Prefeitura de Lafaiete é obrigada a contratar médicos nos PSF’s e instalar de ponto eletrônico

Ação Civil Pública foi proposta pelo MPMG após longa demora em uma solução

Uma situação que se arrasta há mais de 5 anos em Lafaiete e agora foi parar nas barras dos tribunais: a precariedade dos PSF’s e falta recorrente de médicos. Nesta semana, o Ministério Público (MP), diante da letargia dos poderes na busca de uma solução, entrou com uma Ação Civil Pública, com pedido de Liminar, em que obriga a Prefeitura a contratação de profissionais para atendimento em todas as unidades de saúde, sob pena de multa diária R$1.000,00 por cada PSF’s sem a composição do profissional. A ação, que tramita há mais de 4 anos sem uma solução definitiva, foi proposta pela promotora Carolina Queiroz de Carvalho, das 2ª Promotora de Justiça, já tramita na 2ª Vara Cível da Comarca de Conselheiro Lafaiete.

O Município tem 15 dias para as suas devidas respostas na Ação. Além da contratação de médicos para abastecer as unidades de saúde, o Município instalará pontos eletrônicos para controle da carga horária semanal de 40 horas.  O Ministério Público requereu realização de audiência conciliatória urgente para solucionar o tema que é alvo de intensas críticas da população.

Segundo informações prestadas pelo Município, a eventual cobrança do cumprimento efetivo da carga horária de trabalho dos médicos da Atenção Básica – 40 horas semanais – ocasionaria piora na situação e aumento do número de equipes da Estratégia de Saúde da Família sem médico, porque com o salário atualmente pago é  R$ 7.645,00 brutos – extremamente abaixo da média de mercado e o mais baixo de toda a região, haveria saída em massa, piorando a situação.

Levantamento do MP mostra que a disparidades salarial de Lafaiete com as cidades vizinhas e Lafaiete é que pior remunera. Piranga paga quase R$17,5 mil, Belo Horizonte R$ 15.961,00, Barbacena R$11.816,00 e São João Del Rei paga R$10.031,57 e Congonhas R$15.402,00 e Ouro Branco (R$11.275,00).

Críticas: Câmara e Prefeitura

Mesmo reconhecendo a carência de profissionais e o baixo salário, o Município se comprometeu a instalar controle eletrônico de ponto em todas as unidades de saúde no prazo de 6 meses , mas “resistiu ao cumprimento de seu dever por todo esse tempo”.

A fim de buscar solucionar o problema extrajudicialmente e garantir o mínimo que a lei exige em prol da população – que é a manutenção do atendimento médico em cada uma das equipes da Estratégia de Saúde da Família a Promotoria de Justiça tentou junto às autoridades negociar para que se fizesse o necessário remanejamento de verbas da saúde, a fim de que fosse garantido um piso salarial compatível com o cargo.

O Ministério Público a se reuniu, por duas vezes, com todos os vereadores da Câmara nos anos de 2019 e 2021, a fim de conscientizar o Poder Legislativo da gravidade da situação e da necessidade de aprovar eventuais propostas de reajuste da remuneração dos médicos que fossem encaminhadas pelo Poder Executivo, com o objetivo de evitar a saída dos profissionais das equipes da Atenção Básica e o prejuízo ao atendimento da população. “Contudo, apesar de em ambas as ocasiões terem os vereadores assumido o compromisso de atuarem nesse sentido, o projeto de lei 21E/2022, encaminhado pelo Poder Executivo, está paralisado na Câmara Municipal, desde março de 2022, sempre se apresentando novas e sucessivas exigências pela Comissão de Finanças o que transparece falta de vontade política para o seu andamento”, pontuou MP, criticando a Prefeitura na qual “não tem a questão sido tratada como prioridade”.

Na última reunião, realizada com o Secretário Municipal de Saúde, Darci Taves, no início de agosto, ele informou que naquele momento 8 equipes de Saúde da Família estavam sem médico, e que sucessivos processos seletivos para contratação são abertos e encerrados, sem que apareçam interessados, em função dos baixos salários. O Secretário Municipal de Saúde atribuiu à paralisia do Projeto de aumento dos salários dos médicos

“O atual estado de coisas evidencia que o Município não está cumprindo com o dever de garantir à população o acesso a serviços de qualidade e resolutivos na atenção básica, apesar de possuir os meios para isso, com a efetiva votação do projeto. Com efeito, a falta de solução para os graves problemas constatados nas Equipes de Saúde da Família do município constitui grave violação ao direito fundamental à saúde, que recai tanto sobre ambos os poderes do Município, tanto o Executivo quanto o Poder Legislativo, que insistem em manter paralisado o projeto de lei de reajuste dos salários dos médicos, apostando no caos em prejuízo da população de Conselheiro Lafaiete”, aponta a Promotora.

Projeto de Lei

Ontem a noite (18), depois de sucessivas cobranças, chegou a Câmara o valor do impacto financeiro do projeto de aumento de salários dos médicos dos PSF’s nas contas do Município. O salário saltaria para quase R$ 12 mil brutos, um aumento de mais de 50%. Por diversas vezes, os vereadores criticaram o Executivo na demora no envio de informações para a votação do projeto.

O Conselho Municipal de Saúde já se opôs ao aumento por considerar que ele atende somente uma categoria e não ao conjunto de servidores, propondo a criação do Plano de Cargos e Salários no setor de saúde, como há no setor de educação.

Professores encerram greve após Zema sofrer derrota flagorosa na ALMG; Governador quer impedir aumento na Justiça

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte) anunciaram que a greve dos servidores da rede estadual de Educação em Minas Gerais foi encerrada nesta terça-feira (12). Após a derrubada (na Assembleia Legislativa) do veto do governador Romeu Zema (Novo) que manteve o reajuste aos profissionais em 33%, os professores devem voltar às salas de aula na segunda-feira (18).
“Nós vamos dar uma oportunidade ao governo de Minas de compreender a legislação do Estado, e cumprir o que foi aprovado aqui na Assembleia Legislativa. Caso o governador não faça a homologação em 48 horas, nós temos o compromisso de que a Assembleia o fará, e mantemos a possibilidade de retomar a greve”, explicou em entrevista à imprensa, no começo da noite.
Além da derrubada do veto, foi rejeitada uma proposta que vinculava a recomposição do calendário escolar ao cumprimento do piso salarial
estabelecido. Para a líder sindical, o ato representa “respeito à comunidade escolar”.

Derrubada

A Assembleia Legislativa derrubou, ontem, por 55 votos a 3, o veto do governador Romeu Zema (Novo) ao Projeto de Lei 25.025, que ampliou o reajuste salarial aos servidores da segurança pública, educação e saúde. Eram necessários 39 para que o veto fosse derrubado. No último dia 4, Zema barrou adicional de 14% para segurança e saúde e de 33,24% para a educação, referendando recomposição de 10,06% a todo o funcionalismo  “A atual gestão do governo de Minas Gerais preconiza a responsabilidade fiscal e a legalidade, o que continuará sendo feito; por isso, e em respeito a todos servidores e cidadãos, irá à Justiça contra os artigos 10 e 11 do texto”, anunciou o Executivo, após a derrubada do veto.

O veto foi baseado no relatório de Sávio Souza Cruz (MDB). Guilherme da Cunha (Novo) e Bartô do Novo (PL) fizeram a defesa do veto no plenário.  Em 11 de março, o Executivo enviou uma versão final do projeto que trata da recomposição salarial de 10,06%, com adendo do pagamento retroativo a janeiro de 2022 para as três categorias e aumento do auxílio vestimenta aos militares.  Os deputados, entretanto, emendaram o projeto com os adicionais. Em 30 de março, o texto foi aprovado em segundo turno. O governador sancionou o texto original e vetou as emendas, dando início à nova tramitação. 

Foto: Marcelo Barbosa/ Imprensa MG


Servidores ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa para acompanhar votação de ontem e comemoraram a derrubada do veto de Zema. O índice da recomposição adicional dos servidores da educação pode ser explicado por conta do cumprimento do pagamento do piso nacional da categoria – que alega que o governo não o cumpre. A emenda, agora novamente referendada pelo Legislativo, também fixa o adicional para esses servidores.
A justificativa também foi questionada por Zema na segunda-feira, quando foi às redes sociais criticar o reajuste ampliado. “Minas cumpre a lei e, inclusive, vem pagando acima do piso nacional dos professores, que é referente a 40 horas por semana. Aqui, o salário-base inicial para o cargo de 24 horas é R$ 2.135. Enquanto o piso estabelecido até 2021, equivalente a 24 horas, seria de R$ 1.731. Com o aumento de 10% a todos os servidores de Minas, o inicial dos professores passará a R$ 2.350, ainda superior ao piso nacional, que em fevereiro foi reajustado em 33%”, afirmou. O próprio Executivo já havia anunciado que judicializaria a questão se o veto fosse derrubado.

“Na proporcionalidade de 24 horas, o piso nacional foi pra R$ 2.307. Aqui, o reajuste será retroativo a janeiro de 2022 para todos os profissionais da educação. Esse pagamento é proporcional ao tempo trabalhado, conforme entendimento da Justiça, permitindo que professores ocupem mais de um cargo e, assim, tenham mais de um vencimento”, completou o governador na ocasião.
Deputados estaduais comentaram o resultado da reunião extraordinária, convocada para apreciação do veto de Zema. Líder do bloco de oposição, André Quintão (PT) considera justa a anulação da ação do governador e crê que, caso a Justiça seja acionada pelo governo, a recomposição sugerida pela Assembleia Legislativa será mantida. “Se ele judicializar, o debate vai para outra esfera. Mas já existe, por exemplo no caso do piso nacional, uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado de que o piso seja pago, porque é uma legislação federal, está na Constituição mineira. Esperamos que a Justiça, caso ele de fato judicialize, esteja do lado do povo mineiro, principalmente daquele que depende da escola pública, do Sistema Único e precisa da segurança pública”, afirmou o parlamentar.
Já Guilherme da Cunha, correligionário de Zema, criticou a votação e, ao contrário de Quintão, entende que a Justiça vai barrar os índices propostos pelo Legislativo. “É uma grande farsa em busca de voto. Não só apenas eu, mas tenho certeza de que todos os deputados sabem que os acréscimos feitos pela Assembleia são inconstitucionais, que vão ser questionados na Justiça, que o governador já avisou isso, e que a Justiça deve derrubar esses acréscimos inconstitucionais feitos pela Assembleia.”
O presidente do Parlamento, Agostinho Patrus (PSD), alfinetou Zema e refutou críticas do governador direcionadas a ele. “Perde em uma semana por 50 votos a 0 e na outra semana por 55 a 3. Ainda quer dizer que a culpa é de alguém que nem sequer vota? Promessa é feita para ser cumprida e mentira tem perna curta”, pontuou, em menção ao placar da votação em segundo turno do projeto dos rejustes, ocorrida antes do veto.

Serviço público pode ser afetado, afirma governo

O governo de Minas anunciou no fim da tarde de ontem que vai recorrer à Justiça contra a decisão da Assembleia Legislativa de derrubar o veto ao reajuste ampliado aos servidores da segurança pública, saúde e educação. “A atual gestão do governo de Minas Gerais preconiza a responsabilidade fiscal e a legalidade, o que continuará sendo feito; por isso, e em respeito a todos servidores e cidadãos, irá à Justiça contra os artigos 10 e 11 do texto”, anunciou o Executivo, em nota.
“O artigo 10, inserido a partir de emenda parlamentar, viola o processo legislativo previsto na Constituição do estado, ao acarretar aumento substancial das despesas públicas relativas ao pagamento dos servidores, sem que haja previsão da fonte de custeio. O artigo 11, outro dispositivo de autoria parlamentar, também não é acompanhado da estimativa do impacto orçamentário e financeiro”, justificou o governo.

Policiais de Minas Gerais aprovam greve por reajuste salarial

As forças de segurança pública de Minas Gerais aprovaram, na tarde desta segunda-feira (21/01), greve até que o governo estadual se posicione sobre o reajuste salarial cobrado pelos policiais. A votação ocorreu na Praça da Assembleia, em Belo Horizonte, onde o ato se concentrou desde o início desta tarde. Eles querem a recomposição inflacionária dos vencimentos.

Segundo a categoria, o Executivo não cumpriu com um acordo de 2019 que previa reajuste escalonado, com total de 41% até 2021. O último seria em setembro do ano passado, mas somente 13% deste total foi efetivado.

Os policiais pressionam para que o governo envie, ao Legislativo estadual, um projeto de lei para concretizar o aumento nos vencimentos. Desde a manhã desta segunda, milhares de manifestantes se reuniram em BH. Inicialmente, eles estiveram na Praça da Estação, Região Central da capital mineira.”

A paralisação já iniciou. Ela foi deliberada pelos presidente de associação de cada categoria: Polícia Civil, Polícia Penal, Bombeiros, Polícia Militar e agentes socioeducativos”, disse ao Estado de Minas o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), uma das vozes dos policiais que cobram o reajuste. Segundo ele, agentes que aderiram ao movimento já deixaram grupos oficiais de suas corporações no WhatsaApp.

De acordo com Rodrigues, a saída dos grupos vai impactar diretamente na produtividade das forças de segurança. Ele, assim como os pares, cobrou o governador Romeu Zema (Novo) sobre o envio de projeto sobre a recomposição inflacionária.

Novo abono salarial vai passar para R$1.088 a partir de 2021; veja quem vai receber

Se a pessoa trabalhou o ano todo, recebe um salário mínimo. Se trabalhou um mês, ganha proporcionalmente: 1/12 do mínimo

aumento salarial de R$1.045 para R$1.088 também impactará para quem tem recebe o abono do PIS/PASEP. O valor do abono do PIS seguirá o aumento salarial aos empregados em 2021, visto que o benefício social tem como valor máximo o piso nacional.

Sendo assim, o aumento será de até R$43,00 para quem possui direito ao abono salarial do PIS/PASEP. O novo valor já entrará em vigor a partir do ano de 2021.

Se a pessoa trabalhou o ano todo, recebe um salário mínimo. Se trabalhou um mês, ganha proporcionalmente: 1/12 do mínimo. Dessa forma, caso a projeção do salário mínimo continue de R$1.087,85, o valor do PIS será de:

  • Valor mínimo: R$90,66
  • Valor máximo: R$1.088,00

Quem tem direito ao saque do abono?

  • o trabalhador que exerceu profissão com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2018 e/ou 2019;
  • o trabalhador que ganhou, no máximo, dois salários mínimos, em média, por mês;
  • quem está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos; e a empresa onde trabalhava tenha informado os dados corretamente no sistema do governo.

Como saber se tenho direito?

Para saber se tem direito ao abono salarial, será necessário fazer a consulta das seguintes maneiras:

PIS (trabalhador de empresa privada):
no Aplicativo Caixa Trabalhador
no site da caixa (www.caixa.gov.br/PIS), clique em “Consultar pagamento”
pelo telefone de atendimento da Caixa: 0800 726 0207

Pasep (servidor público):
pelos telefones da central de atendimento do Banco do Brasil: 4004-0001 (capitais e regiões metropolitanas);
0800 729 0001 (demais cidades) e 0800 729 0088 (deficientes auditivos).

Calendário PIS/Pasep 2020/2021

O calendário de pagamentos do abono salarial PIS/PASEP começou em julho de 2020 e seguirá até março de 2021.  Até agora, o Governo Federal realizou nada menos que cinco novos pagamentos do novo calendário do abono salarial do PIS/PASEP para quem trabalhou em 2019 com carteira assinada. Além disso, quem estava empregado em 2018, mas que ainda não sacou, vai ter um novo lote de saques.

Quem já pode sacar?

  • Nascidos em julho
  • Nascidos em agosto
  • Nascidos em setembro
  • Nascidos em outubro
  • Nascidos em novembro
  • Nascidos em dezembro

PIS (empregados de empresas privadas)

Mês de nascimento Recebem a partir de  
Julho 16/07/2020 
Agosto 18/08/2020
Setembro15/09/2020
Outubro14/10/2020
Novembro17/11/2020
Dezembro15/12/2020
Janeiro19/01/2021
Fevereiro19/01/2021
Março11/02/2021
Abril11/02/2021
Maio 17/03/2021 
Junho 17/03/2021 

Pasep (servidores públicos)

Final de Inscrição Recebem a partir de 
16/07/2020 
18/08/2020 
15/09/2020 
14/10/2020 
17/11/2020 
19/01/2021 
6 e 7 13/02/2021 
8 e 9 17/03/2021 

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