Deputados de MG tentam pela terceira vez alterar limites de área ambiental protegida

Deputados da Assembleia de Minas Gerais tentam pela terceira vez alterar os limites do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda, uma área de proteção ambiental localizada nos municípios de Moeda e Itabirito, na Grande Belo Horizonte.

Três projetos de lei nesse sentido foram apresentados por três parlamentares em 2020, 2021 e, o mais recente, em agosto de 2023. O monumento foi criado em 2010.

Os dois primeiros textos, dos deputados Antonio Carlos Arantes (PSDB) e Thiago Cota (PDT), respectivamente, falharam no propósito e foram retirados de pauta depois de pressão de ambientalistas.

O de 2023, do deputado Noraldino Júnior (PSB), está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aguardando emissão de parecer.

Parlamentares contrários à alteração e ambientalistas dizem que a mudança tem o objetivo de retirar do monumento a área que é rica em minério de ferro e permitir a sua exploração.

A empresa interessada na alteração, afirmam, seria a Gerdau, que explorou mina de minério ao lado da área de proteção e estaria planejando novo empreendimento na região.

Para isso, ainda segundo os ambientalistas e deputados contrários ao projeto, a mineradora teria o apoio da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).

A Gerdau, por sua vez, afirma que os projetos de lei anteriores tinham relação com “oportunidades de desenvolvimento da empresa”. Já o apresentado pelo deputado Noraldino, segundo a companhia, não.

A Gerdau diz ainda desconhecer “qualquer projeto de lei, em tramitação atualmente na Assembleia, que retire parte da área protegida do Monumento Natural da Serra da Moeda”.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, diz que a entidade endossa todo investimento em Minas Gerais que atenda à legislação e que represente benefício para a população, como é, segundo o dirigente, o caso desse, pelo tamanho da área e por haver contrapartidas para a população.

Para Roscoe, a exploração de minério na área do monumento traria pouco impacto ambiental por já existir uma estrutura para mineração perto. “Além disso é muito relevante para a cidade de Moeda, por haver obras de contrapartida”, afirma.

“Os ambientalistas deveriam, na verdade, defender esse projeto”, diz Roscoe, citando a proposta de compensação ambiental de sete a oito vezes o tamanho da área desafetada a ser explorada.

A área de interesse para a mineração, segundo os ambientalistas, tem 128 mil m2, o equivalente a cerca de 13 campos de futebol, e é estratégica por concentrar nascentes.

“É uma área com nascentes importantes da bacia do rio Paraopeba, já impactada pela Vale em Brumadinho”, afirma o ambientalista Marcus Vinícius Polignano, coordenador do projeto Manuelzão.

“Se formos para cima das unidades de conservação, não vai sobrar nada”, acrescenta o ambientalista.

Segundo a deputada federal Beatriz Cerqueira (PT), contrária às alterações no monumento, os projetos sobre a Serra da Moeda apresentados à Assembleia têm como estratégia acrescentar uma área ao monumento e retirar outra de interesse econômico.

“O esquema é ampliar a área de proteção e, ao mesmo tempo, retirar da proteção a área que se quer minerar”, diz.

O integrante da ONG Abrace a Serra da Moeda, Cleverson Ulisses Vidigal, reitera a importância da região para a recarga da bacia do Paraopeba e que a área em jogo é o “filé” do que interessa para a mineração.

“Em troca vão acrescentar uma área que não tem a mesma riqueza ambiental”, afirma. “Nossa proposta é que o deputado retire a tramitação do projeto e que o governador de Minas faça um decreto incorporando essas áreas que estão oferecendo. Se existe boa intenção nisso, então que faça desse jeito.”

Newsletter Folha Minas Receba no seu email reportagens, previsão do tempo e programação cultural de MG; aberta para não assinantes. *** O deputado Noraldino diz que o objetivo da apresentação do projeto é proporcionar uma discussão na sociedade, com participação da Fiemg, ambientalistas e a população. Afirma ainda que o texto fala apenas de áreas a serem anexadas. “O texto cumpre o papel de bloquear uma discussão que não seja feita às claras”, avalia.

O Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda está sob responsabilidade do estado, hoje governado por Romeu Zema (Novo). O Palácio Tiradentes afirma que não comenta a tramitação de projetos de lei e que respeita a autonomia do Poder Legislativo para discutir temas de interesse público.

A Serra da Moeda tem formações de mata atlântica e cerrado. Há árvores ameaçadas de extinção e protegidas por lei como o pequizeiro, o jacarandá-da-bahia e a braúna, além de espécies de importância medicinal como a arnica. Entre os animais encontrados na região estão o tamanduá-mirim, lobo-guará e onça-parda.

FONTE ACESSA.COM

Deputados de MG tentam pela terceira vez alterar limites de área ambiental protegida

Deputados da Assembleia de Minas Gerais tentam pela terceira vez alterar os limites do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda, uma área de proteção ambiental localizada nos municípios de Moeda e Itabirito, na Grande Belo Horizonte.

Três projetos de lei nesse sentido foram apresentados por três parlamentares em 2020, 2021 e, o mais recente, em agosto de 2023. O monumento foi criado em 2010.

Os dois primeiros textos, dos deputados Antonio Carlos Arantes (PSDB) e Thiago Cota (PDT), respectivamente, falharam no propósito e foram retirados de pauta depois de pressão de ambientalistas.

O de 2023, do deputado Noraldino Júnior (PSB), está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aguardando emissão de parecer.

Parlamentares contrários à alteração e ambientalistas dizem que a mudança tem o objetivo de retirar do monumento a área que é rica em minério de ferro e permitir a sua exploração.

A empresa interessada na alteração, afirmam, seria a Gerdau, que explorou mina de minério ao lado da área de proteção e estaria planejando novo empreendimento na região.

Para isso, ainda segundo os ambientalistas e deputados contrários ao projeto, a mineradora teria o apoio da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).

A Gerdau, por sua vez, afirma que os projetos de lei anteriores tinham relação com “oportunidades de desenvolvimento da empresa”. Já o apresentado pelo deputado Noraldino, segundo a companhia, não.

A Gerdau diz ainda desconhecer “qualquer projeto de lei, em tramitação atualmente na Assembleia, que retire parte da área protegida do Monumento Natural da Serra da Moeda”.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, diz que a entidade endossa todo investimento em Minas Gerais que atenda à legislação e que represente benefício para a população, como é, segundo o dirigente, o caso desse, pelo tamanho da área e por haver contrapartidas para a população.

Para Roscoe, a exploração de minério na área do monumento traria pouco impacto ambiental por já existir uma estrutura para mineração perto. “Além disso é muito relevante para a cidade de Moeda, por haver obras de contrapartida”, afirma.

“Os ambientalistas deveriam, na verdade, defender esse projeto”, diz Roscoe, citando a proposta de compensação ambiental de sete a oito vezes o tamanho da área desafetada a ser explorada.

A área de interesse para a mineração, segundo os ambientalistas, tem 128 mil m2, o equivalente a cerca de 13 campos de futebol, e é estratégica por concentrar nascentes.

“É uma área com nascentes importantes da bacia do rio Paraopeba, já impactada pela Vale em Brumadinho”, afirma o ambientalista Marcus Vinícius Polignano, coordenador do projeto Manuelzão.

“Se formos para cima das unidades de conservação, não vai sobrar nada”, acrescenta o ambientalista.

Segundo a deputada federal Beatriz Cerqueira (PT), contrária às alterações no monumento, os projetos sobre a Serra da Moeda apresentados à Assembleia têm como estratégia acrescentar uma área ao monumento e retirar outra de interesse econômico.

“O esquema é ampliar a área de proteção e, ao mesmo tempo, retirar da proteção a área que se quer minerar”, diz.

O integrante da ONG Abrace a Serra da Moeda, Cleverson Ulisses Vidigal, reitera a importância da região para a recarga da bacia do Paraopeba e que a área em jogo é o “filé” do que interessa para a mineração.

“Em troca vão acrescentar uma área que não tem a mesma riqueza ambiental”, afirma. “Nossa proposta é que o deputado retire a tramitação do projeto e que o governador de Minas faça um decreto incorporando essas áreas que estão oferecendo. Se existe boa intenção nisso, então que faça desse jeito.”

Newsletter Folha Minas Receba no seu email reportagens, previsão do tempo e programação cultural de MG; aberta para não assinantes. *** O deputado Noraldino diz que o objetivo da apresentação do projeto é proporcionar uma discussão na sociedade, com participação da Fiemg, ambientalistas e a população. Afirma ainda que o texto fala apenas de áreas a serem anexadas. “O texto cumpre o papel de bloquear uma discussão que não seja feita às claras”, avalia.

O Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda está sob responsabilidade do estado, hoje governado por Romeu Zema (Novo). O Palácio Tiradentes afirma que não comenta a tramitação de projetos de lei e que respeita a autonomia do Poder Legislativo para discutir temas de interesse público.

A Serra da Moeda tem formações de mata atlântica e cerrado. Há árvores ameaçadas de extinção e protegidas por lei como o pequizeiro, o jacarandá-da-bahia e a braúna, além de espécies de importância medicinal como a arnica. Entre os animais encontrados na região estão o tamanduá-mirim, lobo-guará e onça-parda.

FONTE ACESSA.COM

Tiradentes: após pressão popular, área ambiental na Serra de São José não será mais leiloada

Uma área de dez hectares, equivalente a 100 mil metros quadrados ou dez campos de futebol, na Serra de São José corria o risco de ser vendida para uma mineradora e empresas interessadas em construir resorts e hotéis no local. A área liga as cidades de Santa Cruz de Minas e Tiradentes, na Região do Campo das Vertentes. 

Diante da pressão popular contra o leilão, a Prefeitura de Tiradentes, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) entraram em um acordo para que não aconteça mais a venda da área. O acordo foi firmado na tarde desta quarta-feira (31/5), segundo o conforme o secretário de Governo da Prefeitura de Tiradentes, Rogério de Almeida.

O pregão já havia sido iniciado, na segunda-feira (22/5), com três lances de empresas interessadas, chegando ao valor de R$ 131.321,26. Os nomes delas não foram divulgados. 

Mas, na terça-feira (23/5), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu por 30 dias a realização do leilão, que agora foi barrado definitivamente.

Os principais atrativos para turistas, pesquisadores, praticantes de esportes e até para os moradores da região são as cachoeiras do Bom Despacho e do Mangue. Além da paisagem natural e propícia para esportes radicais, o terreno tem vestígios arqueológicos e muita biodiversidade, sendo a Serra considerada como o “berço das libélulas”.

Abraço simbólico em Tiradentes

Mesmo com a decisão que impede o leilão da área, aproveitando a ocasião do feriado de Corpus Christi, no sábado (8/6), quando a cidade recebe muitos turistas, o Fórum dos Trabalhadores da Cultura de Tiradentes vai promover um cortejo para o abraço simbólico, com o objetivo de pedir agora o tombamento federal da Serra de São José. De acordo com Aline Garcia, integrante do Fórum, é preciso, ainda, reforçar a proteção da serra, caminhar com o tombamento e fazer o plano de manejo. “Essa é a luta que segue”,  diz.

A concentração do cortejo será às 10h, em frente à Igreja da Matriz. Às 11h, está programada a saída em direção à praça principal da cidade, no Largo das Forras. Os manifestantes podem levar cartazes, faixas e estandartes. 

Haverá apresentações artísticas com a Banda Ramalho, o Congado Nossa Senhora do Rosário e Escrava Anastácia e o Batucada das Minas. Além disso, o evento recebe a oficina de teatro Entre & Vista, o teatro Casa de Boneco (Companhia de Inventos), o grupo Teatro da Pedra e os Pernas de Pau Lucas e Benvinda.

Tiradentes: Justiça suspende leilão em área ambiental na Serra de São José

O local também conhecido por ter diversos vestígios arqueológicos recebeu lances de uma mineradora e empresas interessadas em construir resorts e hotéis

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu por 30 dias a realização de leilão em um terreno de 10 hectares (100 mil m²) que liga as cidades de Santa Cruz de Minas e Tiradentes, no Campo das Vertentes. O pregão iniciado nessa segunda-feira (22/5), a pedido do Instituto Estadual de Florestas (IEF), chegou a receber três lances, chegando ao valor de R$ 131.321,26.

A área, localizada na Serra de São José, é conhecida por moradores, pesquisadores e turistas que visitam as cachoeiras do Bom Despacho e do Mangue. O local, também conhecido por ter diversos vestígios arqueológicos, recebeu lances de uma mineradora e empresas interessadas em construir resorts e hotéis.

Segundo o historiador Luiz Cruz, a região foi adquirida na década de 1990 pela Sociedade Amigos de Tiradentes (SAT) e vem atravessando vários problemas na Justiça desde 2009. Ele relata que, após um incêndio atingir a vegetação, a entidade foi multada pelo IEF e denunciada pelo Ministério Público (MPMG).

“Corremos o risco de perder o terreno Maria Joana, mas quando tomamos conhecimento da realização do leilão, pedimos socorro à prefeitura de Tiradentes. Tivemos várias reuniões com o prefeito Nilzio Barbosa, o secretário de Governo, Rogério de Almeida, e a assessoria jurídica. Em curtíssimo tempo, tentamos diversas medidas possíveis para que o mangue fosse preservado, pois apareceram várias propostas inadequadas para o terreno, que é de uso tradicional do lazer e entretenimento da população e do turismo”, disse Cruz.

Nas redes sociais da prefeitura de Tiradentes, Rogerio Almeida relata que, assim que ficaram sabendo do leilão, entraram em contato com o IEF e a Procuradoria-Geral de Justiça para cancelar e impedir sua realização.

“Conseguimos a suspensão faltando 15 minutos para o encerramento do pregão. Além da cidade perder uma boa parte da Serra São José para a iniciativa privada, vai impactar no turismo, impactar nos passeios ecológicos, o mangue será fechado e para as pessoas poderem desfrutar do patrimônio ambiental terão que pagar”, destacou Almeida.

O secretário de Governo afirma que, juntamente com o departamento jurídico da prefeitura, vai estudar a possiblidade de desapropriar a área para a implantação do Parque Arqueológico da Serra de São José.

FONTE ESTADO DE MINAS

Serra do São José: bombeiros combatem incêndio em área de proteção ambiental

O Corpo de Bombeiros de São João Del Rei foi acionado na tarde desta terça-feira, dia 20, para atender uma ocorrência de incêndio em vegetação com risco de atingir uma área de proteção ambiental no bairro Solar da Serra. No local, as chamas altas e os fortes ventos geraram uma intensa linha de fogo que seguia em direção à Serra de São José. De acordo com o Sargento Soares, chefe da equipe que atendeu a ocorrência, “estava ventando bastante no momento e o fogo alastrava-se rapidamente. Como trata-se de uma área no entorno da Serra de São José, o maior risco era de que as chamas chegassem a este local”.

Ainda segundo os Bombeiros, cerca de onze brigadistas do IEF também atuaram no combate às chamas. Com o uso de abafadores e após cerca de duas horas de combate, a guarnição conseguiu controlar o incêndio, eliminando assim o risco. Foram queimados aproximadamente sete mil metros quadrados de vegetação típica do cerrado brasileiro. As causas do incêndio são desconhecidas. Equipe que atendeu a ocorrência: Sargentos Soares e Alex e Cabos Américo e Davin.

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