo nome, em Santa Catarina. E se muitos homens, mulheres e crianças, de repente, se encontram para cantar? Aí está a magia do encontro de coros. O canto de Itabirito se junta ao de Niterói, Belo Horizonte, Carandaí, João Monlevade, Itaúna, Ouro Preto, Ouro Branco e outros e todos eles se encontram e en-cantam Conselheiro Lafaiete. Jovens, adultos, idosos, crianças liberam as energias que acumulam em suas realidades particulares, agora multiplicadas aqui pois, em música, o resultado é sempre maior que as parcelas somadas. Foi assim que vi: pessoas na rua se abraçando, parabenizando e agradecendo. Por quê? Felicidade, bem-estar indizível físico e psicológico. Idosos que cantam, dançam ao lado de jovens, com a mesma euforia. Que dizer de um senhor, cabeça branca, de bengala na mão, cantando e dançando no meio do Coral Amantes da Música, de Niterói? Que energia é essa que mantém octogenários, sexagenários e jovens cantando no Coral Monlevade, com pujança, alegria, completa saúde vocal, há 60 anos? Música, divina música, linguagem universal (cósmica) que penetra as almas e deixa que cada coração a decodifique como se fosse feita só para uma pessoa! Parabéns, Lafaiete! Parabéns, Geraldo!

Na última estação, encontramos o Madrigal Roda Viva, exibindo na face de seus cantores e cantoras, o suor; a emoção e a certeza de uma linda festa, a perguntar, “quem sabe isso quer dizer amor”? e afirmando na canção universal, TE QUIERO, que juntos somos muito mais.

Ouvindo os Maestros, cantores e significativa parcela do público, o festival, ultrapassou, e muito, as fronteiras do bom entretenimento. Os repertórios apresentados por todos que ascenderam os palcos, continham nas densas, porém ternas harmonias, aliadas à finas e rebuscadas literaturas de muita empatia, um elevado poder de cura. Afinal, “a alegria é resistência, porque ela não se rende. A alegria como potência de vida nos leva a lugares onde a tristeza jamais alcançará”. E a cereja do bolo se fez presente, quando o cerimonial, através da Casa do Teatro, anunciou de surpresa, o Maestro Geraldo Vasconcelos, como o homenageado do FACE – Festival de Artes Cênicas, em 2024. Em tudo, alegrias e encantos, adornados por lágrimas de muita felicidade.

Disse o poeta: “de tudo fica um pouco”. Dessa verdade a extraordinária Aline Lobão, nos concedeu uma mensagem/reflexão, construída no Festival: sou cantora professora de técnicas vocais e gostaria de compartilhar com vocês, como se deu o começo de tudo para mim, em música. Venho da periferia e apesar de vir de uma família com alguma estrutura (moradia e alimentação) , nunca foi muito claro que uma pessoa pobre como eu pudesse ter um futuro mais agradável. Eu era uma garota introvertida, insegura e com poucas expectativas na vida… tudo era inacessível para mim.

Ao observar essas características e até mesmo o quanto eu me isolava mais e mais de crianças e adolescentes da minha faixa etária na época (11 anos), minha mãe me perguntou se eu gostaria de ingressar num coral da Igreja na qual congregávamos em Contagem; eu cantarolava muito e quando estava sozinha em casa, o que eu mais gostava de fazer para além de brincar era cantar e ouvir música, mas até aí eu não sabia que isso era uma profissão, no entanto, logo no primeiro contato com o Coral, com as harmonias entre as vozes, os ensaios e a relação entre os colegas, me vi encontrando meu espaço, meu lugar no mundo.

O Canto Coral é uma prática que orienta a pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais, etnias e culturas a se relacionarem melhor, entendendo a importância da própria voz e da voz do outro , da expressão de cada um como uma importante tecla de um piano, que se se ausenta, percebemos a falta que aquele indivíduo faz. Nos ensina também a lidar com as diferentes vozes e versões para além da música, mas ouvindo os pontos de vista em relação às nossas histórias, nossa cultura, nossos conceitos e pré conceitos enraizados e entender de forma mais ampla que a ARTE, seja na música, no teatro, numa tela de quadro ou de cinema, expressamos o inefável a respeito do passado ou do presente para a construção de ouvidos e indivíduos realmente interessados em ouvir para construir um lugar melhor, COLETIVAMENTE.

Bem como aconteceu comigo, outros cantores de outros lugares, como em Conselheiro Lafaiete, e do Madrigal Roda Viva, puderam entrar em contato com a arte, com a expressão musical e puderam seguir profissionalmente essa carreira que era inacessível a pessoas de baixa renda, e não só a seguir a carreira musical, mas deu e dá suporte ao ser humano de hoje, nesse contexto das experiências cada vez mais fugazes, a parar um pouco para ouvir aquelas coisas sobre as quais não sabemos exprimir mas sentimos e entendemos quando um coral canta. Vida longa ao Madrigal Roda Viva, bem como ao nosso querido camarada Geraldo e à esse movimento lindo e necessário de resistência de se fazer e ouvir música e gerar novas perspectivas de vida!

TROFEU ROCHA FERREIRA: O patrono do Festival

Em meio a tantos tesouros encontrados ao longo da Estrada Real, figura-se o nome de José Maria Rocha Ferreira. Compositor Sacro-erudito, organista, maestro, professor, escritor e jurisconsulto nascido em Conselheiro Lafaiete, quando a cidade ainda se chamava Queluz de Minas.

(…)Rocha Ferreira, espírito profundamente místico, tem na sua obra o rigor da escrita encontrado em J. S. Bach e majestosa religiosidade comparável a Cesar Frank e Gabriel Fauré (…).

Sua obra sacra, composta de missas, cantatas e motetes para duas, quatro e seis vozes, espelha em plenitude, o sentido litúrgico da missa, no rito religioso.

Difundida por vários maestros, dele se encontram partituras no museu de arte sacra de Mariana – MG; no Vaticano e em países da Europa e Costa Ocidental Africana. Sua produção profana, de sabor clássico e romântico, inclui peças para orquestra, piano, coro e solistas e está como obra sacra, na maioria, inédita.

De Lafaiete ainda tivemos participações especiais da Professora Márcia Assis e do Músico Matheus Baeta – Escola Vivace; Léo Cassilhas – Violino; Éder Tavares e Lídia Marzano – Piano.

Os eventos tiveram como palco, a Matriz Nossa Senhora da Conceição, O Solar Barão de Suaçuí, o Teatro Municipal Placidina de Queiróz, a Igreja de Santo Antônio, e o Museu da Estação Ferroviária. A escadaria da Igreja N. S. da Conceição foi o palco escolhido para o encerramento. Antes, no interior da Igreja, o Coral Monlevade, ao término da Missa das 10 horas, cantou com exuberância artística, três composições da erudição internacional, ocasionando aconchego e exultação aos fiéis.

Em seguida, os Corais se uniram à frente da Matriz, onde apresentaram diversos temas do universo da música coral, numa festa onde cada momento de beleza vivido e amado, se tornou uma rica experiência destinada à eternidade. Onde momentos de amor justificaram nossas existências. Encanto e empatia abraçaram sonoramente, a todos. Parafraseando Rubem Alves, o Encanta Lafaiete é uma flor (vigorosa) às margens do penhasco, uma clara possibilidade de esperança. O Festival de Corais ENCANTA LAFAIETE – LEI Nº 4940, DE 17 de abril de 2007, conta com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura, do Jornal CORREIO DE MINAS e da FEMICOR – Federação Mineira de Coros, que intermediou a participação dos Corais

XX ENCANTA LAFAIETE Madrigal Roda Viva – 25 anos: a força da cultura musical e a vanguarda do festival de corais

Fotos: Juliana Vsconcelos Fotografia

O Festival de Corais “Encanta Lafaiete”, após alguns anos de ausência, volta a acontecer com grande impacto e brio artístico, entre 11 e 29 de outubro, sob a promoção e organização do Madrigal Roda Viva, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura. Foram duas semanas, de muita música, do século 15 aos dias atuais, com a participação de diversos corais de vários gêneros , maestros renomados e músicos talentosos.

Em contraste as aflições de todas as naturezas, que amarguram sobre a terra e à vida, Conselheiro Lafaiete, por meio de seus artistas do teatro; da dança; das folias; do artesanato; das artes plásticas; da música, em sua pluralidade, segue a estrela do encantamento.

Mesmo com o evento sendo transmitido ao vivo, pelas redes sociais – Instagram e Youtube, um excelente público se fez presente aos concertos. A cidade se maravilhou com a multiplicidade exibida pelos coros, saboreando a excelência sonora ofertada pelos artistas que ascenderam nossos palcos.

OUTUBRO ENCANTADO

Concertos para corpo e alma

Em 11 de outubro o Coral Ars Nova da UFMG – BH, um dos mais admiráveis corais do planeta e de trajetória ímpar, presentemente sob a regência do Maestro Lincoln Andrade, conferiu ao público, um vasto repertório, de Schuman a Milton Nascimento, com extraordinária qualidade e competência para transmitir emoções, informações e conhecimentos, assegurando o entendimento da mensagem e entretenimento de auto nível. O Maestro Lincoln deixou a seguinte mensagem: “a experiência de cantar em Lafaiete se resume em alguns pontos: primeiro, cantar na belíssima Matriz Nossa Senhora da Conceição foi um grande privilégio. Outro aspecto interessante foi ouvir o trabalho do maestro Geraldo Vasconcelos com o coro Madrigal Roda Viva, que foi feito com muito cuidado e carinho. Fiquei encantado e bastante impressionado. Além disso, a maneira que o público nos acolheu foi surpreendente. O repertório do Ars Nova é difícil, não fazemos ele simplesmente para agradar. Nós cantamos para ressaltar as habilidades do coro e mostrar importantes obras que não são tão conhecidas. Gostaria de destacar que foi uma honra ter regido um concerto em Conselheiro Lafaiete e espero voltar! Encerra deixando um agradecimento enorme ao público, ao Madrigal Roda Viva, ao Secretário Municipal de Cultura Geraldo Lafayette e ao maestro Geraldo Vasconcelos

Uma semana após, o Coral Canarinhos de Itabirito, sob a regência do Maestro Eric Lana, coloriu a Matriz Nossa Senhora da Conceição, com arranjos muito bem interpretados e alinhados, à performances que afagavam os ouvidos e maravilhavam os olhos. O Canarinhos de Itabirito, é filiado à Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil e já percorreu 10 estados brasileiros e o Chile, ocupando os mais diversos e importantes teatros e casas de espetáculo do Brasil, sob a regência e coordenação artística do maestro Éric Lana e preparação vocal e cênica da professora Thays Simões.

Um momento ímpar se deu pela inclusão do Coral de Meninas e Meninos Cantores do Projeto Roda Moinho, sob a regência do Maestro Geraldo Vasconcelos, De forma alegre e espontânea,

aproximadamente, 40 crianças e adolescentes, promoveram olhos marejados em boa parte do público. O encerramento dessa noite se tornou ainda mais especial para esses jovenzinhos, quando o Maestro Lana, os convidou para se juntarem aos Canarinhos, na canção final. Comovente!

O Maestro Lana disse: ainda estamos sob os encantos do festival. Parabéns por tudo que têm feito e muita força na linda jornada. Muito obrigado por não medirem esforços para nos proporcionar esse inesquecível encontro. Que possamos estar juntos em breve e por repetidas vezes! Sucessos e alegrias!

Na sexta feira, dia 20, o auditório do Solar Barão de Suaçuí, recebeu lotação acima da sua capacidade, para ver o Coral do IFMG de Ouro Preto, regido pela Maestrina Maíra Batista, apresentar, com distinto alinho, um delicioso repertório composto de canções da MPB.

E logo a seguir uma bem sucedida inovação: o show de Elizete Aleixo e Tuca Boelsums, maravilhando os fãs, pela qualidade habitual da dupla, interpretando obras da literatura da MPB e a fascinante poeira do Grupo Queluz de Minas. O Maestro Vasconcelos é categórico: “Elizete, se não está entre as mais famosas tem em si, a marca do encanto, que traz na voz, o abraço sonoro, que arrepia a pele, acaricia os ouvidos mais exigentes e aquece a alma. Ocupa no proscênio nacional, sem nenhum favor, o lugar de uma das mais talentosas intérpretes brasileiras sob a proteção das sagradas cordas da viola do genial Tuca Boelsums, a voz de Elizete consagrou a noite , principalmente na canção “Espelho”.

Na noite seguinte, o Teatro Municipal, acolheu centenas de pessoas para apreciar o consagrado Tom Maior de Mariana, sob a direção artística do Maestro Adeuzi Batista. Foi lindo de ver e ouvir aqueles jovens, levando a sério, com extrema competência, a arte de bem cantar música em alto nível.

E teve mais. A cultura artística de toda a região, de acordo com o Maestro Vasconcelos, foi contemplada com o néctar da música, quando a estupenda Mezzo soprano, Aline Lobão ascendeu o palco do Municipal, para muito além de cantar, esculpir sonoramente, a felicidade nas teias do universo, através de belíssimas canções de grandes compositores, entremeadas, com singeleza e sabedoria, por palavras de empatia, amorosidade e um claro recado de que somos todos, fios de um só tecido .

Um vendaval apaixonante de acordes e melodias, em requinte, devidamente apoiados no arrebatador piano de Paulo Borges, decretou docemente, uma cascata de sentimentos muito intensos, de alegria, prazer, admiração e reverência. Histórico!

Outra extraordinária inovação, foi a inclusão de um recital de violão, na tardezinha de domingo. Pelas mãos e memória de Luís Albanese, o excelente e gabaritado público que tomou as dependências da Igreja de Santo Antônio, pode apreciar obras de alguns dos melhores compositores brasileiros. De forma didática e aprazível, Albanese situou todas as canções, construindo uma deliciosa narrativa da história do violão brasileiro. Certamente, uma experiência que veio para ficar.

A NOITE DE UM MADRIGAL PRATEADO

Na noite do dia 27, a glamourosa e histórica Matriz Nossa Senhora da Conceição, abriu as portas para um público de luxo, afagar o Madrigal Roda Viva. Na plateia, as ilustres presenças de Alex Gomes, Vice Presidente do Conselho de Cultura; Osmir Camilo, integrante do LESMA e Conselho de Cultura; Nathália Kelly, Presidente da Casa do Teatro e também do Conselho de Cultura; Geraldo Lafayette – Secretário de Cultura; a Maestra Juliana Lima – Itaúna e o Maestro Cássio Marcelo – O. Branco, representantes do Comitê de reorganização da Federação Mineira de Corais; a Maestra Fátima Mendonça de Niterói; Hélcio Queirós – AMAR; Padre Geraldo Gabriel – Paroquia N. S. da Conceição, o artesão Wilson de Paula entre outros. Esse último, o responsável pela confecção do Troféu “Maestro Rocha Ferreira.

De acordo com o Maestro Vasconcelos, o coro escolheu entre quase três centenas de canções interpretadas pelo Madrigal, durante seus 25 anos, aquelas que marcaram essa rica trajetória, nos diversos palcos de Lafaiete, pelo Brasil e exterior. O programa foi dividido em três estações intituladas:

1ª estação: Música, divina música…

1. Ave Maria – Tomás Luís de Victoria – Solo: Maria Lúcia da Silva (Contralto); 2. O Magnum Mysterium – Pedro de Cristo; 3. The Lord bless you and keep you – John Rutter; 4. Ave Maria nos seus andores de Vicente Paiva e Jaime Redondo – Arr.: Marcelo Minal. Piano: Éder Tavares

2ª estação: Linguagem de todas as raças…

1. Roll, Jordan roll – Negro spiritual – do filme “12 anos de escravidão” – Solo: Jorge Murilo da Silva (Baixo); 2. O arco-íris – Harold Arlen / Edgar Harburg Arr.: Luiz Henrique Moreira – do filme “O Mágico de Oz”; 3. Manhã de carnaval, de Antônio Mª / Luiz Bonfá / Arr.: João Carlos Kuntz – do filme Orfeu Negro. Violão: Luís Albanese

3ª estação: Na terra, aroma de eternidade!

1.Te quiero – Alberto Favero / Mário Benedetti – Arr.: Liliana Cangiano – Solos: Gabriel Rodrigues Vasconcelos (Barítono) e Juliana Rodrigues Vasconcelos (Soprano); 2. Quem sabe isso quer dizer amor – Márcio e Lô Borges – Arr.: Márcio Pontes Miranda; 3. Sé que volverás – N. Ignativiades / J. Vivianos – Arr.: Neri A Milanez; 4. Caçador de mim -Luiz Carlos Sá & Sérgio Magrão.

O poeta considera que nas estações, “o trem que chega é o mesmo trem da partida”. Nessa estação, embarcaram iluminados ex cantores, entre eles os primeiros passageiros. Aqueles que a 25 anos, deram a partida: Alessandra Lana; Ruth Izabel e Fernando Celso. São os cofundadores do Roda Viva, ao lado do Maestro Vasconcelos e da Soprano Giselda Rodrigues – esta, em procedimentos auxiliares, primeiramente e a seguir como cantora, sendo a mais longeva, em atividade.

Foi uma linda e emocionante viagem, pelos trilhos de Se que volveras; O arco íris e Caçador de mim.

Juntos, cantores e ex cantores, pintaram o “varandão da saudade”, repleto de carinho, beleza, respeito e a certeza de que fazem parte, solidariamente da mesma história, indispensável à vida, do corpo e d’alma.

UM FESTIVAL DE CORAIS

Assim foi a noite de sábado – 28 de dezembro, quando mais uma vez, o Teatro Municipal foi o palco de extraordinárias emoções, vindas de Niterói, RJ – Coral Amantes da Música; de Carandaí – Coral Veritas; de Itaúna – Coral Una Voz; de Ouro Branco – Coral Espírita Vinha de Luz e de João Monlevade – Coral Monlevade para se conectarem ao Madrigal Roda Viva de Conselheiro Lafaiete e juntos embarcar todos os ouvintes a uma emocionante viagem.

Cada coro inventava do palco, uma estação, com notícias de todos os mundos. O Veritas noticiou a cristandade da Itália, na Ave Maria de Stefano Cui; a benevolência da Inglaterra em John Rutter e as contradições amorosas no Rio antigo, em Manhã de carnaval, de Antônio Maria e Luiz Bonfá.

Na segunda estação, a espiritualidade deixou a sua mensagem, nas vozes do Coral Espírita Vinha de Luz, de Ouro Branco, através de canções de profundo sentimento e da Ave Maria de Gounod, em vozes delicadas, apoiadas no exímio violão do Maestro Cássio Marcelo.

Na estação da História, o Coral Una Voz de Itaúna, invocou a memória e escancarou esperança, resistência e fé, nas canções que fotografaram tempos difíceis, do povo brasileiro. Sob a elegante regência da Maestra Juliana Lima, foi possível apreciar um coro firme e muito bem alinhado com as poesias e harmonias de Chico Buarque, Paulo Cesar Pinheiro, Milton Nascimento e outros.

Chegamos na estação da alegria. De Niterói, os “Amantes da Música” que vieram “como uma onda no mar” feito Lulu Santos e cantando “que maravilha” tal qual Jorge Bem Jor, descendo a rua da ladeira que nem “Sá Marina”, com a força da Mulher brasileira em “Madalena” de Ivan Lins. Foi a estação do compromisso com a felicidade e o abraço de uma gente que mesmo na dor, oferece sorriso. Leveza, irreverência e muita descontração, com a qualidade em alta.

A Maestra Fátima Mendonça, expressou com alegria que “…Deus nos concede muitos presentes, grandes oportunidades de conhecer amigos mais chegados que um irmão. Muito obrigada (C. Lafaiete), pelo carinho e acolhida. Amamos tudo! Esperamos retornar o mais breve possível!

Na quinta estação, notícias da terra do aço, onde o canto coral resiste a todas as intempéries. Um coro que nasceu e cresceu com a cidade de João Monlevade. Construiu e permanece escrevendo belas páginas na história da música coral brasileira. Na ocasião ouvimos o “Pai nosso” de Tchaikowski, seguido de duas críticas sociais, dos anos 70, bem humoradas, “O orvalho vem caindo” e “Trem das onze”. A poesia de uma “Canção amiga”, de Carlos Drumond encontrou seu canto, na magnífica composição do Maestro Luciano Mendes, onde piano, um lindo solo bem executado por Márcia Fonseca e um coro bem articulado, transitam sobre diversos planos sonoros magníficos e de atmosfera fascinante, a respaldar o poeta que afirma caminhar por uma rua que passa em muitos países, numa canção que acorda os homens e adormece as crianças.

O Maestro Luciano Lima, ao ser indagado sobre qual é a mensagem do Festival, proferiu: “Lembro-me, agora, de uma frase que me é muito cara: “Se vires um homem cantando, junta-te a ele, porque ele é bom.” Quem disse isso foi o alemão Blumenau, fundador da cidade de mesmo nome, em Santa Catarina. E se muitos homens, mulheres e crianças, de repente, se encontram para cantar? Aí está a magia do encontro de coros. O canto de Itabirito se junta ao de Niterói, Belo Horizonte, Carandaí, João Monlevade, Itaúna, Ouro Preto, Ouro Branco e outros e todos eles se encontram e en-cantam Conselheiro Lafaiete. Jovens, adultos, idosos, crianças liberam as energias que acumulam em suas realidades particulares, agora multiplicadas aqui pois, em música, o resultado é sempre maior que as parcelas somadas. Foi assim que vi: pessoas na rua se abraçando, parabenizando e agradecendo. Por quê? Felicidade, bem-estar indizível físico e psicológico. Idosos que cantam, dançam ao lado de jovens, com a mesma euforia. Que dizer de um senhor, cabeça branca, de bengala na mão, cantando e dançando no meio do Coral Amantes da Música, de Niterói? Que energia é essa que mantém octogenários, sexagenários e jovens cantando no Coral Monlevade, com pujança, alegria, completa saúde vocal, há 60 anos? Música, divina música, linguagem universal (cósmica) que penetra as almas e deixa que cada coração a decodifique como se fosse feita só para uma pessoa! Parabéns, Lafaiete! Parabéns, Geraldo!

Na última estação, encontramos o Madrigal Roda Viva, exibindo na face de seus cantores e cantoras, o suor; a emoção e a certeza de uma linda festa, a perguntar, “quem sabe isso quer dizer amor”? e afirmando na canção universal, TE QUIERO, que juntos somos muito mais.

Ouvindo os Maestros, cantores e significativa parcela do público, o festival, ultrapassou, e muito, as fronteiras do bom entretenimento. Os repertórios apresentados por todos que ascenderam os palcos, continham nas densas, porém ternas harmonias, aliadas à finas e rebuscadas literaturas de muita empatia, um elevado poder de cura. Afinal, “a alegria é resistência, porque ela não se rende. A alegria como potência de vida nos leva a lugares onde a tristeza jamais alcançará”. E a cereja do bolo se fez presente, quando o cerimonial, através da Casa do Teatro, anunciou de surpresa, o Maestro Geraldo Vasconcelos, como o homenageado do FACE – Festival de Artes Cênicas, em 2024. Em tudo, alegrias e encantos, adornados por lágrimas de muita felicidade.

Disse o poeta: “de tudo fica um pouco”. Dessa verdade a extraordinária Aline Lobão, nos concedeu uma mensagem/reflexão, construída no Festival: sou cantora professora de técnicas vocais e gostaria de compartilhar com vocês, como se deu o começo de tudo para mim, em música. Venho da periferia e apesar de vir de uma família com alguma estrutura (moradia e alimentação) , nunca foi muito claro que uma pessoa pobre como eu pudesse ter um futuro mais agradável. Eu era uma garota introvertida, insegura e com poucas expectativas na vida… tudo era inacessível para mim.

Ao observar essas características e até mesmo o quanto eu me isolava mais e mais de crianças e adolescentes da minha faixa etária na época (11 anos), minha mãe me perguntou se eu gostaria de ingressar num coral da Igreja na qual congregávamos em Contagem; eu cantarolava muito e quando estava sozinha em casa, o que eu mais gostava de fazer para além de brincar era cantar e ouvir música, mas até aí eu não sabia que isso era uma profissão, no entanto, logo no primeiro contato com o Coral, com as harmonias entre as vozes, os ensaios e a relação entre os colegas, me vi encontrando meu espaço, meu lugar no mundo.

O Canto Coral é uma prática que orienta a pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais, etnias e culturas a se relacionarem melhor, entendendo a importância da própria voz e da voz do outro , da expressão de cada um como uma importante tecla de um piano, que se se ausenta, percebemos a falta que aquele indivíduo faz. Nos ensina também a lidar com as diferentes vozes e versões para além da música, mas ouvindo os pontos de vista em relação às nossas histórias, nossa cultura, nossos conceitos e pré conceitos enraizados e entender de forma mais ampla que a ARTE, seja na música, no teatro, numa tela de quadro ou de cinema, expressamos o inefável a respeito do passado ou do presente para a construção de ouvidos e indivíduos realmente interessados em ouvir para construir um lugar melhor, COLETIVAMENTE.

Bem como aconteceu comigo, outros cantores de outros lugares, como em Conselheiro Lafaiete, e do Madrigal Roda Viva, puderam entrar em contato com a arte, com a expressão musical e puderam seguir profissionalmente essa carreira que era inacessível a pessoas de baixa renda, e não só a seguir a carreira musical, mas deu e dá suporte ao ser humano de hoje, nesse contexto das experiências cada vez mais fugazes, a parar um pouco para ouvir aquelas coisas sobre as quais não sabemos exprimir mas sentimos e entendemos quando um coral canta. Vida longa ao Madrigal Roda Viva, bem como ao nosso querido camarada Geraldo e à esse movimento lindo e necessário de resistência de se fazer e ouvir música e gerar novas perspectivas de vida!

TROFEU ROCHA FERREIRA: O patrono do Festival

Em meio a tantos tesouros encontrados ao longo da Estrada Real, figura-se o nome de José Maria Rocha Ferreira. Compositor Sacro-erudito, organista, maestro, professor, escritor e jurisconsulto nascido em Conselheiro Lafaiete, quando a cidade ainda se chamava Queluz de Minas.

(…)Rocha Ferreira, espírito profundamente místico, tem na sua obra o rigor da escrita encontrado em J. S. Bach e majestosa religiosidade comparável a Cesar Frank e Gabriel Fauré (…).

Sua obra sacra, composta de missas, cantatas e motetes para duas, quatro e seis vozes, espelha em plenitude, o sentido litúrgico da missa, no rito religioso.

Difundida por vários maestros, dele se encontram partituras no museu de arte sacra de Mariana – MG; no Vaticano e em países da Europa e Costa Ocidental Africana. Sua produção profana, de sabor clássico e romântico, inclui peças para orquestra, piano, coro e solistas e está como obra sacra, na maioria, inédita.

De Lafaiete ainda tivemos participações especiais da Professora Márcia Assis e do Músico Matheus Baeta – Escola Vivace; Léo Cassilhas – Violino; Éder Tavares e Lídia Marzano – Piano.

Os eventos tiveram como palco, a Matriz Nossa Senhora da Conceição, O Solar Barão de Suaçuí, o Teatro Municipal Placidina de Queiróz, a Igreja de Santo Antônio, e o Museu da Estação Ferroviária. A escadaria da Igreja N. S. da Conceição foi o palco escolhido para o encerramento. Antes, no interior da Igreja, o Coral Monlevade, ao término da Missa das 10 horas, cantou com exuberância artística, três composições da erudição internacional, ocasionando aconchego e exultação aos fiéis.

Em seguida, os Corais se uniram à frente da Matriz, onde apresentaram diversos temas do universo da música coral, numa festa onde cada momento de beleza vivido e amado, se tornou uma rica experiência destinada à eternidade. Onde momentos de amor justificaram nossas existências. Encanto e empatia abraçaram sonoramente, a todos. Parafraseando Rubem Alves, o Encanta Lafaiete é uma flor (vigorosa) às margens do penhasco, uma clara possibilidade de esperança. O Festival de Corais ENCANTA LAFAIETE – LEI Nº 4940, DE 17 de abril de 2007, conta com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura, do Jornal CORREIO DE MINAS e da FEMICOR – Federação Mineira de Coros, que intermediou a participação dos Corais

Conselheiro Lafaiete, Capital da música Coral

Ao completar 25 anos de uma riquíssima trajetória, o Madrigal Roda Viva, em parceria com a Federação Mineira de Corais, traz a Lafaiete, alguns dos melhores corais, em atividade no Brasil.
De 11 a 29 de outubro, Lafaiete e região poderá apreciar músicas da Renascença aos dias atuais, interpretadas por corais consagrados, como o Coral Monlevade de João Monlevade; Una Voz de Itaúna; Veritas de Carandaí; IFMG de Ouro Preto; Tom Maior de Mariana; Canarinhos de Itabirito; Vinha de Luz de Ouro Branco e na abertura, quarta-feira – dia 11 de outubro, às 19:30 horas, o convidado é o Ars Nova – Coral da UFMG, um dos mais longevos e melhores corais brasileiros em atividade. Desde sua fundação, em 1959, o grupo realizou mais de 1500 apresentações no Brasil e em outros 17 países, além de ter sido premiado em importantes festivais nacionais e internacionais.

Regido pelo maestro Lincoln Andrade desde 2017, o Ars Nova realiza inúmeros concertos em Belo Horizonte, com destaque para a série Banquete de Vozes do Natal, além de diversos concertos feitos em outras cidades de Minas e do Brasil. No dia 11/10/2023, o coral chega a Conselheiro Lafaiete para abrir o festival “Encanta Lafaiete”, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Um de seus objetivos como grupo é mostrar que a música coral pode ser apreciada por todos, fato que é refletido em seu repertório que passará por diversos autores, desde Johannes Brahms, compositor do romantismo alemão, até Milton Nascimento, ícone da música popular mineira e brasileira.
Para inaugurar o festival, o Ars Nova começa com um trecho de “Ein deutsches Requiem”, ou Requiem Alemão, de Johannes Brahms (1833-1897). Brahms foi uma proeminente figura do romantismo alemão e deixou uma obra imensa e diversificada em gêneros musicais.

Em seguida, serão apresentadas duas canções de “Die vier Gesänge” ou As Quatro Canções, que estão entre as melhores canções escritas por Franz Schubert (1797-1828) para coro a quatro vozes e piano.
O próximo momento é preenchido pela memória de Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006), que foi maestro fundador do Ars Nova. Dele, o grupo interpreta o “Gloria”, da “Missa Afro-brasileira de Batuque e Acalanto”. Essa obra celebra o sincretismo religioso e utiliza elementos da cultura afro-brasileira, com texto da liturgia católica romana.

O variado repertório escolhido para o público de Lafaiete continua com a “Suíte Lorca, opus 72” de Einojuhani Rautavaara (1928-2016) e traz quatro poemas curtos de Federico García Lorca (1898-1936), que foram musicados de forma intensa e profunda.
Além disso, o Ars Nova-Coral da UFMG apresenta o diálogo entre a literatura lusitana e a música brasileira com “Liberdade”, um poema lúdico e irreverente de Fernando Pessoa (1888-1935), musicado pelo compositor carioca Ronaldo Miranda (1948), em 1986.
Nessa linha, o coro também propõe um mergulho no universo poético musical de João Guimarães Rosa (1908-1967), com “Barra da Vaca-Sagarana” e “O Galo Cantou”, que foram arranjados por Mauro Rodrigues especialmente para execução pelo Ars Nova.
Para finalizar, o coro cantará um medley especial de músicas da autoria ou interpretadas por Milton Nascimento, organizadas pelo maestro Lincoln Andrade e por Fred Natalino.

O maestro: Lincoln Andrade é natural de Leopoldina-MG, mas foi em Brasília que começou seus estudos em música e iniciou sua carreira como professor e maestro. Possui doutorado em Regência pela University of Kansas (EUA), mestrado em Regência pela University of Wyoming (EUA), e é licenciado em Música pela Universidade de Brasília. Foi professor e diretor do Centro de Educação Profissional/Escola de Música de Brasília e professor assistente premiado na University of Wyoming, na University of Kansas e na Indiana State University (EUA). Atuou como diretor musical do grupo Invoquei o Vocal e regente titular do Madrigal de Brasília. Foi regente assistente do Coro Jovem Comunitário de Kansas City e maestro do Coro Lírico do Teatro Nacional Cláudio Santoro, além de maestro titular do Coral Brasília e do Coral Lírico de Minas Gerais. Recebeu premiações no Festival Internacional de Coros em Atenas (Grécia), em 1994 e 2004. Atualmente, é professor de regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenador e regente do Ars Nova-Coral da UFMG.

Serviço: Inauguração do Festival Encanta Lafaiete com o Ars Nova-Coral da UFMG Regência: Lincoln Andrade ● 10/11/2023, às 19h30 – Matriz Nossa Senhora da Conceição

Conselheiro Lafaiete, Capital da música Coral

Ao completar 25 anos de uma riquíssima trajetória, o Madrigal Roda Viva, em parceria com a Federação Mineira de Corais, traz a Lafaiete, alguns dos melhores corais, em atividade no Brasil.
De 11 a 29 de outubro, Lafaiete e região poderá apreciar músicas da Renascença aos dias atuais, interpretadas por corais consagrados, como o Coral Monlevade de João Monlevade; Una Voz de Itaúna; Veritas de Carandaí; IFMG de Ouro Preto; Tom Maior de Mariana; Canarinhos de Itabirito; Vinha de Luz de Ouro Branco e na abertura, quarta-feira – dia 11 de outubro, às 19:30 horas, o convidado é o Ars Nova – Coral da UFMG, um dos mais longevos e melhores corais brasileiros em atividade. Desde sua fundação, em 1959, o grupo realizou mais de 1500 apresentações no Brasil e em outros 17 países, além de ter sido premiado em importantes festivais nacionais e internacionais.

Regido pelo maestro Lincoln Andrade desde 2017, o Ars Nova realiza inúmeros concertos em Belo Horizonte, com destaque para a série Banquete de Vozes do Natal, além de diversos concertos feitos em outras cidades de Minas e do Brasil. No dia 11/10/2023, o coral chega a Conselheiro Lafaiete para abrir o festival “Encanta Lafaiete”, na Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Um de seus objetivos como grupo é mostrar que a música coral pode ser apreciada por todos, fato que é refletido em seu repertório que passará por diversos autores, desde Johannes Brahms, compositor do romantismo alemão, até Milton Nascimento, ícone da música popular mineira e brasileira.
Para inaugurar o festival, o Ars Nova começa com um trecho de “Ein deutsches Requiem”, ou Requiem Alemão, de Johannes Brahms (1833-1897). Brahms foi uma proeminente figura do romantismo alemão e deixou uma obra imensa e diversificada em gêneros musicais.

Em seguida, serão apresentadas duas canções de “Die vier Gesänge” ou As Quatro Canções, que estão entre as melhores canções escritas por Franz Schubert (1797-1828) para coro a quatro vozes e piano.
O próximo momento é preenchido pela memória de Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006), que foi maestro fundador do Ars Nova. Dele, o grupo interpreta o “Gloria”, da “Missa Afro-brasileira de Batuque e Acalanto”. Essa obra celebra o sincretismo religioso e utiliza elementos da cultura afro-brasileira, com texto da liturgia católica romana.

O variado repertório escolhido para o público de Lafaiete continua com a “Suíte Lorca, opus 72” de Einojuhani Rautavaara (1928-2016) e traz quatro poemas curtos de Federico García Lorca (1898-1936), que foram musicados de forma intensa e profunda.
Além disso, o Ars Nova-Coral da UFMG apresenta o diálogo entre a literatura lusitana e a música brasileira com “Liberdade”, um poema lúdico e irreverente de Fernando Pessoa (1888-1935), musicado pelo compositor carioca Ronaldo Miranda (1948), em 1986.
Nessa linha, o coro também propõe um mergulho no universo poético musical de João Guimarães Rosa (1908-1967), com “Barra da Vaca-Sagarana” e “O Galo Cantou”, que foram arranjados por Mauro Rodrigues especialmente para execução pelo Ars Nova.
Para finalizar, o coro cantará um medley especial de músicas da autoria ou interpretadas por Milton Nascimento, organizadas pelo maestro Lincoln Andrade e por Fred Natalino.

O maestro: Lincoln Andrade é natural de Leopoldina-MG, mas foi em Brasília que começou seus estudos em música e iniciou sua carreira como professor e maestro. Possui doutorado em Regência pela University of Kansas (EUA), mestrado em Regência pela University of Wyoming (EUA), e é licenciado em Música pela Universidade de Brasília. Foi professor e diretor do Centro de Educação Profissional/Escola de Música de Brasília e professor assistente premiado na University of Wyoming, na University of Kansas e na Indiana State University (EUA). Atuou como diretor musical do grupo Invoquei o Vocal e regente titular do Madrigal de Brasília. Foi regente assistente do Coro Jovem Comunitário de Kansas City e maestro do Coro Lírico do Teatro Nacional Cláudio Santoro, além de maestro titular do Coral Brasília e do Coral Lírico de Minas Gerais. Recebeu premiações no Festival Internacional de Coros em Atenas (Grécia), em 1994 e 2004. Atualmente, é professor de regência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), coordenador e regente do Ars Nova-Coral da UFMG.

Serviço: Inauguração do Festival Encanta Lafaiete com o Ars Nova-Coral da UFMG Regência: Lincoln Andrade ● 10/11/2023, às 19h30 – Matriz Nossa Senhora da Conceição

Concertos na Matriz apresenta Lauzin Santos, o mago das cordas

“Me deixa ver a lua e ouça meu violão. Eu lhe mostrarei o mundo”. Palavras do músico Ricardo Quintanilha. É com essa certeza que o Madrigal Roda Viva apresenta o violão de Lauzin Santos, cantor; violonista e regente arranjador. É o espetáculo do próximo Concertos na Matriz, dia 08 de outubro, às 19:30 horas.
Lauzin, após passagem pelo Coral Monlevade, onde também cantaram, a soprano Sylvia Klein, as maestrinas Vandete do Carmo e Andreia Carvalho, o multi-instrumentista Marcelo Pereira, os tenores Pedro Alcântara e Ronivaldo (esse último já participou do Projeto Concertos na Matriz), e tantos outros, entre os quais o Maestro Geraldo Vasconcelos, estudou violão erudito na Fundação Clóvis Salgado. É incansável estudioso e pesquisador dos mistérios do violão;se dedica a lecionar Educação musical e é graduado em licenciatura em música; participou, e participa como cantor; músico; arranjador e regente em trabalhos de relevância para a qualificação da música brasileira.
Ao ouvir Lauzin Santos, podemos afirmar a sua genialidade. Não se sabe onde termina o instrumentista e onde começa o instrumento. É um som que exprime a nobreza da verdade e traz alento para toda espécie de saudade, com vibrações que povoam festivamente, nosso íntimo.
Claramente, Lauzin reescreve, mesmo com a sua identidade genuína, talentos como Paulinho Nogueira, Rafhael Rabelo e principalmente Rosinha de Valença.
Quem comparecer à Matriz, dia 08 de outubro, às 19:30 horas, poderá apreciar a leitura qualificada de obras de compositores consagrados como Tavinho Moura, Celso Adolfo, Caetano Veloso, J. S. Bach etc.

Concertos na Matriz, patrimônio da nossa cultura

E como diria a canção: “teve o seu começo numa festa de São João”. O festivo mês de junho de 2014 acolheu o primeiro Concerto. Imensa plateia se fez presente para contemplar a arte do Trio Amadeus. Uma promoção – idealizada – pelo Madrigal Roda Viva, com indispensável apoio da Paroquia Nossa Senhora da Conceição.
Em 2020 o projeto, a exemplo de todo o mundo, sofreu com a paralisação das atividades, devido à pandemia.
Mesmo com todas as dificuldades, o Madrigal Roda Viva, com o apoio de notáveis empresários do Munícipio e seu entorno, acreditando que “os sonhos não envelhecem”, retomam a caminhada. Fato que ocorreu no dia 23 de julho de 2022, em noite de gala, exatamente com o TRIO AMADEUS.
Enorme público se fez presente para um emocionante espetáculo, que na voz da talentosa, carismática e multi-instrumentista Marcelle Chagas; do majestoso violão e vocal de Fábio e do memorável violino de Rafael, arrebatou a todos. Uma noite cintilante, emoldurada de surpresas que trouxeram lágrimas de exultação, a muitos que fizeram parte daquela plateia privilegiada.
Segundo o Maestro Geraldo Vasconcelos, durante cinco anos de atividades ininterruptas, o Roda Viva trouxe a Conselheiro Lafaiete, as mais variadas concepções
artísticas com sólida projeção no cenário nacional e internacional, sem perder de vista diversos artistas de Lafaiete, que também encantaram: Corais, Madrigais, Orquestras e muitas outras atrações.
Para espetáculos de rara beleza, o público da cidade e região não deixou por menos.
Sempre tomando, em grande número, os espaços da majestosa Matriz, uma plateia plural, integrada por pessoas dos diversos credos, ideologias, posição social etc., se igualava no entretenimento, nas emoções e na apreciação em altíssimo nível, fato frequentemente observado por maestros e outros músicos, acostumados a grandes palcos e plateias no Brasil e no mundo. Vários desses artistas expressaram seu encantamento, dizendo que Lafaiete tem um público de excelência, não apenas em quantidade, mas com qualidade que se distingue, finalizou, o Maestro.

A música fazendo a diferença

De acordo com Geraldo Vasconcelos, um raro e necessário evento está em pauta: a estreia do Coral de Meninos e Meninas do Projeto Roda Moinhos. Um trabalho que está sendo realizado há, aproximadamente, um mês e meio com muito empenho da direção e todos os colaboradores do Projeto. Uma grata maravilha que aponta caminhos e novas perspectivas.
O Concerto tradicionalmente, inicia com a apresentação do Madrigal Roda Viva, sob regência do Maestro Vasconcelos, que na oportunidade vai apresentar uma belíssima canção, da trilha sonora do formidável filme, intitulado “12 anos de escravidão”, além de obras sacras e populares de grandes compositores.
O Madrigal Roda Viva ressalta que a excelência do evento, só é possível graças aos colaboradores, e solicita aos que apreciam a arte, que valorizem os seguimentos que nos apoiam. Nas redes sociais e no Concerto, os nomes dos empreendedores. Afinal, quando compramos um produto ou serviço dessas empresas, estamos investindo em cultura.
Gratidão reiterada ao Pároco, Padre Geraldo Gabriel
Não Perca! 08 de outubro, às 19:30 horas – Matriz Nossa Senhora da Conceição
Somos o Madrigal Roda Viva. Venha cantar com a gente!

De volta: Concertos na Matriz apresenta Trio Amadeus neste sábado (23)

Após dois anos e oito meses, de interrupção, devido ao isolamento social, está de volta o Projeto Concertos na Matriz. Dia 23 de julho de 2022 (sábado), às 20 horas, na Matriz Nossa Senhora da Conceição, uma das mais belas e importantes edificações históricas do patrimônio de Conselheiro Lafaiete.
O Madrigal Roda Viva, responsável pela idealização e promoção do Projeto, traz à cidade, o admirável Trio Amadeus. Grupo, que tem em sua formação Marcelle Reis Chagas (voz, flauta e harpa); Fábio (violão) e Rafael (violino), encanta pelo carisma; pela presença de palco; mas principalmente por sua excelência artística e seu repertório, composto de belíssimas canções, que “falam” diretamente aos corações e mentes de quem os ouve.
O Projeto Concertos na Matriz, estreou em grande estilo, para um extraordinário público, em junho de 2014, exatamente com o Trio. Daí para frente, foram cinco anos continuados, de Concertos com várias formações musicais de alto nível: corais; orquestras; duos; solos; bandas, entre outras, inclusive músicos de Lafaiete e região, sempre para enormes plateias.
Sob as bençãos de Nossa Senhora, o público será contemplado com obras, divididas em dois momentos. O Madrigal Roda Viva, sob a regência do Maestro Geraldo Vasconcelos, fará abreviada abertura, com clássicos da nossa literatura musical e em seguida, entregará o espaço ao Trio Amadeus e seus encantos.
Sem dúvidas, uma oportunidade de rara beleza, à disposição dos amantes da bela arte. Imperdível!

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