Patrimônio em ruínas: Igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Piranga, conta com a sorte para permanecer em pé

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O conjunto arquitetônico da Igreja do Bom Jesus de Matozinhos em Bacalhau

Um dos mais importantes e expressivos templos barrocos de Minas corre risco eminente. A estrutura está comprometida, telhado danificado e estado de deterioração está em avançado estágio e já compromete a obra. As pinturas internas, atribuídas ao Manuel da Costa Ataíde, mais conhecido como Mestre Ataíde, estão descaracterizando devido a infiltrações. A situação geral é comprometedora e intervenções urgentes são necessárias ao imóvel do século XVIII.

A Igreja de Bom Jesus do Matozinhos, situada no distrito de Santo Antônio do Pirapetinga, mais conhecido como Bacalhau, fica na parte mais alta do município, cercado por inúmeras montanhas e matas nativas. O local chama atenção pela rara beleza cultural, histórica e natural.

Preocupada com a degradação do patrimônio histórico, representantes da Secretaria Municipal de Cultura estiveram no final de fevereiro, em Belo Horizonte, com os técnicos IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) onde expuseram a situação da Igreja e entregaram um dossiê alertando sobre restauro urgente do exemplar barroco.

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Belas pinturas são atribuídas ao Mestre Ataíde e estão comprometidas

Segundo Kelly Dutra, que presta assessoria a prefeitura de Piranga na área cultural, a Igreja do Bacalhau é um bem tombado pelo IPHAN e desde a reunião a prefeitura aguarda um retorno. “Por ser um bem cujo tombamento é de responsabilidade do IPHAN (Federal), outros órgãos, tais como o Estado e a Prefeitura ficam limitados ao acompanhamento do IPHAN para quaisquer ações. Até mesmo a comunidade local, que poderia fazer alguma ação fica nessa limitação de ter um acompanhamento do IPHAN”, disse.

Segundo ela foi sugerido a contratação de um profissional para escorar as paredes da igreja, mas a iniciativa depende também de decisão e acompanhamento do IPHAN. Kelly explicou que as novas mudanças no Governo Federal também atrasam quaisquer ação, uma vez que mudam pessoas de lugar o que acaba acarretando uma alterações em toda a estrutura do órgão e na sua política de proteção ao patrimônio cultural. Ela contou que as lideranças comunitárias também alertam sobre a situação e estão bastante preocupados com o bem histórico.

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Infiltrações e cupins atacam a belezas das pinturas

Kelly disse a nossa reportagem que ainda não existe projeto de restauro. “Outro problema é o valor para restaurar a Igreja. Somente os projetos devem ficar na casa de R$1 milhão, por que envolve equipe multidisciplinar de profissionais muito especializados. Isso sem contar a execução. Esse é outro problema que precisa da ajuda do Governo Federal. As obras no forro têm indicativos de serem do Mestre Athayde, isso faz com que o restauro seja muito mais especifico e minucioso”, informou. Segundo ela, as obras de reforma e restauro podem passar de mais de R$ 15 milhões.

Enquanto as decisões não saem dos gabinetes o patrimônio histórico pede socorro e a Igreja de Bom Jesus de Matozinhos conta com a sorte para permanecer em pé!

A lenda de Bacalhau, romeiros e sua história

Jubileu do bacalhau
Jubileu acontece na primeira quinzena de agosto e arrasta multidão a comunidade de Bacalhau

Implantado sobre uma colina e composto pela igreja e um conjunto de casas baixas destinadas a abrigar romeiros nas épocas de festas, numa disposição que segue a tradição arquitetônica das capelas portuguesas de peregrinação devotada ao Senhor Bom Jesus de Matozinhos. Assim pode ser descrito o Santuário do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, construído no Distrito de Bacalhau.

A cidade de Piranga está localizada a 170 km de Belo Horizonte. É composta por dois distritos: Santo Antônio do Pirapetinga e Pinheiros Altos. Localizado a 12 km da cidade, o distrito de Santo Antônio do Pirapetinga, mais conhecido como Bacalhau, fica na parte mais alta do município, cercado por inúmeras montanhas da Zona da Mata.

Para os apreciadores de roteiros religiososBacalhau é uma parada obrigatória. O distrito contempla inúmeras igrejas datadas do século XVII e XVIII, entre elas o Santuário do Senhor do Bom Jesus de Matozinhos que foi tombado pelo IPHAN em 1996.

Entre 1ª a 15 agosto aconteceu o Jubileu de Bom Jesus de Matozinhos, tradição que chega a 205 anos e arrasta multidões de fieis ao lugarejo.

Curiosidade

Segundo uma lenda local, a capela foi construída após a descoberta da imagem do Senhor Morto, no sítio onde hoje se localiza a igreja. Por diversas vezes a população tentou guardá-la em outras igrejas da região, mas a imagem sempre voltava ao lugar em que apareceu pela primeira vez. Independente da lenda, o passeio é imperdível!

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Fotos:Reprodução

Ônibus tomba em Hermilo Alves e deixa passageiros feridos

Pelo menos 03 pessoas estão em estado grave

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Um grave acidente registrado na madruga desta segunda-feira (06/06), na BR-040, em Hermilo Alves, deixou pelo menos 10 pessoas feridas, sendo que três (03) em estado que inspiram maiores cuidados.

De acordo com a PRF, o ônibus seguia com sua lotação quase completa quando o motorista teria perdido o controle do veículo, atingido as margens da via e tombado em um barranco de cerca de 3 metros de altura.

Os primeiros socorros às vitimas foram prestados ainda no local; já os que apresentavam ferimentos mais graves precisaram ser socorridos e encaminhados à Santa Casa de Barbacena.

Fonte:CDI news

Militar e criança morrem em acidente na BR-040

Carro teria colidido contra ônibus 

Duas pessoas morreram em consequência de um acidente ocorrido na tarde do sábado, 04/06, entre um ônibus da empresa Saritur e uma caminhonete S10 na BR-040, próximo ao Pires, em Congonhas.

As vítimas fatais e feridas estavam na caminhonete. Não houve vítimas no ônibus.

Um PM reformado que dirigia o carro de passeio e uma criança de 12 anos que também estava no veículo não resistiram aos ferimentos e morreram no local.

Uma mulher, que também estava na S10, sofreu ferimentos graves e foi encaminhada para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.

Fonte:CDI News

Riqueza em risco: Serra do Ouro Branco guarda a segunda maior mina de mármore do Brasil

Cartaz mostra a reação ao projeto
Cartaz mostra a reação ao projeto/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

Projeto de lei quer retirar de parque estadual área que possui jazidas

de minério de ferro e manganês

Sete anos após conseguirem a criação do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, por meio de um processo que incluiu um abaixo-assinado com 5 mil assinaturas, os moradores do município de Ouro Branco (Região Central do Estado) lotaram, na noite desta quinta-feira (2/6/16), um dos principais auditórios da cidade, em uma mobilização que pediu a rejeição, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de projetos de lei que podem reduzir o parque ou alterar sua destinação.

Cerca de 700 moradores participaram da audiência pública conjunta de três comissões da ALMG, que só terminou à meia-noite, após quatro horas e meia de apresentações e debates. O requerimento é de autoria dos deputados Fred Costa (PEN), presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização, e Cristiano Silveira (PT), que preside a Comissão de Direitos Humanos. A reunião também incluiu a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

O principal alvo das críticas de moradores, deputados e outras autoridades foi o Projeto de Lei (PL) 3.043/15, do ex-deputado João Alberto (PMDB), que promove a exclusão (desafetação) de 856,32 hectares do parque, que equivalem a aproximadamente 800 campos de futebol. Na justificativa, o autor argumenta que estudo realizado pela ONG Terra Brasilis, para criação do parque, atesta que a área a ser excluída já foi alterada pela atividade humana.

A área total do parque é de 7.520 hectares, ou seja, o PL 3.043/15 retira 11,3% desse território. O projeto não indica qual seria a destinação dessa fração. No entanto, a suspeita dos moradores é de que a intenção é destiná-la à mineração. É o que teme a gerente do parque e servidora do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Letícia Dornelas Morais.

Letícia demonstrou, por meio de mapas, que a área a ser excluída coincide com as áreas de direito minerário de duas empresas que possuem direito de lavra na região: a Mineração Geral do Brasil e a Somifra. As duas áreas constam em processos que tramitam no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Apesar de datarem de 1936, os processos estão vigentes, em fase de concessão de lavra, que não pode prosseguir se os terrenos não forem excluídos do parque.

Empresas têm interesse em minerar ferro e manganês

De acordo com a gerente do IEF, as empresas manifestaram interesse em explorar, no local, ferro, manganês, topázio, argila e dolomito (um tipo de rocha sedimentar relacionada ao mármore). Letícia admite que a área já sofreu intervenção humana no passado, mas está em fase adiantada de recuperação e, além disso, é adjacente a uma das formações mais importantes do parque, a Gruta da Igrejinha.

Padre João
Padre João é contra delimitação de área/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

Tanto Letícia quanto o professor da Universidade Federal de Viçosa Cláudio Coelho de Paula atestaram que a Gruta da Igrejinha é a segunda maior gruta de mármore dolomítico do Brasil. A exploração mineral na área a ser excluída, por ser vizinha à gruta, não teria como não afetá-la, na avaliação do professor.

Cláudio Coelho acrescentou que o parque fica em uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, apresentando ainda um outro ecossistema valioso, o dos campos rupestres, com espécies vegetais e animais ameaçadas de extinção. A vegetação inclui orquídeas e bromélias raras, além das canelas de ema, sendo que há pelo menos um exemplar dessa última, no parque, com mais de 500 anos de idade, uma planta com a idade do Brasil.

O PL 3.043/15 está hoje anexado ao 1.839/15, do deputado Anselmo José Domingos (PTC), que aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Este último transforma o parque estadual em uma estação ecológica, que restringe o acesso à área. Enquanto o parque permite o turismo ecológico, uma estação apenas liberaria o acesso para pesquisa científica. Por essa razão, apesar de não ameaçar a integridade do parque, essa proposta também enfrenta oposição dos moradores e autoridades de Ouro Branco e do IEF.

 Indignação de jovens contrários ao projeto
Indignação de jovens contrários ao projeto/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

O deputado Anselmo José Domingos ainda é autor do PL 3.009/15, que também está anexado ao 1.839/15. Esse terceiro projeto obriga o Estado a criar e a instituir o plano de manejo do parque, que é o instrumento legal de zoneamento e gestão de uma área de preservação. A gerente Letícia Morais, no entanto, afirmou que esse plano já está em elaboração desde 2013, deve ser aprovado no segundo semestre e não se justificaria aprovar um projeto para determinar algo que já está sendo feito.

Outro motivo para impedir a mineração na atual área do parque, segundo os participantes da audiência pública, é a preservação dos mananciais responsáveis pelo abastecimento de água da região. O representante da Copasa, Elcimar de Oliveira, afirmou que a preservação da Serra de Ouro Branco é essencial para garantir o abastecimento da cidade.

Um estudo realizado pela Copasa indica que estão na área tanto o atual manancial de abastecimento da empresa, o Córrego do Veríssimo, quanto a principal opção para nova captação, o Ribeirão Água Limpa. Essa reserva garante o abastecimento para cerca de 40 mil pessoas.

Deputados e governo prometem agir contra projetos

O deputado Fred Costa, presidente da Comissão de Assuntos Municipais, e o deputado Rogério Correia (PT) lembraram que a mesma proposta de exclusão dessa área do parque já foi rejeitada pela ALMG em legislatura anterior. “É inadmissível que tenhamos mais uma vez um projeto desse tipo na Assembleia. Será possível que, a cada legislatura, teremos que ver a mesma proposta, só mudando o autor?”, criticou Fred Costa. O autor da proposta anterior foi o ex-deputado Célio Moreira.

O deputado Rogério Correia disse que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável já emitiu nota técnica contra o PL 3.043/15. “O governo é contra os três projetos e o governador (Fernando) Pimentel já disse que, se eles passarem na Assembleia, ele veta”, afirmou Rogério Correia.

População está mobilizada em favor do parque
População está mobilizada em favor do parque/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cristiano Silveira, que também integra a Comissão de Constituição e Justiça, disse que solicitará a relatoria do PL 1.839/15, a fim de recomendar a rejeição dos projetos, sobretudo o que prevê a desafetação (3.043/15). Os três deputados aprovaram requerimento para que o presidente da CCJ, Leonídio Bouças (PMDB), designe a relatoria a Cristiano Silveira. “Em Minas, as grandes mineradoras é que estão determinando como elas vão atuar”, criticou Cristiano Silveira, cobrando firmeza do Governo do Estado.

A prefeita de Ouro Branco, Maria Aparecida Junqueira Campos, cobrou ainda mais agilidade na aprovação e implantação do plano de manejo do parque e na sua regularização fundiária. Toda a área do parque é privada e cerca de 90% pertence a empresas mineradoras. O IEF já negocia a regularização dessa área das empresas por meio de compensação ambiental.

Os terrenos restantes, que pertencem a pequenos proprietários, terão que ser desapropriados, mas os representantes do IEF não estimaram quando isso poderá ser feito. O diretor de área protegidas do IEF, Henri Dubois Collet, recomendou que os proprietários procurem a direção do parque e providenciem a documentação necessária. Ele acrescentou que o Conselho Consultivo do Parque deve ser implantado até agosto deste ano.

O deputado federal Padre João (PT-MG), que também participou da audiência pública, ressaltou que a preservação do parque é importante não apenas por uma questão ambiental, mas também econômica, uma vez que a recarga hídrica da área é que garante o abastecimento e funcionamento da usina siderúrgica da Gerdau Açominas, principal empresa de Ouro Branco e uma das maiores do País. Ele lembrou que a criação do parque teve que vencer muita resistência e isso não pode ser perdido. “Queriam montar um condomínio com heliporto e isolar a serra da comunidade”, recordou.

Já os vereadores Nilma Aparecida Silva e Charles Silva Gomes cobraram que a ALMG não ignore a vontade dos moradores de Ouro Branco. “Estão tentando demarcar o parque de dentro de seus gabinetes, sem vir a Ouro Branco. Todos os vereadores são contra”, afirmou Nilma Aparecida.

Apresentações A audiência pública contou ainda com a participação de alunos de cinco escolas do ensino fundamental, que cantaram o Hino Nacional e apresentaram poemas, música e vídeo homenageando a Serra de Ouro Branco. Os artistas Rogério Dias e Patrick Duprat também participaram da apresentação. Todo o auditório foi decorado com textos e ilustrações de estudantes, se manifestando contra a redução do parque estadual.

 Fonte:ALMG

Glaycon Franco entrega quatro ambulâncias

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deputado estadual Glaycon Franco entregou, na última segunda-feira (23/05), na Cidade Administrativa, quatro ambulâncias para os municípios de Alfredo Vasconcelos, Casa Grande, Cipotânea e Lamim. As ambulâncias entregues por meio de indicação de emenda parlamentar de Glaycon fazem parte do Programa de Doação de Veículos para a Saúde, lançado no fim 2015, contemplando prefeituras e entidades filantrópicas credenciadas como prestadores de serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS).DSC_3412
 Sobre a entrega, Glaycon ressaltou a importância de investir na saúde dos mineiros, sobretudo de sua região. “Saúde é um dos pilares da qualidade de vida e, por isso, venho empenhando esforços para que mais pessoas possam ter um tratamento digno. Vou continuar indicando novas cidades para receberem novos carros e ambulâncias e, assim, ampliarem o atendimento de suas respectivas cidades”, afirmou Glaycon.

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“Agradeço ao deputado Glaycon Franco por ter contribuído com o município no momento em que nós mais estávamos precisando, que é na área da saúde”, afirmou o prefeito de Lamim, Francisco Nogueira Reis.

“Agradeço em nome de todos os laminenses por ter nos ajudado. Atualmente, o município está precisando muito de ambulâncias novas e ficamos muito satisfeitos por termos sido contemplados com a ambulância que só veio nos fortalecer”, ressaltou o prefeito de Alfredo Vasconcelos, José Vicente Barbosa.

No total foram investidos R$300.000,00 na compra das quatro ambulâncias que já foram entregues aos municípios.

Feijão “estampa” imagem do padroeiro de cidade do interior de Minas Gerais

Uma história de crença e fé transformou grãos de feijão em símbolos da cidade de Lamim (160 km de Belo Horizonte). O pequeno município, com cerca de 3.500 habitantes, carrega há mais de 200 anos a lenda do feijão, conhecido somente ali como “milagroso”.

No grão desse feijão é possível ver a imagem de uma pomba, símbolo do Divino Espírito Santo, padroeiro da cidade. O feijão serve como amuleto e suvenir na festa religiosa que acontece na celebração de Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa.

IMAGEM SÍMBOLO

  • Reprodução
    Pomba representa Espírito Santo para católicos

     

O professor e morador da cidade José Geraldo Reis e Silva disse que a história do feijão é contada nas escolas, em pesquisa sobre folclore local e pelas ruas do município. Todo lamiense conhece o “milagroso”. Alguns dizem ter recebido graças através do feijão, porém ninguém nunca pesquisou por que o grão é tão diferente.

“Resolvi pesquisar se o feijão era coisa só nossa. Preparei alguns grãos e mandei para um programa de TV. Eles se interessaram e enviaram para a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) em Goiás, especializada em feijão. O técnico veio aqui em casa, pesquisou e viu que ‘o milagroso’, esse com a pomba, só existia aqui. A Embrapa achou o fato incomum”, contou o professor, que tem apelido de Lamim.

Hoje os grãos estão preservados pela Embrapa, já foram levados para várias cidades do Brasil e até para a Holanda. Reis e Silva encontrou na paróquia da cidade um livro manuscrito do professor João Francisco Medeiros Duarte que em 1889 contou a história de Lamim e relatou o nascimento da lenda do feijão.

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Na comemoração do padroeiro, Divino Espírito Santo, é sorteado um festeiro para bancar as celebrações e o grande almoço. Diz o livro que no século 19 eram escolhidos somente fazendeiros ricos. Porém, um dia o lavrador Brás Teixeira da Cunha foi sorteado e não tinha dinheiro para organizar o festejo. Ele resolveu plantar feijão e vender a colheita para custear a festa santa.

“Para surpresa do lavrador, quando os grãos nasceram ele encontrou o esplendor do Divino Espírito Santo estampado no feijão”, conta Reis e Silva.  Até hoje em Lamim a tradicional comemoração mobiliza moradores. O festeiro sorteado para o ano que vem já anunciou que festa vai homenagear o “milagroso”.

A coordenadora da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Grais (Emater), Ana Dea Maria Arruda Silva, informou que poucas pessoas plantam o feijão. Segundo ela, o “milagroso” é muito procurado por causa da lenda, mas é encontrado somente na casa de pequenos produtores, entre eles Reis e Silva.

O sonho do “senhor Lamim” é fazer um livro, um museu e uma festa do feijão. Ele quer imortalizar a história de fé do seu povo. No pequeno município onde paróquia, praça principal e até comércios levam o nome de Divino Espírito Santo, a lenda do feijão se tornou um grande patrimônio.

Fonte:Uol

Moradores de Ouro Branco são contrários à redução de parque

Cartaz mostra a reação ao projeto
Cartaz mostra a reação ao projeto/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

Projeto de lei quer retirar de parque estadual área que possui jazidas

de minério de ferro e manganês

Sete anos após conseguirem a criação do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, por meio de um processo que incluiu um abaixo-assinado com 5 mil assinaturas, os moradores do município de Ouro Branco (Região Central do Estado) lotaram, na noite desta quinta-feira (2/6/16), um dos principais auditórios da cidade, em uma mobilização que pediu a rejeição, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de projetos de lei que podem reduzir o parque ou alterar sua destinação.

Cerca de 700 moradores participaram da audiência pública conjunta de três comissões da ALMG, que só terminou à meia-noite, após quatro horas e meia de apresentações e debates. O requerimento é de autoria dos deputados Fred Costa (PEN), presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização, e Cristiano Silveira (PT), que preside a Comissão de Direitos Humanos. A reunião também incluiu a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

O principal alvo das críticas de moradores, deputados e outras autoridades foi o Projeto de Lei (PL) 3.043/15, do ex-deputado João Alberto (PMDB), que promove a exclusão (desafetação) de 856,32 hectares do parque, que equivalem a aproximadamente 800 campos de futebol. Na justificativa, o autor argumenta que estudo realizado pela ONG Terra Brasilis, para criação do parque, atesta que a área a ser excluída já foi alterada pela atividade humana.

A área total do parque é de 7.520 hectares, ou seja, o PL 3.043/15 retira 11,3% desse território. O projeto não indica qual seria a destinação dessa fração. No entanto, a suspeita dos moradores é de que a intenção é destiná-la à mineração. É o que teme a gerente do parque e servidora do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Letícia Dornelas Morais.

Letícia demonstrou, por meio de mapas, que a área a ser excluída coincide com as áreas de direito minerário de duas empresas que possuem direito de lavra na região: a Mineração Geral do Brasil e a Somifra. As duas áreas constam em processos que tramitam no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Apesar de datarem de 1936, os processos estão vigentes, em fase de concessão de lavra, que não pode prosseguir se os terrenos não forem excluídos do parque.

Empresas têm interesse em minerar ferro e manganês

De acordo com a gerente do IEF, as empresas manifestaram interesse em explorar, no local, ferro, manganês, topázio, argila e dolomito (um tipo de rocha sedimentar relacionada ao mármore). Letícia admite que a área já sofreu intervenção humana no passado, mas está em fase adiantada de recuperação e, além disso, é adjacente a uma das formações mais importantes do parque, a Gruta da Igrejinha.

Padre João
Padre João é contra delimitação de área/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

Tanto Letícia quanto o professor da Universidade Federal de Viçosa Cláudio Coelho de Paula atestaram que a Gruta da Igrejinha é a segunda maior gruta de mármore dolomítico do Brasil. A exploração mineral na área a ser excluída, por ser vizinha à gruta, não teria como não afetá-la, na avaliação do professor.

Cláudio Coelho acrescentou que o parque fica em uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, apresentando ainda um outro ecossistema valioso, o dos campos rupestres, com espécies vegetais e animais ameaçadas de extinção. A vegetação inclui orquídeas e bromélias raras, além das canelas de ema, sendo que há pelo menos um exemplar dessa última, no parque, com mais de 500 anos de idade, uma planta com a idade do Brasil.

O PL 3.043/15 está hoje anexado ao 1.839/15, do deputado Anselmo José Domingos (PTC), que aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Este último transforma o parque estadual em uma estação ecológica, que restringe o acesso à área. Enquanto o parque permite o turismo ecológico, uma estação apenas liberaria o acesso para pesquisa científica. Por essa razão, apesar de não ameaçar a integridade do parque, essa proposta também enfrenta oposição dos moradores e autoridades de Ouro Branco e do IEF.

 Indignação de jovens contrários ao projeto
Indignação de jovens contrários ao projeto/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

O deputado Anselmo José Domingos ainda é autor do PL 3.009/15, que também está anexado ao 1.839/15. Esse terceiro projeto obriga o Estado a criar e a instituir o plano de manejo do parque, que é o instrumento legal de zoneamento e gestão de uma área de preservação. A gerente Letícia Morais, no entanto, afirmou que esse plano já está em elaboração desde 2013, deve ser aprovado no segundo semestre e não se justificaria aprovar um projeto para determinar algo que já está sendo feito.

Outro motivo para impedir a mineração na atual área do parque, segundo os participantes da audiência pública, é a preservação dos mananciais responsáveis pelo abastecimento de água da região. O representante da Copasa, Elcimar de Oliveira, afirmou que a preservação da Serra de Ouro Branco é essencial para garantir o abastecimento da cidade.

Um estudo realizado pela Copasa indica que estão na área tanto o atual manancial de abastecimento da empresa, o Córrego do Veríssimo, quanto a principal opção para nova captação, o Ribeirão Água Limpa. Essa reserva garante o abastecimento para cerca de 40 mil pessoas.

Deputados e governo prometem agir contra projetos

O deputado Fred Costa, presidente da Comissão de Assuntos Municipais, e o deputado Rogério Correia (PT) lembraram que a mesma proposta de exclusão dessa área do parque já foi rejeitada pela ALMG em legislatura anterior. “É inadmissível que tenhamos mais uma vez um projeto desse tipo na Assembleia. Será possível que, a cada legislatura, teremos que ver a mesma proposta, só mudando o autor?”, criticou Fred Costa. O autor da proposta anterior foi o ex-deputado Célio Moreira.

O deputado Rogério Correia disse que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável já emitiu nota técnica contra o PL 3.043/15. “O governo é contra os três projetos e o governador (Fernando) Pimentel já disse que, se eles passarem na Assembleia, ele veta”, afirmou Rogério Correia.

População está mobilizada em favor do parque
População está mobilizada em favor do parque/Foto:Reprodução/Clarissa Barçante

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cristiano Silveira, que também integra a Comissão de Constituição e Justiça, disse que solicitará a relatoria do PL 1.839/15, a fim de recomendar a rejeição dos projetos, sobretudo o que prevê a desafetação (3.043/15). Os três deputados aprovaram requerimento para que o presidente da CCJ, Leonídio Bouças (PMDB), designe a relatoria a Cristiano Silveira. “Em Minas, as grandes mineradoras é que estão determinando como elas vão atuar”, criticou Cristiano Silveira, cobrando firmeza do Governo do Estado.

A prefeita de Ouro Branco, Maria Aparecida Junqueira Campos, cobrou ainda mais agilidade na aprovação e implantação do plano de manejo do parque e na sua regularização fundiária. Toda a área do parque é privada e cerca de 90% pertence a empresas mineradoras. O IEF já negocia a regularização dessa área das empresas por meio de compensação ambiental.

Os terrenos restantes, que pertencem a pequenos proprietários, terão que ser desapropriados, mas os representantes do IEF não estimaram quando isso poderá ser feito. O diretor de área protegidas do IEF, Henri Dubois Collet, recomendou que os proprietários procurem a direção do parque e providenciem a documentação necessária. Ele acrescentou que o Conselho Consultivo do Parque deve ser implantado até agosto deste ano.

O deputado federal Padre João (PT-MG), que também participou da audiência pública, ressaltou que a preservação do parque é importante não apenas por uma questão ambiental, mas também econômica, uma vez que a recarga hídrica da área é que garante o abastecimento e funcionamento da usina siderúrgica da Gerdau Açominas, principal empresa de Ouro Branco e uma das maiores do País. Ele lembrou que a criação do parque teve que vencer muita resistência e isso não pode ser perdido. “Queriam montar um condomínio com heliporto e isolar a serra da comunidade”, recordou.

Já os vereadores Nilma Aparecida Silva e Charles Silva Gomes cobraram que a ALMG não ignore a vontade dos moradores de Ouro Branco. “Estão tentando demarcar o parque de dentro de seus gabinetes, sem vir a Ouro Branco. Todos os vereadores são contra”, afirmou Nilma Aparecida.

Apresentações A audiência pública contou ainda com a participação de alunos de cinco escolas do ensino fundamental, que cantaram o Hino Nacional e apresentaram poemas, música e vídeo homenageando a Serra de Ouro Branco. Os artistas Rogério Dias e Patrick Duprat também participaram da apresentação. Todo o auditório foi decorado com textos e ilustrações de estudantes, se manifestando contra a redução do parque estadual.

 Fonte:ALMG

Fazenda abre porteira para visitantes

Família “Forno de Minas” oferece propriedade de Piranga para turismo de experiência

Fazenda Láia localizada em Piranga ocupa uma área de 450 hectares, com Jardins açude e um belo cassarão colonial

O espírito empreendedor da empresária Hélida Mendonça ­ sócia­fundadora e diretora de recursos humanos e comunicação da Forno de Minas ­, transformou um refúgio familiar em um novo modelo de negócios na região Central de Minas. Certa de que aquele “pedacinho do céu” poderia ser compartilhado com outras famílias e ainda gerar emprego e renda para a população do entorno, ela abriu o espaço para o turismo de experiência. Há 16 anos, a compra da fazenda Iáia, no município de Piranga, era a realização de um sonho da família. Ao lado do marido Adolfo Nunes e dos três filhos do casal, ela promoveu a restauração e modernização do imóvel principal, construiu anexos, açude, campo de futebol, implantou ordenha mecânica e fez outras benfeitorias. Ao todo, o investimento está estimado em cerca de R$ 4 milhões. “Queríamos uma fazenda nossa. Procuramos bastante e quando encontramos esse lugar nos apaixonamos. É uma região de natureza muito preservada, rica em águas, porém muito pobre. Fomos nos envolvendo com a população local, desenvolvendo projetos e gerando empregos na fazenda. Agora vimos que podíamos fazer um modelo de negócio diferente. Daí veio a ideia de abrir a fazenda para aluguel”, explica Hélida Mendonça.

A fazenda Iáia ocupa uma área de 450 hectares, com jardins, açude e um belo casarão colonial. Localizada a 140 km de Belo Horizonte, está preparada para receber eventos sociais, particulares e corporativos, com uma estrutura de sete suítes e acomodações para até 20 pessoas. Entre os espaços, destacam­se: capela, sauna, fogão a lenha, pomar e horta de orgânicos, produção de leite, lareiras, açude com bica, campo de futebol, quarto de brinquedos, playground e salão de jogos. “Chegamos a pensar em fazer um hotel­fazenda, mas eu queria algo diferente. Queremos oferecer aos nossos hóspedes uma experiência original. Com o apoio apenas de uma copeira e uma arrumadeira, eles farão a administração da casa enquanto estiverem lá. Poderão, ainda, vivenciar as atividades cotidianas da fazenda. A ideia é que se livrem um pouco da rotina da cidade, esqueçam a internet e que conversem, brinquem com as crianças ao ar livre e desfrutem da natureza com toda a privacidade”, afirma a empresária. A estrutura pode receber famílias, eventos sociais e corporativos. Nem mesmo a crise econômica desanimou o casal, que aposta na presença de um público que valoriza a preservação da natureza e do patrimônio histórico. Os hóspedes devem se preparar para a temporada no campo. Contar com o pequeno centro de Piranga para a compra de alimentos e outros itens não é a melhor opção. “Quero que as pessoas se sintam donas, sequer estarei lá. Podemos auxiliar fazendo uma ou outra indicação, de um violeiro da região, por exemplo, mas não seremos fornecedores”, destaca.

Foto:Reprodução

Fonte:Diário do Comércio

Alteração de limite do Parque da Serra do Ouro Branco abre possibilidade para exploração de minério

Parque Estadual Serra do Ouro Branco será tema de audiência e deputados querem discutir a situação da unidade e os impactos dos projetos em tramitação na Assembleia

População está preocupada com possíveis impactos sociais, econômicos e ambientais de alteração em área de parque ArquivoALMG - Foto Alair Vieira
População está preocupada com possíveis impactos sociais, econômicos e ambientais de alteração em área de parque/ArquivoALMG – Foto Alair Vieira/Reprodução

Três comissões da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizarão, em Ouro Branco (Região Central do Estado), uma audiência conjunta para discutir a situação do Parque Estadual que leva o nome da cidade. Deputados temem que alterações na lei que criou a unidade de conservação comprometam o abastecimento público de água do município. O encontro será na próxima quinta-feira (2/6/16), às 19 horas, no Sindicato dos Metalúrgicos (Avenida Patriótica, 1.080, Siderurgia).

O Parque Estadual Serra do Ouro Branco foi criado pelo Decreto 45.180, de 2009, abrangendo terras nos municípios de Ouro Branco e Ouro Preto. Atualmente, tramita na ALMG o Projeto de Lei (PL) 1.839/15, do deputado Anselmo José Domingos (PTC), que cria a Estação Ecológica Serra do Ouro Branco. Duas outras propostas estão anexadas a esse projeto: o PL 3.009/15, do mesmo parlamentar, que dispõe sobre a elaboração do plano de manejo do parque, e o PL 3.043/15, do ex-deputado João Alberto (PMDB), que trata da remarcação da área e do perímetro do parque e dá outras providências.

As pessoas temem que o abastecimento de água da cidade fique comprometido, caso seja feita alguma redução do território, já que o manancial localizado na serra abastece a área urbana do município. Outro ponto de preocupação é uma possível abertura para atividade minerária na região.

Não é a primeira vez que se tenta alterar os limites do Parque Estadual da Serra do Ouro Branco. Voltou a tramitar, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o projeto de Lei, agora sob n. 3.009/2015, que trata da exclusão do “Morro do Bule”, do perímetro do parque. Na legislatura anterior o projeto foi arquivado.

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Deputado Glyacon Franco (PV)/Foto:Divulgação

O deputado Glyacon Franco (PV) avalia que uma audiência pública com todos os envolvidos na preservação do parque é a melhor alternativa para garantir que projetos que ameacem a unidade sejam “abortados”. A expectativa, na opinião dele, é que essa sensibilização da sociedade se transforme em um planejamento de ações, para implantar o plano de manejo do parque. “Atualmente até o acesso ao parque está comprometido, pois a manutenção não tem periodicidade e, quando é feita, não obedece às normas”, pontua o deputado.

A área que se pretende excluir do parque, além de ser importante área verde no contexto da reserva, ainda representa um sítio histórico ímpar, porque contém resquícios de antigas atividades minerárias. “Se depender de mim e do meu esforço, esse parque não será alterado. Gostaria que a população de Ouro Branco se unisse a mim nessa empreitada”, afirmou o deputado.

Convidados – Foram convidados a secretária em exercício da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e secretária interina do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), Maria de Fátima Chagas Dias Coelho; a diretora-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Adriana Araujo Ramos; a prefeita de Ouro Branco, Maria Aparecida Junqueira Campos; os prefeitos de Ouro Preto, José Leandro Filho, e de Conselheiro Lafaiete, Ivar de Almeida Cerqueira Neto, que também é vice-presidente de Integração Regional do Consórcio Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba (Cibapar).

Também foram convidados o vereador de Ouro Branco Charles Silva Gomes, o promotor de justiça da Comarca de Ouro Branco, José Lourdes de São José; a secretária de Meio Ambiente de Ouro Preto, Cláudia Araújo; a gerente do Parque Estadual Serra do Ouro Branco, Letícia Dornelas Moraes; o professor da Universidade Federal de Viçosa, Cláudio Coelho de Paula; a geógrafa ambientalista, Adriana Ramos de Carvalho; e o ambientalista Apolo Heringer Lisboa.

 

Santa Quitéria comemora chegada do asfalto na estrada e no bairro

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No Dia de Santa Quitéria, a comunidade do bairro de mesmo nome teve dois motivos para comemorar. Além de prestar homenagens à sua padroeira, os moradores se reuniram com o Governo Municipal para a solenidade de início das obras de asfaltamento dos 8 km da estrada de ligação com a sede do Município, como de todas as ruas da localidade. Os 20 km de extensão da estrada até o Centro de Jeceaba seriam contemplados com pavimentação pelo Programa Campinho de Minhas, do Governo do Estado, que desistiu do compromisso, mas a Prefeitura de Congonhas fará seu trecho. A terraplanagem tem início nesta segunda-feira, 23. A previsão é de a pavimentação da via fique pronta em seis meses, beneficiando também sitiantes. O recapeamento das ruas do bairro deve começar nesta terça-feira.

Prestigiaram a solenidade, realizada na rua Presidente Dutra, a diretoria da Associação Comunitária de Santa Quitéria, o prefeito de Congonhas, Zelinho, o vice Arnaldo Osório, que realizou o calçamento daquelas ruas em seu mandato na década de 1990, secretários municipais, entre os quais Rosemary Aparecida, de Obras, e outros servidores, os vereadores Hemerson Ronan Inácio (Mércio), que possui familiares no bairro, Marcos Rezende Amaro (Coruja), Advar Barbosa, Júlio César e Cida Penido, demais moradores, entre estes o pastor Elson e Dona Quitéria, que conduziram orações. O prefeito de Jeceaba, Fábio Vasconcelos, também esteve presente e anunciou que fará esforços para pavimentar, pelo menos, parte da estrada em seu município.

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A obra de asfaltamento de 8 km ligará a sede do Município

Para o presidente da Associação Comunitária de Santa Quitéria, José Albertino Marques, “este foi um dia de muita alegria. Esperamos há muito tempo por este asfalto. Agradeço à equipe de trabalho do Governo Municipal, que se dedicou para tornar realidade estas obras na comunidade”. A filha Aline Soares, que também é líder comunitária, agradeceu inicialmente a Deus por estas melhorias que o bairro recebe e seguiu: “Pedi que fosse hoje (domingo, 22), Dia de Santa Quitéria, o dia que marcasse o início do asfaltamento, para que ela abençoe todos os envolvidos nessas obras que estão sendo realizadas. Só quem mora aqui sabe de nossa luta. Os meninos chegam atrasados nas escolas (da sede do Município) e nós todos, nos afazeres. Este sonho do asfaltamento da estrada, como do bairro, era muito distante para a gente, então agradeço o prefeito Zelinho, e também o Fábio, de Jeceaba, que está tentando asfaltar o outro lado. Precisamos acreditar sempre, como fizemos no caso da estrada. Fé é aquilo que se pode ter sem ver, nem tocar”.

Bastante emocionada, dona Maria da Conceição, outra moradora, também pediu a palavra. “As pessoas não sabem o que é empurrar ônibus atolado no barro, nos buracos e na poeira, carregar saco de compras, quando os carros não conseguiam passar pela estrada. O que o Zelinho está fazendo aqui é sensacional. Em nome de toda a comunidade eu tenho de agradecê-lo, que Deus o ilumine e o abençoe. Nós achávamos que nunca íamos conseguir este asfalto”, comemora.
O prefeito Zelinho disse à comunidade que está realizando as obras necessárias para Santa Quitéria. “Ao todo, estão sendo investidos mais de R$ 10 milhões no bairro. Além da estrada que tivemos de assumir e da infraestrutura urbana nas ruas, temos em construção ainda o Ginásio Poliesportivo, para que crianças, jovens e adultos possam praticar esporte e realizarem eventos, e a UBS para melhorarmos ainda mais a atenção básica na comunidade. As pessoas daqui merecem, a última obra feita em Santa Quitéria foi exatamente a do calçamento, há 26 anos, quando era prefeito o atual vice, Arnaldo Osório”, comentou.

Fotos:Divulgação/SECOM

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