A data de hoje, dia 19, segundo a cultura popular é conhecida como as “enchentes das goiabas”. A data tem relação nas áreas rurais onde são comuns os pés de goiabas estarem carregados nesta época do ano e as frutas caírem por conta da chuva forte, o período ficou assim conhecido como “enchente das goiabas”.
Com as mudanças climáticas, as chuvas reduziram e o fenômeno natural ficou apenas na crendice popular. Para os mais religiosos, a fruta é deixada de lado e o fenômeno batizado de “enchente de São José”. Para os católicos se comemora nesta segunda feira o Dia de São José.
Amanhã, dia 20, exatamente às 21:58 horas, quando tem início o outono quando os dias têm temperaturas mais amenas. Segundo a Defesa Civil, em março de 2019 choveu 47 % do esperado para todo o mês de acordo com a média histórica.
Para os próximos dias há previsão de chuvas de intensidade moderada podendo alcançar a pluviometria histórica de 206 mm em todo o mês de março.
“São as águas de março fechando o verão”. Diz a letra de Antônio Carlos Jobim, mas conhecido como Tom Jobim.
Breno Henrique da Silva Catarino, vulgo Breninho, tinha 19 anos, quando foi assassinato brutalmente no Bairro Jk, em Lafaiete.
Vestidos de palhaços, homens armados chegaram em um carro e invadiram uma residência quando acertaram Breninho e Jean Jorge Coimbra, vulgo Cheiroso, 22 anos. Ambos morreram no local. Daniel, 22 anos, também ficou ferido, mas resistiu e permanece vivo. Um 4º jovem conseguiu escapar da emboscada quando viu os ataques. Os suspeitos da morte dos jovens foram presos pela polícia Civil durante a operação “Vendetta”, ocorrida no dia 9 de julho.
A dor
No dia 24 de janeiro, as mortes completam um ano. Na última terça feira, dia 18, três audiências de instrução e julgamento seriam no Fórum da Comarca envolvendo 5 presos na Operação Vendetta, quando são acusados de 3 homicídios e 4 mortos, entre os quais de Breninho e Cheiroso. Por falta de testemunhas as audiências foram canceladas. Os processos ainda aguardam o desfecho sobre a possibilidade de Júri Popular.
Ouvida por nossa reportagem a mãe de Breninho, Silmara Cristina, de 48 anos, relatou a dor pela perda do filho e reviravolta que o assassinato provocou na vida da família.
Após passar por um tratamento psiquiátrico, ela ainda encontra forças para superar a tragédia. Ela, o esposo e filho Carlos César, de 22 anos, ainda vivem o trauma da precoce morte de Breninho. “Se pudesse explicar diria que é uma dor de um vazio que se abre, é sentir um pedaço do coração faltar, é olhar para o horizonte e vê-lo triste, é olhar pra trás e viver de recordações de belas lembranças e sentir as lágrimas rolarem pelo rosto como uma torneira aberta e não ter como fechá-la. É sentir um nó se fazer na garganta que fica a sufocar… É ter milhões de motivos para continuar a viver mas nenhum deles ser suficientes para nos levantar. É sorrir, é entender, mas não conseguir aceitar. Para suportar a dor de perder um filho é viver pela fé, é não fazer perguntas para Deus, não exigir suas respostas e ver através de acontecimentos a presença do filho vivo… É viver em oração constante quando a dor da saudade apertar. É solidarizar com aqueles que vivem a mesma dor procurando através deles se confortar. É reaprender viver novamente de uma maneira diferente onde a alegria é temporária e o vazio é constante. Principalmente nos momentos em que a família se reúne em datas comemorativas, festivas, mas, é manter a paz pois mesmo na dor sinto a presença do filho a nos confortar. Já vão para 11 meses que meu Breninho partiu e hoje vivo só por causa do meu outro filho e meu marido que precisam muito de mim. Agradeço a Deus primeiramente e a todos os meus amigos que me ajudou muito a continuar a caminhada”, desabafou Silmara.
Ela disse que não ficou sabendo da prisão dos supostos autores e nem das audiências que não aconteceram. “Ele estava no lugar errado e na hora errada. Fiquei muito doente com a perda do meu filho, passei por depressão e desmaio direto. Até hoje sofro com a partida do meu Breninho. Nos primeiros meses eu ia à delegacia para saber se tinha alguma novidade, mais todas as vezes eu não tinha notícias. Já tinha colocado o caso nas mãos de Deus. O que mais nos dói e saber que eles prenderam os culpados e não nos comunicou. Só espero que a justiça seja feita. Sei que não vai trazer meu filho de volta. Fico imaginando como vai ser o primeiro natal sem ele. Minha vida perdeu o sentido. Agora eu só espero que eles nos comuniquem o dia do júri, porque tenho o direito de saber”, finalizou.
O Tribunal de Justiça anulou por inconsistências o júri popular ocorrido no dia 7 de julho do ano passado em que 7 acusados de matar Ronei Veríssimo, 27 anos, e Pedro Silva, 29, e David, 25, ganharam regime aberto.
A decisão reverte a decisão de primeira instância em que os suspeitos foram inocentados em crime cruel ocorrido no dia 26 de março de 2016. As famílias das vítimas foram tomadas de revolta.
À época o crime chocou Lafaiete pela brutalidade quando 3 jovens foram espancados, agredidos por socos e garrafas de cerveja. Equipes dos Bombeiros e Samu estiveram no local e levaram as vítimas ao Hospital e Maternidade São José.
A principal versão que motivou o crime seria fútil e que comentários tolos por parte de Roney sobre uma abordagem policial realizada em frente a uma casa onde ocorria uma festa. A partir daí iniciou uma briga generalizada culminando na tragédia.
Acontece desde às 9:00 horas, no Fórum Assis Andrade, em Lafaiete, o júri popular de José Luiz da Silva, acusado de assassinar Matilde da Silva Cruz, de 69 anos. Familiares e amigos da vítima acompanham o julgamento.
O caso
O caso da líder comunitária comoveu Lafaiete. Dona Matilde, conhecida como Tidinha, moradora da comunidade de São Vicente saiu de casa, na comunidade rural de Conselheiro Lafaiete, no dia 18 de setembro de 2016, e não foi mais vista. Segundo familiares ela teria vindo à Lafaiete para visitar alguém na região da Linhazinha, no Residencial Dom Luciano Mendes de Almeida), mas, desapareceu. Familiares e amigos não descansaram e fizeram uma busca incessante que terminou nessa sexta-feira quando o corpo foi localizado.
Em meio ao mistério do desaparecimento de Dona Tudinha, a família nunca desistiu de encontrar a senhora. No dia 5 de novembro quando se faziam buscas por teria andado Dona Matilde, um dos filhos encontrou um corpo, enterrado numa cova rasa. Foram vários desencontros de informações quando próprios familiares confirmaram serem os restos mortais de Tidinha. Ainda no começo da noite do próprio sábado o corpo foi sepultado em São Vicente.
Como desdobramento do fato, a casa de um suspeito pela morte de Tidinha foi alvo da revolta de populares em São Vicente. A casa foi pichada e queimada. Nas paredes foram escritas palavras como “monstro”, assassino” e “psicopata”. Não havia ninguém na casa no momento do protesto, já que o morador, que seria ao alvo de desconfiança de populares estaria em São Paulo.
Confesso
Apesar de ficar desaparecida por quase 50 dias, Tidinha (como a vítima era conhecida) foi morta no mesmo dia em que desapareceu. José Luiz confessou o crime que teria sido cometido na estrada de acesso à Água Limpa. Em seguida o próprio autor enterrou a vitima no local onde dias depois um dos filhos a encontrou em uma cova rasa. “Ao mesmo tempo em que ele colaborava com as investigações com informações que posteriormente foram comprovadas serem falsas, ele prestava solidariedade à família da vítima”, comentou à época a Delegada Fabiana Leijoto.
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