Teste aponta que sistema de alerta para a Barragem de Casa de Pedra funciona de forma satisfatória

Teste aponta que sistema de alerta para a Barragem de Casa de Pedra funciona de forma satisfatória/Divulgação

Atendendo ao Plano de Emergência da Barragem em Casa de Pedra, a Defesa Civil da Prefeitura e a CSN avaliaram, na manhã deste sábado, 16, o funcionamento das cinco sirenes instaladas em pontos estratégicos da cidade. Também participaram representantes da Defesa Civil de Minas Gerais, da Defesa Civil de Jeceaba, do Corpo de Bombeiros, do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), da Guarda Municipal de Congonhas e da Associação de Moradores do Residencial. O simulado de evacuação deve ser realizado no dia 29 de julho.

O teste abarcou três momentos: o toque simultâneo das cinco sirenes; a circulação de um carro de sinalização redundante, que emitia uma mensagem aos moradores; e o toque dos dois equipamentos de reserva. Mais de 50 balizadores ficaram posicionados em diversos pontos para orientar e tranquilizar os moradores, aplicar formulários e realizar uma pesquisa de opinião.

Em uma avaliação inicial, foi possível concluir que todos os aparelhos tocaram e a percepção do som foi possível dentro e fora das edificações. O som da sirene, em alguns pontos, ofuscou a mensagem de voz, que foi compensada pelo carro de sinalização redundante. A realização das sete avaliações de ruído foi realizada, sendo que o ruído de fundo da rua Delfina Santos Corrêa foi de 58 db e de 63 db após o toque. Para medir o volume dos outros equipamentos é necessário um software.

Segundo o tenente Firme, da Defesa Civil Estadual, o teste alcançou seus objetivos. “As cinco sirenes projetadas funcionaram. Agora será realizada uma pesquisa e teremos o retorno da comunidade, para saber se as pessoas, dentro de suas residências, escutaram. Teve uma evolução do último teste para este. No último, só algumas sirenes funcionaram”, pontua.

Todos os procedimentos estão sendo acompanhados por diversos órgãos da Prefeitura de Congonhas, que trabalham integrados na construção de um Plano de Contingência. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Neylor de Souza Aarão, a ação realizada levou em conta uma emergência dentro da Barragem de Casa de Pedra, que pode submeter a comunidade a uma situação de risco, e, por isso, é importante fazer avaliações. “Quando temos uma cultura de prevenção, em uma situação de emergência nós saberemos como nos comportar. Se não tem esse treinamento e esses testes, a situação fica crítica. Hoje achei muito satisfatório. É mais um avanço que damos. Vamos mensurar agora e corrigir o que for necessário. Nós temos acompanhado todo o processo, para que a população tenha o maior nível de segurança possível”, reforça.

Para o gerente geral de Sustentabilidade da CSN, Eduardo Sanches, a empresa e a Prefeitura estão unindo esforços para atuar de forma integrada com outras empresas e órgãos, de forma que os recursos sejam potencializados. “Começamos a perceber uma evolução na percepção das pessoas em relação ao treinamento. Então já percebemos que as pessoas entendem o simulado como algo natural. Temos que ter uma preparação para uma emergência. Essa evolução da comunidade já é um passo para que possamos envolver ela de uma forma mais direta nos treinamentos. A barragem tem a estabilidade garantida, seus índices de segurança superam os limites mínimos especificados pelas normas governamentais. Temos controle absoluto da barragem e garantimos a segurança da comunidade”, completa.

As sirenes estão localizadas nos seguintes pontos: uma no bairro Lucas Monteiro, uma na Barragem, uma no Fraile (área interna da CSN próxima à comunidade), uma próxima ao carregamento da empresa Ferrous e a última no antigo bairro Plataforma. Por se tratar de um exercício para melhor avaliação, os moradores devem permanecer em suas residências.

Defesa Civil e CSN vão simular alerta com sirenes

A Defesa Civil e a CSN vão realizar, neste sábado, 16, a partir das 9h, em atendimento ao Plano de Emergência da Barragem em Casa de Pedra, o teste definitivo de acionamento das sirenes. A ação tem o objetivo de testar o funcionamento dos equipamentos e serão avaliados, entre outros aspectos, o volume e o alcance do toque das cinco sirenes instaladas, sendo elas: uma no bairro Lucas Monteiro, uma na Barragem, uma no Fraile (área interna da CSN próxima à comunidade), uma próxima ao carregamento da empresa Ferrous e a última no antigo bairro Plataforma. Por se tratar de um exercício para  melhor avaliação, os moradores devem permanecer em suas residências.

Todos os procedimentos são acompanhados por diversos órgãos da Prefeitura de Congonhas, que trabalham integrados na construção de um Plano de Contingência. Em breve será divulgada a data do simulado de evacuação.

CSN Mineração e Defesa Civil realizarão o segundo simulado de acionamento das sirenes no domingo

A CSN Mineração e a Defesa Civil realizarão na manhã do próximo domingo (27/5), em Congonhas (MG), o segundo simulado de acionamento das sirenes. O exercício, assim como o realizado no fim do ano de 2017, faz parte do Plano de Atendimento de Emergência da Barragem Casa de Pedra e terá o objetivo de testar o funcionamento dos equipamentos. Serão avaliados, entre outros aspectos, o volume e o alcance do toque das cinco sirenes instaladas, sendo elas: uma no bairro Lucas Monteiro, uma na Barragem, uma no Fraile (área interna da CSN próxima à comunidade), uma próxima ao carregamento da empresa Ferrous e a última no antigo Bairro Plataforma.

Durante o simulado, será disponibilizada toda a estrutura de atendimento a emergências, com a presença de médicos, enfermeiros, bombeiros e recursos necessários para atendimento em casos de necessidade.

Após o retorno da população e dos órgãos que participaram do primeiro exercício, a empresa realizou todos os ajustes de aperfeiçoamento nas sirenes. Apesar disso, o envolvimento dos moradores continua fundamental para a construção de um plano de emergência que seja eficaz e de conhecimento de todos. É importante frisar que a realização desses testes deve ser constante. Isso ajuda a garantir que, no caso de emergência, todas os equipamentos funcionem adequadamente.

 

Moradores próximos a barragem da CSN passarão por dois simulados de evacuação

Moradores próximos a barragem da CSN passarão por dois simulados de evacuação/Reprodução

A prefeitura de Congonhas, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) marcaram para o próximo dia 27 o segundo simulado de salvamento para os moradores que vivem sob a área de ameaça da Barragem de Casa de Pedra.

As ações de acionamento de alarmes, procedimentos para evacuação em caso de desastre fazem para da elaboração do Plano de Contingência. De acordo com a prefeitura local está programado um teste com as cinco sirenes que a CSN instalou nas áreas habitadas e em estruturas de sua mina.

Dois meses depois, em 28 de julho, está previsto um simulado de evacuação da chamada zona de autossalvamento. Trata-se de uma área habitada por cerca de 4.800 pessoas, que seria a primeira a sofrer o impacto de um rompimento. Por isso todos os que vivem ou trabalham nesses locais precisam ser treinados sobre como proceder para se salvar. O primeiro simulado ocorrido foi em 26 de novembro, mas se resumiu a um teste de sirene considerado malsucedido.

Ameaça das barragens é discutida em evento em Congonhas

Evento contará com troca de experiência de atingidos de Mariana, oficinas e palestras para informar como a

população deve proceder para sanar suas dúvidas e buscar direitos

 

Seminário em Congonhas vai debater e tirar dúvidas sobre os riscos das barragens de rejeito. Evento será promovido pelo observatório ambiental Lei. A e contará com a presença de  atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana Congonhas precisava ter barragens? Todos nós, atingidos direta ou indiretamente por elas,  conhecemos nossos direitos? Como devemos agir no caso de um rompimento? Só Congonhas será afetada? Sabemos realmente tudo sobre esse assunto que pode mudar a nossa vida, de  nossos filhos e de dezenas de cidades? Debater e esclarecer essas dúvidas é o propósito do Seminário “Barragens: da não construção ao  risco de rompimento”, que será realizado no sábado, dia 14 de abril, em Congonhas, das 14h às  18h. O evento será promovido pelo observatório de leis ambientais Lei.A – Conhecimento e ação pelo meio ambiente, juntamente com associações de bairros da cidade, na sede da Associação dos Moradores do bairro Residencial Gualter Monteiro (Rua Carlota Cordeiro, 40).
Durante o encontro, comunicadores, engenheiros, advogados, juristas e ambientalistas darão uma oficina gratuita e aberta a todos os moradores de Congonhas e da região. O evento também  contará com a presença de atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, e dos integrantes do jornal A Sirene, que falarão sobre a experiência de luta por direitos e reparações vividas naquela cidade desde 2015.
Participe! Não deixe passar essa oportunidade de conhecer, monitorar e agir por você, por sua família e pela cidade.
Conheça mais sobre o Lei.A:
Site: www.leia.org.br
Facebook: www.facebook.com/leiaobservatorio
Blog: www.blog.leia.org.br
SERVIÇO
Evento: Seminário “Barragens: da não-construção ao rompimento”
Data: 14 de abril (sábado)
Horário: 14h às 18h
Local: Sede da Associação dos Moradores do bairro Residencial Gualtes Monteiro
(Rua Carlota Cordeiro, 40)
ENTRADA GRATUITA

Moradores de Congonhas se preocupam com aumento da capacidade de barragem

Casa de Pedra. Pelo menos quatro bairros são vizinhos da barragem e seriam diretamente afetados em caso de um rompimento/Reprodução

Se antes da tragédia de Mariana, quem morava perto de uma barragem já vivia apreensivo, depois que Fundão se rompeu em 2015, matando 19 pessoas e deixando milhares desabrigadas, o medo aumentou ainda mais. Segundo o inventário de barragens feito pelo Estado, de 2018 para 2017, o índice de estruturas sem estabilidade garantida caiu de 6,2% para 3,3%. Mas o recuo não reduz os temores. Na cidade histórica de Congonhas, onde estão os 12 profetas feitos de pedra-sabão por Aleijadinho, a barragem da mina Casa de Pedra, da CSN, está prestes a receber a licença ambiental que falta para ser alteada em mais 11 m. Mas a população tem sido contra, porque tem medo de a estrutura não aguentar mais rejeitos do que já comporta atualmente. “Eles até podem tirar a gente do pé da barragem. Mas, se acontecer alguma coisa, afeta a cidade toda. E não tem mais Aleijadinho para fazer as coisas aqui não”, afirma dona Maria Helena.

Aos 75 anos e com a visão debilitada por causa de diabetes, dona Maria diz que, se o pior acontecer, ela nem sequer tem condições de correr. Para o marido dela, Jésus Pereira, 72, a melhor saída seria deixar tudo como está, sem aumentar a capacidade da barragem. “É claro que a gente tem medo, porque nunca sabemos se é mesmo seguro. Se deixassem do jeito que está, sem levantar mais, dentro dela, tá pouco, era melhor”, afirma Jésus.

A CSN quer elevar de 933 m para 944 m a altura da barragem onde deposita os rejeitos da mina de Casa de Pedra. Segundo a empresa, o pedido foi feito em 2014 e, desde então, está sendo avaliado.

O subsecretário da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais (Semad), Anderson Aguilar, explica que o processo de licenciamento está na fase final e pode ser votado nas próximas reuniões do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Formado por representantes do poder público, da sociedade e de órgãos fiscalizadores como o MP, o Copam dá a palavra final. “A empresa já apresentou estudos solicitados, os técnicos da Semad fizeram vistoria em campo para verificar a compatibilidade com o que de fato é real. Sentimos necessidade de mais informações, que já foram solicitadas e apresentadas. Agora é só uma questão de amadurecimento do processo para que ele seja votado”, ressalta.

Estado de alerta. No fim do ano passado, a CSN precisou fazer obras para conter vazamentos no dique de sela e passou por vistorias da Semad, da Agência Nacional de Mineração (DNPM) e do Ministério Público (MPMG). Por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o MP, a empresa se comprometeu a corrigir as falhas. “Todos os laudos técnicos e documentos atestando a estabilidade das estruturas foram protocolados junto aos órgãos responsáveis”, destaca a CSN.

O diretor de gestão de resíduos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão, afirma que, mesmo cumprindo as recomendações e realizando as obras para garantir a estabilidade, a barragem da CSN agora ganha atenção especial. “Todo ano fazemos um inventário indicando as barragens que não têm estabilidade. A barragem de Casa de Pedra nunca entrou nesse balanço, mas, como qualquer barragem que sofre algum incidente, ela terá um acompanhamento diferenciado”, afirma Brandão.

Impacto direto

Risco. Segundo cadastro da prefeitura de Congonhas, o rompimento afetaria cerca de 4.700 moradores dos bairros Residencial, Eldorado, Gran Park e Cristo Rei.

Abaixo-assinado foi entregue à ALMG

Moradores de Congonhas se mobilizam contra o alteamento da barragem. “A manifestação mais sólida é um abaixo-assinado com mais de 2.000 assinaturas, entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Isso mostra que a população não aceita isso. Até o prefeito já se mostrou contrário, quando, em 2016, se recusou a dar a carta de anuência”, lembrou o diretor de meio ambiente da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza.

Segundo o subsecretário da Semad, Anderson Aguilar, essa carta já não é mais necessária. O secretário municipal de meio ambiente de Congonhas, Neylor Araão, destaca que, mesmo sem essa obrigatoriedade, a prefeitura está atenta para garantir a segurança. “O licenciamento pode ser da alçada do Estado, mas a prefeitura está aqui para cobrar da empresa um plano de longo prazo, com planejamento de segurança. Não dá para querer altear a cada vez que precisar”, afirma.

A CSN, por meio de nota, diz que está atenta às mudanças. A empresa vem testando e implantando novas tecnologias para aproveitar o rejeito de suas barragens e para empilhamento de material seco.

Fonte: O Tempo

Laudos que atestam segurança na Barragem Casa de Pedra só serão conferidos após chuvas

Três meses e meio depois de o Estado de Minas revelar a preocupação de moradores de Congonhas e autoridades com a estabilidade da Barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), no município histórico da Região Central de Minas Gerais, muito pouco foi feito para garantir a tranquilidade da comunidade – especialmente de quem mora a poucas centenas de metros do maciço que se ergue a cerca de 80 metros e contém quase 10 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério. E a situação pouco deve avançar antes do fim da temporada de chuvas, considerada de maior apreensão com esse tipo de estrutura.

Os laudos e as documentações da empresa que atestaram à população e à administração pública municipal a segurança da represa de rejeitos ainda não foram avaliados e validados tecnicamente, o que só deve ocorrer no mês de março, fim da estação chuvosa. Até ontem, a providência de maior repercussão ligada ao caso foi a transferência do oficial bombeiro que admitiu estar apreensivo com a estabilidade da estrutura.

Barragem Casa da Pedra / Reprodução

De acordo com o promotor que celebrou o termo de ajustamento de conduta (TAC) com a mineradora CSN, Vinícius Alcântara Galvão, o laudo emitido em dezembro último sobre a segurança da estrutura foi um atestado preliminar, baseado essencialmente nas informações fornecidas pela empresa. A conferência desses dados está em curso e deve ser entregue somente no próximo mês, afirmou.

Enquanto isso, o Plano de Ação de Emergência (PAE) de barragens, que contempla as providências para que moradores sejam salvos em caso de rompimento, está longe de tranquilizar a comunidade dos bairros ameaçados, uma população de cerca de 4.800 pessoas. O plano contou com um exercício simulado, há três meses, em 26 de novembro do ano passado. A iniciativa foi considerada insuficiente e frustrada por lideranças comunitárias, reduzido a um teste de sirenes que não deu certo – o volume do alerta foi classificado como muito baixo.

REMOÇÃO 

Um próximo teste é aguardado, mas nem sequer tem data definida. De ação concreta, por enquanto, figura apenas a transferência do capitão Ronaldo Rosa Lima, do Corpo de Bombeiros, que declarou ao Estado de Minas, em 10 de novembro, sua preocupação com a segurança da barragem. A declaração quebrou o silêncio institucional de uma força-tarefa montada pelo estado para tratar da situação crítica, em paralelo à CSN, visando a evitar  tragédias como a da mineradora Samarco, em Mariana, ocorrida em novembro de 2015. A corporação não confirma, mas fontes que acompanham o caso dão conta de que a motivação para o oficial ter sido transferido para Poços de Caldas, no Sul de Minas, foi o seu posicionamento em relação à situação da represa de rejeitos.

“A sociedade precisava de uma resposta, de uma tranquilidade devido à situação preocupante em que a estrutura da barragem se encontrava, com percolações (infiltrações) no Dique de Sela (parte do barramento). Por isso, pedi uma análise preliminar, para ter essa segurança”, afirma o promotor Vinícius Alcântara, salientando que os documentos apresentados pela CSN, relativos ao TAC firmado entre as duas partes, têm mais de 2 mil páginas.

De acordo com o representante do Ministério Público, até março o laudo definitivo estará pronto e poderá, conclusivamente, esclarecer pontos críticos. Entre eles, por exemplo, se o fator de segurança da ombreira esquerda do Dique de Sela está com o mínimo de segurança de 1,5, como apontado pelo laudo preliminar, ou se realmente atingiu 1,87 (acima do limite de segurança), sustentado pela CSN.

No que diz respeito à efetividade do Plano de Ação de Emergência destinado a proteger a comunidade, o promotor Vinícius Alcântara afirma ser necessário avaliar primeiramente os laudos que serão concluídos sobre a estabilidade da barragem. “Preciso ter argumentos técnicos para me fundamentar sobre os aspectos de segurança da barragem, o alteamento da estrutura e o plano de segurança”, disse o representante do MP.

FRAGILIDADE 

Várias críticas têm sido tecidas por moradores sobre o plano. Uma delas tem relação com os Pontos de Encontro, locais que moradores que estiverem tentando escapar de eventual rompimento devem procurar para tentar se salvar. Vários desses locais foram criticados por lideranças da comunidade. Um deles, no Bairro Lucas Monteiro, projetado para cerca de 2 mil pessoas, não passa de um lote vago cheio de lixo e entulho, como pedaços de telhas quebradas, vidro, latas enferrujadas, restos podres de alimento, vergalhões pontiagudos, restos de eletrodomésticos e mato alto. “Isso daqui é um descaso com a comunidade. Imagine trazer centenas de pessoas desesperadas para esse lugar, com crianças, idosos, pessoas com deficiência. No mínimo, uma falta de decência”, considera o líder comunitário Rodrigo Ferreira da Silva.

Diretor da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), Sandoval de Souza considera que as medidas já adotadas foram insuficientes e que falta diálogo para esclarecer os procedimentos de segurança. “Na próxima quinta-feira (dia 1º) teremos uma reunião com os órgãos de Defesa Civil. Mas, até agora, temos a definição de locais não funcionais para receber os refugiados em caso de uma tragédia”, disse. Várias das placas que encaminham aos chamados locais de autossalvamento acabam sendo confusas e levando a pontos baixos, próximos ao Rio Maranhão, um dos caminhos naturais que a onda de rejeitos tende a seguir em caso de desastre, de acordo com Souza.

De acordo com a CSN – e ao contrário do que havia sido informado pela empresa em novembro –, as noções de evacuação são de obrigação da Defesa Civil. A mineradora afirma também que todos os locais de encontro estão definidos e demarcados, dentro dos prazos, como foi definido pelo TAC firmado com o MP e pela legislação vigente. A companhia informa que testes adicionais foram feitos e comprovaram o funcionamento a contento das sirenes que falharam no primeiro exercício.

CSN entrega laudo que atesta estabilidade da barragem Casa de Pedra ao Ministério Público

A CSN Mineração, protocolou hoje (30/11) no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o laudo atualizado com o diagnóstico atestando a segurança da barragem Casa de Pedra. O documento é assinado por uma empresa externa, a Dam Engenharia, e garante a condição de estabilidade de toda a estrutura da barragem, além de informar sobre a obra no dique de sela, respondendo todos os questionamentos feitos pelo órgão. O documento também será protocolado no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

 A empresa destaca que a obra no dique de sela está em fase final de implantação. Com isso os fatores de segurança subiram para 1.6 e 1.8, em cada lado das ombreiras do dique de sela. Portanto, acima dos níveis exigidos pela legislação dos órgãos responsáveis, como o DNPM. A partir de agora serão feitas as atividades de revegetação do local.

A Companhia reafirma o compromisso com a segurança de seus empreendimentos, com o cumprimento da legislação vigente e com a tranquilidade de seus vizinhos e colaboradores. Nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que forem necessários sobre nossos projetos.

A CSN Mineração enfatiza que o diálogo que tem acontecido entre empresa, órgãos e comunidade tem sido fundamental para pensarmos juntos as ações que garantam um Plano de Emergência cada vez mais eficaz. Prova disso, é o seminário que será realizado com as partes envolvidas para que todos apresentem, durante as oficinas, propostas que contribuam com soluções para a melhoria do Plano de Emergência da Barragem Casa de Pedra.

Por fim, lembramos que as ações iniciadas com os moradores dos bairros próximos à barragem, no último de 26 de novembro, continuam. As datas dos próximos simulados e do seminário serão divulgadas em breve.

Plenária popular será realizada hoje para discutir sobre a barragem da CSN

O Sindicado Metabase Inconfidentes convida todos a participarem da Plenária popular pela vida de Congonhas, que acontecerá no próximo dia 28/11, às 18h, no Salão Paroquial Nossa Senhora da Conceição (em frente à Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição).

A plenária é chamada para discutir o tema da Barragem da CSN e está sendo organizada pela Paróquia Nossa Senhora da Conceição, pelo Sindicato Metabase Inconfidentes, pelo NASCON (Núcleo de Assistentes Sociais de Congonhas e região), pelo SINDICON, pelo SINASEFE IFMG e por Partidos Políticos comprometidos com a causa.

Fonte: Indicador Congonhas

CSN testa sirenes, mas siderúrgica fará adequações para aperfeiçoar plano de contingência

A CSN Mineração e a Defesa Civil realizaram neste domingo (26/11) o primeiro simulado de emergência da Barragem Casa de Pedra, com acionamento de sirenes. Participaram da ação o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Defesa Civil Estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Ministério do Trabalho, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Trânsito, líder comunitário do bairro Residencial, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) e o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA).

Todas as atividades planejadas foram executadas. Ou seja, acionamento de sirenes, medição de deslocamento entre a área de impacto e o ponto de encontro mais próximo e verificação da sinalização com placas indicando as rotas de fuga.

No total, são oito pontos de encontro localizados nos seguintes endereços: lote vago no Bairro Lucas Monteiro (Rua Raimundo Mota); Praça do Bairro Dom Oscar; em frente à Escola Pingo de Gente; Romaria; em frente a portaria do Clube Recanto da Serra (Rua Wili de Morais, Nr 241); lote vago no Bairro Eldorado, (Rua 9, próximo da esquina Rua 8); em frente a portaria do Clube Astra (Rua Chacrinha) e terreno ao lado da sirene de emergência (Bairro Antigo Plataforma).

O teste de hoje foi muito importante, pois foi possível identificar os pontos de aperfeiçoamento. Por se tratar de um plano dinâmico, a empresa fará adequações constantemente. Durante a execução do exercício, 50 colaboradores da CSN, que foram capacitados para participar desse momento, estavam nas ruas analisando alguns itens como o volume das sirenes e colhendo a opinião de moradores.

 O próximo passo será a avaliação desses dados e de outras variáveis – como o trânsito e ruídos que influenciaram no alcance da mensagem. Isso será feito pelo grupo técnico composto por representantes da Companhia, Defesa Civil, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Gestão Urbana, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e liderança comunitária. A reunião está marcada para terça-feira (28/11).

 A empresa destaca que a participação da comunidade foi fundamental para o sucesso da ação. O retorno dos moradores durante a atividade nos ajudará a deixar o plano de emergência ainda mais eficiente. Lembramos ainda que no posto de comando estava organizada a estrutura composta por médicos, enfermeiros, bombeiros e ambulâncias para prestar atendimento médico de emergência. Tudo ocorreu de forma tranquila e ordenada, sem incidentes.

 Sobre os próximos simulados

A CSN Mineração reforça que, assim como no exercício de hoje, as datas dos próximos simulados serão previamente divulgadas para os moradores, por meio de folhetos, carros de som e nas estações de rádios locais.

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