CSN testa sirenes, mas siderúrgica fará adequações para aperfeiçoar plano de contingência

A CSN Mineração e a Defesa Civil realizaram neste domingo (26/11) o primeiro simulado de emergência da Barragem Casa de Pedra, com acionamento de sirenes. Participaram da ação o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Defesa Civil Estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério do Trabalho, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Trânsito, líder comunitário do bairro Residencial, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA).

Todas as atividades planejadas foram executadas. Ou seja, acionamento de sirenes, medição de deslocamento entre a área de impacto e o ponto de encontro mais próximo e verificação da sinalização com placas indicando as rotas de fuga.

No total, são oito pontos de encontro localizados nos seguintes endereços: lote vago no Bairro Lucas Monteiro (Rua Raimundo Mota); Praça do Bairro Dom Oscar; em frente à Escola Pingo de Gente; Romaria; em frente a portaria do Clube Recanto da Serra (Rua Wili de Morais, Nr 241); lote vago no Bairro Eldorado, (Rua 9, próximo da esquina Rua 8); em frente a portaria do Clube Astra (Rua Chacrinha) e terreno ao lado da sirene de emergência (Bairro Antigo Plataforma).

O teste de hoje foi muito importante, pois foi possível identificar os pontos de aperfeiçoamento. Por se tratar de um plano dinâmico, a empresa fará adequações constantemente. Durante a execução do exercício, 50 colaboradores da CSN, que foram capacitados para participar desse momento, estavam nas ruas analisando alguns itens como o volume das sirenes e colhendo a opinião de moradores.

 O próximo passo será a avaliação desses dados e de outras variáveis – como o trânsito e ruídos que influenciaram no alcance da mensagem. Isso será feito pelo grupo técnico composto por representantes da Companhia, Defesa Civil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Gestão Urbana, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e liderança comunitária. A reunião está marcada para terça-feira (28/11).

 A empresa destaca que a participação da comunidade foi fundamental para o sucesso da ação. O retorno dos moradores durante a atividade nos ajudará a deixar o plano de emergência ainda mais eficiente. Lembramos ainda que no posto de comando estava organizada a estrutura composta por médicos, enfermeiros, bombeiros e ambulâncias para prestar atendimento médico de emergência. Tudo ocorreu de forma tranquila e ordenada, sem incidentes.

 Sobre os próximos simulados

A CSN Mineração reforça que, assim como no exercício de hoje, as datas dos próximos simulados serão previamente divulgadas para os moradores, por meio de folhetos, carros de som e nas estações de rádios locais.

Defesa Civil e CSN promovem testes com moradores perto da barragem

A CSN Mineração e a Defesa Civil Municipal, continuando as ações programadas previstas no Plano de Emergência da Barragem Casa de Pedra, colocarão em prática neste domingo (26 de novembro) o simulado com o acionamento das sirenes, verificação do tempo de resposta usando as sinalizações de rotas de fuga estabelecidas e demais fatores que influenciam na boa performance do plano.

É importante destacar que neste primeiro momento, os bairros envolvidos no simulado serão o Residencial e o Cristo Rei. Após o simulado, a empresa se reunirá com a Defesa Civil e demais envolvidos para verificar eventuais ajustes nas ações executadas para aprimorar o planejamento que será usado com a participação da população em data a ser definida.

No âmbito de preparar a estrutura para os treinamentos que acontecerão a partir deste mês, a CSN finalizou no dia 8 de novembro, junto com a Defesa Civil, o recadastramento dos moradores, incluindo pessoas com dificuldades motoras, idosos e gestantes. Além disso, durante a atividade, as pessoas contempladas no processo já foram treinadas sobre noções básicas de abandono de área.

A CSN reforça que o Plano de Emergência passou por algumas atualizações para deixá-lo ainda mais eficaz, seguindo as novas normas estabelecidas pelos órgãos competentes e autoridades do setor. Desde 2014 a CSN realiza simulados do tipo bancada. Ou seja, exercícios com os líderes comunitários e demais autoridades como Defesa Civil, Polícia Militar, Secretaria de Meio Ambiente, entre outros.

Tudo estará concluído conforme o cronograma estabelecido e dentro dos prazos da portaria 70389 do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que regulamenta barragens de rejeito. Quanto à sinalização das rotas de fuga, a Companhia instalou pouco mais de 400 placas nas ruas da zona de auto salvamento.

 Por fim a empresa destaca que que todas as ações estão dentro do prazo previsto, conforme a portaria do DNPM e preza pela informação clara e consistente repassada pela imprensa no intuito de evitar o pânico desnecessário junto aos moradores de Congonhas.

“A CSN não tem como mudar a barragem agora ou vamos perder mais de 7 mil empregos”, desabafa Zelinho

Prefeito Zelinho salienta que a prefeitura monitora e acompanha barragem da CSN/Arquivo

O prefeito de Congonhas, Zelinho (PSDB) prestou solidariedade e apoio a permanência do Capitão Ronaldo Rosa de Lima a frente do Comando da 2ª Cia de Bombeiros de Lafaiete. “Eu liguei ao Ronaldo e fui procurado pelo presidente da Câmara de Lafaiete, o Sandro, que me pediu apoio. Quero deixar meu testemunho de sua atuação, sempre solícito e dedicado. Espero que esta situação se reverta, pois é um funcionário exemplar inclusive dentro da corporação”, disse.

Zelinho criticou a linha e o teor da matéria veiculada no Jornal Estado de Minas, na semana passada que acendeu a polêmica em torno de uma declaração do Capitão sobre a barragem. “O Capitão me disse que foi uma conversa com o jornalista e ele pensou o que interessava ao jornal, dando uma repercussão nacional”, assinalou. “Esta conversa de barragem dá IBOPE no Brasil. Vamos continuar ouvindo isso por mais tempo e esta notícia vende jornal. È um assunto nacional”, salientou.

Zelinho afirmou que os técnicos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) garantiram a estabilidade da barragem. “Eles afirmam que a barragem é mais segura que eles têm conhecimento”, disse.

Por outro lado ele criticou os órgãos ambientais que liberaram a construção da barragem Casa de Pedra. “Foi um grande erro à época, há mais de 20 anos, quando os órgãos ambientais permitiram a construção desta barragem perto da zona urbana. Hoje temos que resolver o problema. Em nenhum lugar do mundo deixariam construir uma barragem desta perto de uma área residencial”, refletiu. “Não fui eu que autorizei a construção desta barragem. A empresa não tem como mudar agora a barragem ou vamos parar a mineradora e perder 7 mil empregos?”, questionou Zelinho.

Ele disse que está em constante contato com CSN para que ao longo dos anos desative a barragem e faça contenção de rejeitos a seco, revegetando o local. “Esta conversa está bem adiantada de construir uma outra barragem a seco e desativar esta perto da zona urbana. Mas isso vai levar anos. Este é o nosso entendimento com a CSN e de cobrar mais segurança aos moradores”, frisou

Ele também pediu a mineradora a implantação do Plano de Contingência. “A empresa já deveria ter implantado o Plano de Contingência para levar mais segurança e treinamento aos moradores em caso de algum perigo. Ela deveria ter feito este programa e é uma obrigação dela dentro da legislação ambiental”, comentou. “O nosso papel é levar tranquilidade a população e monitorar a situação. É o que estamos fazendo através da secretaria de meio ambiente”, finalizou.

Estudo aponta que estabilidade da barragem do Morro da Mina, em Lafaiete, não está garantida

Uma matéria veiculada hoje pelo jornal Estado de Minas aponta que Minas tem mais de 400 barragens de rejeitos e quase 10% delas apresentam riscos. O Estudo foi encomendado pelo Ministério Público através de pesquisadores do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O estudo foi feito a partir do inventário da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) que aponta a existência de 50 barragens sem garantia de estabilidade, nem todas de rejeitos.  Entre elas está a barragem 2 e 3, da Vale Manganês, em Lafaiete, no Bairro Morro da Mina, conforme aponta o estudo. Outras 6 barragens onde a mineradora também explora o produto, duas em Ouro Preto e 4 Nazareno, perto de São João Del Rei, estão também sem garantias.

De acordo com a procuradora de Justiça e membro da força-tarefa Rio Doce – que acompanha e cobra pelo Ministério Público de Minas Gerais ações após a tragédia do rompimento da Barragem do Fundão –, Andressa Lanchotti, do total das barragens de rejeitos no estado,  quase 10% precisam ser monitoradas de perto devido aos perigos de ruptura, com efeitos graves para o meio ambiente e núcleos humanos.

O Diretor da Defesa Civil da prefeitura de Lafaiete, Carlos Roberto de Oliveira, afirmou que a Vale faz um acompanhamento regular da pequena barragem e que está abaixo do bairro Morada do Sol.

Veja a relação das barragens sem garantidas:

Fonte: Estado de Minas

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