Caso de “varíola dos macacos’” em estudante da UFOP é descartado

Outras quatro suspeitas em Minas foram afastadas.

Após análises laboratoriais feitas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), foi descartada a suspeita de um caso da “varíola dos macacos”, em Ouro Preto. O paciente, que é estudante na cidade, começou a ser investigado após o aparecimento de erupções cutâneas cobrindo a maior parte do corpo, com formação de bolhas. Ele permanece estável e em tratamento em Belo Horizonte. 

De acordo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, todos os outros quatro casos suspeitos no estado (registrados em Belo Horizonte, Uberlândia e em Ituiutaba) foram descartados. Nenhum deles tinha histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. 

“Todos os dados clínicos também estão em análise pela equipe técnica da SES-MG e do Ministério da Saúde para investigação e encerramento dos casos”, diz a nota do governo de Minas. 

A “varíola dos macacos” é uma zoonose silvestre que possui incidência em regiões de floresta da África Central e Ocidental. O vírus que contamina macacos e pode acometer também humanos. Os sintomas iniciais costumam ser:

 Febre

  • – Dor de cabeça
  • – Dores musculares
  • – Dor nas costas
  • – Gânglios (linfonodos) inchados
  • – Calafrios
  • – Exaustão

FONTE RADAR GERAL

Estudante da UFOP é transferido para BH com suspeita de varíola de macacos

O paciente apresentou sintomas após chegar de uma viagem a São Paulo.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou, na noite de quarta-feira (15), que investiga o caso de um estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), suspeito de ter contraído monkeypox, mais conhecida como varíola de macacos. Ele teria retornado de uma viagem a São Paulo e demonstrado sintomas da doença.

Até o momento da divulgação, Minas Gerais totalizava três casos suspeitos, incluindo um em Belo Horizonte e o outro em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro.

O estudante chegou a ser atendido no Hospital Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto e foi transferido, na terça-feira (14), para o Hospital Referência Eduardo Menezes, em Belo Horizonte.

Estamos acompanhando os procedimentos que transcorrem no Eduardo de Menezes para saber se trata de varíola de macacos. Há um surto no país e nós temos que ter toda a atenção. Mas o possível paciente já está sob todos os cuidados no hospital de referência. Aqui em Ouro Preto, nós temos que ter muito cuidado”, afirmou o prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV) à Rádio Itatiaia Ouro Preto.

O paciente deu entrada na Santa Casa com queixa de erupção cutânea cobrindo a maior parte do corpo, com formação de bolhas e febre. De acordo com o secretário de Saúde de Ouro Preto, Leandro Moreira, durante a investigação epidemiológica, o estudante relatou que teve contato com residentes de São Paulo há cerca de 10 dias e, após esse período, houve o desenvolvimento dos sintomas.

Em contato com Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (CIEVES), foi solicitada a coleta de material para exames de diagnóstico clínico e solicitado a transferência para o hospital Eduardo de Menezes (nossa referência no estado). O prazo para um resultado definitivo das testagens é de sete a 10 dias.

As amostras dos três casos suspeitos de terem contraído a varíola de macacos em Minas Gerais estão sendo analisadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os sintomas da doença são:

  • Febre; 
  • Dor de cabeça; 
  • Dores musculares; 
  • Dor nas costas; 
  • Gânglios (linfonodos) inchados; 
  • Calafrios; 
  • Exaustão.

Posição da UFOP

Em contato com a Agência Primaz, a UFOP informou que busca informações junto às autoridades de saúde sobre o caso, porém mesmo se for confirmado que se trata de um aluno da instituição, seu nome e curso não poderão ser divulgados pela Universidade, uma vez que a responsabilidade sobre os procedimentos são da Vigilância Sanitária, que adota protocolos específicos para tratar do problema, em caso de diagnóstico positivo. “A UFOP busca mais informações, inclusive para confirmar se o referido paciente faz parte do seu quadro discente e, assim, dar o suporte necessário dentro de sua área de competência”, informou.

Transmissão

A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não sabe ao certo qual é a fonte da infecção da doença. Porém, de acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos tem se espalhado entre as pessoas a partir de contato com gotículas expelidas por alguém infectado (humano ou animal) e contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.

De acordo com a SES-MG, todos os casos suspeitos notificados até o momento no estado não se tratam de pessoas que fizeram viagens para o exterior.

Nome

A OMS busca, junto de especialistas, a adoção de um novo nome para a doença, após mais de 1.600 casos terem aparecido no mundo. Um texto que contou com a colaboração de mais de 30 cientistas considera a terminação “varíola de macacos” discriminatória e estigmatizante, tendo sugerido o nome hMPXV.  

A doença matou 72 pessoas em países onde ela é considerada endêmica, como áreas de floresta tropical na África Central e na África Ocidental.

FONTE AGENCIA PRIMAZ

“Perdi meu título de mestre, porque virei mãe”, denuncia estudante da UFOP

Na última segunda-feira (30), Ambar Cordoba, compartilhou nas redes sociais a sua luta para conseguir o seu título de mestre pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Mesmo tendo apresentado sua dissertação, os desafios da maternidade e financeiros lhe impediram de cumprir os prazos finais, e segundo o Programa de Pós-Graduação da instituição (PPG), se o estudante não entrega sua versão definitiva e a submissão de um artigo, nesse prazo, ele não tem direito ao título de mestre.

Ambar conta que apresentou sua dissertação grávida, pois ela não teve direito à licença maternidade. “Apresentei minha dissertação com 36 semanas de gestação, porque foi negado meu pedido de licença maternidade, já que meu filho nasceria fora do período de regência da bolsa da CAPES, após um trabalho árduo, com muitas noites sem dormir, fui aprovada pela banca e após exatamente 19 dias da apresentação, meu filho nasceu”, conta Ambar.

Foi então que o que parecia um alívio, se tornou o início de uma nova luta para a mãe, pois ela teve o pedido para estender o prazo da entrega da versão final negado.  “Ainda grávida, entrei em contato com o programa perguntando sobre a possibilidade de estender o prazo de entrega da dissertação, e pedi informações sobre o procedimento. A resposta foi muito clara: eu não tinha direito a licença maternidade, e deveria trabalhar com o tempo que tinha. No manual do aluno disponível na página do PPG, está em caixa alta “PRAZO IMPRORROGÁVEL” para a entrega da versão definitiva da dissertação e submissão do artigo”, explicou.

Ela continua. “Eu estava passando por um dos momentos mais desafiadores da minha vida, não tive rede de apoio, eu e meu companheiro estávamos com dificuldades financeiras, com uma dívida enorme […] Eu estava vivendo sob extremo estresse, mal conseguia tomar banho, vivendo o limbo do puerpério praticamente sozinha. Eu só conseguia pensar em descansar, cuidar do meu filho e atender minhas necessidades básicas. É claro que, diante de toda a circunstância, eu não consegui entregar a dissertação corrigida a tempo. Depois que o prazo havia expirado, recebi um e-mail da secretária do PPG, dizendo que iria perder o título e estava enviando meu caso ao Colegiado”, relata Ambar. 

Colegiado não aceita a justificativa

Assim que recebeu o e-mail, Ambar enviou uma justificativa, alegando as dificuldades da maternidade e financeiras, já que ela não poderia terceirizar os cuidados com meu filho e com a casa. “Pedi, portanto, novamente, a extensão do prazo de entrega. O colegiado do PPG primeiramente negou meu pedido, mas como não sabia qual resolução CEPE regia o meu caso, eles consultaram o jurídico da universidade para saber se deveria enviar as justificativas para o colegiado ou para instância superior (Conpep). Posteriormente o jurídico da universidade respondeu que o que regia era o CEPE novo 8039, então quem julgaria minha justificativa deveria ser o colegiado. Enquanto isso corri atrás e entreguei a versão definitiva da dissertação e submeti o artigo, entreguei tudo antes da reunião do colegiado que julgaria sobre meu título. Mesmo fora do prazo, entreguei o que faltava. Mas mesmo assim me foi negado o direito ao título”, relatou.

Após a repercussão do caso, a universidade divulgou uma nota, informando que o caso de Ambar está sendo acompanhado pela coordenação do programa de pós-graduação envolvido e pelas instâncias superiores há dois meses, quando a questão foi julgada. “O assunto continua em pauta e o conselho superior relacionado ao tema deve ser acionado para avaliar a situação”, disse a Ufop. Entretanto, a instituição também informou que os prazos estabelecidos para a conclusão das pesquisas de mestrado e doutorado são estabelecidos nacionalmente, não sendo facultada às instituições a possibilidade de definir prazos ou de oferecer condições diferenciadas para estudantes devido a fatores ou circunstâncias que possam interferir em seus processos de formação.

Situação exporia descaso da academia com as mulheres mães e pesquisadoras

O caso demonstraria, pelo menos, que a academia ignora as necessidades reais das mães pesquisadoras. “Alegam que fui negligente, mas negligência foi da universidade de não ter me dado amparo no momento em que eu mais precisei, invisibilizando minha maternidade e cobrando de uma aluna mãe, muito além do que é cobrado dos demais alunos. Meu direito ao resguardo pós-parto foi completamente ignorado. Minha maternidade foi silenciada. Não existe igualdade de gênero na pós-graduação. Você acabou de ter um filho? Se vire e trabalhe com o tempo que você tem”, indaga Ambar. 

Repercussão

A publicação com o relato de Ambar teve grande repercussão, chamando a atenção de de figuras importantes, como a deputada Áurea Carolina e da comunicadora socioambiental, Giovanna Nader. Além disso, a publicação também teve mais de 5 mil comentários apoiando o direito de Ambar de ter o seu título de mestre. Com a divulgação do seu caso, ela espera que as normas federais e da Ufop sejam repensadas. “Não vou me calar frente a essa injustiça, pois quero meu título de volta. Espero que meu caso sirva para que a universidade repense as resoluções e garanta direitos mínimos para as mulheres-mães-acadêmicas.

Eu vou lutar, recorrer a decisão e fazer tudo o que for possível por esse título de mestre. Pois ele é meu, por direito”, afirma. 

UFOP é credenciada para realizar exames de covid-19

O Laboratório de Imunopatologia da Universidade tem as condições exigidas para realizar os testes.

A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) terá capacidade para realizar diariamente 200 testes de detecção da Covid-19. De acordo com a responsável técnica pelo Laboratório de Imunopatologia do Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas da UFOP (Nupeb), professora Cláudia Martins Carneiro, a resposta da aprovação do termo de compromisso para o credenciamento, foi confirmada no final da tarde desta terça (28).

Foto – Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas (Nupeb) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Crédito – Reprodução/Tuilo Dias.

O laboratório possui o padrão de segurança biológica nível NB2, o exigido pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) para credenciamento e inclusão na RedeLab Covid-19, rede de laboratórios parceiros da Fundação que vai dar suporte às demandas durante a pandemia. “A UFOP está empenhada em fazer tudo que está ao alcance da Universidade para poder atender à comunidade local e ao país”, assinala a pesquisadora.

A reitora da UFOP, Cláudia Aparecida Marliére, frisa que o credenciamento e a realização dos testes significam um avanço fundamental para a contenção da doença na região dos Inconfidentes, no momento de pico da contaminação comunitária que já fez vítimas em Mariana.

Segundo ela, a Instituição não medirá “esforços para atender nossas comunidades com determinação e segurança, uma vez que temos uma excelente qualificação em nosso corpo de pesquisadores e colaboradores”. A UFOP, disse a reitora, “assim como outras universidades públicas, na contramão de políticas orçamentárias restritivas impostas à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico, se faz presente neste momento tão delicado por que passa o nosso país”, acrescentando que o momento é trágico, e que o credenciamento chega em boa hora.

Credenciamento

Para realizar os testes de detecção da Covid-19, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) requisita para credenciamento laboratórios NB2, nível de biossegurança  que o Laboratório de Imunopatologia do Nupeb já atende. Dentre os requisitos, havia necessidade de alvará da vigilância sanitária do município, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e um responsável técnico, uma vez que haverá emissão de laudos. Com o credenciamento, o município de Ouro Preto e a região dos Inconfidentes terão os testes gratuitos.

Importante frisar que a coleta do material para os testes será feita pela rede de saúde dos municípios.

Testes

Na primeira etapa do processo do PCR — exame que detecta o coronavírus —, um robô pipetador é responsável por pipetar todos os reagentes e as amostras na placa de PCR. Em seguida, a placa é colocada no aparelho de PCR em tempo real onde a reação ocorrerá.

Por fim, a placa é analisada e os resultados são liberados. Esse trabalho será feito por docentes, técnicos-administrativos, doutorandos e pós-doutorandos da UFOP. (Jornal Voz Ativa)

Repúblicas federais da UFOP podem perder sistema de autogestão

A Procuradoria da República do município de Viçosa, responsável pela atuação do Ministério Público Federal na região de Ouro Preto, ingressou no dia 19 de dezembro de 2019 com a Ação Civil Pública nº.

Algumas das mais tradicionais “repúblicas federais” da UFOP estão localizadas na Rua Paraná, no Centro Histórico de Ouro Preto – Foto: Nathália Viegas/UFOP

1003332-06.2019.4.01.3822 contra a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), requerendo o fim do tradicional sistema de autogestão das “repúblicas federais”, imóveis de propriedade da instituição usados como moradias estudantis.

Assinado pelo Procurador Gustavo Henrique Oliveira, o pedido informa que, após várias investigações e tentativas de acordo amigável com a Universidade, o Ministério Público concluiu que o modelo de República Federal da UFOP, cujo ingresso ainda é definido por afinidade pelos próprios alunos-moradores, não atende satisfatoriamente à função de moradia estudantil, revelando-se como ambiente de “exclusão” que “assusta e afasta” os alunos calouros, “ocasionando, ano após ano, mais de duzentas vagas ociosas”. Em contraponto, segundo as apurações, o autor da Ação afirma que há crescente demanda por moradias ocupadas por critérios socioeconômicos, cujas filas estão cada vez maiores.

Após ampla exposição de fatos e apresentação de documentos, o Dr. Gustavo Oliveira requereu que a UFOP, no prazo de 72 horas, seja obrigada a adotar o critério exclusivo de avaliação socioeconômica para preencher todas as vagas das 59 repúblicas federais.

Segundo uma fonte da área jurídica consultada pela Agência Primaz de Comunicação, a concessão da liminar, alterando de imediato o critério de admissão de estudantes como moradores das repúblicas federais e as normas que regem as casas, pode até mesmo ter impacto direto no Carnaval de 2020, já que várias Repúblicas utilizam a data para angariar recursos financeiros com festas e hospedagens.

Na Ação encaminhada ao Juiz da Vara Federal Cível e Criminal, sediada em Ponte Nova, também é solicitado “que a UFOP seja compelida a providenciar, no máximo até o início do segundo semestre de 2020, novo espaço físico, adequado, para funcionamento da OUVIDORIA da UFOP, localizado em área de fácil acesso, preferencialmente no centro de Ouro Preto e necessariamente fora do campus, com funcionamento de, no mínimo, seis horas diárias nos dias úteis, designando servidor ou servidores para atender(em) os interessados, registrar(em) as representações, encaminhá-las aos devidos setores da UFOP e acompanhar(em) a solução de cada caso, prestando informações aos representantes que quiserem fornecer seus dados para contato“.

Modalidades de gestão das moradias estudantis da UFOP

No site da UFOP, a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (PRACE) informa que instituição “oferece a oportunidade de habitação em moradia universitária aos seus estudantes de graduação e pós-graduação nos campus Ouro Preto e Mariana. E, em João Monlevade é ofertado o auxílio moradia aos estudantes de graduação presencial“, atendendo 1.332 alunos e alunas. O sistema de moradias é gerenciado de duas formas distintas em termos de acesso. Em Ouro Preto, as 96 vagas dos apartamentos e as 150 da Vila Universitária são preenchidas mediante avaliação socioeconômica, o mesmo acontecendo para os dois conjuntos de moradias existentes em Mariana, totalizando outras 204 vagas. Mas no sistema das “repúblicas federais”, na chamada autogestão, ou “modalidade de gestão compartilhada”, a seleção é feita pelos moradores de cada casa, conhecidos como “veteranos”, segundo parâmetros definidos pela Resolução 1540/2013, do Conselho Universitário da UFOP (clique aqui para ter acesso ao texto da resolução).

Esta é uma das principais motivações da Ação Civil Pública proposta, apontando que o maior interesse da sociedade é o “uso desses espaços públicos para atender, primeiramente, os alunos com carência de moradia e não aqueles poucos que aprovam e reproduzem os trotes e as batalhas“.

 

Repercussões

Em nota encaminhada à Agência Primaz de Comunicação, com aprovação do Vice-Reitor, Prof. Dr. Hermínio Arias Nalini Júnior, no exercício do cargo de Reitor até o final desta semana, a UFOP informa que “ainda não foi formalmente citada no processo em referência e, portanto, não tem conhecimento do teor da referida ação civil pública. Dessa forma, não é possível emitir qualquer manifestação institucional sobre o assunto até o presente momento. Com relação à Ouvidoria, é possível ter acesso a ela por meio dos diversos canais de comunicação disponibilizados: e-mail, formulário etc. A UFOP nunca se recusou a responder sobre qualquer assunto que fosse de sua competência ou a ela questionada“.

Douglas Bernardes, formando do curso de História e preparando-se para desocupar uma vaga em uma das “repúblicas das Moitas”, considera que os estudantes com menor condição financeira não deveriam ser submetidos à situação de “batalhas” e humilhações nas repúblicas federais, tendo participado de movimentos a favor da implantação ampla do critério socioeconômico. “Eu não sabia onde eu ia morar, mas felizmente não precisei de tentar vaga nas federais, porque consegui logo uma vaga pelo critério socioeconômico”, afirmou Douglas, ressaltando que essa modalidade ajuda a minimizar os problemas ocasionalmente verificados em repúblicas federais, em virtude do acompanhamento constante feito pela PRACE.

Em contato com um integrante da diretoria da Associação das Repúblicas Federais de Ouro Preto (REFOP), nossa reportagem foi informada que a entidade ainda não se posicionou sobre o assunto, mas vai divulgar em breve um comunicado oficial. Antenor Rodrigues Barbosa Júnior, vice-reitor da UFOP de 2005 a 2013, professor aposentado da instituição e ex-morador de república federal, é um defensor do sistema vigente nas repúblicas federais.”O modelo de autogestão é único! Sem ele, as repúblicas viram “pensões”, no mal sentido. A boa convivência numa casa (república) depende da afinidade, da capacidade de conviver (em grupo)… É como uma família!“, declarou. (Agencia Primaz)

Governo Bolsonaro corta verba da educação e UFOP perderá quase R$ 20 milhões

UFOP perderá mais de 20 milhões em manutenção e investimento com o bloqueio orçamentário do Governo Federal/DIVULGAÇÃO

A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) publicou, no início da noite de sexta-feira (03/05), uma nota assinada pela reitora Cláudia Aparecida Marliére de Lima e pelo vice-reitor Hermínio Arias Nalini Júnior, esclarecendo o bloqueio orçamentário da Instituição Federal de Ensino Superior.

No dia 30 de abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub anunciou bloqueio a três unidades por “motivos ideológicos”, segundo vários parlamentares e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andife. Mais tarde, o corte de 30% por cento foi estendido a todas universidades federais pelo presidente Jair Bolsonaro.

Leia abaixo a nota da Universidade Federal de Ouro Preto sobre o bloqueio orçamentário:

“Diante do bloqueio de 30% no orçamento das Instituições Federais de Ensino Superior, a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) presta os seguintes esclarecimentos:

1 – A UFOP terá uma perda de R$ 20,8 milhões dos seus R$ 65,6 milhões disponíveis para despesas de manutenção e investimento;

2 – O cenário afeta os processos de concessão de bolsas acadêmicas, a realização de trabalhos de campo e as excursões curriculares, comprometendo diretamente suas atividades relativas ao Ensino, à Pesquisa e à Extensão;

3 – A política de assistência estudantil pode, a médio prazo, também ficar comprometida, provocando a diminuição do número de alunos na instituição, situação que vai impactar seriamente na economia, uma vez que a Universidade exerce um papel significativo na geração de emprego e renda nas regiões onde está instalada;

4 – Caso a situação não seja revertida, importantes serviços também serão seriamente comprometidos, tais como contratos de manutenção, energia elétrica, vigilância, limpeza e aquisição de materiais, entre outros;

5 – A administração central manterá intenso diálogo junto ao MEC, a associação dos reitores (Andifes), entre outros órgãos, visando a manutenção das atividades da UFOP, de forma a garantir seus compromissos em favor da sociedade brasileira;

Diante do exposto, a equipe gestora se coloca à disposição para dialogar com as comunidades internas e os diversos setores da sociedade civil organizada, para esclarecer sobre os eventuais prejuízos e buscar alternativas neste delicado momento. ”

Após batalha judicial, Ufop é obrigada a entregar prédio que abriga 1,5 mil alunos à Arquidiocese de Mariana

Mais de 1,5 mil alunos terão que desocupar o prédio do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Após a Justiça determinar a restituição à Igreja Católica depois de uma batalha judicial que se arrastava há mais de dez anos.

O prédio onde funcionam os cursos de graduação em História, Letras e Pedagogia, e três cursos de mestrado e um de doutorado, na pós-graduação, foi doado pela Igreja nos anos 80 em regime de comodato. O imóvel abrigava o antigo Seminário e Capela de Nossa Senhora da Boa Morte, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com o fim do contrato nos anos 2000, a Arquidiocese de Mariana entrou na Justiça para reaver o espaço.

Prédio onde funciona o Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Ufop vai voltar para a Igreja Católica em Mariana. (Foto: Daniel Tulher/Ufop/Divulgação

O processo transitou em julgado – estágio em que se esgotam os recursos – em 2014, mas a pressão por parte da arquidiocese ficou mais intensa este ano quando as negociações com a universidade chegaram a um impasse. De acordo com a Justiça, a Ufop deve desocupar o local e pagar aluguel retroativo a 2003. Ainda não há data para que as determinações sejam cumpridas, mas a ordem de despejo pode ser expedida a qualquer momento, de acordo com a própria universidade.

Na tentativa de remediar a situação, a Ufop acionou o Ministério da Educação (MEC) para que um novo prédio fosse construído. O imóvel funcionaria no mesmo terreno que pertence à universidade. Em entrevista ao site de notícias G1, a reitora Cláudia Mariele contou que”O MEC disse que pagaria o aluguel retroativo em precatório se eles nos dessem um prazo de dez anos para construir um novo prédio. Mas eles se negaram”.
“É muito angustiante viver nessa incerteza. Não é saudável para a universidade, para a comunidade acadêmica. Nós já levantamos locais em Ouro Preto que abrigariam precariamente estes estudantes e os professores. Nesse sentido é que a gente tem ficado apreensivo “, contou a reitora.

Representantes do MEC devem ir à cidade em breve para tentar encontrar uma saída para os 1,5 mil alunos que estudam no campus. “A Igreja tem uma história ligada a este prédio, mas nós também temos”, disse Cláudia Marliére.

Com informações do G1

UFOP abre processo seletivo para contratação de professor

A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais, está realizando um novo processo seletivo que tem como objetivo a contratação de Professor Substituto. A vaga disponível é para a área de Interpretação Teatral e possui regime de trabalho de 40 horas semanais. As inscrições devem ser realizadas entre os dias 06 a 16 de março de 2018, pessoalmente ou por procuração, na Secretaria do Departamento de Artes Cênicas / DEART, Campus Universitário, Morro do Cruzeiro, s/nº.

Para obter mais informações:

https://maisminas.org/wp-content/uploads/2018/03/13_deart_interpretao_teatral.pdf

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