Taxação do Sol em 2024: entenda a nova lei que modifica a cobrança sobre energia solar e aprenda a calcular o impacto em sua conta de luz

A partir de 2024, proprietários de instalações solares no Brasil enfrentarão novas tarifas com a Lei 14300, conhecida como “taxação do sol”, que introduz uma cobrança sobre componentes específicos da tarifa de energia elétrica, como o fio B. Como calcular o impacto dessa taxação em sua conta de energia, destacando a importância de compreender essas mudanças para gerenciar eficientemente os custos associados ao uso de energia solar fotovoltaica.

A partir de 2024, quem possui painéis solares enfrentará uma nova realidade na fatura de energia elétrica. Isso ocorre devido à implementação da Lei 14300, popularmente conhecida como a “taxação do sol”. Essa legislação introduz uma cobrança sobre determinados componentes da tarifa de energia, como o fio B, que não eram cobrados anteriormente.

Para quem trabalha no setor de energia solar fotovoltaica ou simplesmente deseja entender o impacto dessa mudança, é essencial saber como essa taxação funciona e como calcular seu custo.

O que é o Fio B e como calcular a Taxação do Sol?

O “fio B” refere-se a um componente da tarifa de energia elétrica relacionado ao uso da rede da concessionária. Essencialmente, ele funciona como um “pedágio” que os produtores de energia solar devem pagar para compensar a energia que injetam na rede.

A cobrança do fio B será feita de forma escalonada até 2029, quando novas regras serão estabelecidas pela ANEEL. Para calcular essa taxação em 2024, é necessário entender primeiro a diferença entre a energia consumida da rede e a energia injetada pela instalação solar. A partir daí, calcula-se a energia compensada e aplica-se a percentagem do fio B, que em média nacional é de 28%. A cobrança específica em 2024 será de 30% sobre este valor.

Exemplo prático

Seja você um empresário, um residente ou um especialista em energia solar, compreender esses cálculos permite uma melhor preparação para as mudanças que começarão em 2024 e continuarão a evoluir até 2029. A chave está em manter-se informado e preparado para adaptar-se às novas exigências de uma forma que minimize os custos e maximize a eficiência de sua instalação solar.

 

FONTE CLICK PETRÓLEO E GÁS

Por que os pássaros cantam antes do sol nascer?

Dependendo de onde você mora, o canto dos pássaros é uma das primeiras coisas percebidas assim que acorda. Isso é comum tanto entre aqueles que apreciam o som antes que as ruas se tornem mais barulhentas, quanto entre as pessoas que têm um sono mais leve e sofrem com a cantoria, sobretudo no período de acasalamento das aves.

Mas por que os pássaros começam a cantar antes mesmo do sol nascer? Há diferentes razões para isso, considerando que a depender de cada local e cenário, elas variam.

Os motivos por trás da cantoria

De tão familiar, o canto do bem-te-vi já virou meme. (Fonte: Getty Images)
De tão familiar, o canto do bem-te-vi já virou meme. (Fonte: Getty Images)

Alegria? Desejo de atrair parceiras? Nem sempre. O chamado “coro do amanhecer”, que pode começar a partir das 4h da madrugada e perdurar por horas, tem outro motivo para ser tão recorrente: os cantos são uma demonstração de força. Ao estabelecer domínio territorial, o som serve de alerta e evita que outros pássaros se aproximem.

E como para muitos animais não é vantajoso sair para procurar alimentos no escuro, durante a madrugada é quando as aves desfrutam da oportunidade de se comunicarem de uma forma mais efetiva. É nesse período em que o barulho de vozes, máquinas e veículos passando finalmente cessa.

Isso permite que o canto alcance maiores distâncias, sendo percebido por aqueles que estão longe. Dessa forma, os animais gastam menos energia realizando a cantoria. Mas isso não significa que eles cantem com menos vigor em outros horários.

Atraindo pássaros

(Fonte: Getty Images)

Como muitos já suspeitam, é durante os períodos de acasalamento que o canto tem como uma das principais funções aumentar a visibilidade do animal e atrair parceiras. Por mais que o canto faça parte da natureza desses animais, há muitas informações que são trocadas entre os mais experientes e seus filhotes.

E ainda que cada espécie apresente suas próprias particularidades, dentro de famílias de aves, há todo um universo particular sendo cultivado com dialetos próprios. Assim, os pássaros podem compartilhar com o mundo cantos que estão sendo transmitidos há gerações, o que explica até mesmo as diferenças de sonoridade percebidas.

Para aqueles que crescem sozinhos, por outro lado, trilhar esse caminho pode ser mais difícil do que imaginamos, de modo que esses pássaros emitem sons menos refinados. E vale destacar: engana-se quem pensa que apenas os machos desempenham esse papel ativo, já que as fêmeas também cantam bastante.

Competindo por atenção no espaço urbano

O sabiá-laranjeira está entre os pássaros que os brasileiros mais se acostumaram a ouvir quando acordam de manhã cedinho. (Fonte: Getty Images)

Da mesma forma que há espécies que simplesmente cantam ao entardecer por hábito, há pássaros que recorrem à madrugada por uma mera questão de adaptação. Por conta disso, nas grandes cidades, já tem sido percebido um fenômeno preocupante: as aves estão cantando cada vez mais cedo, como no caso do sabiá-laranjeira.

A espécie, encontrada em várias porções do país, é híbrida, ou seja: acorda de madrugada, embora seja diurna. E tal fato pode ser percebido com uma maior intensidade a partir do mês de setembro, visto que o período reprodutivo destas aves se dá ao longo da primavera e do verão.

Assim, enquanto os maratonistas de séries se preparam para dormir por volta das 3h, ou mesmo antes, às 2h da madrugada, as aves já começam a cantar. E provavelmente, assim como nós, elas gostariam de poder acordar mais tarde.

FONTE MEGA CURIOSO

Máximo solar está chegando, mas vamos demorar para saber

Para determinar quando o máximo solar aconteceu, os pesquisadores precisam se basear em dados anteriores e posteriores

O Sol tem intensificado suas atividades, ficando mais explosivo a cada dia enquanto se aproxima do máximo solar. No entanto, apesar de sabermos que ele está chegando, só poderemos saber, de fato, quando ele aconteceu sete meses depois.

Para quem tem pressa:

  • O máximo solar é definido com base em observações do Sol seis meses antes e seis meses depois;
  • Isso porque, os pesquisadores precisam ter certeza de que atividade solar realmente diminui;
  • No entanto, o Sol pode nos enganar, se comportando de maneiras diferentes do previsto.

O ciclo do Sol dura cerca de 11 anos, e o máximo solar é definido como o momento em que a estrela fica mais ativa. Esse período se dá devido ao campo magnético solar e pode ser indicado pela ocorrência e intensidade de manchas escuras na superfície do Sol.

Em resposta ao Space.com, pesquisadores especializados no Sol, do Centro de Coordenação do Clima Espacial (SSCC) da ESA, explicaram o porquê levamos tanto tempo para identificar a ocorrência do máximo solar.

O máximo solar

Por convenção, o período de maior atividade do Sol é calculado com base na ocorrência de manchas solares durante 13 meses, ou seja, para cada mês avaliado, é usado valores dos seis meses anteriores e posteriores. Só é possível saber quando o máximo solar aconteceu se a ocorrência de manchas escuras no Sol do mês seguinte for menor.

Por exemplo, se o máximo solar acontecer em maio de 2024, os pesquisadores só poderão apontar com certeza isso, após avaliar os dados do Sol coletados seis meses antes e dos seis meses depois. Assim, a declaração de que o período de maior atividade da estrela aconteceu, seria feito apenas em dezembro de 2024.

No entanto, os pesquisadores da ESA apontam que o Sol ainda sim pode nos enganar, isso porque às vezes, quando pensamos que a estrela atingiu o máximo solar, ela pode estar, na verdade, apenas no máximo local, que não representa todo ciclo. Além disso, também pode haver uma máximo duplo, conhecido como intervalo de Gnevishev, onde um segundo pico mais alto de atividades pode acontecer em seguida de um primeiro.

As duas principais previsões para quando de fato o máximo solar acontecerá são do Centro Mundial de Dados para o Índice de Manchas Solares e Observações Solares de Longo Prazo (SILSO), do Observatório Real da Bélgica, que aponta que ele vai acontecer entre meados de 2024 e o final de 2025, e do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA (SWPC), que estima que ele deve ocorrer entre o final de 2024 e o início de 2026.

FONTE OLHAR DIGITAL

Os polos do sol estão prestes a se inverter; entenda o que isso pode significar

O ciclo solar só afeta minimamente o clima aqui na Terra, mas é o que acontece antes da inversão que pode causar problemas

Assim como na Terra, o sol tem um polo magnético Norte e um polo magnético Sul. Mas, ao contrário da Terra, cujos polos se invertem em centenas de milhares de anos, o rearranjo do sol ocorre a cada 11 anos, aproximadamente. A última vez que o fenômeno aconteceu foi em 2013, e agora é chegado de novo o momento.

Segundo o site Vox, o ciclo solar só afeta minimamente o clima aqui na Terra, mas é o que acontece antes da inversão que pode causar problemas: antes da reversão dos polos, há um período de atividade magnética cada vez mais intensa na superfície do sol. É isso que está acontecendo agora. “Estamos de fato vendo o sol mais ativo do que tem sido provavelmente em algo como 20 anos”, disse Paul Charbonneau, físico solar da Universidade de Montreal.

O que causa mais preocupação são as ejeções de massa coronal, também conhecidas como tempestades solares. Se essas tempestades alcançarem nosso planeta, elas têm a capacidade de perturbar os satélites de comunicação no espaço. Aos olhos dos cientistas, segundo o Vox, esse período ativo no ciclo solar não representa perigo, mas, sim, apresenta oportunidades abundantes para pesquisadores estudarem o sol com mais detalhes.

Eles podem avançar em duas frentes: primeiro, prever melhor quando uma tempestade solar pode causar estragos na Terra e em espaçonaves – especialmente porque as missões tripuladas ao espaço têm ganhado impulso –; segundo, entender melhor o misterioso interior do sol, o que ajudaria a entender outras estrelas do universo e até mesmo a origem da vida.

FONTE ÉPOCA NEGÓCIOS

Tempestade de radiação lançada por explosão no Sol atinge a Terra

Tempestades de radiação podem fazer o trajeto entre o Sol e a Terra em apenas 30 minutos e durar vários dias; saiba as consequências

Tem sido muito frequente – especialmente com a aproximação do pico de atividade solar antecipado para meados deste ano – noticiarmos explosões no Sol e as consequentes tempestades geomagnéticas na Terra. 

No entanto, esse não é o único efeito que a “fúria indomável” da nossa estrela hospedeira pode causar nos planetas que a orbitam. Existem ainda as tempestades de radiação, que também são ocasionadas pelo disparo de material das erupções solares.

De acordo com o serviço de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, uma tempestade de radiação solar – também conhecida como Evento de Proton Solar (SPE) – ocorre quando os prótons contidos no Sol são lançados em velocidades incrivelmente altas. Essas tempestades de radiação podem fazer o trajeto Sol-Terra em apenas 30 minutos e durar vários dias. 

Ainda segundo a plataforma, na madrugada desta segunda-feira (29), à 1h38 (pelo horário de Brasília), uma forte erupção solar de classe M6.8 foi registrada pelo Observatório de Dinâmicas Solares da NASA e pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), da Agência Espacial Europeia (ESA).

O Sol está no centro da imagem acima, que mostra primeiro um brilho repentino na borda noroeste causado por uma erupção solar M6.8. Em seguida, vemos a cena “salpicada” de prótons de alta energia. Créditos: SDO, SOHO e jhelioviewer.

Como foi a explosão solar que lançou a tempestade de radiação

Conforme descreve o site EarthSky.org, grandes laços coronais se ergueram do Sol com um brilho intenso. Então, veio um estalo, enquanto prótons de alta energia explodiram para longe do Sol perto da velocidade da luz (que é de quase 300 milhões de km/s).

Era como se você tivesse um balão revestido com gotículas de água que se expandiram tão repentinamente que estourou, espalhando um spray de água (ou, neste caso, prótons de alta energia).EarthSky.org

A maior parte do material solar lançado ao espaço por esse evento, localizado na borda noroeste do Sol pela perspectiva da Terra, não deve atingir o planeta, porque a mancha AR3559, onde se deu a explosão, não está na nossa direção.

No entanto, o mesmo não se pode dizer sobre os prótons, que são chamados de partículas energéticas solares. Assim como um dispersor de água girando em um jardim, o campo magnético do Sol sai em espiral (a Espiral de Parker). E – por causa de sua carga elétrica – os prótons seguem os campos magnéticos em espiral para longe da estrela. 

Essa “rodovia” de partículas magnéticas se curva de volta em direção à Terra a partir do lado ocidental do Sol (de onde é mais comum a ocorrência de tempestades de partículas solares). Observe o diagrama explicativo abaixo:

O evento desta madrugada ejetou uma tempestade de partículas solares S1 – considerada de grau fraco em uma escala que vai de S1 a S5. Essa explosão já causou um apagão de rádio de ondas curtas sobre a Austrália. Também é possível que operadores de rádio amador e navegadores em alto mar tenham notado perda de sinal em frequências abaixo de 30 MHz por até uma hora após o surto. Nenhuma consequência além dessas é esperada de uma tempestade de radiação de grau S1.

Tempestades de radiação solar às vezes duram dias e podem continuar aumentando a intensidade. De qualquer forma, não há risco para quem está na superfície da Terra, devido à atmosfera espessa e ao campo magnético do planeta, que repele as partículas. 

No entanto, essas partículas carregadas podem criar um ambiente de radiação perigoso para os astronautas em órbita, principalmente aqueles que estiverem em atividade extraveicular (EVA), também chamadas de caminhadas espaciais. Em casos mais extremos, os níveis de radiação podem ser perigosos até para aviões que voam em rotas polares. 

FONTE OLHAR DIGITAL

“Chicotadas” de vento solar devem perturbar campo magnético da Terra até o fim da semana

Até o fim desta semana, a Terra pode ser acometida por pequenas tempestades geomagnéticas provocadas por explosões no Sol

Nos últimos dias, o Sol tem apresentado atividade acentuada, com episódios eruptivos numerosos e intensos. Especialistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) apontam que, até o fim desta semana, a Terra pode ser acometida por pequenas tempestades geomagnéticas de classe G1 – considerada moderada em uma escala que vai de G1 a G5. 

Esses eventos, cujos efeitos esperados não representam qualquer ameaça, serão resultantes da perturbação do campo magnético do planeta por “chicotadas” de vento solar atingindo a atmosfera, carregados de plasma.

Vamos entender:

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • Erupções solares consecutivas ocorridas desde sábado (20) têm atingido a Terra esta semana, com destaque para dois filamentos magnéticos que explodiram na segunda (22).

As tempestades geomagnéticas de classe G1 esperadas em decorrência disso podem provocar oscilações fracas em sistemas elétricos e impactos leves em operações de satélites, além de afetar o comportamento de animais migratórios. Também é possível a ocorrência de auroras no extremo norte do globo e adjacências.

Mancha solar hiperativa tem surto de erupções

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, uma mancha solar hiperativa designada AR3561 teve um surto de erupções entre segunda e quarta-feira (24). Houve mais de uma dúzia de explosões da classe M nesse período.

Um detalhe importante é que essa mancha nem existia até domingo (21) – e conforme vai acumulando energia e explodindo, ela está também aumentando consideravelmente de tamanho e se fundindo com outras manchas.

Agora, AR3561 se tornou um extenso grupo de manchas solares de 100 mil km de largura com mais de 20 núcleos escuros. Devido a um campo magnético de polaridade mista, esse agrupamento é naturalmente propenso a erupções frequentes.

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O que são tempestades solares e por que elas causam instabilidade no GPS e na cor do céu?

Efeito mais visível são as auroras boreais, mas podem ocorrer também interferências nas comunicações via satélite na Terra, apagões e prejuízos à saúde de viajantes espaciais e transpolares

A Terra pode sentir os efeitos de uma tempestade solar nesta semana. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo Espacial, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, múltiplas erupções no Sol foram identificadas entre o último domingo, 21, e a terça-feira, 23. Embora o nome seja catastrófico e remeta a tramas cinematográficas, essas perturbações são mais comuns do que as pessoas imaginam, e, ao longo do tempo, dificilmente causaram problemas tão assustadores.

Estadão conversou com especialistas brasileiros que explicam que, de fato, o Sol passa por um pico de atividade neste ano, algo que ocorre, regularmente, a cada 11 anos. Isso não significa, porém que as tempestades sejam mais intensas, e sim que podem ocorrer com maior frequência. “2024 é um ano de máximo. O máximo anterior foi em 2013. Então é de se esperar diversas tempestades solares ao longo deste ano”, afirma Roberto Dell’Aglio Dias da Costa, professor do departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

Na Terra, o efeito mais visível são as auroras boreais (fenômeno que provoca a mudança da cor do céu), e o que mais preocupa são as interferências em tecnologias que estamos acostumados a usar, como GPS e internet, que dependem de satélites, que são os principais afetados. É possível que atinjam linhas de transmissão de energia elétrica, com blackouts, mesmo que historicamente isso tenha ocorrido poucas vezes, além de causar efeitos na saúde de astronautas e viajantes transpolares.

O alerta para esta semana, afirmam, não é tão grave. “Me parece um alerta bem moderado pelo seguinte: eles preveem aurora boreal em latitudes altas do Canadá e do Alasca, não muito longe do normal”, fala o doutor em Física e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alexandre Zabot. “Quando a tempestade solar é muito grande, as auroras boreais começam a se aproximar e a serem visíveis do Equador. Há registro no Havaí, por exemplo.”

Centro de Previsão de Tempo Espacial dos Estados Unidos identificou erupções solares que podem afetar a Terra nos próximos dias  Foto: Nasa

Como é o Sol?

Para entender melhor sobre esse fenômeno, o professor Zabot tenta desmistificar um pouco a maneira como se pensa sobre o Sol. “Em geral, as pessoas pensam nele como uma bola de gás quente estável. Na realidade, o Sol é bastante ativo e a melhor maneira de você pensar nele é como um líquido em ebulição.”

“Assim como você bota para ferver água e fica saindo aquelas bolhas na superfície da água, o Sol é um plasma e a a superfície dele é inteira nessa forma de bolhas. A superfície dele está sempre em ‘ebulição’”, completa. “Esse borbulhamento é chamado de atividade solar.”

Quem rege essa orquestra – que está mais para uma música de rock – da atividade solar é o campo magnético dessa estrela. Esse campo não é algo que visualizamos, mas, de certa maneira, entendemos ou conhecemos os seus efeitos, isto é, a força magnética. É só pensar num ímã e os movimentos de atração e repulsão que ocorrem.

As fontes dos campos magnéticos não são só imãs, mas também correntes elétricas, que é o caso do Sol. Como essa estrela é extremamente quente – a temperatura chega a atingir 5.800ºC aproximadamente na superfície – e o núcleo, de onde vem a energia dessa estrela, é muito turbulento, o campo magnético dele é muito variável, com uma inversão de polos a cada 11 anos, conforme explica Dias da Costa.

Ao contrário da Terra, que tem um campo magnético dipolar (norte e sul), que só faz essa inversão a cada milhares de anos. E isso tem a ver com o fato de que a Terra é sólida, enquanto o Sol tem no estado físico de plasma – semelhante ao gasoso, mas um gás ionizado, com elétrons a menos arrancados devido a um aumento em sua energia.

“(A inversão) gera uma tremenda confusão internamente no Sol, porque mexe com os fluxos do plasma”, fala Zabot.

O que são as tempestades solares?

“As tempestades solares são a consequência aqui na Terra das explosões solares”, resume o professor da USP Dias da Costa. Mas como isso chega até aqui com uma distância de cerca de 150 milhões de quilômetros para percorrer?

Luís Vieira, pesquisador da Heliofísica, Ciências Planetárias e Aeronomia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o principal investigador da Missão Telescópio Espacial Solar Galileo (GSST), lembra que a energia do Sol saí do núcleo e é transportada até a superfície – onde ocorre aquele “borbulhamento” citado anteriormente. “E o movimento desse gás acaba gerando um fenômeno que se chama reconexão magnética.” Que, de maneira muito simples, é uma explosão, que pode ter diferentes manifestações.

Uma delas é a ejeção de massa coronal, uma bolha de plasma que pode vir em direção à Terra, assim causando a tempestade. Ela pode demorar de um até três dias para chegar até aqui. “Essas bolhas carregam uma parcela da atmosfera do Sol. É uma parcela muito bem organizada, porque o campo magnético organiza”, diz Vieira.

“Essa bolha se propaga muito rápido em relação ao ambiente, e acaba formando ondas de choque. E essas ondas de choque, muito parecido com um avião que rompe a barreira do som, empurra a massa de plasma que está na frente dela.”

Esse material que vem do Sol conduz muita eletricidade, lembra Zabot, da UFSC. Então ele pode interferir no campo magnético local e fazer oscilações do campo magnético da Terra. Aqui está o problema.”

Aurora boreal

O efeito visível das tempestades por aqui são as auroras boreais, um show de colorido exuberante. “Quando essas partículas carregadas (da massa ejetada do Sol) interagem com as moléculas de oxigênio e nitrogênio da alta atmosfera (da Terra), excitam os átomos. Partículas carregadas, prótons e elétrons, colidem com os elétrons dos átomos, e fazem os elétrons pularem de nível, e (isso) emite um fóton, que é a luz que a gente vê”, explica Dias da Costa, da USP.

São mais comuns nos polos, a depender da intensidade da tempestade, se aproxima da Linha do Equador. Em 2003, por exemplo, em um caso que ficou conhecido como as tempestades solares do Halloween, foram registradas ao sul de Texas, nos EUA, e em países mediterrâneos da Europa.

Por que isso acontece perto dos polos e não no Equador? “Não se esqueça que há o campo magnético da Terra, que protege a superfície dessa chuva de partículas carregadas. É uma espécie de guarda-chuvas eletromagnético”, fala o professor da USP.

“Como essas partículas são eletricamente carregadas, vão sendo desviadas para os polos, jogadas para os polos pelo próprio campo magnético da Terra.”

Efeito nas comunicações

É válido ressaltar que nessa história toda, somos completamente passivos. Ou seja, só conseguimos nos preparar para evitar danos. Daí vem o principal problema das tempestades solares, que podem colocar nossos meios de comunicação, principalmente os dependentes de satélite, em cheque.

“Os satélites são os mais atingidos, na verdade, porque estão muito expostos”, fala Zabot. E disso podemos pensar em danos secundários, instabilidade em sistemas de navegação, o GPS, e até na internet – a maioria de nossa conexão ainda vem de cabos, mas uma parte de satélites.

O que acontece é que a aproximação da bolha de plasma traz consigo o campo magnético, que vai interagir com o campo no qual o satélite já está. “É um problema elétrico”, fala Zabot. “O circuito elétrico de um satélite aguenta correntes elétricas de acordo com o previsto no projeto. De repente, você tem um campo magnético variável perto dele, e começa a ter correntes elétricas que a gente chama de espúrias. Vai queimar o circuito.”

Mas não pense que países gastariam tanta grana com um satélite para deixá-los vulneráveis. Caso a tempestade seja muito forte, é possível colocá-lo em stand-by, ou seja, diminuir a atividade dele ao mínimo, explica Zabot. Isso só é possível porque órgãos como o NOAAA fazem um papel de defesa civil do espaço, o que permite emitir um alerta.

Para enfrentar tempestades menos intensas, por vezes, as partes mais sensíveis do satélite, os circuitos, ficam blindados por placas, e são, até mesmo duplicadas, no caso de uma falhar.

É possível, embora historicamente haja poucos registros, de causar problemas em linhas de transmissão de energia elétrica. No final da década de 1980, a província de Quebec, no Canadá, sofreu um blackout causado por uma tempestade solar massiva.

Prejuízos à saúde humana

Estamos falando de radiação, logo, efeitos na saúde humana não desprezíveis. No entanto, esse é um problema para grupos específicos de pessoas. Podem afetar astronautas em viagem espacial e viajantes frequentes transpolares, que se aproximam de onde as auroras são frequentemente registradas, explica Vieira, do Inpe. Segundo ele, equipes que fazem esses destinos com frequência são submetidas a escalas de trabalho diferentes devido ao acúmulo de radiação.

FONTE ESTADÃO

Previsão do tempo: quinta-feira deve ter sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva em Minas

De acordo com o Inmet, as condições estarão favoráveis para ocorrência de chuva intensas de até 50 milímetros

Esta quinta-feira (11) segue com instabilidades atuando em grande parte de Minas Gerais. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o dia será de sol entre muitas nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas principalmente no Centro-Sul e Oeste.

Por outro lado, no Norte e Leste prevalece sol entre nuvens e apenas possibilidade de chuva isolada. As temperaturas permanecem estáveis em todas as regiões mineiras.

Diante disso, as condições atmosféricas estarão favoráveis para ocorrência de chuva intensas, entre 20 e 30 milímetros/h ou até 50 milímetros/dia, acompanhadas rajadas de vento de 60 km/h no Noroeste, Central Mineira, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, Oeste, Sul/Sudoeste, Zona da Mata e Metropolitana.

Em Belo Horizonte, segundo a Defesa Civil, o céu deve ficar parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, principalmente a partir da tarde. Por lá, os termômetros devem oscilar entre 18 °C e 30 °C.

FONTE ITATIAIA

Terra atinge periélio em 2024: descubra quais são as consequências

Em 2024, a Terra alcançou o seu ponto mais próximo do Sol, conhecido como periélio. Saiba como essa proximidade influenciará a vida na Terra e o que podemos esperar desse evento astronômico.

Descobertas astronômicas sempre encantaram a humanidade, e uma delas aconteceu logo nos primeiros dias de 2024.

A cada ano, a Terra alcança o ponto mais próximo de sua órbita em torno do Sol, chamado de periélio. No dia 2 de janeiro desse ano, na última terça-feira (2/1/24), a Terra atingiu esse ponto.

O que são afélio e periélio?

afélio ocorre quando a Terra está no ponto mais distante do Sol em sua órbita, como se estivesse dando um passo para trás.

Já o periélio é quando a Terra está mais próxima do Sol em sua órbita, como se fosse o ponto mais próximo que ela alcança. É como se a Terra estivesse dando um passo à frente, aproximando-se mais do Sol.

Qual a relação disso com os eventos de 2/1/24?

Durante o periélio, o planeta fica cerca de 3% mais próximo do Sol do que a distância média entre eles. Esse fenômeno foi observado pelo site americano EarthSky.

Devido à órbita elíptica da Terra, em vez de ser circular, as distâncias entre a Terra e o Sol variam ao longo do ano.

Na data de 2 de janeiro, a Terra encontrava-se a cerca de 147 milhões de quilômetros do Sol, uma distância 5 milhões de quilômetros menor do que no afélio, o ponto de maior distância entre os dois corpos celestes.

A média da distância entre a Terra e o Sol é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Durante o periélio, o Sol aparenta ser ligeiramente maior visto da Terra, um evento que ocorre anualmente no início de janeiro, coincidindo com o verão no Hemisfério Sul. Já o afélio, por sua vez, ocorre no início de julho, durante o inverno no mesmo hemisfério.

As datas precisas do periélio e do afélio mudam a cada ano, não coincidindo exatamente com o calendário. Por exemplo, no Brasil, a maior proximidade em 2024 ocorreu às 21:38 do dia 2 de janeiro. Essas variações são resultado da dinâmica orbital da Terra.

Em escalas temporais mais amplas, as datas do periélio e do afélio sofrem mudanças graduais. A cada 58 anos, essas datas avançam aproximadamente um dia.

Além disso, flutuações de curto prazo podem ocasionar variações de até dois dias entre um ano e outro.

Os especialistas em Matemática e Astronomia preveem que, daqui a 6.430 anos, ou seja, mais de 4 mil anos no futuro, o periélio coincidirá com o equinócio de março.

equinócio é um fenômeno que ocorre quando o dia e a noite têm durações iguais, cada um com exatas 12 horas.

Esse fenômeno astronômico tem impactos significativos em missões espaciais. Por exemplo, satélites que orbitam o Sol, como a Sonda Solar Parker, desenvolvida pela NASA, são afetados pelos momentos de periélio.

Lançada em 2018, a Sonda Solar Parker se aventura próxima à superfície do Sol, a uma distância de alguns milhões de quilômetros, antes de retornar à órbita de Vênus para regulação térmica. Sua missão é estudar o Sol com detalhes sem precedentes.

Outra missão notável da NASA é o Observatório de Dinâmica Solar, que também se dedica ao estudo do Sol.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

Buraco no Sol dispara material que deve provocar espetáculo de auroras na Terra

Vento solar ejetado por buraco coronal que vem evoluindo no Sol e se voltando para a Terra desde setembro deve gerar auroras no norte do globo

Observadores de auroras no norte do globo estão preparados para um verdadeiro espetáculo de luzes que está para acontecer nas próximas horas. Uma corrente de vento solar está a caminho da Terra proveniente de um buraco coronal gigante, e tempestades geomagnéticas moderadas podem ocorrer quando esse material atingir o planeta.

Vamos entender:

  • Um enorme buraco se abriu na atmosfera do Sol, liberando uma corrente de vento solar em direção à Terra;
  • O Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, fotografou a fenda, que se estende por quase 800 mil km ao longo de seu longo eixo;
  • Trata-se de um buraco coronal – uma região da atmosfera solar onde os campos magnéticos se abriram, permitindo que o vento solar escape;
  • O buraco parece escuro porque o gás quente brilhante normalmente contido na subsuperfície está faltando;
  • O vento solar deve chegar nesta segunda-feira (4);
  • Embora seja um material leve, ao se juntar com um jato de plasma originário de uma erupção ocorrida no domingo (3), poderia provocar tempestades geomagnéticas de classe G1 (fraca) a G2 (moderada) – em uma escala que vai de G1 a G5.
Buraco coronal fotografado por sonda da NASA no sábado (2). Crédito: SDO/AIA

Outras consequências além das auroras

De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia Spaceweather.com, o fluxo estava previsto para chegar a partir desta manhã. Ainda segundo o site, a onda de partículas solares deve continuar até terça-feira (5), com tempestades um pouco mais calmas, no nível G1.

Além da formação de auroras nas mais extremas latitudes da Terra (austrais, quando vistas no polo sul, e boreais, quando no polo norte), tempestades geomagnéticas de classes G1 e G2 podem provocar:

  • Sistema elétrico: tempestades de longa duração podem danificar transformadores;
  • Operação de satélites: podem ser requeridas ações corretivas da orientação pelos controles de solo, e possíveis mudanças no arrasto podem afetar a previsão das órbitas;
  • Outros sistemas: propagação em rádio HF pode enfraquecer em locais nas mais altas latitudes.

FONTE OLHAR DIGITAL

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