6 cidades turísticas de Minas Gerais para você conhecer

m dos estados brasileiros mais famosos pela sua história e cultura, a região mineira do país encanta por sua bagagem secular e belezas naturais: e isso é refletido nas cidades turísticas de Minas Gerais!

Uma série de municípios mineiros atraem visitantes de diversos lugares do Brasil e do mundo para conhecer suas montanhas imponentes, rios cristalinos, culinária sem igual e cidades charmosas.

Minas é um destino turístico imperdível para quem deseja explorar o Brasil em localizações cheias de encantos, histórias e descobertas — todo mundo precisa conhecer!

Além de suas cidades históricas mundialmente famosas, como Ouro Preto e Diamantina, o estado esconde verdadeiros paraísos que aguardam para serem explorados.

Para te ajudar a planejar o próximo roteiro de viagens, o ZAP Imóveis preparou um conteúdo especial: um guia com as principais cidades turísticas de Minas Gerais e suas atrações.

Pronto para conhecer mais sobre essas importantes cidades mineiras?

Acompanhe até o final e boa leitura!

Conheça as principais cidades turísticas de Minas Gerais

Minas Gerais é o quarto estado do Brasil com a maior área territorial, e o segundo em quantidade de habitantes: são mais de 20 milhões de pessoas vivendo nessa que é uma das mais importantes regiões do país.

Seus 853 municípios guardam maravilhas regiões em forma de paisagens impressionantes, experiências autênticas e cidades charmosas, atraindo visitantes em todas as épocas do ano.

Separamos abaixo 7 das principais cidades turísticas de Minas para você conhecer e decidir o destino da sua próxima viagem; acompanhe:

1. Belo Horizonte

Frequentemente chamada de BH, Belo Horizonte é a sexta maior cidade do Brasil em termos de população e uma das mais importantes do país em termos culturais, econômicos e sociais.

Fundada em 1897, foi planejada para ser a capital do estado no lugar de Ouro Preto, devido à sua localização mais central e ao crescimento econômico da região.

Essa é uma cidade que oferece uma mistura única de cultura, gastronomia, natureza e oportunidades econômicas, tornando-se um destino atrativo tanto para visitantes quanto para quem deseja viver e investir na região.

São algumas das atrações da capital mineira:

  • Praça da Liberdade: antiga sede do governo estadual, a praça é um importante centro cultural, abrigando museus como o Museu Mineiro, o Memorial Minas Gerais Vale e o Centro Cultural Banco do Brasil;
  • Conjunto Arquitetônico da Pampulha: uma das obras mais emblemáticas da arquitetura moderna no Brasil, que abriga a Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e o Iate Tênis Clube;
  • Mercado Central: um dos mais tradicionais pontos de comércio da cidade, conhecido por suas barracas de queijos, doces, artesanato e produtos típicos de Minas Gerais;
  • Teatros e espaços culturais: BH possui diversos teatros, como o Palácio das Artes, o Teatro Francisco Nunes e o Teatro Sesc Palladium, além de espaços culturais como o Centro Cultural Minas Tênis Clube e o Centro Cultural UFMG.

2. Congonhas

Congonhas é uma cidade localizada na região central de Minas Gerais, conhecida principalmente por abrigar um dos mais importantes conjuntos de arte barroca do Brasil: o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1985.

A cidade está a cerca de 70 quilômetros de Belo Horizonte e é um destino imperdível para quem aprecia arte sacra, história e arquitetura barroca, além de oferecer uma experiência enriquecedora para os visitantes.

São boas dicas do que fazer na cidade de Congonhas:

  • Museu de Congonhas: localizado próximo ao Santuário, o museu apresenta exposições sobre a arte sacra e a história da região, incluindo peças de Aleijadinho e outros artistas da época;
  • Igreja de Nossa Senhora da Conceição: construída no século XVIII, é outra igreja importante da cidade, com bela arquitetura barroca e elementos decorativos interessantes;
  • Explorar culturas e tradições: Congonhas preserva diversas manifestações culturais e tradicionais, como festas religiosas, folclore, artesanato e culinária típica mineira; os habitantes locais são conhecidos pela hospitalidade e pela valorização das tradições históricas da região.

3. Diamantina

Diamantina é uma cidade histórica localizada no Vale do Jequitinhonha, na região central de Minas Gerais.

Fundada no final do século XVII, a cidade teve seu auge durante o ciclo do ouro e dos diamantes, sendo um importante centro de exploração mineral na época colonial brasileira.

Atualmente, é reconhecida como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO devido à sua rica herança cultural e arquitetônica.

Diamantina é conhecida por suas construções coloniais bem preservadas, ruas de pedra e ladeiras íngremes, que remetem ao período colonial brasileiro. Alguns dos pontos turísticos mais importantes da cidade incluem:

  • Casarões e sobrados históricos: A cidade possui um conjunto arquitetônico impressionante com casarões e sobrados seculares, como o Museu do Diamante, a Casa de Juscelino Kubitschek, a Casa de Chica da Silva, entre outros;
  • Igrejas e capelas: a cidade abriga várias igrejas barrocas, como a Catedral Metropolitana de Santo Antônio, a Igreja do Rosário, a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Capela Imperial, todas com belíssimas obras de arte sacra em seu interior;
  • Passeios culturais: os turistas podem fazer passeios guiados pelas ruas históricas da cidade, conhecer o Mercado Municipal, a Praça Conselheiro Mata, o Chafariz do Rosário, além de participar de festas tradicionais como o Carnaval e a Semana Santa.

4. Ouro Preto

Ouro Preto é uma cidade histórica e culturalmente rica localizada em Minas Gerais.

Fundada no final do século XVII, durante o período colonial, a cidade teve seu auge no século XVIII devido à descoberta de ouro na região, o que lhe conferiu grande prosperidade e importância econômica na época.

Ouro Preto é conhecida por sua arquitetura barroca e neoclássica, representada por igrejas, casarões, museus e monumentos históricos. Alguns dos principais pontos turísticos da cidade são:

  • Igreja de São Francisco de Assis: uma das mais famosas igrejas de Ouro Preto, conhecida por sua arquitetura barroca e pelos magníficos painéis de azulejos de Aleijadinho;
  • Museu da Inconfidência: localizado no antigo prédio da Casa de Câmara e Cadeia, o museu conta a história da Inconfidência Mineira e apresenta obras de arte e documentos históricos;
  • Praça Tiradentes: praça central da cidade, onde se encontra o monumento em homenagem a Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira;
  • Casa dos Contos: antiga casa onde funcionava a tesouraria e a Casa da Moeda, hoje é um museu que abriga exposições sobre a história econômica e cultural de Ouro Preto.

Além de sua rica arquitetura, Ouro Preto também é conhecida por sua vida cultural intensa: a cidade abriga diversas festas e eventos ao longo do ano, como o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, que celebra a música, artes plásticas, teatro e dança.

A região ao redor de Ouro Preto também é rica em belezas naturais, com trilhas, cachoeiras e paisagens montanhosas que atraem os amantes do ecoturismo e das atividades ao ar livre.

5. Mariana

Mariana é uma cidade histórica localizada na região central de Minas Gerais, conhecida por ser uma das mais antigas do estado — foi fundada em 1696 e teve um papel fundamental no ciclo do ouro no Brasil colonial.

Assim como as demais cidades turísticas de Minas Gerais, Mariana possui um rico patrimônio histórico e cultural, com belas construções coloniais, igrejas barrocas e monumentos que remontam à época do Brasil colonial.

Alguns dos pontos turísticos mais importantes incluem:

  • Catedral Basílica da Sé: uma das principais igrejas da cidade, conhecida por sua arquitetura barroca e pela imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da cidade;
  • Museu Arquidiocesano de Arte Sacra: localizado no antigo Palácio dos Bispos, o museu abriga uma coleção de arte sacra, incluindo esculturas, pinturas e objetos litúrgicos.

Mariana também é conhecida por suas festas tradicionais e eventos culturais: destacam-se a Semana Santa, com celebrações religiosas e procissões, e o Festival de Inverno de Mariana, que oferece uma programação variada de música, teatro, dança e exposições de arte.

6. Brumadinho

Brumadinho está localizada a aproximadamente 60 quilômetros de Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, e é o município conhecido por ser o local onde está situado o Instituto Inhotim.

O Instituto Inhotim é um dos maiores centros de arte contemporânea a céu aberto do mundo. Fundado em 2006, ele abriga uma vasta coleção de obras de arte moderna e contemporânea, além de um jardim botânico com espécies raras e exóticas.

Os visitantes podem desfrutar de um passeio único, explorando galerias de arte, esculturas ao ar livre, lagos, trilhas e uma diversidade impressionante de plantas e flores.

O instituto combina arte, natureza e paisagismo de maneira harmoniosa, proporcionando uma experiência cultural e sensorial única!

Além do Inhotim, Brumadinho oferece aos visitantes a oportunidade de explorar a natureza exuberante da região: existem trilhas ecológicas, cachoeiras e áreas de preservação ambiental que podem ser visitadas.

Seu lar em uma das cidades turísticas de Minas Gerais está no ZAP!

Minas é um estado repleto de encantos e surpresas — e essas 6 cidades turísticas de Minas Gerais são apenas uma pequena amostra do que a região tem a oferecer!

Se você está em busca de história, cultura, natureza e gastronomia de qualidade, não deixe de incluir Minas Gerais em sua próxima viagem.

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Perguntas frequentes sobre cidades turísticas de Minas Gerais

Tire eventuais dúvidas sobre o tema aqui no FAQ que preparamos para você:

O que fazer em Minas Gerais?

As diversas cidades mineiras possuem uma série de atrações que agradam aos mais variados perfis de visitantes!

Neste artigo falamos sobre as maravilhas que envolvem explorar cidades históricas como Ouro Preto e Mariana, para conhecer o rico patrimônio histórico e arquitetônico do período colonial brasileiro.

No entanto, também são outras atrações do estado:

  • visitar museus e centros culturais, como o Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte, o Museu do Oratório em Tiradentes e outros espaços culturais que preservam a história e a arte de Minas Gerais;
  • curtir a natureza visitando o Parque Nacional da Serra do Cipó, a Serra da Canastra, o Parque Estadual do Ibitipoca e outras áreas naturais para fazer trilhas, praticar esportes e apreciar a biodiversidade local;
  • degustar a gastronomia mineira, experimentando os pratos típicos como o feijão-tropeiro, o pão de queijo, a tutu de feijão, o leitão à pururuca e os doces tradicionais, como o doce de leite e o queijo minas.

Quais são as cidades mais visitadas em Minas Gerais?

De acordo com dados da Agência Minas, o estado de Minas Gerais é o segundo do Brasil mais procurado por turistas — e as cidades de maior interesse são:

  1. Ouro Preto;
  2. Belo Horizonte;
  3. Diamantina;
  4. Mariana;
  5. Brumadinho.

São ainda outros destinos turísticos famosos na região mineira os municípios de CapitólioTiradentesSão Thomé das Letras e Poços de Caldas.

Onde passear no interior de Minas Gerais?

O interior de Minas Gerais é uma região encantadora para passar férias tranquilas e relaxantes — e, dentro das opções de destinos, destacamos:

  • Araxá;
  • Barbacena;
  • Monte Verde;
  • Serra da Canastra;
  • Serra da Mantiqueira.

Qual é a cidade histórica mais visitada em Minas Gerais?

Dentre os destinos históricos do território mineiro, o município mais visitado é a cidade de Ouro Preto, Patrimônio Histórico da Humanidade e o maior conjunto barroco da arquitetura brasileira.

 

FONTE ZAP IMÓVEIS

Grão Mogol, no norte de Minas, vira exemplo de transformação do turismo

A priorização do turismo e a implementação de políticas públicas de fomento ao setor aumentou o número de visitantes, gerando oportunidades de emprego e renda e tem atraído novos investimentos para o município

Situada na Cordilheira do Espinhaço, Grão Mogol vem se consolidando como um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais. A cidade atrai visitantes de diferentes partes do Brasil, que vivem experiências de enoturismo e de turismo de natureza, admiram as construções históricas e se encantam com as trilhas, cachoeiras, paisagens e espécies endêmicas da flora e da fauna local.

Grão Mogol tornou-se um exemplo de transformação por meio do fomento ao turismo, com a expansão recente no número de visitantes e melhoria na geração de emprego e renda para a população. Essa mudança começou há três anos, quando foi implantado um plano de desenvolvimento e valorização do turismo na cidade.

“Tínhamos um território com muitas potencialidades, a paisagem da Cordilheira do Espinhaço, o parque estadual, o conjunto histórico arquitetônico tombado, as trilhas, cachoeiras, o Presépio Mão de Deus, que é o maior presépio a céu aberto do mundo, o charme das construções em pedra como a Igreja Matriz de Santo Antônio, uma diversidade e atratividade que é rara de se encontrar ao mesmo tempo. Mesmo assim, a população estava desanimada com o turismo”, recorda o Secretário Municipal de Turismo, Ítalo Mendes.

Para “virar o jogo”, relata Mendes, foram iniciadas uma série de ações e parcerias como as firmadas com o Governo do Estado, o Sebrae, o Sesc, o Senac e com agências e operadoras de turismo. O objetivo da mobilização foi realizar um esforço integrado que aproveitasse todo o potencial oferecido por Grão Mogol de modo a estruturar e qualificar o destino para que pudesse ser apresentado como um dos mais imperdíveis de Minas Gerais.

“Foram implementados programas de qualificação e de melhoria da infraestrutura da cidade. Houve um trabalho de divulgação para atrair turistas com maior gasto médio e mais tempo de permanência, interessados em conhecer a natureza, a história e a cultura local e ainda vivenciar as experiências do enoturismo e adquirir peças do nosso artesanato”, descreve o Secretário Municipal de Turismo de Grão Mogol.

Com a soma de esforços por meio das parcerias, houve um crescimento do turismo no município em torno de 20% ao ano e em momentos de alta visitação a taxa de ocupação nos empreendimentos de hospedagem chega a atingir 100%. Mas, o reflexo concreto do fluxo turístico é vivido na economia local, com o crescimento de 50% no número de empregos formais no setor de turismo desde o início da implementação da estratégia. Além disso, Grão Mogol vive a expectativa de atrair novos investimentos nas áreas da hotelaria e gastronomia.

“Mostramos que ao se priorizar o turismo e implementar políticas públicas sérias de incentivo ao setor, é possível atrair turistas que deixam seu dinheiro na cidade, gerando novas oportunidades de trabalho e renda especialmente para os jovens, fazendo com que eles permaneçam no território, ao invés de migrarem para os grandes centros”, observa Mendes. Ele lembra que as inovações realizadas também tiveram o reconhecimento com premiações de boas práticas de políticas públicas.

“Grão Mogol, aposta do turismo nacional”, diz fundador da CVC

Cada vez mais a cidade histórica do Norte de Minas passa a fazer parte dos roteiros e produtos comercializados por operadoras e agências de turismo. O potencial turístico de Grão Mogol é reconhecido por um ícone do setor no país, Guilherme Paulus, fundador da CVC, maior operadora nacional de turismo, que visitou a cidade em 2023.

“Grão Mogol é a próxima grande aposta do turismo nacional. É um local a ser descoberto no Brasil. É uma cidade histórica, bem gostosa, charmosa, que lembra Ouro Preto de anos atrás. Também é quase como uma Serra Gaúcha, que une paisagens deslumbrantes com história. É a cidade dos diamantes e tem investido bastante no turismo”, declarou Guilherme Paulus.

Enxergando a oportunidade apontada pelo fundador da CVC, Nilo Sérgio Lanza, dono de uma operadora de turismo em Brasília (DF), colocou Grão Mogol nas opções de pacotes vendidos por sua empresa, especializada em cicloturismo. A agência oferece viagens de bicicleta para o Brasil, em países da América Latina, América Central e na Europa.

“Vejo Grão Mogol como um expoente no turismo de vilarejo e também do turismo de experiências gastronômicas, histórico, cultural e do turismo de aventura. O município tem todas as condições agregadas para deslanchar e se firmar como um novo destino nacional, em especial, quando se fala no tema cidades históricas”. Avalia Nilo Lanza.

Rio Itacambiraçú faz parte dos atrativos naturais de Grão Mogol (Foto: divulgação)

Para ter certeza de que vale a pena conhecer determinado lugar o melhor mesmo é ouvir a opinião de quem visitou o destino como turista, pois a maioria ainda aposta na recomendação de parentes e amigos para escolher o destino da sua próxima viagem. Em relação a Grão Mogol, o testemunho é dado pelo engenheiro Jorge Luís da Silva, morador de Brasília, que disse que valeu a pena ter percorrido os 850 quilômetros que separam a Capital nacional da pequena cidade no Norte de Minas.

“Estive com minha esposa em Grão Mogol.  É um lugar lindo, parece uma cidade esquecida nas montanhas de Minas, que realmente nos surpreendeu, pelo seu povo acolhedor, a cultura, a gastronomia, as belezas naturais das cachoeiras e montanhas, além da vinícola que nos impressionou bastante, e espero em breve voltar a esta cidade tão acolhedora”, declara. Na opinião de Jorge Luís, a cidade precisa de maior divulgação de suas belezas naturais e históricas, além de promover competições de ciclismo e turismo de aventura. Afirmou ainda que acredita que a iniciativa privada venha investir em pousadas e restaurantes, melhorando a infraestrutura para a recepção dos turistas e promoção de eventos.

Enoturismo, mais uma atração na cidade de Grão Mogol

Um dos empreendimentos que incrementaram o turismo em Grão Mogol foi a Vinícola Vale do Gongo, que oferece passeios agendados, com jantar harmonizado e, claro, degustação do bom vinho produzido na região. O proprietário da vinícola, Alexandre Damasceno Rocha, enaltece o potencial turístico do município.

“Poucas são as cidades, como Grão Mogol, que podem, ao mesmo tempo, oferecer história, arquitetura, cultura, gastronomia e belezas naturais exuberantes”, assinala o empresário. “Aqui, temos tudo isso, aliado ao estilo simples e acolhedor do povo do interior mineiro”, completa.

Damasceno destaca a importância da sua atividade. “O enoturismo é a atividade que mais se desenvolve no mundo. Os países e regiões que souberam investir no enoturismo desenvolveram uma virtuosa cadeia que alimenta um forte mercado em crescimento: hotelaria, gastronomia, passeios em contato com a natureza, dentre outras atividades.” Tudo isso é possível aqui em Grão Mogol.

“Proporcionamos aos visitantes uma sofisticada experiência enogastronômica e sensorial que articula e envolve tudo que há de melhor no terroir da Cordilheira do Espinhaço”, assegura.

 

FONTE PORTAL UAI TURISMO

Historiador derruba mitos sobre personagens da Inconfidência Mineira

André Figueiredo Rodrigues se concentra em figuras históricas pouco exploradas e centra foco no delator de Tiradentes

Inconfidência Mineira, tema recorrente nas escolas, é comumente apresentada de forma simplificada. Essa narrativa, embora útil para a iniciação no assunto, esconde a complexa realidade histórica por trás dos eventos. Figuras como o mártir Tiradentes e o fazendeiro José Silvério dos Reis, frequentemente retratadas como heróis absolutos e traidores irremediáveis, respectivamente, eram indivíduos multifacetados, movidos por diferentes motivações e inseridos em um contexto de tensões e incertezas. Estudos recentes, no entanto, revelam nuances que desafiam a visão maniqueísta tradicional, lançando luz sobre a riqueza e a complexidade desse capítulo fundamental da história brasileira.

O historiador André Figueiredo Rodrigues, professor da Universidade estadual Paulista (Unesp) está entre os pesquisadores que fazem esse trabalho de reconstituição para melhor entender essa parte da História do Brasil. Em 11 de abril de 1789, Silvério dos Reis delatou Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, à Coroa Portuguesa, precipitando o fim da Inconfidência Mineira. “Ele é uma figura controversa. Teve um papel central no desenrolar da Inconfidência, mas pouco sabemos dele para além da pecha de traidor”, diz o especialista. O obscurantismo em torno de Silvério deve-se, antes de mais nada, aos holofotes colocados sobre Tiradentes. “Ao estudar o traidor acabamos diminuindo um pouco o poder do herói. E Tiradentes é simplesmente o herói mais estudado da história do Brasil”, acrescenta Rodrigues.

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Quadro retratando Joaquim Silvério dos Reis, de autoria e período ignorados – (Arquivo Público de Minas Gerais //Reprodução)

Silvério, de fato, é uma figura de muitas nuances. Nascido em Portugal, ele foi atraído ao Brasil pelos relatos de prosperidade. Começou a vida sem posses, mas envolveu-se em uma variedade de atividades, nem sempre legais, que lhe garantiram a tão sonhada ascensão social. Mesmo prosperando, o fazendeiro adquiriu dívidas com a Coroa, o que o fez se juntar aos inconfidentes quando começaram as ameaças da execução da Derrama — cobrança imediata e integral de todos os impostos em atraso. Por muito tempo, acreditou-se que a traição de Silvério dos Reis teria sido estimulada por dificuldades financeiras, mas Rodrigues descarta esta hipótese. “Os documentos mostram que ele era um homem rico e poderia, inclusive, quitar suas dívidas”.

O historiador acredita que a denúncia foi uma decisão estratégica. Ao avaliar os rumos do movimento, Silvério concluiu que era uma questão de tempo para que a conjuração fosse descoberta. Diante disso, resolveu se antecipar. Assim, não perderia o status conquistado a duras penas, se livraria das punições, e ainda poderia ganhar algumas benesses. “Tudo depende do ponto de vista. Para Portugal, Tiradentes é o vilão, enquanto Silvério é o herói. Ele quem manteve o Império português unido e coeso”, acrescenta Rodrigues.

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A casa onde Joaquim Silvério viveu, em São Luís no Maranhão. (André Figueiredo Rodrigues //Reprodução)

Como prêmio pela sua delação, o fazendeiro recebeu o hábito da Ordem de Cristo, 200 mil réis de pensão, o título de fidalgo da Casa Real, foi nomeado tesoureiro-mor da Bula de Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, e teve o sequestro de seus bens, por dívida fiscal no contrato de entradas, suspenso. Em 1795, ainda foi condecorado como Cavaleiro da Ordem de Cristo. Mas, queixando-se de constantes insultos e atentados em virtude de suas decisões, ele deixou o Rio de Janeiro e retornou a Portugal, onde viveu por alguns anos. Quando, por uma reviravolta do destino, a Corte portuguesa transferiu-se para o Rio de Janeiro, ele voltou a viver no país. No entanto, D. João VI enviou-o para viver em São Luís, no Maranhão, onde passou seus anos finais.

Mesmo após a morte, sua péssima reputação no Brasil fez com que uma de nossas figuras mais proeminentes, o duque de Caxias, patrono do exército brasileiro, discretamente ocultasse o parentesco entre os dois: o português era seu tio-avô, informação que não apareceu nas muitas biografias do militar.

Nascido em Guarulhos, Rodrigues foi seduzido pelos confins das Minas Gerais cedo. Ainda na graduação começou a pesquisar o movimento inconfidente, com especial carinho pelos personagens pouco explorados. Uma pesquisa em torno da atuação dos padres mineiros, por exemplo, o fez se deparar com Domingos da Silva dos Santos, irmão pouco conhecido de Tiradentes. Ao contrário do heroico irmão, o padre, que inicialmente liderou uma missão para a catequização de indígenas no interior do Brasil, abandonou o hábito e mudou-se para o Mato Grosso, onde, ao fingir ser advogado, aproximou-se das elites locais. Ao fim, envolve-se em tramoias escusas e acaba acusado de tráfico de diamantes. Preso como o irmão inconfidente, acaba escapando do destino trágico.

Ao pesquisar as mulheres, encontrou Hipólita Jacinta Teixeira de Melo. Ao assumir as posses da família depois do degredo do marido, ela não só garantiu a subsistência de todos como aumentou consideravelmente o patrimônio da família. Para isso, além do avançado tino administrativo, a fazendeira usou de todos os recursos que dispunha para enganar a coroa, subornar fiscais e tramar contra o cunhado. “A inconfidência foi um movimento muito feminino. Principalmente quando olhamos o que acontece com as famílias depois da conjuração. Foram as mulheres que mantiveram tudo de pé”. Há ainda José de Resende Costa Filho e Manuel Rodrigues da Costa, rebeldes condenados que, após serem expulsos, retornaram ao país com discursos ideológicos alinhados aos interesses da metrópole que eles tanto combateram.

Tiradentes não foi encontrado em um sótão pelos guardas do governador, como se supunha. “Ele foi encontrado em uma biblioteca, atrás de um sofá, com um bacamarte na mão. Nada disso vai mudar o mundo, mas nos ajuda a ilustrar tudo melhor”. O mártir também não morreu cabeludo e de barba, como se ilustra, na verdade não há nenhum registro visual dele. Mas é provável que ele tenha morrido careca e com o rosto sem pelos, como era usual entre os condenados à forca. “Meu grande objetivo é mostrar essa inconfidência que ninguém conhece”. Por fim, ao ser questionado se Silvério era herói ou vilão, responde de forma sucinta: “Para mim, vilão, claro. Afinal, eu sou brasileiro”.

 

FONTE VEJA

Fábrica mineira vai produzir 20 milhões de unidades de insulina de longa duração por ano

Medicamento é feito em fábrica de Nova Lima, inaugurada hoje com a presença do presidente Lula

A farmacêutica Biomm terá capacidade de produzir 20 milhões de unidades de insulina glargina em Nova Lima, na Grande BH, por ano. Com investimentos de R$ 800 milhões, a fábrica foi inaugurada nesta sexta-feira (26), em evento que contou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o governo federal, será possível atender a demanda da saúde pública e privada.

A fábrica tem 100 mil metros quadrados de área total, sendo 12 mil de área construída. O local também recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer o envase do produto, que antes era importado da China. No Brasil, 16 milhões de pessoas têm diabetes.

Segundo a ministra da saúde, Nisia Trindade, estima-se que o número de pessoas com diabetes ultrapasse 20 milhões nos próximos 5 anos.

“O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que temos que trabalhar com prevenção, mas em muitos casos não fugiremos da medicação, da insulina e de outros remédios que o SUS já oferece”.

Produzida por meio da técnica de DNA recombinante, a glargina é uma variedade de insulina com duração de até 24 horas, maior que a humana. Pode ser aplicada sem horário predeterminado, e apenas uma vez ao dia, favorecendo um estilo de vida mais flexível aos pacientes, sem uma rotina tão rígida.

Eficaz na redução dos quadros de hipoglicemia, o medicamento pode ser usado por pessoas com diabetes tipos 1 e 2.

De acordo com a Anvisa, “trata-se de importante marco para o Brasil, considerando o retorno da produção nacional de insulinas”.

Diretor presidente da Biomm, Heraldo Carvalho Marchezini comentou sobre a iniciativa da farmacêutica e afirmou que a produção de insulina é apenas o começo. Segundo ele, a empresa tem potencial de produzir outros medicamentos e até começar a exportá-los.

“Iniciamos com a produção da insulina glargina, e temos potencial para a produção de vários outros medicamentos e também podemos ampliar, exportando para outros países sobretudo América Latina”, destacou.

 

FONTE HOJE EM DIA

Tiradentes, tão vivo quanto Elvis?

Deputado questiona morte do inconfidente: “Após seu suposto enforcamento e esquartejamento, Joaquim José da Silva Xavier embarcou para a França”

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) agitou as redes sociais ao questionar a histórica morte de Tiradentes. Segundo o parlamentar, Joaquim José da Silva Xavier não teria sido enforcado, mas escapado para a França e, depois, voltado ao Brasil.

Diz a postagem:

“Tiradentes | Após seu suposto enforcamento e esquartejamento, Joaquim José da Silva Xavier embarcou para a França, onde viveu muito bem, criando até família. Anos depois, voltou ao Brasil, por sugestão de D. João VI, e montou uma “botica”, no Rio de Janeiro.

É curioso que sua existência nunca tenha sido divulgada durante o Brasil Imperial. Naquela época existia imprensa livre e majoritariamente republicana.

A menção à sua figura surge com ares de mito após o Golpe Militar de 1889. Como era alferes, ou tenente, foi convenientemente alçado a herói militar da Independência, ou da República, uma vez que era esse o objetivo dos inconfidentes.

Registros da época atestam sua saída do Brasil antes de sua execução, pois recebeu o perdão real. A Verdade sempre aparece.”

Elvis também não morreu

hoax lembra a crença de muitos fãs de Elvis Presley que creem que o cantor não morreu em 1977, mas que moraria em algum local desconhecido, como uma ilha perdida.

Em tempos de redes sociais, a viralização de conteúdos deste tipo gera engajamento e audiência para os autores e para as plataformas, mesmo que eles sejam sabidamente enganosos ou ofensivos.

Como a postagem não foi feita em 1º de abril e não tem tom irônico, é preciso destacar a verdade histórica. O texto contradiz com os registros históricos.

Historiadores não têm dúvidas sobre a execução de Tiradentes em 1792 como um fato comprovado e sua elevação a herói nacional como um movimento político da República para consolidar o regime.

A morte de Joaquim José da Silva Xavier

Documentos históricos e evidências robustas asseguram a realidade de seu martírio, solidificado na memória nacional e marcado pela data de 21 de abril de 1792, feriado nacional em sua homenagem. Seu nome está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria desde 1992.

A teoria conspiratória postula que Tiradentes teria sido secretamente perdoado e enviado à França, onde viveria tranquilamente até decidir voltar ao Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. No entanto, tal suposição colide frontalmente com registros históricos fidedignos e a lógica das circunstâncias da época.

Primeiro, a ausência de documentos que corroborem a presença de Tiradentes na França ou qualquer outro local após 1792. A história, amplamente documentada por testemunhos e registros oficiais, narra sua execução em praça pública na capital, Rio de Janeiro, onde foi enforcado e posteriormente esquartejado, como era a praxe para crimes de alta traição naquele período.

Infâmia

A morte de Tiradentes foi oficializada com infâmia lançada sobre sua memória e descendentes. Seu sangue foi usado na certidão de óbito. A cabeça foi exposta em Vila Rica (MG) e se perdeu com o tempo, enquanto os restos do corpo foram espalhados pelos locais onde proclamou seus ideais revolucionários. A residência de Tiradentes foi destruída e o chão salgado, para que “nada nascesse lá”.

Além disso, a logística para uma suposta fuga, disfarce e retorno ao Brasil seriam extremamente complexos e improváveis, dado o contexto da vigilância portuguesa e as dificuldades de deslocamento do século XVIII.

O motivo pelo qual Tiradentes teria forjado sua morte também é questionável; ele era um líder do movimento pela independência do Brasil, e a sua execução transformou-o em um ícone de resistência e liberdade.

Silêncio

Outro aspecto a considerar é o silêncio que o cercaria caso estivesse vivo durante o Império do Brasil. Em uma época de imprensa ativa e liberdade de expressão relativamente maior, a ausência de qualquer menção à sua figura sugere que, de fato, ele havia sofrido o destino que a história reconhece.

A influência de Tiradentes como mártir da Inconfidência Mineira é um evento tão arraigado na consciência nacional que tentativas de reescrever sua história encontram um sólido muro de fatos. A conspiração parece ignorar o peso dos documentos históricos que relatam com detalhes sua execução e morte, assim como a importância simbólica de seu legado para a nação.

Em resumo, embora teorias conspiratórias possam provocar curiosidade, a verdade sobre Tiradentes permanece inalterada e corroborada por provas concretas. A história, tal como conhecida e celebrada no feriado de 21 de abril, confirma Tiradentes como uma figura que sacrificou sua vida em prol da independência do Brasil, e não como um sobrevivente de sua própria lenda.

A execução de Tiradentes foi um evento crucial na história brasileira, marcando o início da luta pela independência do país. Que Tiradentes e Elvis descansem em paz.

 

FONTE O ANTAGONISTA

20 fatos para entender quem foi Tiradentes

Conheça melhor sobre uma das primeiras figuras que lutou pela independência do Brasil

Como já é conhecido, o dia 21 de abril é feriado nacional. A data, que no ano de 2024 cai em um domingo, celebra a vida de Tiradentes. E, apesar de ser um feriado famoso e um dos primeiros instituídos no Brasil desde a Proclamação da República, a sua figura principal e seus feitos ainda causam dúvidas em muitas pessoas ao redor do país.

Pensando nisso, trouxemos aqui 20 dos principais fatos da vida de Tiradentes para entender os motivos pelos quais ele precisa continuar sendo lembrado.

Confira 20 fatos sobre Tiradentes

Saiba mais sobre os fatos para saber quem foi Tiradentes

  • O nome verdadeiro de Tiradentes era Joaquim José da Silva Xavier;
  • Ele nasceu no dia 12 de novembro de 1746;
  • O local de nascimento do líder foi na antiga Capitania de Minas Gerais, ainda no Brasil Colonial. Se formos usar a configuração atual do Estado de Minas, seu nascimento foi onde hoje fica a cidade de Ritápolis;
  • O apelido Tiradentes veio pois após ele ter perdido os pais muito cedo e ter passado a exercer várias funções, incluindo a de dentista;
  • Dentre as demais profissões que Tiradentes exerceu está a de militar, minerador e tropeiro;
  • De todas as profissões que teve, a mais estável foi a de alferes, que era uma patente abaixo de tenente na hierarquia militar da época;
  • Ele chegou a fazer parte da tropa que monitorava o Caminho Novo, estrada que ia de Vila Rica em Minas até o Rio de Janeiro;
  • Tiradentes não era um intelectual, mas demonstrava bastante interesse por temas políticos, principalmente pela Constituição dos Estados Unidos;
  • O grande fator da revolta de Tiradentes eram os altos impostos da Coroa Portuguesa, que tirava 20% do ouro que era extraído em Minas Gerais, o famoso quinto;
  • O problema começou a se agravar a partir da década de 1760, quando mesmo com a diminuição da extração, a Coroa Portuguesa seguiu exigindo o quinto;
  • Tiradentes passou a participar de conspirações contra a Coroa a partir da Derrama, medida portuguesa que retirava as posses de quem não pagava os impostos;
  • Tiradentes passou a participar da Inconfidência Mineira, uma das mais fortes conspirações contra o reino de Portugal;
  • Tiradentes foi um dos mais radicais dos inconfidentes;
  • De acordo com o pesquisador Lucas Figueiredo, um de seus objetivos chegou a ser tornar Minas Gerais independente do que hoje é o Brasil;
  • Tiradentes chegou a tramar a morte do governador da Capitania de Minas Gerais, Visconde de Barbacena. O plano só não foi a cabo pois o governante desmantelou o grupo;
  • Tiradentes foi o único que assumiu que participou da conspiração da Inconfidência Mineira;
  • Graças à sua confissão, foi o inconfidente que recebeu a pena mais dura, enforcado, decapitado e esquartejado para que ficasse de lição. Sua morte ocorreu no dia 21 de abril de 1792;
  • Desde a proclamação da república, Tiradentes passou a ser transformado em um herói brasileiro;
  • Suas representações são propositalmente semelhantes à Jesus Cristo, para fortalecer a ideia de que foi um mártir;
  • O samba-enredo “Exaltação À Tiradentes” de 1949 da Escola de Samba Império Serrano se tornou um clássico do samba popular, tendo sido regravado por nomes como Elis Regina, Elza Soares e Chico Buarque.

 

FONTE NSC TOTAL

Na terra de Carlos Drummond, 54 cachoeiras são como poesia divina

No meio do caminho entre Itabira e Belo Horizonte, os distritos de Senhora do Carmo e Ipoema despontam como refúgios repletos de belezas

Terra de Carlos Drummond, o turismo em Itabira se entrelaça com a poesia, revelando belezas naturais que encantam os visitantes. Entre montanhas majestosas e rios serenos, a cidade respira a inspiração do poeta em cada esquina. As paisagens exuberantes refletem a essência lírica de Drummond, transformando cada visita em uma jornada poética pela história e pela natureza. Tanto a sede do município quanto seus distritos, como Ipoema e Senhora do Carmo, o turismo é mais do que uma simples viagem, é uma experiência que nos conecta com a alma do lugar e com a poesia eternizada nas palavras do grande escritor.

Situada na Cordilheira do Espinhaço, os distritos de Itabira são tesouros escondidos que encantam os visitantes com suas paisagens deslumbrantes, cachoeiras exuberantes e uma atmosfera de tranquilidade. Esses destinos turísticos emergentes têm conquistado os corações dos viajantes que buscam uma conexão autêntica com a natureza, e sua popularidade tem crescido nos últimos anos devido à sua beleza singular e à diversidade de atividades oferecidas.

“Itabira possui uma riqueza cultural incrível, resultado da confluência de diferentes influências, incluindo comunidades indígenas, quilombolas e pessoas de diversas origens, atraídas pela mineração. Essa diversidade confere à cidade uma identidade única. Considerando o turismo como uma alternativa econômica sustentável, Itabira possui potencialidades, como o título de Capital Estadual do Tropeirismo e como a terra natal do renomado poeta Carlos Drummond de Andrade. Além disso, a região abriga uma série de atrativos naturais em locais como Ipoema, Senhora do Carmo e Serra dos Alves, proporcionando oportunidades emocionantes para ecoturismo e turismo de aventura. Destaca-se também o projeto em desenvolvimento denominado “Cidade Quilombola”, que visa promover o etnoturismo nas comunidades quilombolas locais. O grande desafio que enfrentamos é integrar todos esses atrativos de forma coesa, permitindo que os visitantes explorem tanto a sede quanto os distritos da cidade, possibilitando uma experiência mais abrangente. Essa integração não apenas enriquecerá a experiência dos turistas, mas também poderá prolongar o tempo de permanência deles na cidade, beneficiando a economia local e fortalecendo ainda mais o potencial turístico de Itabira”, conclui Carolina Peixoto Magalhães, superintendente de comércio e turismo de Itabira.

Cachoeira dos Cristais, com uma queda de aproximadamente 4 metros, é uma das preciosidades na Serra dos Alves
Cachoeira dos Cristais, com uma queda de aproximadamente 4 metros, é uma das preciosidades na Serra dos Alves Roneijober Andrade/Divulgação

O fim das atividades de mineração em Itabira é uma preocupação hoje para moradores e o prefeito Marco Antônio Lage. O turismo pode ser a solução para fortalecer ainda mais a economia: “o turismo tem um papel muito importante para o presente e para o futuro de Itabira. Quando se fala em turismo, não se fala apenas do desenvolvimento econômico ou de atrair mais dinheiro para a cidade. Estamos falando da própria diversificação e da existência de uma nova Itabira no pós-mineração. É um dos eixos que estamos trabalhando muito para fortalecer justamente porque está diretamente ligado ao que a gente pensa para a cidade quando a atividade extrativista chegar ao fim. E temos muitas ferramentas para ter sucesso nesta empreitada, a começar pelo nosso cidadão mais ilustre, que é o poeta Carlos Drummond de Andrade. Depois, toda a história do Tropeirismo e o que Ipoema representa para esta cultura; as belezas naturais dos distritos; a religiosidade; os eventos culturais. Enfim, fomos abençoados e temos os atrativos”, avalia o prefeito

Ao lado da Serra do Cipó

Cânion Boca da Serra oferece vista panorâmica da Serra dos Alves
Cânion Boca da Serra oferece vista panorâmica da Serra dos Alves Roneijober Andrade/Divulgação

Serra do Alves se tornou um destino turístico cada vez mais procurado devido à sua localização privilegiada e à oportunidade de explorar uma natureza exuberante. Além disso, sua proximidade com a renomada Serra do Cipó, conhecida por suas formações rochosas impressionantes e cachoeiras deslumbrantes, tem contribuído para a crescente fama da região como um destino imperdível para os amantes do ecoturismo.

De acordo com o guia Roneijober Andrade, mais conhecido como Ronei, o vilarejo é ponto de chegada dos mochileiros que fazem a travessia oficial do Parque Nacional Serra do Cipó (Alto do Palácio à Serra dos Alves), um percurso de 45 quilômetros. “O povoado parece um presépio, com uma singela capela dedicada a São José, com dezenas de casinhas coloridas ao redor. Logo no início do povoado, há um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) que também é a porta de entrada do Parque Alto do Rio Tanque onde se pode fazer uma trilha de dois quilômetros para visitar as cachoeiras Dois Córregos (também conhecida como cachoeira da Coca-Cola) e a do Marques que também possui um cânion. Próximo ao CAT, cerca de 500 metros, há quedas d’água menores como a cachoeira do Moinho e a do Campo. Outras cachoeiras bem conhecidas em Senhora do Carmo são a do Bongue e a da Boa Vista, situadas em comunidades com o mesmo nome.”, enumera Ronei.

Ao explorar a Serra do Alves, os visitantes têm a oportunidade de se maravilhar com uma série de cachoeiras magníficas, cada uma com sua própria beleza única. A majestosa Cachoeira dos Cristais, com suas águas transparentes e quedas impressionantes, oferece um refúgio tranquilo para aqueles que buscam relaxamento e contemplação. Além das deslumbrantes cachoeiras, a Serra do Alves também é lar de uma variedade impressionante de flora e fauna. Os visitantes têm a oportunidade de explorar trilhas cênicas e desfrutar de vistas panorâmicas de tirar o fôlego, enquanto se maravilham com a diversidade de espécies de plantas e animais.

Entre cânions e serras

Capelinha de São José, local sagrado para peregrinação e eventos culturais da comunidade
Capelinha de São José, local sagrado para peregrinação e eventos culturais da comunidade Roneijober Andrade/Divulgação

Para os turista com mais fôlego, vale uma caminhada de 5 quilômetros até o cânion Boca da Serra, no caminho é possível visitar a cachoeira dos Cristais e, no interior do cânion, a cachoeira da Lucy e uma ponte de pedra esculpida pela natureza, com cerca de dez metros de comprimento. Recomenda-se contratar um guia local para fazer este passeio e evitar ir na ponte de pedra no período chuvoso. Subir no Mirante dos Alves, situado na Serra da Boa Vista, é também uma ótima opção de passeio para quem quer ver algo mais além de cachoeiras. Na cultura, a Festa de Senhora do Carmo, realizada em meados de julho, atrai milhares de romeiros. Vale também uma visita ao Centro de Tradições e conhecer o trabalho das tecelãs locais.

Para os aventureiros, a Serra do Alves oferece uma infinidade de atividades emocionantes, como trilhas, rapel, escalada e observação de pássaros. Os entusiastas da natureza podem se envolver em experiências autênticas, mergulhando na rica cultura local e desfrutando de deliciosas iguarias regionais.

Serviço

Para chegar à Serra do Alves, os visitantes podem seguir pela rodovia MG-129, que oferece acesso direto ao distrito itabirano de Senhora do Carmo, a 108 quilômetros de Belo Horizonte. Uma vez lá, é possível encontrar opções de hospedagem e guias locais que podem auxiliar na exploração das belezas naturais da área.

Onde ficar na Serra dos Alves

Casa da Serra
Pousada Portal da Serra
Pousada Vila Rosa

Poesia natural em Ipoema

Em Morro Redondo, não deixe de ver a escultura "O Destino", com 10 metros de altura, da artista plástica, Vilma Nöel"
Em Morro Redondo, não deixe de ver a escultura “O Destino”, com 10 metros de altura, da artista plástica, Vilma Nöel” Roneijober Andrade/Divulgação

“Como fotógrafo, em 2003 criei uma expedição fotográfica denominada ‘Itabira naturalmente poética’, com objetivo de divulgar as belezas naturais dos dois distritos. Também sou pousadeiro, guia e ativista cultural, ambiental e do turismo”. Com mais de 22 anos como guia em Itabira, Roneijober Andrade promove expedições com foco no ecoturismo na região dos distritos. De acordo com ele, os distritos de Ipoema e Senhora do Carmo estão incrustados no lado ‘Doce’ da Serra do Cipó, já que suas águas vertem-se para a Bacia do Rio Doce, enquanto as do lado de Santana do Riacho, vão correr para o Rio São Francisco.

“Os dois distritos itabiranos são ricos em belezas naturais, prova disso, é que além de parte das terras do Parque Nacional da Serra do Cipó estarem no território de Senhora do Carmo, ainda há o Parque Municipal Alto do Rio Tanque, situado no bucólico vilarejo de Serra dos Alves e o Parque Estadual Mata do Limoeiro além da RPPN dos Borges. Já foram catalogadas 54 cachoeiras nos dois distritos, ainda há cânions, grutas e mirantes no rol dos atrativos naturais”, observa Roneijober.

Em Ipoema,o guia destaca as cachoeiras: Alta, com 110 metros de altura, excelente para prática de cascading (rapel em cachoeiras) e a do Patrocínio Amaro, ideal para banho com seu poço raso, que na época de estiagem fica com as águas quase que douradas. Ambas possuem infraestrutura turísticas com bar e restaurante abertos em finais de semana e feriados. A taxa de visitação Cachoeira Alta é 30 reais e, Patrocínio Amaro, 35 reais, aceitam pix e cartão. Para os adeptos do trekking e ciclistas, uma opção é percorrer as arborizadas e bem cuidadas trilhas do Parque Estadual Mata do Limoeiro. Num trajeto de pouco mais de 4 quilômetros é possível visitar as cachoeiras do Paredão, a do Derrubado e a Cascata do Limoeiro.

“Outro passeio imperdível é o mirante natural Morro Redondo, situado a 1224 metros de altitude do nível do mar. O local proporciona 360 graus de visão de belas montanhas da cordilheira do Espinhaço, no local há o Santuário Senhor do Bonfim, local de peregrinação todo primeiro final de semana de Maio, quando a comunidade comemora o Dia da Santa Cruz. Todos os anos, mais de 500 fiéis encaram os 13 quilômetros de caminhada de Ipoema até o Morro Redondo para os festejos que, além de missa, ocorre às danças e cantigas das Guardas de Marujos e atrações culturais. Outro destaque do local é o monumento “O Destino”, uma escultura de 10 metros de altura feita pela renomada artista plástica, Vilma Nöel”, admira Roneijober.

Outros atrativos

Cachoeira dos Marques

Com aproximadamente 3 metros de altura e de fácil acesso, a Cachoeira dos Marques oferece um convite para um delicioso e relaxante banho em sua grande piscina natural.
Distância: cerca de 3 km
Tempo de caminhada aproximado: 40 minutos

Cânion dos Marques

Os cânions são extensos paredões que foram esculpidos por meio de processos erosivos, principalmente em função das águas e dos ventos, no decorrer de milhões de anos. O Cânion dos Marques, localizado logo após a Cachoeira dos Marques, é uma ótima oportunidade para contemplar de perto esta obra-prima da natureza.
Distância entre a Cachoeira e o Cânion dos Marques: cerca de 500 metros
Tempo de caminhada aproximado: 10 minutos a partir da Cachoeira dos Marques

Cachoeira do Bongue

Em Senhora do Carmo, Cachoeira do Bongue, com cerca de 50 metros de queda d’água, é refúgio de prazer
Em Senhora do Carmo, Cachoeira do Bongue, com cerca de 50 metros de queda d’água, é refúgio de prazer Roneijober Andrade/Divulgação

Com aproximadamente 50 metros de altura e piscinas naturais ótimas para banho, a Cachoeira do Bongue é uma das mais bonitas e majestosas cachoeiras da região. Localizada no Rio Tanque e de fácil acesso, esta cachoeira oferece aos visitantes uma excelente oportunidade de contemplação da natureza.

Distância: cerca de 7 km
Tempo de caminhada aproximado: 1 hora
Tempo de carro aproximado: 30 minutos

Mirante da Serra dos Alves

Conhecida por seu status de mirante natural, a “Pedra da Serra dos Alves”, como é chamada, descortina belas e estonteantes vistas de inúmeros morros que emolduram a nossa região. Um convite para prestigiar um maravilhoso pôr do sol em meio à natureza.
Distância: cerca de 3,5 km
Tempo aproximado de carro até a trilha: 20 minutos
Tempo aproximado até o topo: 30 minutos

Cânion Boca da Serra

Para quem gosta de um pouco mais de aventura, encarar o percurso repleto de surpresas até o Cânion Boca da Serra é uma excelente opção. Subida íngreme, paredões rochosos e pouca sombra fazem parte do cenário. A recompensa? Experimentar sensações únicas com o balanço do capim dourado sob a brisa constante, a vista de 360 graus de inúmeros horizontes, as canelas-de-ema gigantes, a imponência do Cânion Boca da Serra com todo seu tamanho e sua profundidade!

Distância: cerca de 9 km
Tempo aproximado: 2 horas e 30 minutos

Cachoeira dos Cristais

Uma verdadeira preciosidade de águas cristalinas. Prepare-se para se deparar com uma delicada surpresa após percorrer a subida íngreme em direção ao Cânion Boca da Serra. Com queda de aproximadamente 4 metros e delicioso poço para um mergulho refrescante e energizante.
Distância: cerca de 5 km
Tempo de caminhada aproximado: 1 hora e 20 minutos

Museu do Tropeiro

Museu dos Tropeiros, em Ipoema, resgata as tradições dos cavaleiros que exploraram Minas no século 18, Cavalgadas e festas religiosas ocorrem em frente ao local
Museu dos Tropeiros, em Ipoema, resgata as tradições dos cavaleiros que exploraram Minas no século 18, Cavalgadas e festas religiosas ocorrem em frente ao local Roneijober Andrade/Divulgação

Na parte cultural Ipoema se destaca na Estrada Real pelo Museu do Tropeiro, com seu rico acervo responsável por promover, no período de maio a outubro, a tradicional Roda de Viola, sempre sob as bênçãos da Lua cheia. “Neste evento, além de shows de viola caipira, o visitante terá a oportunidade para ver as manifestações culturais da comunidade como as Lavadeiras de Ipoema, Estaladores de Chicote e Trovadores, além das barraquinhas com comidas típicas.Ipoema também abriga um Museu da Pharmacia com acervo de uma família de três gerações de farmacêuticos”, finaliza Roneijober

Onde hospedar em Ipoema

Pousada Ipoema
Pousada Pedra que Brilha
Pousada Quadrado
Pousada Venda de Cima
Pousada Cachoeira Patrocínio Amaro

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Descubra os Caminhos da Liberdade em Minas em 3 novas rotas

A uma semana da Inconfidência Mineira, governo mineiro e Sebrae anunciam roteiros que revelam o quanto o estado é tudo de bom: tem passado, cafezinho e trem

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” A frase de Guimarães Rosa é a síntese perfeita do estado diverso, extenso que se renova, recria e revive a história. A Minas Gerais dos vales, das cachoeiras, das montanhas, dos rios e lagos, dos povoados, da ruralidade e de seus personagens – alguns famosos, outros nem tanto. Há mais de 400 anos, os caminhos trilhados pelos primeiros exploradores das Gerais, em meados do século 17, nunca foram fáceis.

Ao desbravar a mata virgem, o terreno íngreme, escalar montanhas e serras e enfrentar animais perigosos ficaram para trás muitos nessa jornada rumo ao desconhecido. Os que foram adiante, destemidos e com fé, descobriram ouro, diamantes, esmeraldas e sabores e deram vida à identidade genuinamente mineira.
Os caminhos de terra de uma antiga estrada de ferro serão trilhados por ciclistas que buscam na natureza a razão de viver. Passando por túneis, pontilhões e cânions, a região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri renascem como proposta turística. Bem longe desse local, entre campos de trigo, soja e milho, plantações de café estarão abertas para os visitantes apreciarem a iguaria fina produzida no cerrado mineiro. Mais adiante, na ponta do nariz de Minas Gerais, as antigas pegadas de animais pré-históricos conquistaram reconhecimento internacional e, na ‘Terra dos Gigantes’, o desbravador das gerais poderá conhecer como era a fauna na região, de milhares de anos atrás.
Estamos falando das três novas rotas turísticas prioritárias de Minas Gerais, que foram apresentadas nesta segunda-feira(15/3), em São Paulo, durante a World Travel Market (WTM) Latin America – reconhecida como uma das principais feiras de viagem e turismo do setor. As rotas Bahia-Minas, Café do Cerrado Mineiro e Caminhos do Geoparque Uberaba são iniciativas do Sebrae Minas e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), que tem o objetivo de promover o turismo do estado e atrair um número cada vez maior de visitantes interessados em explorar as riquezas naturais, culturais, gastronômicas e históricas que Minas Gerais oferece.

Minas para o mundo

Pode entrar, a casa é sua. Governo de Minas inaugura estande no Feira WTM, em SP, com cafezinho quentinho e, claro, comida mineira, uai!
Pode entrar, a casa é sua. Governo de Minas inaugura estande no Feira WTM, em SP, com cafezinho quentinho e, claro, comida mineira, uai! Saulo Carrillo/ Secult

“A promoção das rotas prioritárias, organizadas pelo Sebrae e em parceria com a Secult, vai ao encontro da nossa proposta de potencializar e fomentar o turismo em Minas Gerais, setor que gera emprego e renda e atrai investidores de todo o mundo. Minas é líder em crescimento turístico no país e as rotas, tenho certeza, serão fundamentais para nos mantermos em primeiro lugar, crescendo até o dobro da média nacional”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

“A participação de Minas Gerais em um dos eventos mais importantes da América Latina não só atrai a atenção dos principais players do setor, mas também estabelece novas conexões comerciais que podem resultar em futuras parcerias, realização de negócios e na contínua promoção do turismo do estado”, diz o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Marcelo de Sousa e Silva reconhece que os encontros com o trade turístico representam uma oportunidade para divulgar e promover os produtos e serviços das duas rotas prioritárias do estado, que vão desde a produção de cafés de excelência do Cerrado Mineiro até os passeios de bicicleta pelos vales do Jequitinhonha e Mucuri. “A intenção é fortalecer a imagem de Minas Gerais como destino turístico diversificado e de experiências únicas, fomentando o desenvolvimento econômico dos territórios e a geração de emprego e renda para a população”, finaliza Marcelo Silva.

Túnel do tempo

O visitante passará por túneis ao fazer o percurso em Teófilo Otoni
O visitante passará por túneis ao fazer o percurso em Teófilo Otoni Maria Laender/Divulgação

Projeto turístico ganha reforço com o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da ferrovia que ligava Minas Gerais ao Sul da BahiaPrepare-se para uma emocionante viagem de bicicleta pelos caminhos que contam mais de 100 anos de história da Estrada de Ferro Bahia-Minas, que um dia conectou Minas Gerais ao mar. Durante o percurso de 340 quilômetros, você terá a oportunidade de vivenciar as paisagens deslumbrantes e a rica cultura dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, pedalando por estradas de terra, passando por comunidades rurais, estações antigas e prédios históricos. Além disso, poderá desfrutar da deliciosa culinária regional, se refrescar em banhos de cachoeira e, quem sabe, apreciar um pôr do Sol embaixo de plantações de cacau.

A Rota Bahia-Minas, eternizada na música Ponta de Areia, na voz de Milton de Nascimento, estará de volta. A estrada da antiga ferrovia que ligava a Bahia a Minas Gerais, foi apresentada durante a WTM Latin América 2024, em São Paulo. O novo circuito turístico, desenvolvido pelo Sebrae Minas, em parceria com diversas instituições públicas e privadas, foi apresentado no Estande Mineiro, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (SECULT) e do Circuito Turístico das Pedras Preciosas. A inclusão da rota como prioritária no estado, fortalece ainda mais o trabalho do Sebrae Minas, realizado desde 2022, para alavancar o turismo e o desenvolvimento econômico local, gerando novas oportunidades de negócios para a região.

Chegadas e partidas

A Rota Bahia-Minas, localizada a 515 quilômetros de Belo Horizonte, é um percurso de cicloturismo com paisagens naturais deslumbrantes, incluindo matas preservadas, montanhas, cachoeiras, pontilhões e túneis centenários. O destino passa por Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas, contando com o apoio de diversas instituições públicas e privadas. O Sebrae Minas promove iniciativas para atrair visitantes, gerar emprego e renda nas cidades ao longo do percurso, como pedais turísticos, capacitação em gestão para pequenos negócios locais e mapeamento de atrativos turísticos.

Ao longo do caminho, você terá a chance de ouvir modas de viola, apreciar a música tradicional da sanfona, assistir às apresentações
das repentistas da Ciranda de Queixada e desfrutar de um teatro musical em uma das mais belas estações da rota – em Francisco Sá. Queijo, cachaça e carne de sol não vão faltar, mas o toque especial e inesquecível será o acolhimento típico das famílias locais, que recebem os ciclistas como velhos amigos ou parentes próximos.

A rota turística oferece a experiência de resgatar a simplicidade e a originalidade que ainda resistem no interior do Brasil – onde a natureza, a história e a hospitalidade encantam desde o aceno na estrada até as animadas conversas acompanhadas de “cafezinho com queijinho e biscoito” ao redor da mesa.

Dicas de roteiros e hospedagens, acesse o site

Cheiro e sabor mineiro

Roteiro oferece imersão exclusiva no terroir dos cafés de origem da Região do Cerrado Mineiro
Roteiro oferece imersão exclusiva no terroir dos cafés de origem da Região do Cerrado Mineiro Região do Cerrado Mineiro/Divulgação

Uma degustação harmonizada de cafés especiais ao pôr do sol, com quitandas mineiras, junto à mata nativa e nascentes, ou em meio ao cafezal. Atividades que podem ser experienciadas na Rota do Café do Cerrado Mineiro, onde os produtores abriram suas porteiras para compartilhar o universo da cadeia produtiva com os turistas. Com a valorização e o crescimento do turismo rural, o Sebrae Minas, em parceria com entidades e instituições locais e da cafeicultura da região, estruturou, junto com os cafeicultores, seis experiências que promovem uma imersão intensa em fazendas, torrefações e cafeterias da primeira Denominação de Origem (DO) de cafés do Brasil.

A Rota Café do Cerrado Mineiro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, foi criada no ano passado, como um destino turístico que une a produção de café de alta qualidade da região – considerada a primeira do país a receber a Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na modalidade Denominação de Origem (DO) – com os atrativos naturais, culturais e gastronômicos locais. O objetivo é valorizar as origens e criar novas oportunidades de negócios ligadas à cadeia produtiva associada ao turismo rural e de experiência.

Nessa rota gastronômica, os turistas têm a oportunidade de conhecer pequenas e grandes fazendas da região, vivenciando, in loco, a produção de cafés de excelência e todo o processo de inovação e tecnologia utilizado pelos produtores locais. Atualmente, oferecem esse serviço as fazendas: Agro Nunes (Nunes Coffe), Bela Vista (Alado Coffee), Rainha da Paz (Famíglia Montanari), Santa Cruz da Vargem Grande (AgroBeloni), além da Cafeteria Dulcerrado by Expocaccer e Coffee Roaster Porto Feliz.

Na feira WTM , os visitantes foram surpreendidos com o espaço dedicado à cozinha mineira. O ambiente destacou a diversidade e a riqueza da culinária típica de Minas como estratégia para fortalecer o setor gastronômico local e impulsionar o turismo no estado. Os visitantes participam de degustações exclusivas dos inconfundíveis cafezinhos especiais da Rota Café do Cerrado Mineiro.

Confira a programação da Rota do Café do Cerrado

Terra de Gigantes

No Geossítio de Peirópolis, em Uberaba, o visitante se encanta com a réplica do dinossauro Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento
No Geossítio de Peirópolis, em Uberaba, o visitante se encanta com a réplica do dinossauro Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento PMU/Divulgação

Desde meados do século passado, o município de Uberaba tem sido alvo de extensas pesquisas devido à sua posição como uma das áreas mais significativas para a paleontologia no Brasil. O local abriga registros fósseis datados de 80 a 66 milhões de anos de idade, tornando-se um dos maiores e mais importantes sítios paleontológicos do país.

Após entrar oficialmente para a rede mundial de parques da Unesco, o Geoparque Uberaba –Terra de Gigantes é o sexto do país e o primeiro da região Sudeste a receber reconhecimento internacional. Com o título, Uberaba passa a fazer parte dos destinos prioritários de Minas Gerais, apoiados pelo Sebrae Minas e Secult, que vão receber incentivos para a estruturação, mapeamento, promoção e qualificação de novos produtos e experiências turísticas.

O projeto Geoparque Uberaba abrange toda a extensão do município, integrando museus, casarões, parques e geossítios que retratam as riquezas geológicas, a herança histórica e a cultura local. Esse projeto vai impulsionar o desenvolvimento regional, valorizando a vocação turística da cidade. Destacam-se os dinossauros que habitaram a região há milhões de anos, abrindo as portas para o turismo ecológico, educativo, científico e de aventuras. O patrimônio geológico de Uberaba ganha destaque mundial com os importantes achados paleontológicos da região.

Outros atrativos

O nome ‘Terra de Gigantes” é uma alusão às três principais identidades históricas e culturais uberabenses, relacionadas ao patrimônio geológico – por abrigar fósseis de dinossauros -, ao potencial agropecuário – Uberaba é reconhecida como capital mundial da raça Zebu -, e por ser a cidade onde viveu o médium Chico Xavier.

Uberaba possui um grande potencial turístico, que vai desde a valorização do artesanato até a preservação do seu patrimônio histórico e cultural. A tradição está presente em todos os cantos da cidade, e a religiosidade é representada por belas igrejas católicas, além do espiritismo, que tem como figura icônica de Chico Xavier. As expressões culturais se manifestam em festas como a folia de reis, o congado, os festivais de viola e catira, e na deliciosa gastronomia, que resgata os costumes locais e valoriza os produtos regionais.

A vocação agropecuária é uma característica marcante de Uberaba desde sua fundação. No entanto, são suas inovações tecnológicas que colocam a cidade em destaque como referência mundial no melhoramento genético e na criação de gado Zebu de elite. Os resultados dessas inovações atraem pecuaristas de todas as partes do mundo. A cidade mineira disponibiliza toda sua infraestrutura de hotéis, clubes, parques, centros de eventos e um calendário repleto de acontecimentos. Assim é Uberaba para o turista: receptiva, calorosa e encantadora, um destino marcante para visitantes do Brasil e do mundo.

 Confira o site oficial do Geoparque Uberaba

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Ampliação da vacina contra a dengue não inclui BH e outras cidades de Minas

A imunização contempla somente os municípios com doses que vencem próximo ao fim de abril

Em uma nota técnica, divulgada na noite dessa quarta-feira (18/4), o Ministério da Saúde informou que estendeu a vacinação contra a dengue para as pessoas de 4 a 59 anos, mas somente em cidades que tenham doses com vencimento próximo a 30 de abril. Esse não é o caso de Belo Horizonte e demais municípios de Minas Gerais.

Segundo a Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o estado não se enquadra na orientação porque os imunizantes das cidades vencem em 30 de junho deste ano. “Está mantida a estratégia de vacinação para o público de 10 a 14 anos”, afirmou.

“A capital recebeu cerca de 49,5 mil doses, com validade até junho de 2024. Até o momento, já foram aplicadas cerca de 47 mil doses. A vacina segue disponível nos centros de saúde e está sendo utilizada para imunizar o público entre 10 e 14 anos”, informou a Prefeitura de Belo Horizonte. No entanto, a capital mineira precisa de mais de 70 mil doses para concluir a vacinação da faixa etária inicial.

Consultados pela reportagem sobre o envio de novas remessas para Belo Horizonte, o Ministério da Saúde respondeu que os critérios de escolha de municípios para o recebimento da 1° dose da vacina Qdenga são: municípios com população igual ou superior a 100 mil, maiores taxas de incidência anual média nos últimos 10 anos, predominância do sorotipo DENV-2, associado à maior incidência de casos graves da doença, e números de caso registrados a partir de julho de 2023.

“Cabe destacar que os demais municípios brasileiros receberão a vacina assim que o Ministério da Saúde tiver mais doses disponíveis”, a pasta comunicou.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Ouro Preto recebe hoje (16) despojos de Bárbara Heliodora, protagonista feminina da Inconfidência Mineira

A poeta e heroína mineira, Bárbara Heliodora, ganhará uma homenagem especial no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. E hoje, acontece a cerimônia de recebimento dos despojos da importante mulher da conjuração mineira. O evento acontece na  Igreja de Nossa Senhora do Carmo, a partir das 18h.

Os restos mortais de Heliodora estavam sepultados em São Gonçalo do Sapucaí e foram exumados no último dia 6. Segundo uma matéria do G1, após séculos de incerteza sobre seu local de sepultamento, sua presença foi confirmada na igreja matriz da cidade de São Gonçalo. Agora, após um século, estão foram devolvidos à mesma igreja em uma caixa, antes de serem levados ao Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. A permanência dos despojos na igreja matriz até hoje, 19 de abril é motivo de orgulho para a família de Bárbara Heliodora, que a considera um exemplo a ser seguido.

Ouro Preto recebe hoje (16) despojos de Bárbara Heliodora
Busto de Bárbara Heliodora em São Gonçalo do Sapucaí. Foto: Reprodução/EPTV

No dia 21, haverá o translado de seus despojos da igreja para o Museu da Inconfidência, lugar em que ela ganhará um destaque entre os inconfidentes.

QUEM FOI BÁRBARA HELIODORA?

Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, uma figura notável na história do Brasil colonial, foi poetisa e ativista durante a Inconfidência Mineira de 1789. Nascida em 1759, na cidade de São João Del Rei, Bárbara teve uma vida marcada por sua participação ativa nos eventos políticos de sua época.

Casou-se com o poeta e advogado Inácio José de Alvarenga Peixoto em 1781. Alvarenga Peixoto, um dos principais articuladores da Inconfidência Mineira, foi posteriormente condenado ao degredo perpétuo na África. Bárbara Heliodora faleceu em 24 de maio de 1819, em São Gonçalo da Campanha do Rio Verde, hoje São Gonçalo do Sapucaí, sendo sepultada na igreja matriz.

Além de seu papel como esposa de um inconfidente, Bárbara Heliodora também é lembrada por seu engajamento pessoal no movimento. Sua influência sobre Alvarenga Peixoto foi destacada por diversos historiadores, que a consideram uma peça-chave na manutenção da convicção e determinação do marido em participar da luta pela independência do Brasil.

Após a descoberta da participação de Alvarenga Peixoto na Inconfidência, Bárbara enfrentou dificuldades e perdas significativas. Seus bens foram confiscados e seu marido foi degredado para Angola, onde veio a falecer. Bárbara Heliodora, então, passou a viver com seus filhos e uma irmã, enfrentando o estigma de ter sido associada a um movimento considerado subversivo pelo governo colonial.

 

FONTE JORNAL GALILÉ

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