Itabirito: Terminal Ferroviário de Bação se aproxima do início de suas atividades após acordo com o MPMG

Nesta quinta-feira (26), um importante passo foi dado para a ativação do Terminal Ferroviário de Bação, situado no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Bação Logística S.A. formalizaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que estabelece uma série de compromissos para a empresa a fim de mitigar os impactos ambientais e culturais de seu empreendimento na zona rural.

O acordo foi intermediado pelo MPMG e pelo Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Essa iniciativa visa minimizar potenciais danos ambientais e impactos ao patrimônio cultural decorrentes do funcionamento do terminal de carga e descarga.

O Terminal Ferroviário de Bação, uma empresa privada, tem como principal objetivo facilitar o transporte de cargas sólidas a granel pela ferrovia MRS Logística S.A. A sua entrada em operação trará inúmeros benefícios para a comunidade, incluindo a criação de cerca de 100 empregos formais. Esse impulso à economia local resultará em uma maior demanda por serviços, contribuindo para a prosperidade da região.

Uma moradora que preferiu não se identificar, por medo de represálias por parte de alguns sitiantes, disse que o terminal vai trazer benefícios direto para quem precisa de emprego em Itabirito. Ela enfatizou que torce para dar certo e, caso haja irregularidade, ela afirma que denunciará aos órgãos competentes. A residente de São Gonçalo do Bação ainda afirmou que o distrito não pode ser liderado por pessoas que só pensam em si mesmas e que, hoje, é possível o terminal funcionar com sustentabilidade e preservação ao meio ambiente.

A Bação Logística demonstra um compromisso sólido com o desenvolvimento sustentável e uma relação positiva com a comunidade local. Antes mesmo do início de suas operações, a empresa investiu em pesquisas, estudos e ações para preservar a qualidade de vida da população. Isso engloba a preservação da qualidade do ar, das águas, da fauna e da flora na região.

Além disso, a empresa estabeleceu laços próximos com a comunidade, enfatizando seus valores e propósitos sólidos. Comprometida com a região, a Bação Logística está ativamente envolvida em iniciativas que promovem o desenvolvimento socioeconômico, bem-estar, cultura e lazer, em parceria com o município.

De acordo com os termos do acordo, a empresa deverá adotar medidas de recuperação para intervenções ambientais já realizadas e não passíveis de regularização no licenciamento ambiental, além de apresentar e executar um Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (PRADA). Também deve demonstrar a total regularidade da Reserva Legal em propriedade rural.

Além dessas ações, a empresa se compromete a pagar R$ 1.748.982,69, quantia que será direcionada para o custeio de projetos socioambientais na região de São Gonçalo do Bação.

MPMG.

O Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado pelo promotor de Justiça Lucas Pardini Gonçalves, da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba, bem como pelos promotores de Justiça Umberto de Almeida Bizzo, Carlos Eduardo Ferreira Pinto e Lucas Marques Trindad, representantes do MPMG.

O acordo representa um passo fundamental em direção à operação do Terminal Ferroviário de Bação, ao mesmo tempo em que atende às preocupações ambientais e culturais da região, evidenciando um compromisso sólido com o desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. O progresso e os detalhes adicionais sobre o projeto serão divulgados à medida que o empreendimento avance.

FONTE SOU NOTÍCIA

Itabirito: Terminal Ferroviário de Bação se aproxima do início de suas atividades após acordo com o MPMG

Nesta quinta-feira (26), um importante passo foi dado para a ativação do Terminal Ferroviário de Bação, situado no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Bação Logística S.A. formalizaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que estabelece uma série de compromissos para a empresa a fim de mitigar os impactos ambientais e culturais de seu empreendimento na zona rural.

O acordo foi intermediado pelo MPMG e pelo Estado de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Essa iniciativa visa minimizar potenciais danos ambientais e impactos ao patrimônio cultural decorrentes do funcionamento do terminal de carga e descarga.

O Terminal Ferroviário de Bação, uma empresa privada, tem como principal objetivo facilitar o transporte de cargas sólidas a granel pela ferrovia MRS Logística S.A. A sua entrada em operação trará inúmeros benefícios para a comunidade, incluindo a criação de cerca de 100 empregos formais. Esse impulso à economia local resultará em uma maior demanda por serviços, contribuindo para a prosperidade da região.

Uma moradora que preferiu não se identificar, por medo de represálias por parte de alguns sitiantes, disse que o terminal vai trazer benefícios direto para quem precisa de emprego em Itabirito. Ela enfatizou que torce para dar certo e, caso haja irregularidade, ela afirma que denunciará aos órgãos competentes. A residente de São Gonçalo do Bação ainda afirmou que o distrito não pode ser liderado por pessoas que só pensam em si mesmas e que, hoje, é possível o terminal funcionar com sustentabilidade e preservação ao meio ambiente.

A Bação Logística demonstra um compromisso sólido com o desenvolvimento sustentável e uma relação positiva com a comunidade local. Antes mesmo do início de suas operações, a empresa investiu em pesquisas, estudos e ações para preservar a qualidade de vida da população. Isso engloba a preservação da qualidade do ar, das águas, da fauna e da flora na região.

Além disso, a empresa estabeleceu laços próximos com a comunidade, enfatizando seus valores e propósitos sólidos. Comprometida com a região, a Bação Logística está ativamente envolvida em iniciativas que promovem o desenvolvimento socioeconômico, bem-estar, cultura e lazer, em parceria com o município.

De acordo com os termos do acordo, a empresa deverá adotar medidas de recuperação para intervenções ambientais já realizadas e não passíveis de regularização no licenciamento ambiental, além de apresentar e executar um Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (PRADA). Também deve demonstrar a total regularidade da Reserva Legal em propriedade rural.

Além dessas ações, a empresa se compromete a pagar R$ 1.748.982,69, quantia que será direcionada para o custeio de projetos socioambientais na região de São Gonçalo do Bação.

MPMG.

O Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado pelo promotor de Justiça Lucas Pardini Gonçalves, da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba, bem como pelos promotores de Justiça Umberto de Almeida Bizzo, Carlos Eduardo Ferreira Pinto e Lucas Marques Trindad, representantes do MPMG.

O acordo representa um passo fundamental em direção à operação do Terminal Ferroviário de Bação, ao mesmo tempo em que atende às preocupações ambientais e culturais da região, evidenciando um compromisso sólido com o desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. O progresso e os detalhes adicionais sobre o projeto serão divulgados à medida que o empreendimento avance.

FONTE SOU NOTÍCIA

MPMG devolve à comunidade documentos históricos de MG dos séculos 18 e 17 recuperados em distrito

A Rádio MP conversou com a historiadora do MPMG Neise Mendes Duarte, bem como com a responsável pelo Arquivo Público Municipal de Ouro Preto e o padre que atua no Arquivo Eclesiástico em Mariana. Eles falam como esse material pode ajudar a contar mais sobre a história de Minas Gerais e do país

Um recibo de pagamento de sisa, assinado pelo bispo Antônio Ferreira Viçoso, referente à compra de uma morada de casas na Rua dos Cortes, datado de 1984, está de volta ao Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana. Assim como um livro de registro de concessão de datas minerais, de 1975. O Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, por sua vez, está em posse agora, de um livro de registro de batismos da Matriz de São Caetano, referentes ao período de 1720 a 1728, além de um termo de compromisso de irmandade, de fevereiro de 1713. 

Mais de 30 documentos que preservam a história de Minas Gerais e do Brasil, muitos deles dos séculos 17 e 18, que estavam sob posse de um particular, foram recuperados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e devolvidos, nesta quinta-feira, 10 de agosto, à população. São materiais que ajudam a contar a nossa história e que, agora, estarão à disposição de pesquisadores e interessados em se aprofundar em informações que contextualizam várias épocas e realidades no país.

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O promotor de Justiça de Mariana Guilherme de Sá Meneghin e a historiadora Neise Mendes Duarte, da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Turístico de Minas Gerais, foram pessoalmente entregar os documentos ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, ao Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana, ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de Mariana, à União Espírita Mineira, ao Arquivo Público Municipal de Ouro Preto. 

Vestida de luvas e máscara, e com todo o cuidado no manuseio de documentação tão frágil, a servidora do MPMG entregou parte do material à entusiasmada Helenice Afonso de Oliveira, responsável pelo acervo do Arquivo de Ouro Preto. Não menos atento às explicações da historiadora, o padre Leandro Ferreira Neves, do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, também formado me História, viu diante de si documentos de relevante significado à igreja e à comunidade.

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Trabalho de recuperação 

A entrega da documentação histórica à comunidade foi resultado de um trabalho iniciado ainda em 2009., quando o professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Marco Antônio Silveira produziu um laudo pericial de documentos localizados na residência de uma moradora do distrito de Passagem de Mariana, vários deles de relevante valor histórico e interesse público.  

Em 2017, a 1ª Promotoria de Justiça de Mariana instaurou Inquérito Civil para investigar extravio dos documentos, o qual apurou que a detentora do material havia recebido ele de herança do pai, vários deles de domínio público, conforme apontado no laudo produzido pelo professor. Em 2019, o MPMG ajuizou ação requerendo a devolução desses documentos. Em junho de 2022, entretanto, foi celebrado um acordo com a ré, homologado pela Justiça, por meio do qual ela concordou em entregar os documentos indicados a perito indicado pelo MPMG. 

Ajuda da população 

Qualquer cidadão pode colaborar com a recuperação e devolução de bens históricos e culturais pertencentes à comunidade. Iniciativa do MPMG, o Sistema de Objetos Mineiros Desaparecidos, Recuperados e Restituídos (Somdar) apresenta uma lista contendo a situação dos bens móveis e integrados monitorados pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural e instituições parceiras. 

O interessado em ajudar pode incluir no sistema informação adicional aos bens cadastrados ou informar um fato ou situação irregular de que tenha conhecimento, como o desaparecimento de um bem, a localização de um bem desaparecido, a comercialização ilegal de bens ou o mal estado de conservação de acervos documentais. 

Acesse aqui o Somdar

Neste ano, o MPMG também lançou a campanha “Boa fé: ao patrimônio o que é do patrimônio”. O objetivo é estimular a devolução voluntária de bens que integram o patrimônio cultural do estado, por meio de ações de educação, conscientização e incentivo à restituição de bens culturais aos locais de origem.  

Qualquer pessoa, física ou jurídica, que detenha bens culturais de fruição coletiva, que, por qualquer motivo, tenham sido retirados do seu local de origem, pode participar. Trata-se de uma atuação negocial, resolutiva, voltada a evitar a deflagração de ações judiciais e a busca e apreensão dos objetos.   

Acesse aqui a cartilha da campanha Boa fé 

FONTE MPMG

MPMG devolve à comunidade documentos históricos de MG dos séculos 18 e 17 recuperados em distrito

A Rádio MP conversou com a historiadora do MPMG Neise Mendes Duarte, bem como com a responsável pelo Arquivo Público Municipal de Ouro Preto e o padre que atua no Arquivo Eclesiástico em Mariana. Eles falam como esse material pode ajudar a contar mais sobre a história de Minas Gerais e do país

Um recibo de pagamento de sisa, assinado pelo bispo Antônio Ferreira Viçoso, referente à compra de uma morada de casas na Rua dos Cortes, datado de 1984, está de volta ao Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana. Assim como um livro de registro de concessão de datas minerais, de 1975. O Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, por sua vez, está em posse agora, de um livro de registro de batismos da Matriz de São Caetano, referentes ao período de 1720 a 1728, além de um termo de compromisso de irmandade, de fevereiro de 1713. 

Mais de 30 documentos que preservam a história de Minas Gerais e do Brasil, muitos deles dos séculos 17 e 18, que estavam sob posse de um particular, foram recuperados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e devolvidos, nesta quinta-feira, 10 de agosto, à população. São materiais que ajudam a contar a nossa história e que, agora, estarão à disposição de pesquisadores e interessados em se aprofundar em informações que contextualizam várias épocas e realidades no país.

EntregaDocsHistoricos_NOTICIA_DSC_5441.jpg

O promotor de Justiça de Mariana Guilherme de Sá Meneghin e a historiadora Neise Mendes Duarte, da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico e Turístico de Minas Gerais, foram pessoalmente entregar os documentos ao Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, ao Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana, ao Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de Mariana, à União Espírita Mineira, ao Arquivo Público Municipal de Ouro Preto. 

Vestida de luvas e máscara, e com todo o cuidado no manuseio de documentação tão frágil, a servidora do MPMG entregou parte do material à entusiasmada Helenice Afonso de Oliveira, responsável pelo acervo do Arquivo de Ouro Preto. Não menos atento às explicações da historiadora, o padre Leandro Ferreira Neves, do Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana, também formado me História, viu diante de si documentos de relevante significado à igreja e à comunidade.

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Trabalho de recuperação 

A entrega da documentação histórica à comunidade foi resultado de um trabalho iniciado ainda em 2009., quando o professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Marco Antônio Silveira produziu um laudo pericial de documentos localizados na residência de uma moradora do distrito de Passagem de Mariana, vários deles de relevante valor histórico e interesse público.  

Em 2017, a 1ª Promotoria de Justiça de Mariana instaurou Inquérito Civil para investigar extravio dos documentos, o qual apurou que a detentora do material havia recebido ele de herança do pai, vários deles de domínio público, conforme apontado no laudo produzido pelo professor. Em 2019, o MPMG ajuizou ação requerendo a devolução desses documentos. Em junho de 2022, entretanto, foi celebrado um acordo com a ré, homologado pela Justiça, por meio do qual ela concordou em entregar os documentos indicados a perito indicado pelo MPMG. 

Ajuda da população 

Qualquer cidadão pode colaborar com a recuperação e devolução de bens históricos e culturais pertencentes à comunidade. Iniciativa do MPMG, o Sistema de Objetos Mineiros Desaparecidos, Recuperados e Restituídos (Somdar) apresenta uma lista contendo a situação dos bens móveis e integrados monitorados pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural e instituições parceiras. 

O interessado em ajudar pode incluir no sistema informação adicional aos bens cadastrados ou informar um fato ou situação irregular de que tenha conhecimento, como o desaparecimento de um bem, a localização de um bem desaparecido, a comercialização ilegal de bens ou o mal estado de conservação de acervos documentais. 

Acesse aqui o Somdar

Neste ano, o MPMG também lançou a campanha “Boa fé: ao patrimônio o que é do patrimônio”. O objetivo é estimular a devolução voluntária de bens que integram o patrimônio cultural do estado, por meio de ações de educação, conscientização e incentivo à restituição de bens culturais aos locais de origem.  

Qualquer pessoa, física ou jurídica, que detenha bens culturais de fruição coletiva, que, por qualquer motivo, tenham sido retirados do seu local de origem, pode participar. Trata-se de uma atuação negocial, resolutiva, voltada a evitar a deflagração de ações judiciais e a busca e apreensão dos objetos.   

Acesse aqui a cartilha da campanha Boa fé 

FONTE MPMG

APHAA-BV acionou MPMG para investigar ações ambientais da Green Metals, em Belo Vale

Documentos oficiais da SUPRAM–MG  mostram que mineradora não cumpriu prazos e condicionantes de TAC estabelecido com a SEMAD, vencido em 09/2022. Empresa atua com processo reorientado para Licença de Operação Corretiva (LOC).

A Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV) protocolou Representação de 28/04/2023, na Promotoria de Justiça da Comarca de Belo Vale, e no Ministério Público de Minas Gerais, em 03/05/2023, a fim de requerer Inquérito Civil. O documento com cerca de 20 páginas, incluindo fotos e, vídeos, em anexo, trás retrospecto de ações danosas ao ambiente, cometidas pela mineradora. Assim, solicita que se esclareçam sobre processos em trâmite na Comarca e Belo Vale, e que colham elementos de convicção, para eventual propositura de Ação Civil Pública contra a Green Metals Soluções Ambientais Ltda.

O empreendimento privilegia a lavra de minério de ferro a céu aberto, entre outras atividades relacionadas, na Serra Dos Mascates, Mina da Baixada, em lugar denominado Fazenda do Baú, povoado do Córrego dos Pintos, Belo Vale. A empresa está situada em área cercada de nascentes e córregos, contribuintes do Córrego Moreiras, afluente do Rio Paraopeba. Desde o início de suas operações, a retrospectiva evidencia não sustentabilidade com o ambiente e com a comunidade tradicional ao seu entorno.  

Sump rompeu-se com enxurrada de lamas

No dia 14 de abril de 2023, especialistas ambientais do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) tomaram conhecimento de que enxurrada de rejeito minerário saiu da área da mineradora, durante chuva torrencial que atingiu a Mina da Baixada. Sólidos solúveis e sólidos sedimentáveis atingiram o ambiente natural e estruturas edificadas, públicas e privadas, inclusive, estrada recentemente pavimentada com recursos públicos, além de uma residência junto à estrada. A lama se descarregou no Córrego das Flores, afluente do Córrego Moreiras, o qual desagua no Rio Paraopeba.

Segundo a diretoria da APHAA-BV, o processo de exploração mineral da Green Metals Soluções Ambientais Ltda. gera rejeito que é depositado, temporariamente, em diques escavados e dragados com escavadeira, transportado em caminhões para área interna da mineração, onde é depositado em definitivo. O sistema canaliza a enxurrada para um reservatório ‘Sump’ – escavação em terreno natural que permite a redução da velocidade do fluxo das águas. Por não ser compatível com a realidade do empreendimento, o Sump não comporta as enxurradas minerais e se rompe. Nesse panorama, entende-se que o projeto executado pela mineradora não considera possíveis variações de chuvas, uma vez que seu objetivo é o de conter. Assim, qualquer ação que coloque em risco sua estabilidade, afeta diretamente o ambiente do entorno à comunidade do Córrego dos Pintos.

Sump similar rompeu em 2019

CBH – Paraopeba nega contaminação do Rio Paraopeba

Por outro lado, segundo “Nota Oficial” emitida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraopeba (CBH – Rio Paraopeba), com suposto apoio à mineradora, o diretor Heleno Maia Santos Marques do Nascimento, que esteve no local dias depois, afirmou que a enxurrada com sedimentos atingiu um pequeno curso d’água, sem identificação e que: – “Não houve carreamento de sedimentos da mineradora e consequentemente não houve contaminação do Rio Paraopeba ao contrário que foi noticiado pela mídia local”.  A diretoria da APHAA-BV surpreendeu-se com a atitude do representante do CBH – Paraopeba em desconsiderar que o “pequeno” Córrego das Flores recebeu todo o volume da enxurrada, comprometendo o Córrego Moreiras, afluente do Rio Paraopeba, que corre a cerca de 2 km do local. Para aonde teria ido toda a lama de minério que desceu de dentro da empresa? Questionou.

APHAA-BV pede esclarecimentos, e questiona?

O documento produzido pela APHAA-BV, encaminhado à Promotoria de Justiça da Comarca de Belo Vale, faz questionamentos e pede esclarecimentos de representações e processos contra a empresa, que tramitam naquele Fórum. O histórico da Green Metals Soluções Ambientais SA é polêmico. Pouco depois de sua instalação foi submetida a Inquérito Civil  No. 0064.16.00019-2 pelo MPMG, para investigar suas operações, uma vez que atuava sem as devidas licenças ambientais. As investigações geraram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), 1º/09/2017.

Outras três empresas tiveram ou têm seu CNPJ ligado à Mina da Baixada: TEX Service / Alaska Comercial de Minerais Ltda. Já, a Minerinvest Mineração Ltda e Ecoinvest Desenvolvimento Empresarial Ltda têm o direito à titularidade do empreendimento em razão de cessão de direito minerário. Nesse sentido, elas confrontam-se com a Green Metals, por ajuizarem Ação Civil, que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

  • Tem sido feita fiscalização e inspeção regulares dos Sumps. Estariam em lugares adequados. Como funcionam essas estruturas, para que se evite um terceiro rompimento? 
  • A empresa possui bancos de dados que registram as manutenções periódicas e controla os possíveis riscos de rompimento das estruturas?
  • Há tratativas da empresa, através de uma equipe de gestão de crises, para em casos dessa natureza, mediar com a comunidade? Como têm sido tratados esses danos pela empresa e órgãos ambientais?
  • Em 22 de março de 2019, o então vereador e advogado, Dr. Antônio Geraldo Malta de Moura, OAB/MG 102596, atendendo ao pedido da comunidade Córrego dos Pintos, protocolou “Termo de Declaração” requerendo à Promotoria de Justiça da Comarca de Belo Vale, os efeitos práticos de um pedido de providências. Na ocasião, foram entregues fotos e imagens do ocorrido.
  • ‘Termo de Compromisso’ entre o Município de Belo Vale e a Green Metals firmado em 30 de agosto de 2016, mediante uma série de condicionantes para que se autorizasse o início do empreendimento. A Clásula Quinta diz: “A Compromitente realizará a construção de uma ETA – Estação de Tratamento de Água – para abastecimento da Comunidade dos Pintos. Será de responsabilidade da Compromitente a contratação e remuneração do operário responsável pela operação e manutenção da ETA”…  
  • Representação pelo casal de sitiantes Gomerci Fernandes de Rezende Lara e Francisca Teodora de Rezende Lara – residentes há anos em terras que fazem divisa com a Mina da Baixada. Ofícios PJBV/060/2019 e 061/2019 de 15 de março de 2019.
  • Processo nº 500039-47.2018.8.13.0064: Em 03/08/2018, o Sr. Joaquim Ventura Ferreira Mendes, proprietário da Fazenda Bela Vista, estabelecida na área da mineração, ingressou no Juízo de Belo Vale com ação de cobrança e indenização moral e material em face das referidas empresas mineradoras, Ecoinvest, Minerinvest e Green Metals, para reaver o direito aos royalties do resultado da extração mineral. 

SUPRAM abre Edital para Audiência Pública

A Superintendência Regional de Meio Ambiente: SUPRAM Central Metropolitana informa que o Conselho Estadual de Política Ambiental (COPAM) torna público que o empreendimento Green Metals Soluções Ambientais Ltda. solicitou licenciamento ambiental através do processo nº 00713/2023, e que abriu edital de prazo para solicitação de Audiência Pública, 45 dias, contados, a partir da data de publicação: 04/04/2023. Considerado, empreendimento de alto potencial poluidor, a empresa, através de processo 00713/2023, busca obter o Licenciamento Ambiental Trifásico (LAT), que é conduzido mediante etapas distintas e sucessivas, para avaliar a viabilidade ambiental. Ainda, o empreendedor solicitou Licença de Operação Corretiva (LOC), que mediante a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto à SEMAD, poderá continuar a operação do empreendimento.

Faz-se indispensável apuração desses fatos, que não condizem com uma postura de sustentabilidade e compromisso social. Adequações das estruturas e fiscalizações efetivas são necessárias para manter a natureza do empreendimento, e a integridade dos habitantes da comunidade Córrego dos Pintos, sem riscos de contaminar nascentes com perda da quantidade e qualidade de suas águas. Ali, vivem pessoas que há tempos sofrem com outros tipos de poluição: poeira, barulhos de explosões, trânsito intenso de caminhões; desvalorização de seus imóveis. Sobretudo, insegurança quanto ao futuro de poder manter suas residências e vida na comunidade onde nasceram.

2015. E assim, autorizam um empreendimento, que se inicia com uma prospecção, que elimina matas, nascentes e devasta a cobertura vegetal. O empreendimento vai aos trancos se expandindo pelo território, pondo em risco a qualidade de vida daqueles que ali nasceram e cresceram, e que viviam em paz.
  • Fotos: Marcos Virgílio Ferreira de Rezende e Tarcísio Martins
  • Tarcísio Martins, Jornalista, ativista sócio ambiental.  

MPMG pede a Justiça que DER e estado providenciem desvio em rodovia que liga Conselheiro Lafaiete a Ouro Branco por conta de erosão

Segundo o MPMG, erosão na Rodovia MG-129 coloca em risco motoristas e passageiros que passam diariamente pelo local. Ação Civil Pública pede que desvio seja construído em cinco dias

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Ouro Branco, na Região Central, propôs nesta sexta-feira, 27 de janeiro, uma Ação Civil Pública (ACP) requerendo à Justiça que o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e a Secretaria de Estado da Fazenda providenciem, em cinco dias, a construção de desvio no km 196 da Rodovia MG-129 por conta de um processo erosivo que coloca em risco motoristas e passageiros que passam pelo local. O trecho pertence à Estrada Real. 

De acordo com o MPMG, o desvio deverá ter largura compatível para a trafegabilidade de veículos nos dois fluxos da rodovia e monitoramento do fluxo (sistema pare e siga), durante 24h por dia, até a conclusão de todos os reparos da rodovia, notadamente no trecho parcialmente interditado. 

Além disso, DER e estado deverão concluir as obras de contenção da erosão e reparo da via, no trecho parcialmente interditado, em 90 dias. 

Ainda conforme a ACP, a Promotoria de Justiça de Ouro Branco pede que seja realizado, em seis meses, recapeamento asfáltico, sinalização, capina e roçagem às margens de toda a rodovia, corte de aterro das laterais da pista (para evitar desmoronamentos) e construção de sistemas de drenagem, no trecho entre Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco na Rodovia MG-129. 

Segundo o promotor de Justiça Pedro Henrique Pereira Correa, a MG-129 é de vital importância para a economia da região, já que faz a ligação de Conselheiro Lafaiete às cidades de Ouro Branco e Ouro Preto e para as comunidades de Lavras Novas, Santa Rita, entre outras. “Tal rodovia é submetida a intenso trânsito diário de veículos pesados e a falta de contenção da erosão no local aponta para o iminente desabamento do trecho da rodovia, o que provocará acidentes com vítimas fatais”, ressalta Pedro Henrique. 

Além disso, conforme o MPMG, a interdição parcial da pista vem trazendo risco concreto à segurança viária face a ausência de pessoas para controle e monitoramento do fluxo de trânsito em meia pista, durante 24hs, até que sejam iniciadas e concluídas as obras de recuperação da pista. O trânsito em meia pista é incapaz de suportar o fluxo de veículos, existindo risco concreto da ocorrência de acidentes face a ausência de monitoramento, pois não raras vezes carretas e veículos pesados se inserem em alta velocidade na pista interditada, que não permite a passagem de mais de um veículo por vez.

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Conforme o promotor de Justiça, a ação visa a defesa dos usuários daquela autoestrada, uma vez que as péssimas condições do local põem em perigo a segurança dos que por ela transitam. É necessário que todos que utilizam e venham a utilizar tenham segurança. “Essa é a condição mínima que o Estado de Minas Gerais e o DER devem proporcionar aos usuários, não sendo admissível que os órgãos estatais permitam que diversas pessoas venham a sofrer acidentes em virtude de má sinalização e ausência de manutenção adequada de uma estrada”, destaca Pedro Henrique. 

Entenda o caso 

A Promotoria de Justiça de Ouro Branco tomou conhecimento do problema por meio da imprensa local, em agosto de 2022. Ainda naquele mês, o MPMG instaurou um Procedimento Preparatório (MPMG-0459.22.000124-0) para apurar o caso. 

Em resposta ao MPMG, o DER informou que os estudos/projetos para a solução do problema estão fase de elaboração por parte da Diretoria de Projetos do órgão, em Belo Horizonte. Dessa forma, ainda não foram concluídos, razão pela qual não poderia encaminhá-los à promotoria de Justiça e nem estipular cronograma de execução das obras. A questão, de acordo com o DER, será deliberada em conjunto com a diretoria de manutenção de acordo com os valores necessários para execução dos serviços no local. 

Mesmo tendo estabelecido contato com DER, até a presente data, nenhuma medida de ordem prática foi tomada pelos requeridos e o processo de erosão acelerada, após o intenso período de chuvas, foi agravado, com mais desprendimento da estrutura do solo que sustenta a estrada, gerando uma imensa cavidade de grandes dimensões, tanto em profundidade como em superfície, que já danificou metade da pista, já interditada parcialmente.

FONTE MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS

MPMG apura denúncia de irregularidades na política ambiental de Minas Gerais

Investigação foi aberta após sete ONGs abrirem mão dos conselhos deliberativos, em novembro, e alertarem para uma série de irregularidades no governo Zema

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) está sendo investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após sete entidades ambientais fazerem uma renúncia coletiva às cadeiras que ocupavam nos conselhos estaduais de Política Ambiental (Copam) e de Recursos Hídricos (CERH). Na carta de renúncia, as ONGs fizeram uma série de denúncias contra a atuação da pasta na preservação do meio ambiente. 

De acordo com a assessoria de imprensa do MPMG, há uma investigação em curso sobre as irregularidades apontadas no documento. “Entretanto, para preservar o andamento das investigações, os promotores que atuam no caso não darão detalhes ou se manifestarão sobre ela no momento”, disse, por nota, o órgão. 

A investigação foi aberta após a deputada estadual Ana Paula Siqueira (Rede Sustentabilidade) encaminhar um ofício ao MPMG. Na carta de renúncia, as organizações afirmam, por exemplo, que o governo de Romeu Zema (Novo) excluiu a sociedade civil organizada da gestão dos recursos naturais, fazendo alterações nas leis ambientais sem consultar o Copam e o CERH. 

Elas também denunciam que a legislação é interpretada de maneira a “fragmentar o licenciamento ambiental”, além de o Estado não ter interesse em “discutir e implantar políticas públicas que sejam capazes de reverter o desmatamento, ao mesmo tempo que assume internacionalmente metas de redução de emissão de carbono e desmatamento”.

As entidades ainda acusam o governo de ser favorável à “concessão de licenças a projetos que preveem grandes desmatamentos, instruídos com estudos insuficientes, ignorando, muitas vezes, pesquisas da comunidade científica, presença de comunidades tradicionais, denúncias das comunidades e até dados técnicos publicados pelo próprio governo”.

Governo contesta acusações

Cerca de 10 dias após a renúncia coletiva, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) – composto pelos dois conselhos, pela Semad e seus órgãos vinculados – emitiu uma nota de esclarecimento que respondeu uma série de pontos relativos às denúncias da carta de renúncia. 

Assinada pela secretária Marília Carvalho de Melo e outros servidores da Semad, o documento de 14 páginas rebate parte das acusações, alegando, entre outras coisas, que nos últimos 2 anos o Copam e o CERH não receberam “nenhuma proposta de aprimoramento de normas” por parte das “entidades ambientalistas”. 

Procurado por O TEMPO, Gustavo Bernardino Malacco, que preside a Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (ANGÁ), uma da entidades que assinou a renúncia dos conselhos, contestou este e outros posicionamentos apresentados pelo Governo de Minas para as acusações. 

Segundo ele, foi feito um “recorte providencial” dos dois últimos anos do governo Zema. “Nos primeiros dois anos a gente (ONGs) enviou as propostas e, raramente, elas eram discutidas. Falávamos nos encontros dos conselhos, mas o Governo não nos dava abertura, nunca tivemos retorno sobre o que colocávamos na mesa. Por isso fizeram essa contabilidade criativa para citar os dois últimos, quando já tínhamos entendido que não adiantava propor nada”, afirmou.

Questionada, a Semad informou, por nota, que fez o recorte dos dois últimos anos por considerar a vigência do mandato atual dos conselhos (2020-2022). “Incluindo-se o ano de 2019 no levantamento, ano de início da atual gestão, informamos que não foram localizadas propostas de aprimoramento normativo pelos então representantes da sociedade civil”, completou a pasta. 

Confira abaixo as ponderações de Malacco para outros pontos respondidos pelo Estado: 

Aumento das entidades representativas

O Governo também afirmou que o número de entidades representativas nos conselhos passou de 30 para 45. Para o ex-membro dos conselhos ambientais, o aumento nas “cadeiras” das entidades realmente existiu, porém, a maior parte delas ocorreu nas chamadas “unidades regionais colegiadas”, que não têm poder de deliberação, definindo apenas sobre recursos de multas. 

“Onde tem mais ONGs é onde menos se decide. Por outro lado, onde as decisões acontecem é justamente onde houve quase 100% de renúncia das entidades”, argumentou. 

Indagada, a Semad informou que, para conferir transparência sobre as alterações realizadas nos conselhos, a composição das unidades colegiadas do Copam e do CERH são publicadas em seu site e podem ser acessadas clicando aqui e aqui, respectivamente.

Avaliação dos impactos ambientais 

Em resposta à afirmação das entidades de que nos últimos quatro anos não houve avanço nas ferramentas de avaliação dos impactos cumulativos ao meio ambiente, o Estado citou o sistema Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema) como uma importante ferramenta para este fim. 

Entretanto, ainda conforme Malacco, este sistema está desatualizado há 15 anos. “Em 2019 foi feito um importante estudo, bastante completo, que revisou as áreas de prioritárias para conservação da biodiversidade em Minas. Esse estudo foi entregue ao Estado e, apesar disso, segue ‘engavetado’ desde então, possivelmente para beneficiar algumas entidades do setor produtivo”, afirma. 

Mais uma vez, a Semad foi questionada sobre a acusação e informou, por nota, que o Instituto Estadual de Florestas (IEF) trabalha na atualização do estudo “Áreas prioritárias: Estratégias para conservação da biodiversidade e dos ecossistemas em Minas Gerais”. “Ele deve ser disponibilizado em breve na Plataforma IDE com os dados mais recentes”, completou a pasta.  

Desmatamento

No documento, o Estado ainda responde à afirmação das entidades de que o governo não tem políticas de “desmatamento zero”, mesmo sendo o campeão em desmatamento da Mata Atlântica e um dos que mais suprimiu o Cerrado.

Entretanto, o Sisema falou somente sobre a redução de 9% no desmatamento da Mata Atlântica. Ainda conforme Malacco, no documento de resposta o sistema de Meio Ambiente do Estado simplesmente ignorou o Cerrado, o maior bioma de Minas.

Analisando os dados nacionais de desmatamento da ONG SOS Mata Atlântica, apesar da queda indicada pela Semad, o estado liderou o ranking de destruição do bioma em 2021, com 9.209 hectares suprimidos. Para se ter ideia, o segundo lugar ficou para a Bahia, com 4.968 hectares desmatados. 

Já de acordo com o “Relatório Anual do Desmatamento”, do MapBiomas, o desmate do Cerrado cresceu 89% em Minas Gerais entre 2020 e 2021, atingindo 31 mil hectares destruídos no último ano. 

Confira o trecho completo da nota em que a Semad trata sobre o desmatamento: 

“Sobre a preservação da Mata Atlântica em Minas, em resposta ao aumento nas detecções de desmatamento no Estado, a Subsecretaria de Fiscalização da Semad implementou o Plano de Ação de combate ao desmatamento. O plano consiste num conjunto de ações e metas com o objetivo de intensificar o combate à supressão ilegal da vegetação nativa no Estado, de forma complementar e alinhada ao Plano Anual de Fiscalização (PAF).  

Na Fase 1, executada de novembro de 2021 a janeiro de 2022, as ações tiveram foco na intensificação das atividades de fiscalização, por meio da redução do prazo de atendimento ao monitoramento contínuo da vegetação e às denúncias, bem como na fiscalização de alertas provenientes de outras fontes de monitoramento da cobertura vegetal. Foram contabilizadas mais de 2.600 fiscalizações em 21.700 ha, alcançando mais de 1.200 infrações e 25 milhões de reais em multas. No mesmo período, também foram realizadas campanhas em caráter preventivo nas redes sociais.  

A Fase 2 foi executada de junho a agosto de 2022, quando se repetiu a intensificação das fiscalizações, inclusive com a deflagração de duas Operações Especiais denominadas “Floresta Viva I e II”. Apenas durante essas Operações, de caráter estratégico, foram realizadas 184 fiscalizações em mais de 13.700ha, inclusive abarcando a cadeia do carvão vegetal irregular, e aplicados R$ 118,83 milhões em multas ambientais num total de 466 infrações. O tempo de atendimento às denúncias reduziu de 48 dias para 33 dias. O tempo médio para atendimento aos polígonos do monitoramento contínuo atualmente é de 36 dias.   

Também foi realizado um seminário de boas práticas para utilização do carvão legal, voltado para grandes consumidores desse subproduto florestal. Nesta fase, além da intensificação das fiscalizações repressivas e ações preventivas, foi estabelecida diretriz para o processamento prioritário de autos de infração. Entre janeiro e outubro de 2022 houve um incremento de 31% no quantitativo de autos de infração encerrados, relacionados ao desmatamento, em comparação com o mesmo período do ano de 2021.  

Até outubro de 2022 já foram realizadas 8.424 Fiscalizações de combate ao desmatamento ilegal em todo o território estadual, incremento de 65% em relação ao mesmo período do ano passado e que já supera o total de fiscalizações do tema em 2022, 7.391.  

Dados apontam que desde agosto deste ano, o somatório mensal de áreas detectadas iniciou uma trajetória descendente, representando uma severa mudança em relação ao período de janeiro a julho, quando se alcançou o pico. Á área detectada de desmatamento em outubro foi de 1.850 ha, 73% menor que a área detectada em julho, 6.943 ha. No último trimestre, compreendido entre agosto e outubro, a área total detectada foi de 10.656 ha, enquanto no mesmo período anterior, maio a julho, a área detectada havia sido de 14.487 ha, queda, portanto, de 26%.

Com relação à política de desmatamento zero, o Governo de Minas aderiu à campanha global race to zero e, atualmente, está em fase consulta pública o PLAC-MG, que é o Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas e que apresenta o planejamento das ações para as próximas décadas no âmbito governamental, alinhado com aquilo que é necessário em nível local para contribuir com a comunidade global no que se refere às fontes das causas do fenômeno das mudanças climáticas. Entre as metas do PLAC, consta a de desmatamento zero até 2028″.

Criação de unidades de conservação

Na carta de renúncia, as ONGs denunciam ainda que, desde 2019, quando Zema assumiu o Governo de Minas, uma única unidade de conservação integral foi criada pelo Estado, no fim do último ano de mandato, em dezembro de 2022. 

No documento de resposta, a Semad alegou que o governo do partido Novo “estimula a formação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN’s)”. Trata-se de unidades de conservação criadas por iniciativa dos proprietários das terras e reconhecidas pelo poder público.

Procurada por O TEMPO, a secretaria confirmou que, em quatro anos de governo, uma única área de preservação integral foi criada, em 2022, sendo ela o Parque Estadual Mata do Krameck, em Juiz de Fora, com área de 291,98 hectares. 

“Além disso, desde 2019, já foram criadas 25 RPPNs, totalizando 14.090,66 hectares. Importante reforçar que Minas Gerais é o estado que possui a maior área remanescente de Mata Atlântica do país, com cerca de 12,8 milhões de hectares”, finalizou. 

Fragmentação dos processos ambientais 

Ainda na carta de renúncia, as ONGs afirmaram que o Governo de Minas vem interpretando a legislação de maneira a “fragmentar” os procedimentos de licenciamento ambiental. 

Em conversa com ambientalistas, pelo menos dois casos específicos em que isso ocorreu foram citados. O primeiro deles foi registrado no Triângulo Mineiro, onde um projeto de mineração de argila refratária teve o licenciamento “dividido” em partes menores e, por fim, o Estado não avaliou o dano ambiental que acontecerá com o empreendimento como um todo. 

O segundo exemplo foi, justamente, o caso da mineração na Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte, talvez o mais polêmico e que envolveu a aprovação por parte do Copam. Segundo os ambientalistas, neste processo o empreendimento se utilizou da estratégia de separar os licenciamentos com base em fases, de forma que o Estado não avaliou o impacto ambiental de todo o empreendimento e, com isso, ficou “mais fácil” obter a aprovação. 

Questionada sobre esse ponto, a Semad enviou uma nota em que se defende, mas não comenta os dois processos específicos citados por ambientalistas. Confira o texto na íntegra: 

“A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informa que o procedimento de licenciamento ambiental é iniciado com a caracterização pelo empreendedor da atividade ou do empreendimento, inclusive quanto à intervenção ambiental e ao uso de recursos hídricos, na qual deverão ser consideradas todas as atividades por ele exercidas, mesmo que em áreas contíguas ou interdependentes, sob pena de aplicação de penalidade caso seja constatada fragmentação do processo de licenciamento. 

A referida caracterização é efetuada no Sistema de Licenciamento Ambiental – SLA, onde são informadas as atividades a serem praticadas, localização do empreendimento, porte, existência de critérios locacionais, dentre outras informações necessárias à determinação da classe de enquadramento da atividade ou do empreendimento, definição da modalidade de licenciamento ambiental, bem como dos estudos e documentos exigíveis para análise do órgão ambiental. A análise é efetuada pelas Superintendências Regionais de Meio Ambiente.

Para análise dos empreendimentos ou atividades a serem licenciados é utilizada a ferramenta Infraestrutura de Dados Espaciais – IDE Sisema, que possibilita a identificação georreferenciada dos mesmos, auxiliando na verificação de possíveis fragmentações. Ademais, durante as vistorias realizadas para análise dos requerimentos de licença também é possível a verificação de tais situações. 

As ações fiscalizatórias preveem a possibilidade de autuação para infração classificada como gravíssima, para todo aquele que instalar, construir, testar, funcionar, operar ou ampliar atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente sem a devida licença ambiental, desde que não amparado por termo de ajustamento de conduta com o órgão ou entidade ambiental competente; inclusive nos casos de fragmentação indevida do licenciamento ambiental”.

FOTNE O TEMPO

Concurso MP MG: inscrições prorrogadas!

Foram prorrogadas as inscrições para o concurso do MP MG (Ministério Público de Minas Gerais), que oferta vagas para nível médio e superior de escolaridade!

A informação foi divulgada através do Diário do Ministério Público neste sábado, 03 de dezembro de 2022.

Ao todo, o certame oferta 101 oportunidades imediatas mais formação de cadastro de reserva para os cargos de Oficial e Analista do Ministério Público.

Agora os candidatos poderão realizar as inscrições até às 16h do dia 08 de dezembro, através do site da banca organizadora do certame, Instituto Consulplan.

A taxa de inscrição varia de acordo com a escolaridade do cargo desejado:

  • R$ 90,00 (Médio); e
  • R$ 100,00 (Superior)

Confira abaixo o documento públicado!

Concurso MP MG inscrições prorrogadas.
Concurso MP MG inscrições prorrogadas.

Concurso MP MG: cargos e vagas

concurso MP MG oferta os seguintes cargos:

Nível médio

CARGOSVAGASSALÁRIO
Oficial – Serviços Diversos72 + CRR$ 4.075,84

Cargos de nível médio concurso MP MG

Nível superior

CARGOSVAGASSALÁRIO
Analista – Administração Pública01 + CRR$ 6.279,14
Analista – Arquitetura02 + CRR$ 6.279,14
Analista – BiblioteconomiaCRR$ 6.279,14
Analista – Ciências Contábeis04 + CRR$ 6.279,14
Analista – Design GráficoCRR$ 6.279,14
Analista – Engenharia Civil, Segurança do Trabalho, Elétrica e Mecânica04 + CRR$ 6.279,14
Analista – Estatística01 + CRR$ 6.279,14
Analista – FisioterapiaCRR$ 6.279,14
Analista – HistóriaCRR$ 6.279,14
Analista – JornalismoCRR$ 6.279,14
Analista – Letras01 + CRR$ 6.279,14
Analista – Medicina Cardiologia, do Trabalho e Clínica Médica01 + CRR$ 6.279,14
Analista – PedagogiaCRR$ 6.279,14
Analista – Psicologia01 + CRR$ 6.279,14
Analista – Relações PúblicasCRR$ 6.279,14
Analista – Serviço Social01 + CRR$ 6.279,14
Analista – TI (Negócios, Projetos, Infraestrutura, Segurança e Suporte)12 + CRR$ 6.279,14

Cargos de nível superior concurso MP MG

FONTE ESTRATÉGIA CONCURSOS

Terminam hoje (16) as inscrições do Processo Seletivo para acadêmicos de graduação em direito no MP-MG

A oportunidade é para estudantes de instituições de ensino devidamente conveniadas com a Procuradoria-Geral de Justiça; saiba mais

Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), torna público que serão abertas as inscrições para a seleção pública destinada ao preenchimento de uma vaga na 3ª Promotoria de Justiça da comarca de Santa Luzia e à formação de cadastro de reserva.

Para participar o candidato deve possuir os seguintes requisitos: ser estudante do curso de Direito e estar regularmente matriculado e frequente a partir do 5º período em instituições de ensino devidamente conveniadas; ter conduta compatível com o exercício das atribuições de estagiário do Ministério Público; não ter exercido, anteriormente, o total de dois anos de atividade de estágio de graduação em Direito no âmbito do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

Ao exercer a função, o estagiário fará jus à bolsa-auxílio mensal, no valor de R$ 1.250,00 a concessão de auxílio-transporte no valor de R$ 12,00. A jornada do estágio será de 30 horas semanais.

Para participar

O estudante interessado deverá preencher o formulário de inscrição disponível no endereço eletrônico, no período de 5 a 16 de novembro de 2022.

O processo de seleção compreenderá uma primeira etapa, composta por prova escrita com questões objetivas e dissertativas; e segunda etapa composta por entrevista.

O conteúdo programático da primeira etapa envolve os seguintes temas: direto penal e processual penal (constituição da República Federativa do Brasil; Código Penal. Código de Processo Penal. Princípios penais, processuais penais e constitucionais. Inquérito Policial. Ação Penal. Prisão, medidas cautelares e liberdade provisória. Juizados Especiais Criminais. Código de Trânsito Brasileiro); legislação especial (Lei 9.099/95 – JESP; Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas; Lei 10.826/2003 – Estatuto do Desarmamento; Lei 11.340/2006 – Lei contra a violência doméstica e familiar; Lei 7.210/84 – Lei de Execuções Penais).

A primeira etapa será realizada no dia 17 de novembro de 2022, às 13h, com duração de duas horas, no endereço: rua Advogado Expedito Gabrich, 101, Novo Centro, Santa Luzia/MG.

Vigência

O prazo de validade desta seleção pública é de dois anos, contado da data da publicação do resultado final da seleção.

FONTE PCI CONCURSOS

MP – MG realiza novo Processo Seletivo para acadêmicos de graduação em direito

A oportunidade é para estudantes de instituições de ensino devidamente conveniadas com a Procuradoria-Geral de Justiça; saiba mais

Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), torna público que serão abertas as inscrições para a seleção pública destinada ao preenchimento de uma vaga na 3ª Promotoria de Justiça da comarca de Santa Luzia e à formação de cadastro de reserva.

Para participar o candidato deve possuir os seguintes requisitos: ser estudante do curso de Direito e estar regularmente matriculado e frequente a partir do 5º período em instituições de ensino devidamente conveniadas; ter conduta compatível com o exercício das atribuições de estagiário do Ministério Público; não ter exercido, anteriormente, o total de dois anos de atividade de estágio de graduação em Direito no âmbito do Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

Ao exercer a função, o estagiário fará jus à bolsa-auxílio mensal, no valor de R$ 1.250,00 a concessão de auxílio-transporte no valor de R$ 12,00. A jornada do estágio será de 30 horas semanais.

Para participar

O estudante interessado deverá preencher o formulário de inscrição disponível no endereço eletrônico, no período de 5 a 16 de novembro de 2022.

O processo de seleção compreenderá uma primeira etapa, composta por prova escrita com questões objetivas e dissertativas; e segunda etapa composta por entrevista.

O conteúdo programático da primeira etapa envolve os seguintes temas: direto penal e processual penal (constituição da República Federativa do Brasil; Código Penal. Código de Processo Penal. Princípios penais, processuais penais e constitucionais. Inquérito Policial. Ação Penal. Prisão, medidas cautelares e liberdade provisória. Juizados Especiais Criminais. Código de Trânsito Brasileiro); legislação especial (Lei 9.099/95 – JESP; Lei 11.343/2006 – Lei de Drogas; Lei 10.826/2003 – Estatuto do Desarmamento; Lei 11.340/2006 – Lei contra a violência doméstica e familiar; Lei 7.210/84 – Lei de Execuções Penais).

A primeira etapa será realizada no dia 17 de novembro de 2022, às 13h, com duração de duas horas, no endereço: rua Advogado Expedito Gabrich, 101, Novo Centro, Santa Luzia/MG.

Vigência

O prazo de validade desta seleção pública é de dois anos, contado da data da publicação do resultado final da seleção.

FONTE PCI CONCURSOS

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