Indígenas atingidos pelo desastre de Mariana serão indenizados em R$ 392 milhões

A partir dos acordos, foram feitos cerca de 300 pagamentos às famílias da Terra Indígena de Comboios, em Aracruz

As famílias indígenas que foram atingidas pela tragédia ambiental da Samarco em Mariana receberão quase R$ 400 milhões em indenizações. A Fundação Renova, criada para gerir as ações de reparação, fez acordos para a indenização de cerca de 1.650 famílias indígenas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, a partir de outubro deste ano, totalizando o valor de aproximadamente R$ 392 milhões.

Foram mais de 40 reuniões com indígenas Tupiniquim e Guarani de três territórios, representando os moradores das terras indígenas que foram afetadas na foz do Rio Doce. Os acordos foram homologados pela 12ª Vara Federal.

A partir dos acordos, foram feitos cerca de 300 pagamentos às famílias da Terra Indígena de Comboios, em Aracruz. Além disso, no fim de novembro, foi feito o atendimento para o fechamento do acordo com 56 famílias indígenas Guarani vinculadas à Associação Indígena Mboapy Pindó.

O processo para atendimento de cerca de 1.290 famílias das terras indígenas Tupiniquim e Caieiras Velhas II também está em andamento. O representante titular de cada família (precisa ser maior de idade) precisa assinar o termo.

As indenizações consideram três danos: artesão informalagricultor informal e pescador informal, a ser pago para cada família, seguindo os parâmetros do Sistema Indenizatório Simplificado.

A tragédia da Samarco completou seis anos em novembro, mas ainda não houve pessoas punidas pelo crime e os reassentamentos estão atrasados. Centenas de casas ainda faltam ser entregues nos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, que tiveram comunidades dizimadas pelo mar de lama.

FONTE MAIS MINAS

Mariana: manifestantes protestam na porta da Samarco e fecham MG-129

Atingidos após rompimento da barragem de Fundão vão realizar vários atos na cidade nesta sexta-feira

Manifestantes protestam, na manhã desta sexta-feira (5), na porta da Samarco em Mariana, na região Central de Minas Gerais. O grupo ocupa todas as faixas da MG-129 em um ato que marca os seis anos da tragédia da cidade com o rompimento da barragem de Fundão, onde 19 pessoas morreram.

“Cerca de mil pessoas participam do protesto, que começou por volta das 5h. Os atingidos e atingidas das áreas de reforma agrária ao longo de toda a bacia do Rio Doce amanheceram na porta da mineradora em um dia de protesto. Hoje completam seis anos de impunidade, e as famílias tiveram suas áreas férteis atingidas pela lam tóxica, inviabilizando a agricultura. Diante à impunidade, o descaso, o MST resolveu por fazer esse dia de protestos”, explicou Sílvio Netto, da coordenação do Movimento Sem Terra (MST).

Segundo ele, não há previsão para que o grupo deixe o local, e os manifestantes aguardam um posicionamento da empresa. “Hoje é o dia todo de protesto, seja na (porta) Samarco, nas redes sociais, no centro de Mariana. Vamos ter diversas atividades”, destacou. 

Viaturas da Polícia Militar Rodoviária acompanham o ato. 

FONTE O TEMPO

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