Historiador derruba mitos sobre personagens da Inconfidência Mineira

André Figueiredo Rodrigues se concentra em figuras históricas pouco exploradas e centra foco no delator de Tiradentes

Inconfidência Mineira, tema recorrente nas escolas, é comumente apresentada de forma simplificada. Essa narrativa, embora útil para a iniciação no assunto, esconde a complexa realidade histórica por trás dos eventos. Figuras como o mártir Tiradentes e o fazendeiro José Silvério dos Reis, frequentemente retratadas como heróis absolutos e traidores irremediáveis, respectivamente, eram indivíduos multifacetados, movidos por diferentes motivações e inseridos em um contexto de tensões e incertezas. Estudos recentes, no entanto, revelam nuances que desafiam a visão maniqueísta tradicional, lançando luz sobre a riqueza e a complexidade desse capítulo fundamental da história brasileira.

O historiador André Figueiredo Rodrigues, professor da Universidade estadual Paulista (Unesp) está entre os pesquisadores que fazem esse trabalho de reconstituição para melhor entender essa parte da História do Brasil. Em 11 de abril de 1789, Silvério dos Reis delatou Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, à Coroa Portuguesa, precipitando o fim da Inconfidência Mineira. “Ele é uma figura controversa. Teve um papel central no desenrolar da Inconfidência, mas pouco sabemos dele para além da pecha de traidor”, diz o especialista. O obscurantismo em torno de Silvério deve-se, antes de mais nada, aos holofotes colocados sobre Tiradentes. “Ao estudar o traidor acabamos diminuindo um pouco o poder do herói. E Tiradentes é simplesmente o herói mais estudado da história do Brasil”, acrescenta Rodrigues.

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Quadro retratando Joaquim Silvério dos Reis, de autoria e período ignorados – (Arquivo Público de Minas Gerais //Reprodução)

Silvério, de fato, é uma figura de muitas nuances. Nascido em Portugal, ele foi atraído ao Brasil pelos relatos de prosperidade. Começou a vida sem posses, mas envolveu-se em uma variedade de atividades, nem sempre legais, que lhe garantiram a tão sonhada ascensão social. Mesmo prosperando, o fazendeiro adquiriu dívidas com a Coroa, o que o fez se juntar aos inconfidentes quando começaram as ameaças da execução da Derrama — cobrança imediata e integral de todos os impostos em atraso. Por muito tempo, acreditou-se que a traição de Silvério dos Reis teria sido estimulada por dificuldades financeiras, mas Rodrigues descarta esta hipótese. “Os documentos mostram que ele era um homem rico e poderia, inclusive, quitar suas dívidas”.

O historiador acredita que a denúncia foi uma decisão estratégica. Ao avaliar os rumos do movimento, Silvério concluiu que era uma questão de tempo para que a conjuração fosse descoberta. Diante disso, resolveu se antecipar. Assim, não perderia o status conquistado a duras penas, se livraria das punições, e ainda poderia ganhar algumas benesses. “Tudo depende do ponto de vista. Para Portugal, Tiradentes é o vilão, enquanto Silvério é o herói. Ele quem manteve o Império português unido e coeso”, acrescenta Rodrigues.

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A casa onde Joaquim Silvério viveu, em São Luís no Maranhão. (André Figueiredo Rodrigues //Reprodução)

Como prêmio pela sua delação, o fazendeiro recebeu o hábito da Ordem de Cristo, 200 mil réis de pensão, o título de fidalgo da Casa Real, foi nomeado tesoureiro-mor da Bula de Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, e teve o sequestro de seus bens, por dívida fiscal no contrato de entradas, suspenso. Em 1795, ainda foi condecorado como Cavaleiro da Ordem de Cristo. Mas, queixando-se de constantes insultos e atentados em virtude de suas decisões, ele deixou o Rio de Janeiro e retornou a Portugal, onde viveu por alguns anos. Quando, por uma reviravolta do destino, a Corte portuguesa transferiu-se para o Rio de Janeiro, ele voltou a viver no país. No entanto, D. João VI enviou-o para viver em São Luís, no Maranhão, onde passou seus anos finais.

Mesmo após a morte, sua péssima reputação no Brasil fez com que uma de nossas figuras mais proeminentes, o duque de Caxias, patrono do exército brasileiro, discretamente ocultasse o parentesco entre os dois: o português era seu tio-avô, informação que não apareceu nas muitas biografias do militar.

Nascido em Guarulhos, Rodrigues foi seduzido pelos confins das Minas Gerais cedo. Ainda na graduação começou a pesquisar o movimento inconfidente, com especial carinho pelos personagens pouco explorados. Uma pesquisa em torno da atuação dos padres mineiros, por exemplo, o fez se deparar com Domingos da Silva dos Santos, irmão pouco conhecido de Tiradentes. Ao contrário do heroico irmão, o padre, que inicialmente liderou uma missão para a catequização de indígenas no interior do Brasil, abandonou o hábito e mudou-se para o Mato Grosso, onde, ao fingir ser advogado, aproximou-se das elites locais. Ao fim, envolve-se em tramoias escusas e acaba acusado de tráfico de diamantes. Preso como o irmão inconfidente, acaba escapando do destino trágico.

Ao pesquisar as mulheres, encontrou Hipólita Jacinta Teixeira de Melo. Ao assumir as posses da família depois do degredo do marido, ela não só garantiu a subsistência de todos como aumentou consideravelmente o patrimônio da família. Para isso, além do avançado tino administrativo, a fazendeira usou de todos os recursos que dispunha para enganar a coroa, subornar fiscais e tramar contra o cunhado. “A inconfidência foi um movimento muito feminino. Principalmente quando olhamos o que acontece com as famílias depois da conjuração. Foram as mulheres que mantiveram tudo de pé”. Há ainda José de Resende Costa Filho e Manuel Rodrigues da Costa, rebeldes condenados que, após serem expulsos, retornaram ao país com discursos ideológicos alinhados aos interesses da metrópole que eles tanto combateram.

Tiradentes não foi encontrado em um sótão pelos guardas do governador, como se supunha. “Ele foi encontrado em uma biblioteca, atrás de um sofá, com um bacamarte na mão. Nada disso vai mudar o mundo, mas nos ajuda a ilustrar tudo melhor”. O mártir também não morreu cabeludo e de barba, como se ilustra, na verdade não há nenhum registro visual dele. Mas é provável que ele tenha morrido careca e com o rosto sem pelos, como era usual entre os condenados à forca. “Meu grande objetivo é mostrar essa inconfidência que ninguém conhece”. Por fim, ao ser questionado se Silvério era herói ou vilão, responde de forma sucinta: “Para mim, vilão, claro. Afinal, eu sou brasileiro”.

 

FONTE VEJA

Tiradentes, tão vivo quanto Elvis?

Deputado questiona morte do inconfidente: “Após seu suposto enforcamento e esquartejamento, Joaquim José da Silva Xavier embarcou para a França”

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) agitou as redes sociais ao questionar a histórica morte de Tiradentes. Segundo o parlamentar, Joaquim José da Silva Xavier não teria sido enforcado, mas escapado para a França e, depois, voltado ao Brasil.

Diz a postagem:

“Tiradentes | Após seu suposto enforcamento e esquartejamento, Joaquim José da Silva Xavier embarcou para a França, onde viveu muito bem, criando até família. Anos depois, voltou ao Brasil, por sugestão de D. João VI, e montou uma “botica”, no Rio de Janeiro.

É curioso que sua existência nunca tenha sido divulgada durante o Brasil Imperial. Naquela época existia imprensa livre e majoritariamente republicana.

A menção à sua figura surge com ares de mito após o Golpe Militar de 1889. Como era alferes, ou tenente, foi convenientemente alçado a herói militar da Independência, ou da República, uma vez que era esse o objetivo dos inconfidentes.

Registros da época atestam sua saída do Brasil antes de sua execução, pois recebeu o perdão real. A Verdade sempre aparece.”

Elvis também não morreu

hoax lembra a crença de muitos fãs de Elvis Presley que creem que o cantor não morreu em 1977, mas que moraria em algum local desconhecido, como uma ilha perdida.

Em tempos de redes sociais, a viralização de conteúdos deste tipo gera engajamento e audiência para os autores e para as plataformas, mesmo que eles sejam sabidamente enganosos ou ofensivos.

Como a postagem não foi feita em 1º de abril e não tem tom irônico, é preciso destacar a verdade histórica. O texto contradiz com os registros históricos.

Historiadores não têm dúvidas sobre a execução de Tiradentes em 1792 como um fato comprovado e sua elevação a herói nacional como um movimento político da República para consolidar o regime.

A morte de Joaquim José da Silva Xavier

Documentos históricos e evidências robustas asseguram a realidade de seu martírio, solidificado na memória nacional e marcado pela data de 21 de abril de 1792, feriado nacional em sua homenagem. Seu nome está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria desde 1992.

A teoria conspiratória postula que Tiradentes teria sido secretamente perdoado e enviado à França, onde viveria tranquilamente até decidir voltar ao Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. No entanto, tal suposição colide frontalmente com registros históricos fidedignos e a lógica das circunstâncias da época.

Primeiro, a ausência de documentos que corroborem a presença de Tiradentes na França ou qualquer outro local após 1792. A história, amplamente documentada por testemunhos e registros oficiais, narra sua execução em praça pública na capital, Rio de Janeiro, onde foi enforcado e posteriormente esquartejado, como era a praxe para crimes de alta traição naquele período.

Infâmia

A morte de Tiradentes foi oficializada com infâmia lançada sobre sua memória e descendentes. Seu sangue foi usado na certidão de óbito. A cabeça foi exposta em Vila Rica (MG) e se perdeu com o tempo, enquanto os restos do corpo foram espalhados pelos locais onde proclamou seus ideais revolucionários. A residência de Tiradentes foi destruída e o chão salgado, para que “nada nascesse lá”.

Além disso, a logística para uma suposta fuga, disfarce e retorno ao Brasil seriam extremamente complexos e improváveis, dado o contexto da vigilância portuguesa e as dificuldades de deslocamento do século XVIII.

O motivo pelo qual Tiradentes teria forjado sua morte também é questionável; ele era um líder do movimento pela independência do Brasil, e a sua execução transformou-o em um ícone de resistência e liberdade.

Silêncio

Outro aspecto a considerar é o silêncio que o cercaria caso estivesse vivo durante o Império do Brasil. Em uma época de imprensa ativa e liberdade de expressão relativamente maior, a ausência de qualquer menção à sua figura sugere que, de fato, ele havia sofrido o destino que a história reconhece.

A influência de Tiradentes como mártir da Inconfidência Mineira é um evento tão arraigado na consciência nacional que tentativas de reescrever sua história encontram um sólido muro de fatos. A conspiração parece ignorar o peso dos documentos históricos que relatam com detalhes sua execução e morte, assim como a importância simbólica de seu legado para a nação.

Em resumo, embora teorias conspiratórias possam provocar curiosidade, a verdade sobre Tiradentes permanece inalterada e corroborada por provas concretas. A história, tal como conhecida e celebrada no feriado de 21 de abril, confirma Tiradentes como uma figura que sacrificou sua vida em prol da independência do Brasil, e não como um sobrevivente de sua própria lenda.

A execução de Tiradentes foi um evento crucial na história brasileira, marcando o início da luta pela independência do país. Que Tiradentes e Elvis descansem em paz.

 

FONTE O ANTAGONISTA

20 fatos para entender quem foi Tiradentes

Conheça melhor sobre uma das primeiras figuras que lutou pela independência do Brasil

Como já é conhecido, o dia 21 de abril é feriado nacional. A data, que no ano de 2024 cai em um domingo, celebra a vida de Tiradentes. E, apesar de ser um feriado famoso e um dos primeiros instituídos no Brasil desde a Proclamação da República, a sua figura principal e seus feitos ainda causam dúvidas em muitas pessoas ao redor do país.

Pensando nisso, trouxemos aqui 20 dos principais fatos da vida de Tiradentes para entender os motivos pelos quais ele precisa continuar sendo lembrado.

Confira 20 fatos sobre Tiradentes

Saiba mais sobre os fatos para saber quem foi Tiradentes

  • O nome verdadeiro de Tiradentes era Joaquim José da Silva Xavier;
  • Ele nasceu no dia 12 de novembro de 1746;
  • O local de nascimento do líder foi na antiga Capitania de Minas Gerais, ainda no Brasil Colonial. Se formos usar a configuração atual do Estado de Minas, seu nascimento foi onde hoje fica a cidade de Ritápolis;
  • O apelido Tiradentes veio pois após ele ter perdido os pais muito cedo e ter passado a exercer várias funções, incluindo a de dentista;
  • Dentre as demais profissões que Tiradentes exerceu está a de militar, minerador e tropeiro;
  • De todas as profissões que teve, a mais estável foi a de alferes, que era uma patente abaixo de tenente na hierarquia militar da época;
  • Ele chegou a fazer parte da tropa que monitorava o Caminho Novo, estrada que ia de Vila Rica em Minas até o Rio de Janeiro;
  • Tiradentes não era um intelectual, mas demonstrava bastante interesse por temas políticos, principalmente pela Constituição dos Estados Unidos;
  • O grande fator da revolta de Tiradentes eram os altos impostos da Coroa Portuguesa, que tirava 20% do ouro que era extraído em Minas Gerais, o famoso quinto;
  • O problema começou a se agravar a partir da década de 1760, quando mesmo com a diminuição da extração, a Coroa Portuguesa seguiu exigindo o quinto;
  • Tiradentes passou a participar de conspirações contra a Coroa a partir da Derrama, medida portuguesa que retirava as posses de quem não pagava os impostos;
  • Tiradentes passou a participar da Inconfidência Mineira, uma das mais fortes conspirações contra o reino de Portugal;
  • Tiradentes foi um dos mais radicais dos inconfidentes;
  • De acordo com o pesquisador Lucas Figueiredo, um de seus objetivos chegou a ser tornar Minas Gerais independente do que hoje é o Brasil;
  • Tiradentes chegou a tramar a morte do governador da Capitania de Minas Gerais, Visconde de Barbacena. O plano só não foi a cabo pois o governante desmantelou o grupo;
  • Tiradentes foi o único que assumiu que participou da conspiração da Inconfidência Mineira;
  • Graças à sua confissão, foi o inconfidente que recebeu a pena mais dura, enforcado, decapitado e esquartejado para que ficasse de lição. Sua morte ocorreu no dia 21 de abril de 1792;
  • Desde a proclamação da república, Tiradentes passou a ser transformado em um herói brasileiro;
  • Suas representações são propositalmente semelhantes à Jesus Cristo, para fortalecer a ideia de que foi um mártir;
  • O samba-enredo “Exaltação À Tiradentes” de 1949 da Escola de Samba Império Serrano se tornou um clássico do samba popular, tendo sido regravado por nomes como Elis Regina, Elza Soares e Chico Buarque.

 

FONTE NSC TOTAL

Festival Caminhos de Fogo reúne 27 chefs de renome em maio em Tiradentes

Tradição do churrasco é enaltecida no evento que vai receber chefs renomados, como Jimmy Ogro, Helvécio Maciel, Paula Labaki e Mário Portella

27 chefs de renome nacional se reúnem em Tiradentes, MG, na terceira edição do Caminhos de Fogo, festival de churrasco que vem ganhando admiradores entre chefs e público a cada edição. Neste ano, o encontro já tem data marcada: dia 4 de maio, no Santíssimo Resort, localizado no centro histórico da cidade mineira.  Os ingressos estão disponíveis pela plataforma Sympla, já em último lote.

O foco do festival é a tradição gastronômica ao redor da brasa, trazendo métodos e técnicas tradicionais, modernas e multiculturais do mundo do churrasco. Nesta edição, estarão presentes chefs renomados, como Jimmy Ogro, Helvécio Maciel, Paula Labaki, Felipe Rameh, Marcelo Bolinha e Mário Portella, entre muitos outros especialistas em explorar com a potencialidade de sabores das carnes.

“Além de fomentar o turismo por meio da gastronomia, o festival busca trazer essa riqueza da tradição do churrasco, que está pulverizada no Brasil, para Tiradentes, uma cidade que recebe tão bem as pessoas. O evento parte desse lugar lúdico da descoberta, inovação, experimentação. São caminhos que se abrem a partir do pilar principal que é a transformação através do fogo” comenta Guilherme Macedo, organizador do evento.

Os preparos serão compostos por proteína mais os acompanhamentos escolhidos pelo chef, com cortes bovinos, suínos, ovinos e peixes exóticos. Além da famosa sobremesa carro chefe do restaurante Tragaluz, de Tiradentes, a goiabada cremosa.

Participam desta edição os chefs:

Jimmy Ogro, Marcelo Bolinha, Felipe Rameh, Helvecio Maciel, Mário Portella, Júlia Carvalho, Tadeu do Rango, Bruno Salomão, Paula Labaki, Panhoca, Rodrigo Tenente, Marcos Levi, Ligia Karazawa, Fih Fernandes, Santi Roig, Rafael Soares, Flavio Xapuri, Priscila Deus, Adriano Geleia, Carol Armenio, Marina Lopes, Tallita Machado, Adriano Pedro, Rodolfo Mayer, Cristovão Laruça, Rafael Pires e Thiago Bitelo.

Caminhos de Fogo 

Dia: 4 de maio

Local: Santíssimo Resort

Rua dos Inconfidentes, 140 – Tiradentes (MG)

FONTE O TEMPO

13º Festival de Fotografia de Tiradentes celebra a arte da imagem

De 6 a 10 de março, a programação gratuita do evento contará com palestras, bate-papos, exposições, projeções e lançamento de fotolivros, entre outras atividades

13º Festival de Fotografia de Tiradentes vai movimentar as ruas históricas cidade mineira, entre os dias 6 e 10 de março. Serão cinco dias de programação intensa, gratuita e diversificada para celebrar a arte da fotografia por meio de imagens, reflexões, troca de experiências e aprendizados. A programação completa do evento está disponível no site oficial fotoempauta.com.br/festival2024.

Em 2024, por meio da temática a Terra, o Festival vai explorar nossa relação com o planeta e dele com os seres vivos, a partir do ponto de vista de artistas de diversas partes do Brasil e do mundo, todos unidos pela base fotográfica e pela preocupação com questões terrestres.

Eugenio Sávio, idealizador e diretor artístico do evento, explica que a proposta do festival “é sempre incentivar as pessoas para pensar sobre o mundo, sobre a vida e trabalhar essa experiência em termos de imagem. E, este ano, a questão da terra está totalmente conectada a tudo isso”.

Abertura Oficial

A programação tem início na quarta, dia 6 de março, às 18 horas, na Cerimônia de Abertura com a presença de curadores, idealizadores, convidados e colaboradores do festival no Centro Cultural Yves Alves (Rua Direita, 168, Centro Histórico) e abertura das exposições em outros 12 espaços da cidade.

A série de palestras no Centro Cultural Yves Alves prossegue até domingo dia 10. As atividades são gratuitas, sem necessidade de inscrição prévia, apenas sujeitas a limitação do espaço. As senhas para a participação serão distribuídas uma hora antes do início dos debates e os eventos do Centro Cultural também serão transmitidos ao vivo no pátio do espaço.

Palestras

A programação de palestras da quinta, dia 7, tem início às 16 horas, com “Utopias Fotográficas: novas verdades e a desmaterialização da Fotografia”. Ancorado em seu recente livro, “Utopia”, o fotógrafo Lucas Lenci propõe uma reflexão sobre a evolução da produção de imagens, desde suas origens até o atual emprego da Inteligência Artificial.

Em seguida, às 18 horas, é a vez do debate “Quantos autores tem um livro?”. Um fotolivro não é a reprodução mecânica de uma série de imagens selecionadas pelo fotógrafo. Embora criado a várias mãos, o livro de fotograria tem sua própria lógica, sua própria sintaxe visual. É um ser autônomo. Edu Simões, João Farkas, Kiko Farkas e Rogério Reis discutem suas experiências fotografando, editando e desenhando livros, especialmente a Coleção de Fotografia Brasileira do Instituto Olga Kos.

E para encerrar as discussões do dia, às 20 horas, os curadores João Castilho e Pedro David falam sobre o processo de composição da exposição “Eztetyka da Terra”, que reúne obras de 13 artistas de diversas partes do Brasil e do mundo, como Suíça, Argentina e Equador, e aborda questões voltadas aos agenciamentos terrestres e às formas como a Terra tem sido ocupada.

Na sexta, dia 8, o debate “Territórios Fotográficos: Dinâmicas Culturais entre o Brasil e a França” dá início às reflexões, às 14 horas. Erika Negrel apresenta o Réseau Diagonal, uma rede que conecta espaços, instituições em diversos territórios fotográficos na França. Ela conversa com Gláucia Nogueira, da Associação Iandé, sobre as possibilidades de difusão e criação de oportunidades de parcerias que valorizem a circulação da fotografia entre o Brasil e a França.

Logo após, às 16 horas, “Água viva e rios rompantes: a fotografia entre o testemunho e a imaginação”, é o tema do debate mediado por Anna Karina Bartolomeu e Eduardo Queiroga. No encontro, Bárbara Lissa e Maria Vaz, do duo Paisagens Móveis, e Paula Huven conversam sobre suas produções e pesquisas em artes visuais. Serão abordadas ainda as potencialidades da prática artística associada à pesquisa acadêmica e as particularidades de um pensamento que se produz com as imagens.

“Arquivos e adoções de fotografias” encerra a programação reflexiva da sexta, às 18 horas. As artistas da exposição “Ruínas de arquivos, Reversos de histórias” – Juliana Jacyntho, Elaine Pessoa, Thelma Penteado, Fernanda Klee, Heloisa Ramalho e Valéria Mendonça e do coletivo DESarquivos – Madame Pagu, Nayara Rangel, Ulla von Czékus e Vania Viana conversam com a pesquisadora e curadora Fabiana Bruno, uma das idealizadoras e coordenadora do Arquivo ACHO (Arquivo Coleção de Histórias Ordinárias). A discussão abordará os processos de adoção e (re) criação vinculados à reciclagem de fotografias “órfãs” em busca de uma contra-memória de arquivos.

No sábado, dia 9, os debates começam às 12 horas, com “Poéticas da Floresta”. Os fotógrafos Renato Soares e Piratá Waurá se encontram na linguagem fotográfica e constroem uma poética estreitamente ligada à floresta e aos povos do Território Indígena do Xingu, um mundo onde as pessoas estão entrelaçadas aos múltiplos elementos da Terra.

Em seguida, às 14 horas, será realizada a Mesa ZUM. Em “Hora Grande”, publicada na edição impressa da revista ZUM #25, editada pelo Instituto Moreira Salles, as colagens da artista Gê Viana partem de arquivos fotográficos para reimaginar a vida nos quilombos e os modos de existência atropelados pela marcha do progresso na região de Alcântara, no Maranhão.

A programação reflexiva continua às 16 horas, com a palestra “O corpo como Arquivo”. O artista Eustáquio Neves e a curadora Daniele Queiroz conversam sobre a produção contemporânea de imagens a partir de arquivos, partindo da ideia do corpo como arquivo primeiro e primordial.

E a palestra “Retratistas do Morro” encerra a programação de debates do 13º Festival de Fotografia, às 18 horas. Os fotógrafos Afonso Pimenta e João Mendes, com mediação de Guilherme Cunha, idealizador do projeto Retratistas do Morro, discutem as historicidades das imagens, vivências comunitárias e a importância da preservação da memória nas comunidades para a construção de uma nova narrativa brasileira.

Para garantir a inclusão e a diversidade nas discussões, o festival dispõe de uma tradutora de libras para as palestras. Para agendamentos de visitas de pessoas ou grupos com algum tipo de deficiência, e para solicitar acessibilidade, inclusive audiodescrição para os debates, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail fototiradentes@gmail.com.

Projeções

Para promover o encontro da fotografia, com o som, com a praça e com o público, as projeções serão realizadas nas noites de sexta, 8 de março, e sábado, dia 9, no Largo das Forras, a partir das 20 horas. Em caso de chuva, as atividades serão transferidas para outro local.

“Impermanências do visível” – Projeção fruto de uma chamada aberta a estudantes, servidores e participantes de projetos de extensão e pesquisa da UFMG. A Comissão Curadora foi formada por Anna Karina Bartolomeu, Eduardo Queiroga e Marcelo Drummond. Serão apresentadas obras de André Ferreira Carneiro; Beatriz Pessoa; Carlos Henrique Rezende Falci; Cia da Hebe, Tika Tiritilli, Mônica Sucupira, João Barim; Daniel Borges, Maria Eduarda Espindula Marques, Matheus Arcanjo e Livia Radane; Daniel Pettersen; Equipe do Espaço Arteducação FaE/UFMG; Fernando Costaa; Gabriel Lauriano; Gustavo Franca; Gustavo Rizzo; Isabela Santos; Jeanne O. Santos; Juliana Sarti; Mariana Laterza; Marília Lima; Rogerio D. Pateo; Victória Sofia; Vit Leão e Yurika Morais.

O 13º Festival de Fotografia de Tiradentes lançou a convocatória “Diálogos da Terra” que reuniu trabalhos das mais diversas vertentes (documentais, imagens pessoais e poéticas) refletindo sobre o tema. Nessa conversa fotográfica, as obras dos autores se entrelaçam na sua diversidade para criar novas conexões visuais. A seleção teve curadoria de Glaucia Nogueira e Mônica Maia. A apresentação das obras foi editada por Bruno Magalhães e terá trilha sonora original, tocada ao vivo, por Marcos Souza e convidados.

Mostra de Portfólios 2024

Vinte autores foram selecionados pela comissão de avaliação formada por Maíra Gamarra e Paulo Marcos de Mendonça Lima e terão um espaço para apresentar seu trabalho em Tiradentes. É uma espécie de leitura de portfólios, onde quem faz a leitura é o público em geral. A atividade será realizada no sábado, dia 9, das 11 às 18 horas, na Vila Foto em Pauta (Rua Santíssima Trindade, 92).

Os artistas selecionados são: Adrián F.S., Ana Sabiá, Andressa CE., Aziza Eduarda, Benedito Ferreira, Bruno Claro, Camila Svenson, Dalila Coelho, Erick Peres, Gabz 404, Henrique Fujikawa, Karla Melani, Luiz Cardoso, Madelaine Ekserciyan, Malu Teodoro, Nanda Rocha, Maria Vaz, Marina Feldhues, Rogério Vieira e Tayná Uràz.

Exposições

A programação do 13º Festival de Fotografia de Tiradentes promoverá ainda 22 exposições em 13 espaços da cidade: Centro Cultural Yves Alves, Largo das Forras, Museu de Sant’Ana, IPHAN, Centro Cultural Aimorés, Quatro Cantos Espaço Cultural, Vila Foto em Pauta, Teatro Casa de Boneco, Instituto Rouanet, Plano B, Museu Padre Toledo, Taberna d’Omar e Galeria Birot Zucco.

Nas exposições, os visitantes poderão conferir imagens de cidades, de natureza, de conflitos, de meios de transporte, de pessoas, de famílias, do universo feminino, entre outros temas. Diversas mostras contarão com visitas guiadas ou bate-papo com os curadores. Algumas delas poderão ser vistas até o fim de março. A programação completa das exposições está disponível no site oficial do evento.

Lançamento de fotolivros

Em 2024, o Festival de Fotografia de Tiradentes realizará o lançamento de 52 livros de fotografia, nos dias 8 e 9 de março, a partir das 19 horas, na Vila Foto em Pauta. Povos originários, relações com as cidades e com a natureza, expressões culturais de diferentes povos e localidades e infância, estão entre os temas das publicações. A relação completa das obras, com sinopse e imagens está disponível no site oficial do evento, onde os livros também podem ser adquiridos.

13º Festival de Fotografia de Tiradentes

O Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta chega à sua décima terceira edição entre os dias 6 e 10 de março de 2024, na cidade histórica mineira. A programação completa está disponível no link http://fotoempauta.com.br/festival2024/. Acompanhe as novidades sobre o evento pelo perfil do Foto em Pauta no Instagram – https://www.instagram.com/fotoempauta/.

O 13º Festival de Fotografia de Tiradentes é realizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da CBMM, do Itaú e da Rede.

Fotos do evento disponíveis no link https://www.flickr.com/photos/fotoempauta/albums/72177720306913977/

Festival de Fotografia de Tiradentes vai movimentar a cidade mineira de 6 a 10/3

Exposições, debates, palestras, projeções de fotografias, lançamentos de livros e atividades educativas fazem parte da programação

O Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta chega à sua décima terceira edição em 2024. Entre os dias 6 e 10 de março, a cidade histórica mineira será palco uma programação intensa, diversificada e gratuita.

Os amantes da fotografia, a comunidade local e o público poderão conferir exposições, debates, palestras, projeções de fotografias, lançamentos de livros e atividades educativas. Elas serão realizadas no Centro Cultural Yves Alves e em outros espaços da cidade.

Segundo os organizadores, o Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta proporcionará aos participantes ricas experiências e trocas com profissionais de renome nacional e internacional, cuja produção artística é representativa no cenário da fotografia brasileira.

A 13º edição é realizada com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e com o patrocínio da CBMM, da Cemig, do Itaú e da Rede. A programação completa está disponível no site Festival de Fotografia de Tiradentes.

FONTE O TEMPO

Folia histórica: Justiça libera Praça Tiradentes para carnaval em Ouro Preto

Em uma decisão proferida hoje (08), a justiça concedeu a liberação para o uso da Praça Tiradentes em Ouro Preto para eventos e shows durante o carnaval. A menos de um dia do aguardado início da folia, essa é uma notícia aguardada com ansiedade pelos moradores e turistas que querem acompanhar a festa na cidade histórica.

O juiz decidiu autorizar a realização do Carnaval 2024 na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, com base na documentação relevante do Município, parecer técnico favorável do IPHAN, aprovação do Corpo de Bombeiros e compromisso municipal com a segurança do evento. A decisão está condicionada ao cumprimento das determinações especificadas pelo MPF.

O impasse em torno desse tema se arrastava desde setembro de 2023, quando uma liminar resultou no cancelamento da gravação do DVD do cantor Dilsinho, que estava programada para acontecer na praça. Desde então, a comunidade aguardava uma resolução para que a tradicional Praça Tiradentes pudesse ser palco de eventos culturais e festivos.

A Praça Tiradentes durante um evento. Foto: Ane Souz

Após apresentar documentos que comprovam as medidas de segurança adotadas pela Prefeitura de Ouro Preto, a Justiça acatou os argumentos, possibilitando oficialmente o uso da praça durante o Carnaval. A festa, que ocorrerá de 08 (quinta-feira) até 13 (terça-feira), poderá contar com shows, apresentações culturais e diversas atividades na Praça Tiradentes.

A decisão da Justiça é recebida com entusiasmo pelos organizadores de eventos e pela população, que agora poderão desfrutar de um dos principais pontos de encontro da cidade durante as festividades carnavalescas. A expectativa é de que a Praça Tiradentes se torne novamente o epicentro das celebrações, promovendo a cultura e a alegria que caracterizam essa época do ano em Ouro Preto.

FONTE JORNAL GALILÉ

Justiça mantém proibição de eventos na Praça Tiradentes, em Ouro Preto; prefeitura tinha anunciado carnaval no local

Juíza federal manteve liminar que proíbe realização de eventos de médio e grande porte no local.

A Justiça manteve a liminar que proíbe a Prefeitura de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, de realizar eventos de médio e grande porte na Praça Tiradentes, sob pena de multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento. O município já tinha anunciado festas de carnaval no espaço.

A decisão atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF). Em setembro do ano passado, o órgão tinha obtido uma decisão judicial favorável ao recomendar o cancelamento do show de Dilsinho na praça.

Na época, além de suspender a apresentação do cantor, a Justiça proibiu a prefeitura de realizar eventos de médio e grande porte no local, até que a efetiva viabilidade fosse verificada em juízo.

O município de Ouro Preto recorreu à Justiça para que a Praça Tiradentes pudesse ser palco de eventos do Carnaval 2024, desde que mediante autorização dos órgãos competentes. No entanto, a juíza federal Ana Carolina Campos Aguiar negou o pedido.

“Não foram apresentados a esse Juízo ou às demais entidades de fiscalização patrimonial qualquer planejamento para gerenciamento dos riscos de dano ao patrimônio histórico. […] O que se percebe é que o Município pretende alcançar os bônus das realizações desses eventos na cidade de Ouro Preto, não se incumbindo, de forma adequada, de elaborar um plano de gerenciamento de riscos para eles, incrementando os riscos destruição e desnaturação”, diz um trecho da decisão.

Para o MPF, a proibição de eventos na praça é necessária para evitar danos ao patrimônio histórico e garantir a segurança da população – a cidade histórica de Ouro Preto foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938 e declarada patrimônio mundial em 1980.

Segundo o Ministério Público, há risco de incêndios com alto poder destrutivo no local, considerando as edificações antigas, construídas com materiais inflamáveis e fiações elétricas precárias, além da falta de estrutura de prevenção e combate ao fogo.

A Justiça Federal agendou para a próxima segunda-feira (5) uma audiência de conciliação para debater o assunto.

g1 pediu um posicionamento para a Prefeitura de Ouro Preto e aguarda retorno.

FONTE G1

27ª Mostra de Cinema de Tiradentes abriu o calendário audiovisual do Brasil, atraiu mais de 35 mil pessoas e injetou mais de 10 milhões na economia local

Exibição de filmes, rodas de conversa, formação, atrações artísticas, Conexão Brasil CineMundi, Fórum de Tiradentes e muito mais fizeram parte da programação gratuita, que atraiu um fluxo de turistas cinco vezes maior que a população da cidade histórica mineira

Em sua 27ª edição, a Mostra de Cinema de Tiradentes apresentou a força da cinematografia brasileira contemporânea e colocou a cidade mineira em destaque na cena audiovisual. Além da exibição de filmes, foram realizadas ações de formação, reflexão e difusão do cinema e da cultura brasileira. Durante seus nove dias, de 19 a 27 de janeiro, a Mostra reuniu vários atores da cadeia produtiva do audiovisual e atraiu um fluxo de turistas cinco vezes maior que a população da cidade promovendo um aporte significativo na economia local.

Para a realização do evento – que é o maior e mais longo dedicado exclusivamente ao cinema brasileiro no país – foram gerados cerca de 2.500 empregos diretos e indiretos; mais de 250 empresas mineiras foram contratadas e aproximadamente 180 pessoas atuaram na execução da Mostra. Em valores monetários, foram cerca de R$ 10 milhões em recursos injetados na economia local, vindos do público de 35 mil pessoas que passaram pela cidade, número cinco vezes maior que a população do município. “A Mostra Tiradentes trouxe mais uma vez uma programação cultural abrangente e gratuita, que é sinônimo de um trabalho coletivo e determinado.  Ao lado da mais relevante produção audiovisual, tivemos as participações fundamentais dos patrocinadores, dos parceiros, do poder público, das entidades de classe, dos profissionais da cultura, dos veículos de comunicação, do público e da comunidade. Além de todas as reflexões, experiências e encontros proporcionados, a Mostra deixa um importante legado para o desenvolvimento social, humano e econômico local,” destaca Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra de Cinema de Tiradentes.

Nesta edição, a programação contou com uma seleção de 145 filmes, que incluiu 43 longas, 3 médias e 99 curtas-metragens de 20 estados: Alagoas (4), Bahia (3), Ceará (7), Distrito Federal (4), Espírito Santo (2), Goiás (5), Maranhão (1), Minas Gerais (45), Mato Grosso (1), Pará (3), Paraíba (1), Pernambuco (10), Paraná (4), Rio de Janeiro (22), Rio Grande do Norte (3), Roraima (1), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (2), Sergipe (1) e São Paulo (32). As produções puderam ser conferidas em 61 sessões de pré-estreias e mostras temáticas, em três cinemas instalados na cidade: Cine-Praça, Cine-Tenda e Cine-Teatro. Além destas exibições, na plataforma do evento (mostratiradentes.com.br), o público pode assistir a 33 filmes online e acompanhar os debates que foram disponibilizados para acesso gratuito, de qualquer lugar do mundo.

Caminhos do cinema brasileiro

27º Seminário do Cinema Brasileiro foi a extensão fundamental da programação de curtas, médias e longas-metragens e reuniu mais de 100 profissionais ao longo de 40 debates, sendo 21 deles integrantes da série Encontros com os Filmes, nos quais críticos convidados discutiram com realizadores e público os títulos das mostras Aurora, Foco, e Olhos Livres. Além destes, aconteceram bate-papos pós-sessão de diversas outras mostras, quatro debates conceituais a partir da temática “As formas do tempo”, cinco rodas de conversa e um encontro internacional.

A Mostra realizou a 2ª edição do Fórum de Tiradentes – Encontros pelo Audiovisual Brasileiro, oferecendo um espaço de reflexões e buscando revisitar propositivamente a complexidade atual do audiovisual, com a participação de mais de 50 profissionais de diversos segmentos do audiovisual do país. Os trabalhos realizados no Fórum resultaram na Carta de Tiradentes, documento que reúne informações, diagnósticos, perspectivas e ideias para políticas públicas do setor e que está sendo encaminhado a jornalistas, autoridades do poder público e profissionais da área.  O Fórum de Tiradentes contou com a participação da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, no evento de abertura.

Com a oferta de 247 vagas, o Programa de Formação da Mostra Tiradentes realizou 12 atividades para os públicos adulto e jovem. A iniciativa busca promover a formação e capacitação técnica para o mercado de cinema e oferecer oportunidades para a nova geração de atores e realizadores. Durante a Mostra, foram realizadas cinco oficinas para o público adulto e quatro para o público jovem, além de três laboratórios dentro da programação do CineMundi Lab.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Mostra Tiradentes recebeu o Conexão Brasil CineMundi, consolidado como o maior espaço de coprodução brasileira no cenário audiovisual do país. Nesta edição, cinco longas-metragens em finalização, categoria Work In Progress (WIP) – Corte Final, foram exibidos em sessões fechadas para uma platéia de profissionais da indústria audiovisual internacional e nacional composta por 15 convidados, representando festivais e instituições de 11 países, sendo Áustria, Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, México, Portugal, e Suíça.

Visibilidade

Cerca de 400 veículos de imprensa – dentre emissoras de rádio e TV, portais e agências de notícias, revistas eletrônicas especializadas, jornais e revistas – realizaram a cobertura jornalística e divulgaram a Mostra de Cinema de Tiradentes. Foram credenciados 110 profissionais para cobertura presencial do evento, entre jornalistas e críticos de cinema

Nas redes sociais, o alcance foi de mais de 3,5 milhões de usuários, somando os perfis no Facebook e Instagram. Já as impressões (número de vezes que o usuário vê o conteúdo) ultrapassaram os 4 milhões. O site da Mostra teve mais 250 mil acessos oriundos de 66 países. E o Flickr do evento –  plataforma de hospedagem e compartilhamento de fotografias – teve um recorde de vizualizações nesta edição com mais de 70 mil acessos em um único dia.

Sustentabilidade

A 27ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes contou com uma solução de energia limpa e 100% brasileira da Tecnogera, empresa brasileira especialista no fornecimento de energia temporária, durante todos os dias do evento.A Mostra Tiradentes foi o primeiro evento público a não recorrer a geradores a diesel para a segurança energética, necessária para a projeção de seus filmes sem interrupção

A tecnologia consiste em um sistema de armazenamento de energia em baterias de lítio, que fornece energia sem emissão de poluentes. A solução reutiliza baterias usadas no setor de mobilidade – como as de veículos elétricos –, que estão em final de ciclo de vida.  No total, a Tecnogera forneceu aproximadamente 1 MWh de energia limpa para alimentar as cargas do Cine-Praça.

Acessibilidade

A Mostra Tiradentes trouxe 14 filmes brasileiros em pré-estreias com recursos de acessibilidade. Ao todo, seis curtas-metragens da programação apresentam legenda LSE disponíveis através de Opened Caption (legendas visíveis); e oito longas-metragens também  puderam ser assistidos com os recursos de audiodescrição, narração em Libras e legendas Closed Caption, através do aplicativo Mobi Load.  

Roteiro paralelo

Diversas atrações artísticas tomaram conta da cidade durante a Mostra que trouxe na programação música erudita, MPB rock, música regional, discotecagem, teatro, circo, performances, lançamento de livros, exposições, o tradicional Cortejo da Arte dentre outros. Ao todo, 26 atrações culturais foram apresentadas ao público nos dias do evento e seis novos livros sobre cinema foram lançados.

Mostra Tiradentes abraça a cidade

projeto Toque de Mãos, que oferece oficinas e atividades formativas nas comunidades periféricas e rurais de Tiradentes, teve destaque nesta edição da Mostra. A iniciativa atende a mais de 60 mulheres, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Três produções exibidas na Mostra tem relação direta com a iniciativa: “Ceramistas da Comunidade do Elvas” e “Bordadeiras de César de Pina”, curtas realizados por Elizabeth Ramos e Vitória Iabrudi; e “Tocar”, filme produzido de forma coletiva a partir de uma oficina oferecida em parceria com a Mostra Tiradentes e o Mãos do Morro, projeto idealizado por Elizabeth Ramos e Vitória Iabrudi. As produções enfatizam os trabalhos artesanais de mulheres que têm moldado uma nova narrativa por meio da expressão artística e da coletividade ao longo dos anos. Além disso, durante o evento, a praça principal de Tiradentes recebeu a Mostra Valores, uma instalação de painéis fotográficos que apresentam ao público as mulheres que integram o projeto social Toque de Mãos.

A valorização desta iniciativa local, segundo Sérvulo Filho, secretário Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Tiradentes, evidencia os talentos da comunidade e fortalece as expressões artísticas do município. “É com grande alegria que destacamos o sucesso da Mostra de Cinema de Tiradentes. Este ano, a mídia espontânea trouxe um holofote especial para nossa cidade, valorizando nossa cultura e atraindo atenção para nosso riquíssimo patrimônio cultural. Graças à Lei Dalma, tivemos avanços significativos. Esta legislação permitiu que projetos como o Mãos do Morro ganhassem vida, demonstrando o talento e a criatividade de nossa gente. Estas iniciativas, apoiadas pela prefeitura, não só fortalecem nossa identidade cultural, mas também reforçam Tiradentes como um destino turístico de relevância. Agradecemos a todos que contribuíram para transformar este evento em uma vitrine da nossa cultura, trazendo benefícios duradouros para a nossa comunidade”, destaca o secretário.

A cidade que, no período da Mostra, recebeu um número de turistas que equivale a cinco vezes o seu número de moradores, sente o impacto na economia local. “A Mostra de Cinema tem um efeito muito positivo na economia de Tiradentes. Antes da existência do evento nós não tínhamos essa ocupação e, que gera uma renda considerável e cria um ciclo de negócios que influência várias cadeias. As pousadas gastam nas lavanderias, nos supermercados, nas padarias, que por sua vez gastam com outros fornecedores e assim por diante”, explica Altamiro Gonçalves , gerente da pousada Encanto da Serra.

SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

PLATAFORMA DE LANÇAMENTO DO CINEMA BRASILEIRO

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país e chega a sua 27ª edição de 19 a 27 de janeiro de 2024, em formato online e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

O evento exibe 145 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, presta homenagem a personalidades do audiovisual, promove seminário, debates, a série Encontro com os filmes, oficinas, Mostrinha de Cinema e atrações artísticas. Toda a programação é gratuita. Mais informações www.mostratiradentes.com.br

Mostra de Cinema de Tiradentes movimenta R$ 10 milhões na economia local e gera mais de 2.500 empregos da economia criativa

Setor audiovisual tem sido um dos principais responsáveis pela maior presença econômica da cultura no PIB nacional, gerando R$ 24 bilhões por ano e atraindo patrocinadores para eventos como a Mostra

Um relatório do Observatório Itaú Cultural divulgado em 2023 mediu a contribuição da cultura na economia brasileira e constatou que a área teve um crescimento no país maior do que o PIB entre 2012 e 2020. No período estudado, que deixa de fora os anos atípicos e mais graves da pandemia de COVID-19, o setor teve crescimento em números absolutos de 78%, enquanto o PIB aumentou 55%. Somente no ano de 2022, também alvo da pesquisa, a economia criativa gerou 7,4 milhões de empregos formais e informais no quarto trimestre do ano.

Mostra de Cinema de Tiradentes, que inicia no dia 19 de janeiro de 2024 sua 27a edição, é ilustrativa do impacto da economia criativa na movimentação econômica do setor cultural, em especial relacionado ao audiovisual. Só no evento deste ano, são mais de 2.500 empregos gerados, diretos e indiretos; mais de 250 empresas mineiras contratadas, mais de 180 pessoas atuando na execução do evento, que é o maior e mais longo dedicado exclusivamente ao cinema brasileiro no país. Em valores monetários, são aproximadamente R$ 10 milhões em recursos injetados na economia local, beneficiando 35 mil pessoas na realização presencial. Ao mesmo tempo, a Mostra mobiliza um enorme contingente, com 250 mil acessos na plataforma on line oriundos de 90 países, alcance de 2,5 milhões de pessoas nas redes sociais e 300 veículos de imprensa que realizam a cobertura jornalística.

Os números positivos, que atestam a importância econômica da atividade cultural no Brasil, atraem investidores interessados em se vincularem a um evento do porte da Mostra de Tiradentes, tão dedicada ao audiovisual brasileiro e à cultura local. É o caso, em 2024, da Arcor do Brasil, dona da marca Aymoré. “A Mostra de Cinema de Tiradentes é um patrimônio cultural de Minas Gerais, assim como a Aymoré, que há 100 anos constrói memórias e celebra a tradição mineira”, diz Anderson Freire, diretor de Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da Arcor do Brasil. “Minas é um estado rico em arte e que respira história, por isso patrocinar a Mostra é uma forma de retribuir o carinho e confiança dos mineiros pela nossa marca. Assim fortalecemos o nosso propósito de desenvolver um futuro melhor para todos, com acesso à cultura de forma democrática e inclusiva”.

O audiovisual tem papel essencial no impacto da economia criativa no Brasil. Segundo pesquisa da Motion Picture Association (MPA) realizada no país em 2019 (ano escolhido por ser anterior à pandemia), o setor gerou R$ 24,5 bilhões no PIB interno e mais de 126 mil empregos. Em relação a impactos diretos, indiretos e induzidos do audiovisual, somaram-se R$ 55,8 bilhões no PIB, com 657 mil empregos gerados e R$ 3,4 bilhões em impostos arrecadados para o Estado, que sobem para mais de R$ 7 bilhões se forem somados impactos indiretos e induzidos. 

E não vai parar: a mais recente PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada em setembro de 2023, indica a estimativa de 8,4 milhões de trabalhadores na economia criativa até 2030, com um a cada quatro novos empregos criados nos próximos anos sendo em setores e ocupações da área.

SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

PLATAFORMA DE LANÇAMENTO DO CINEMA BRASILEIRO

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país e chega a sua 27ª edição de 19 a 27 de janeiro de 2024, em formato online e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

O evento exibe 145 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, presta homenagem a personalidades do audiovisual, promove seminário, debates, a série Encontro com os filmes, oficinas, Mostrinha de Cinema e atrações artísticas. Toda a programação é gratuita. Maiores informações www.mostratiradentes.com.br

SERVIÇO

27a MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES | 19 a 27 de janeiro de 2024 | PROGRAMAÇÃO GRATUITA

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA

LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA

Patrocínio: CBMM, AYMORÉ, ITAÚ, CIMENTO NACIONAL, CSN, ANCINE, CEMIG, COPASA/GOVERNO DE MINAS GERAIS

Parceria Cultural e Educacional: SP CINE, SENAC E SESC EM MINAS, INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CASA DA MOSTRA

Apoio: PREFEITURA DE TIRADENTES, TECNOGERA, CONECTA, CAFÉ 3 CORAÇÕES, EMBAIXADA DA FRANÇA NO BRASIL, INSTITUTO GOETHE, CTAV, CANAL BRASIL, CANAL LIKE, MISTIKA, FESTIVAL DE MÁLAGA, O2 PLAY, NAYMOVIE, DOT, THE END.

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E TURISMO | GOVERNO DE MINAS GERAIS

MINISTÉRIO DA CULTURA – GOVERNO FEDERAL| UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

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