Ninguém se importa’: estrangeiros ignoram risco de mutação de coronavírus no Reino Unido e viajam ao Brasil

“Ninguém se importa com o coronavírus aqui. Tudo parece normal”, diz Peter (nome fictício) sobre a pandemia de covid-19 no Brasil. “Estou feliz de ter viajado. Não sei se quero voltar, porque agora o Reino Unido está isolado do mundo”, acrescenta.

Peter, que mora em Londres e diz já ter contraído covid-19, falou com a reportagem da BBC News Brasil sob condição de anonimato. Ele viajou ao Brasil de férias para o período de festas com outros seis amigos.

“Mas seremos 10 ou mais, porque amigos de amigos dos Estados Unidos também estão vindo”, diz ele, ignorando os riscos de transmissão da doença. “Não estou com medo”.

No último sábado (19/12), o Reino Unido anunciou a descoberta de uma nova variante do coronavírus mais infecciosa e “fora de controle”, segundo o ministro da Saúde britânico Matt Hancock.

Também no sábado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, surpreendeu a população decretando rigoroso lockdown imediato nas regiões sul e sudeste da Inglaterra, incluindo a capital, Londres, e em todo o País de Gales.

As restrições, que afetam mais de 20 milhões de pessoas, impedem familiares e amigos que moram em diferentes residências de celebrar o Natal juntos. Segundo as autoridades britânicas as medidas são necessárias para controlar o novo vírus que tem poder de transmissão 70% maior.

O anúncio levou governos de países europeus a cancelarem voos para o Reino Unido. A França também proibiu a entrada em seu território de caminhões e outros veículos que tenham circulado recentemente no Reino Unido.

Até o momento, o Brasil ainda não tomou medida semelhante e continua a receber voos do Reino Unido.

Também segue sendo um dos poucos do mundo — e o único sul-americano — sem restrições à entrada de estrangeiros por aeroportos, não adotando medidas comuns a visitantes que chegam do exterior por esse meio, como apresentação de diagnóstico negativo para covid-19 ou quarentena obrigatória de 14 dias, segundo dados atualizados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). As regras só mudam no dia 30 de dezembro.

Nesta segunda-feira (21/12), por exemplo, um voo da companhia British Airways aterrissou às 6h (horário de Brasília) no aeroporto internacional de Guarulhos em São Paulo vindo de Londres, no Reino Unido.

Testagem

Só a partir do dia 30 de dezembro, passageiros de voo internacional que desembarcarem no Brasil precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo para covid-19 feito até 72 horas antes da viagem — decisão que, na opinião de especialista, foi tomada “tarde demais”.

“O Brasil já deveria ter começado a tomar medidas de restrição de pessoas chegando ao país desde que começou a segunda onda na Europa”, diz o pesquisador Domingos Alves, responsável pelo Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto.

“Lembrando que houve quase um mês de diferença entre o aparecimento da segunda onda na Europa e no Brasil. Podemos inferir que alguns dos casos que tivemos se deveram ao fato de que mantivemos todos os aeroportos abertos”.

“Mais uma vez o governo brasileiro tem um atraso sistemático em relação às medidas para conter a pandemia. É lamentável”, acrescenta.

Neste domingo (20/12), o Reino Unido registrou 37 mil novos casos de covid-19, mais do dobro do registrado no domingo anterior.

o ministro Hancock ressaltou que apesar de não haver indicação de que esta nova variante seja mais letal do que a anterior, a grande capacidade de disseminação tem que ser contida.

Ao justificar a imposição do lockdown durante o Natal, contrariando o plano dos britânicos, o ministro afirmou que era preciso “trazer sob restrito controle um vírus que atualmente está fora de controle.”

Isolamento

Temerosos de que essa nova variante possa acelerar ainda mais o número de casos, vários países europeus — alguns dos quais decidiram confinar suas populações durante o período de festas — decidiram fechar as fronteiras a viajantes do Reino Unido, como Irlanda, Alemanha, França, Itália, Holanda e Bélgica.

Na América do Sul, Argentina, Chile e Colômbia suspenderam todos os voos diretos de e para o Reino Unido. O Equador também está considerando fortalecer as medidas para controlar a propagação do vírus.

Uma reunião da União Europeia na manhã desta segunda-feira irá discutir uma resposta mais coordenada.

(BBC News Brasil)

Diário da Covid-19: Brasil bate recorde de casos uma semana antes do Natal

O Brasil bateu o recorde do número diário de pessoas infectadas pelo coronavírus com 70.574 casos no dia 16/12 e com 69.826 casos no dia 17/12. No acumulado o país passou de 7,2 milhões de casos. A média diária da 51ª semana epidemiológica (SE de 13 a 19/12) ficou em 47.509 casos número maior do recorde anterior que aconteceu na 30ª SE (19 a 26/07) e que havia ficado em 45.665 casos. A curva de casos apresenta uma distribuição bimodal, mostrando que o Brasil está em plena 2ª onda e com um segundo pico já superior ao 1º pico ocorrido em julho.

A média de vidas perdidas ficou em 745 óbitos diários na 51ª SE. Em geral, quando o número de pessoas infectadas cresce, o número de óbitos também aumenta após certo lapso de tempo. Isto quer dizer que o Brasil pode apresentar também um 2º pico de mortes ainda maior do que o 1º pico. Indubitavelmente, os brasileiros não terão um feliz ano novo. A marca de 200 mil mortes da covid-19 deve ser alcançada no Brasil, no máximo, até o Dia de Reis (06/01/2021).

Ao invés de controlar a covid-19 (como fizeram a Nova Zelândia e outros países), o Brasil relaxou e deixou o vírus tomar conta do território nacional e agora o país pode começar 2021 com um surto pandêmico mais elevado do que em qualquer momento anterior. Pesquisa Datafolha mostra que o isolamento social no país caiu ao menor nível desde o início da pandemia. A parcela dos entrevistados que afirmou estar tomando cuidado, mas que sai de casa para trabalhar ou fazer outras atividades ficou em 54% neste mês, contra 24% em abril.

O Brasil passa por uma situação terrível, pois enquanto avança a 2ª onda, ainda não teve início o processo de imunização da população. O Ministério da Saúde estima o começo da vacinação em massa, na melhor das hipóteses, para fevereiro de 2021. Mas a percentagem de brasileiros que devem ser vacinados nos primeiros 4 meses do próximo ano, provavelmente, não será muito elevada. Em consequência, já existem previsões de que o Brasil possa chegar a 300 mil mortes no final de abril ou início de maio de 2021.

O mundo deve terminar 2020 com 1,8 milhão de vítimas fatais do SARS-CoV-2. O Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME), da Universidade de Washington, estima que o número global de mortes da covid-19 pode ficar entre 2,5 milhões e 3,3 milhões até o dia 01/04/2021. Ou seja, o cenário nacional e internacional da pandemia não será de alívio nos primeiros meses do novo ano.

O panorama nacional

O Ministério da Saúde divulgou os dados nacionais da covid-19, registrando 7.213.155 pessoas infectadas e a 186.356 vidas perdidas no dia 19 de dezembro. Foram 50.177 casos e 706 mortes nas últimas 24 horas. O Brasil continua em 3º lugar no ranking global de casos (atrás apenas dos EUA e da Índia) e no 2º lugar no número de mortes (atrás apenas dos EUA). Atualmente apresenta números diários de casos e de mortes superiores aos da Índia.

O gráfico abaixo mostra as variações absolutas diárias do número de casos no território nacional entre 01/03 a 19/12 e a média móvel de 14 dias. Desde o início de março, o número de pessoas infectadas cresceu continuamente até o pico de 45.078 casos no começo de agosto. Nas semanas seguintes os números caíram para menos de 20 mil casos na primeira semana de novembro, mas voltaram a subir no restante do mês. A curva apresenta uma distribuição bimodal com o segundo pico mais elevado do que o primeiro. A média móvel de 7 dias que estava em 16,5 mil casos no dia 06 de novembro, passou para 47,5 mil casos em 19 de dezembro de 2020 (um aumento de 187%).

O gráfico abaixo mostra as variações absolutas diárias do número de óbitos no território nacional entre 15/03 e 19/12 e a média móvel de 14 dias. Nota-se que o número de vidas perdidas cresceu rapidamente desde o primeiro óbito em meados de março até o final de maio quando ficou acima de 1 mil vítimas fatais diárias e se manteve neste patamar elevado até o pico de 1.061 óbitos no final de julho. Entre agosto e outubro a média caiu para um patamar abaixo de 400 óbitos diários, mas subiu no mês de novembro. A curva epidemiológica voltou a apresentar tendência ascendente, o que requer muito cuidado no final do ano com a sobrecarga do sistema de saúde. A média móvel de 7 dias estava em 329 óbitos no dia 11/11 e pulou para 745 óbitos no dia 19/12 (um aumento de 127%).

O gráfico abaixo mostra os valores diários dos números de casos e de mortes da covid-19 no Brasil, de 29 de março a 19 de dezembro. Nota-se que todas as baixas acontecem nos fins de semana e as elevações nos dias úteis. Mas as linhas (pontilhadas) da tendência polinomial de terceiro grau apresentam uma suavização das oscilações sazonais. As curvas epidemiológicas estavam subindo no primeiro semestre e atingiram um pico em julho. Nos meses de agosto a outubro a tendência foi de queda do número de casos e de mortes. Mas em novembro houve novamente uma reversão das curvas que passaram a apresentar uma tendência de alta. O pico da média móvel de casos da 2ª onda já supera o pico da 1ª onda e o ajuste polinomial de terceiro grau aponta para uma média móvel de pessoas infectadas em torno de 50 mil casos no dia 31 de dezembro. A média móvel de mortes também apresenta tendência de alta, sendo que o ajuste polinomial indica que a curva epidemiológica de mortalidade deve se aproximar da média de 1.000 óbitos diários na virada do ano.

O panorama global

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo chegou a 75 milhões de pessoas infectadas e a 1,7 milhão de mortes da covid-19, com uma taxa de letalidade de 2,2%. Nos primeiros dias de dezembro a média móvel da quantidade diária de pessoas infectadas ficou acima de 650 mil casos e a média diária de vidas perdidas ficou acima de 11 mil óbitos.

Nos meses de janeiro e fevereiro a pandemia estava, fundamentalmente, restrita à Ásia. Mas no mês de março a propagação do SARS-CoV-2 atingiu fortemente a Europa e os Estados Unidos e parecia que haveria declínio da segunda metade de abril. Contudo, conforme mostra o gráfico abaixo, o número de casos continuou crescendo continuamente a partir de maio, deu uma desacelerada em agosto e setembro e a curva voltou a acelerar em outubro e novembro. Em dezembro a média móvel ficou acima de 600 mil pessoas infectadas a cada 24 horas, sendo que em alguns dias ultrapassou a marca de 700 mil casos diários. Com as baixas temperaturas do inverno no hemisfério Norte, não parece que a curva vai apresentar viés de baixa neste final de ano.

O gráfico abaixo mostra o número diário de óbitos no mundo e a média móvel de 14 dias. A maior subida do número de mortes aconteceu em março e o pico da média móvel ocorreu em meados de abril com cerca de 7 mil vidas perdidas por dia. A partir deste pico, o número diário de vítimas fatais caiu até o final de maio e voltou a crescer e a oscilar entre 4 mil e 6 mil mortes diárias. Todavia, a 2ª onda ocorrida na Europa e na América do Norte fez o mundo alcançar novos recordes de mortes. Novos picos foram alcançados em novembro e a média móvel chegou a 10 mil mortes diárias em novembro e superou 11 mil mortes em dezembro, com alguns dias superando 13 mil mortes diárias. Apenas o continente americano apresentou 8 mil mortes diárias, sendo que os 3 maiores países das Américas (EUA, Brasil e México) apresentam tendência de alta da mortalidade.

A covid-19 deve reduzir a esperança de vida e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

Na maior parte da história humana – desde o surgimento do Homo sapiens – a esperança de vida ao nascer sempre foi muito baixa. Por volta de 1800, a esperança de vida ao nascer da população mundial estava em torno de 28 anos e, com os avanços econômicos, sanitários e médicos do século XIX, passou para 32 anos em 1900, segundo o “Our World in Data”. Mas no século XX a esperança de vida ao nascer deu um salto e passou para 66 anos no ano 2000 e a 72,8 anos em 2019. A vida média dos habitantes do Planeta dobrou em 100 anos e continuou aumentando, fato nunca ocorrido no passado. Pode-se dizer que foi a maior conquista da humanidade de todos os tempos, pois o aumento do tempo de vida médio das pessoas contribuiu não só para a realização pessoal dos cidadãos, mas para a melhoria das condições de vida das famílias e para o desenvolvimento econômico e social.

O Brasil e a China são dois grandes países que tinham esperança de vida ao nascer abaixo de 30 anos em 1900 chegaram a mais de 70 anos no ano 2000 e, em 2019, atingiram 75,9 anos no Brasil e 76,9 anos na China. Nas últimas 5 décadas, os ganhos foram contínuos e significativos. Contudo, pela primeira vez, a esperança de vida deve apresentar redução em boa parte do mundo em 2020 em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

A tabela abaixo mostra o impacto diferenciado da pandemia. No mundo, em 19/12/2020, o coeficiente de incidência estava em 9,8 mil casos por milhão de habitantes e o coeficiente de mortalidade em 217 óbitos por milhão de habitantes. Na China os coeficientes ficaram em 60 casos por milhão e 3 óbitos por milhão. No Brasil, muito mais afetado do que a China e a média mundial, os coeficientes ficaram em 33,9 mil casos por milhão e 877 óbitos por milhão.

Por falta de dados para todo o ano de 2020, ainda não é possível avaliar com precisão qual será o impacto da covid-19 sobre a esperança de vida ao nascer (Eo). Mas estimativas preliminares mostram que a covid-19 não deve reduzir a esperança de vida na China em 2020, embora deva diminuir a esperança de vida ao nascer entre 0,2 e 0,5 ano no mundo e deva diminuir entre 1 e 2 anos no Brasil. Portanto, o Brasil vai deixar de apresentar os ganhos dos últimos 50 anos e vai ter perda absoluta na expectativa de vida em 2020, sendo um dos países mais impactados do mundo.

Mas, infelizmente, a covid-19 também vai afetar negativamente a renda per capita e a educação no Brasil. Isto quer dizer que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – que é composto por indicadores de renda, escolaridade e esperança de vida – deve sofrer baixa absoluta em 2020. No ano passado, o Brasil teve ligeira melhora no índice absoluto, mas perdeu 5 posições no ranking mundial, pois outros países avançaram mais rápido.

Comparando o Brasil e a China, o gráfico abaixo mostra que, em 1990, o IDH do Brasil era de 0,613 e o da China de 0,499 (o IDH do Brasil era 23% maior). Em 2010, o IDH do Brasil tinha passado para 0,727 e o da China para 0,699 (Brasil tinha um IDH 4% maior). Em 2019, os dois IDHs estavam praticamente empatados em 0,76.

Como o Brasil deve apresentar queda na esperança de vida, queda na renda per capita e queda no ritmo e na qualidade da educação em 2020, deverá apresentar também redução do valor do IDH. Já a China deve apresentar crescimento absoluto do IDH em 2020, pois teve uma quantidade de mortes da covid-19 muito pequena, vai apresentar um crescimento pequeno, mas positivo da renda per capita e mantém as escolas funcionando e com avanço da escolaridade. Portanto, a China deve ultrapassar o Brasil no ranking do IDH quando forem divulgados os dados do corrente ano.

O ano de 2020 vai ser um marco da mudança. Esta alteração no ranking do IDH não é surpresa para os analistas que acompanham a evolução histórica do desempenho dos dois países. Mas certamente vai ser difícil para o presidente Jair Bolsonaro explicar para o seu público como a China “comunista e ateia” está se dando melhor do que o país do lema “Brasil acima de tudo, deus acima de todos”.

O Brasil teve a 2ª década perdida (2011-20) e já vislumbra a 3ª década perdida (2021-30)

O Brasil foi um dos países do mundo com maior crescimento absoluto da economia e da população no século XX.  Em 1900, a população mundial era de 1,54 bilhão de habitantes e a do Brasil 17,9 milhões de habitantes (a população brasileira representava 1,2% do total global). No ano 2000, a população mundial passou para 6,1 bilhão e o Brasil para 173 milhões de habitantes (representando 2,8% do total dos habitantes do mundo). O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil representava 0,5% do PIB mundial em 1900 e passou para 3% no ano 2000. Portanto, o Brasil era um país emergente e crescia mais do que a média internacional.

Um dos períodos de maior crescimento demoeconômico na história brasileira ocorreu no governo Juscelino Kubitschek (JK, 1956-60) quando o crescimento médio anual do PIB foi de 8,1% e o crescimento da população foi de 3% ao ano. Nos 20 anos da ditadura militar o crescimento do PIB foi de 6,5% ao ano entre 1964 e 1984 e o crescimento da população foi de 2,5% ao ano, sendo que no período do chamada “milagre econômico” (1967-1973) o crescimento médio do PIB foi de 11,4% ao ano. O regime militar teve um período de grande crescimento econômico, mas também uma recessão avassaladora entre 1981-1983.

O início e o final dos anos 80 foram marcados por duas profundas crises, em consequência, o Brasil viveu a sua 1ª década perdida, com estagnação da renda per capita entre 1981 e 1990. Nos governos Fernando Henrique Cardoso (FHC, 1995-2002) e, em especial, no governo Lula (2003-10) houve uma recuperação da economia, mas longe do que ocorreu no governo JK. Todavia o Brasil entrou na 2ª década perdida no período 2011-20. A população brasileira cresceu 0,7% ao ano na década. Mas o PIB no governo Dilma Rousseff (2011-16) cresceu apenas 0,4% ao ano em média, com pequena recuperação de 1,2% ao ano no governo Temer (2017-2018). Mas considerando os governos Dilma e Temer (2011-18) – que foram eleitos em uma mesma chapa em 2010 e 2014 – o crescimento médio do PIB foi de 0,6% ao ano, portanto, menor do que o crescimento demográfico.

Mas o que estava ruim, piorou muito nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro (2019-20), com uma queda do PIB de 2% ao ano e uma queda do PIB per capita de 2,7% ao ano. Ou seja, usando os dados do “Maddison Project Database (MPD) 2020” e do FMI, a renda per capita brasileira de 2020 está equivalente à renda per capita de 2008.

Portanto, o Brasil se tornou um país submergente e tem crescido menos do que a média internacional. Nos 200 anos da Independência, para o país voltar ao nível da renda per capita de 2010 será preciso repetir um crescimento do PIB de 4,5% em 2021 e 2022. Todavia, para a economia voltar a crescer é preciso controlar a pandemia.

As perspectivas para o mês de janeiro não são boas, pois os números de casos e mortes da covid-19 estão em alta e o país não terá o início da vacinação em massa antes de fevereiro. Do lado econômico, o Brasil tem uma grande crise fiscal, baixos níveis de investimentos e elevado número de trabalhadores fora da população ocupada. Os indicadores apontam para uma terceira década perdida (2021-30) em função dos desequilíbrios estruturais, a começar pelos desafios para 2021 e 2022 que são enormes. Porém, o atual ocupante do Palácio do Planalto não tem se mostrado à altura das necessidades do momento histórico para fazer a nação brasileira controlar a epidemia, recuperar a economia de maneira sustentável e voltar a emergir no cenário internacional.

Frase do dia 20 de dezembro de 2020

“Deus não reside em um céu de nuvens, simplesmente habita em mentes nubladas”

Carl Sagan (1934-1996), astrônomo, escritor e divulgador científico

Referências:

ALVES, JED. China: maior potência global e ateísta, IHU, 20/10/2018

http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/583897-china-maior-potencia-global-e-ateista

Our World in Data. Life Expectancy: https://ourworldindata.org/life-expectancy

Maddison Project Database (MPD) 2020

https://www.rug.nl/ggdc/historicaldevelopment/maddison/releases/maddison-project-database-2020

Urgente: Barbacena regride a onda vermelha e só comércio essenciais funcionarão

No fim da tarde de hoje (22/12) foi decidido em reunião do Comitê Extraordinário COVID-19 do estado de Minas Gerais o retrocesso da cidade de Barbacena à Onda Vermelha do Plano Minas Consciente devido ao crescente número de casos confirmados de COVID-19. O decreto oficializando a medida será publicado nas próximas 24 horas.

“A Onda Vermelha em Barbacena se torna inevitável, uma vez que (a cidade) é responsável por mais de 700.000 pessoas e está com taxa de ocupação hospitalar superior a 90%. É ainda devido alta taxa de ocupação em leitos hospitalares e ainda número exorbitante de positivados” declarou a Secretária de Saúde de Barbacena, Marcilene Dornelas.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesap) apontam um total de 432 casos confirmados apenas no mês de dezembro, atingindo a marca de maior taxa de contaminação mensal desde o início da pandemia, sendo 432 casos apenas em dezembro. Antes, o mês de maio era o que apresentava a maior taxa, com um total de 265 casos devido a um surto que contaminou mais 190 alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR).

Atualmente, Barbacena possui um total de 1743 casos confirmados desde o início da pandemia. Entre os números, 1636 pessoas foram curadas, 66 pessoas se encontram em isolamento domiciliar, 11 se encontram hospitalizadas com confirmação da doença e 30 óbitos. O município ainda é responsável pelo atendimento de 20 pessoas internadas com suspeita de COVID e 22 pessoas hospitalizadas de outras cidades, com confirmação da infecção.

Entre as determinações da classificação, está o fechamento do comércio, mantendo-se aberto apenas serviços essenciais, sendo esses:

  • Supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência;
  • Bares (somente delivery ou retirada no balcão);
  • Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;
  • Serviços de ambulantes de alimentação;
  • Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;
  • Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;
  • Vigilância e segurança privada;
  • Serviços de reparo e manutenção;
  • Lojas de informática e aparelhos de comunicação;
  • Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;
  • Construção civil e obras de infra-estrutura;
  • Comércio de veículos, peças e acessórios automotores. (Folha de Barbacena)

No embalo do vírus, Lafaiete tem 59 novos casos

A Prefeitura de Conselheiro Lafaiete através da Secretaria Municipal de Saúde e do Serviço de Epidemiologia com o compromisso de manter a população sempre a par das ocorrências ligadas ao combate ao COVID 19 informa que confirmou cinquenta e nove novos casos de Coronavírus em Conselheiro Lafaiete.
O número de casos refere-se a resultados de exames enviados à FUNED em dias anteriores, sendo que 45 resultados foram entregues hoje, destes 37 negativos e 8 positivos. Os demais são resultados de laboratórios da rede privada e testagem em empresas.


A ocupação dos leitos em Lafaiete nesta terça-feira, 22/12, está em 30% em leitos de UTI e 26% em clínicos.
A administração municipal lamenta o ocorrido e se solidariza com a família enlutada a quem manifesta suas condolências.
Para o cálculo da taxa de ocupação de leitos exclusivos COVID-19 estão sendo considerados os leitos do Hospital de Campanha e do Hospital e Maternidade São José.
Os pacientes que não necessitam de internação seguem em monitoramento e isolamento domiciliar.
Ressaltamos a importância do distanciamento social, o uso de máscaras, que sejam seguidas as orientações de higienização e, sobretudo que sejam evitadas aglomerações.

Infectados cresceram quase 60% em Senhora de Oliveira

A cidade de Senhora de Oliveira experimentou um aumento expressivo de casos de covid-19 e talvez uma explicação possa ser atribuída as imagens e vídeos que circularam nas redes sociais com comícios totalmente lotados e sem a devida segurança sanitária para evitar contágio. Daí se conclui que o aumento está relacionado a falta de cuidados da população que exagerou nas aglomerações.

Aglomerações em atos eleitorais e descuido na prevenção podem ser a causa do aumento de casos / REPRODUÇÃO

Segundo os boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, entre 1º a 19 de dezembro, a cidade saltou de 8 casos confirmados para 14, um aumento de quase 60%. No período eram 171 notificados e agora são 186.


Em dezembro, Senhora de Oliveira possuía 4 pacientes em monitoramento e agora são 13, um aumento de 70%.
Dos 14 confirmados com a doença 12 foram recuperados.

Ouro Branco confirma mais 19 casos de covid

Prefeitura Municipal de Ouro Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulga o Boletim Epidemiológico sobre o Coronavírus. No dia 22/12, às 16h são 4604 casos notificados de pessoas residentes em OB

Esclarecimentos da Secretaria Municipal de Saúde

A Prefeitura de Ouro Branco, por meio da Secretaria de Saúde, informa que foram registrados 19 (dezenove) novos casos de Covid-19 de pessoas residentes em Ouro Branco nesta terça-feira, dia 22/12.

As pessoas de 72, 62, 59, 52, 48, 46, 43, 41, 38, 35, 35,33, 32, 32, 32, 28,26, 26 e 24 anos passam bem e, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde, fazem isolamento social em suas respectivas residências. 

Internados confirmados

Estão internadas: pessoas de 80, 78, 75, 53 e 35 anos. Essas pessoas são acompanhadas pelas Equipes Médicas.

Internados suspeitos

Está internada pessoa de 86, 85 e 65 anos que aguarda resultado de exame para Covid-19. Essa pessoa é acompanhada pela Equipe Médica.  

Perfil dos casos confirmados em Ouro Branco:

Por sexo:

Número de mulheres: 393

Número de homens: 531

Menor de 1 ano: 1

1 a 9 anos: 10

10 a 19 anos: 40

20 a 29 anos: 188

30 a 39 anos: 301

40 a 49 anos: 183

50 a 59 anos: 120

Mais de 60 anos: 81

Informações sobre Saúde Pública na Central de Informações sobre o Coronavírus 3938-1168 e 3938-1169.

Óbitos Confirmados

Foram registrados 6 óbitos por Covid-19: 26/06; 03/07; 15/07; 21/07, 07/08; e 10/12.

Reunião extraordinária pode levar Barbacena para onda vermelha ainda nesta terça

Uma reunião extraordinária na tarde desta terça-feira (22), às 14h, convocada pelo Governo Estadual, pode levar Barbacena para a onda vermelha do programa Minas Consciente. Essa reunião acontece regularmente às quintas-feiras, mas foi antecipada pelo número de casos de covid-19 que vem aumentando na cidade. Além do 30º óbito registrado no boletim desta segunda-feira (21), foram 86 novos casos positivos para covid-19. No boletim de domingo (20), a cidade fez 205 notificações à Secretaria Estadual de Saúde. Cidades como São João Del Rei e Congonhas já estão na onda vermelha, enquanto Conselheiro Lafaiete optou por permanecer na onda amarela, como Barbacena.

Marcilene Dornelas, Secretária Municipal de Saúde, afirmou em entrevista à repórter Sabrina Silva que vem sofrendo pressões do comércio e do setor de prestação do serviço hospitalar. Muitos profissionais da saúde estão entre os positivados para a covid-19, reduzindo o quadro de funcionários na frente de combate à doença. Marcilene pondera que a população, de forma geral, não tem contribuído com as medidas de isolamento e de higienização. Segundo ela, Barbacena já poderia ter adotado a onda vermelha desde a última quinta-feira (17), mas os gestores da saúde optaram por conversar com os empresários e inserir campanhas de conscientização, além de algumas medidas para reduzir as aglomerações e possíveis contágios. Porém, as medidas não obtiveram êxito e o número de casos continua aumentando. Mais de 60 leitos são ocupados com pacientes diagnosticados com a covid-19, ou à espera de resultados dos exames.

A Secretária de Saúde disse à reportagem da Sucesso FM que mesmo adotando as medidas restritivas da onda amarela, incluindo a proibição de venda de bebidas alcoólicas, o trabalho de fiscalização à noite foi bastante intenso com o fechamento de bares e traillers que não estavam cumprindo o último decreto municipal.

“Acredito que Barbacena e outras regiões retrocederão à onda vermelha antes do previsto”, disse Marcilene, ao comentar o número crescente de casos divulgados nos últimos boletins epidemiológicos.

Outro problema é a dificuldade enfrentada pelo Estado para realizar os exames e oferecer os resultados em tempo hábil. Pela grande quantidade de pedidos, os resultados estão demorando cerca de dez dias, o que dificulta ainda mais o tratamento do paciente. “A situação está cada vez mais se agravando”, sinalizou a Secretária, num alerta para que as pessoas cumpram o isolamento social e apliquem as medidas de higienização (lavar as mãos com água e sabão, higienizar as mãos com álcool em gel e usar máscara).

Caos confirmados sobem 61% em Queluzito

A cidade de Queluzito não foge da realidade da grande maioria dos municípios quando se fala em aumento expressivo do contágio do covid-19

Nos últimos 22 dias, a cidade saltou de 11 casos confirmados para 18, o que corresponde a 61%, isso para uma população de menos de 2 mil habitantes.

A cidade tem 112 pacientes notificados e em dezembro foi confirmada mais uma morte, totalizando duas.

O boletim epidemiológico mostra que há 2 óbitos suspeitos em investigação. No momento temos 09 pacientes/familiares em monitoramento e isolamento domiciliar.

Congonhas tem 42 novos casos e chega 430 pacientes em dezembro

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, até às 11h desta terça-feira, 22 de dezembro, 2.169 casos de Covid-19 haviam sido confirmados em Congonhas. Já receberam alta 1.914 casos confirmados de Covid-19. Estão sendo monitorados 506 casos da doença.

Foram confirmados 20 óbitos. Dez óbitos foram descartados, e dois estão em investigação.

Acesse o informe completo: Informe Epidemiológico – 22-12

Telefones:

Ao sentir os sintomas da doença, antes de procurar os serviços de saúde, ligue para:

– Unidade Básica de Saúde mais próxima (confira a lista aqui)

– UPA 24h: 3732-1070

– Hospital Bom Jesus: 3732-3200

Informes Epidemiológicos Mensais

Piranga confirma 3 novos casos e 3 internados

A Prefeitura Municipal de Piranga/MG, por meio do Departamento Municipal de Saúde – Setor de Vigilância em Saúde, divulga o 275º Boletim Epidemiológico Diário de COVID-19, atualizado em 22/12/2020.

Informamos que foram confirmados ontem, 21/12, mais 03 (três) casos positivos de COVID-19 em nosso município. Trata-se de uma mulher de 61 (sessenta e um) anos e outra de 24 (vinte quatro), moradoras da zona urbana, que apresentaram sintomas leves da doença, já cumpriram o isolamento e são consideradas recuperadas da doença. Outra mulher de 23 (vinte e três), também moradora da zona urbana encontra-se em isolamento com sintomas leves da doença e é considerada um caso ativo de COVID-19.  

Outros 03 pacientes suspeitos foram internados em Conselheiro Lafaiete e outro confirmado permanece internado em Belo Horizonte.

É importante que todos permaneçam atentos às medidas preventivas para evitar o contágio e transmissão do vírus. Façam o uso obrigatório e correto de máscaras, adotem o hábito de lavar as mãos com água e sabão constantemente ou usem álcool em gel, bem como todos os demais cuidados necessários. 

Caso apresentem qualquer síndrome gripal, febre, dor de garganta, dificuldade para respirar ou outro sintoma correlato procure, de forma imediata, atendimento médico, para que as providências de praxe sejam tomadas pelos profissionais e órgãos competentes.

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