Contenções de lagoa de mineradora arrebentam na zona rural de Belo Vale e atingem comunidade

Uma notícia divulgada agora há pouco tomou de pânico a comunidade rural dos Pintos na zona rural de Belo Vale. As primeiras informações são de que as contenções de uma lagoa não suportaram as chuvas e as águas atingiram moradores, casas e nascentes.  A represa pertence a minerada Green Metalls que fica situada na MG 442. Não houve feridos apenas danos materiais em casas.

Forte chuva encheu a represa que não suportou o volume de águas e atingiu casas e nascentes

Segundo os moradores, o fato aconteceu pela 3ª vez envolvendo a mineradora no local.  Há um conflito entre a comunidade e a empresa.  Neste momento, uma comissão está na comunidade avaliando os estragados provocados.

Belo Vale é uma cidade mineradora e em 2018 foi a 14ª em Minas em arrecadação de CFEM, os royalties do minério, com uma receita de quase R$18 milhões. Atuam no Município, CSN, Polaris e Vale.

Mais informações em breve.

Irada, dupla de irmãos agridem e cospem em militares

Os militares foram acionados por moradores a comparecerem ao conjunto habitacional “Pedrinhos”, na cidade de Belo Vale, quando um homem estava chutando e quebrando as portas dos apartamentos inclusive arrombando um deles.

O autor desobedeceu as ordens dos policiais chegando a tomar um bastão de um dos militares sendo necessária força para segurar o autor, quando a irmã dele surgiu no local e chegou a agredir os milicianos. Depois de contidos e algemados os irmão chegaram a agredir e cuspir nos militares. A dupla foi levada ao hospital quando o autor foi permaneceu sob a escolta militar.

Os policiais sofreram arranhões e escoriações sedo registrado Boletim de Ocorrência de desacato a autoridade.  Os autores serão convocados a autoridade judicial para prestar esclarecimentos.

 

 

foram levados a delegacia

Moradores de Belo Vale temem por rompimento de barragem da Vale

Belo Vale, cidade histórica e mineradora, desde o ciclo do ouro, também sofre consequências de empreendimentos da mineração, e teme, que possa ser atingida por rompimento de barragens

Mapa com a Mina – Projeto de Desenvolvimento Marés II/Tarcísio Martins

Localizada no Quadrilátero Ferrífero, zona Central do estado de Minas Gerais e a 80 km de Belo Horizonte, a população de Belo Vale, também, está apreensiva e quer se prevenir, a fim de que não seja atingida pelos rompimentos de barragens. Em seu território abriga duas barragens de finos, localizadas na serra dos Mascates, (serra da Moeda), que comportam 256.000 m3 de volume de água e finos em seus reservatórios. Pertencem a VALE S.A. e são parte do projeto de Desenvolvimento da Mina de Fábrica. Por outro lado, seus habitantes estão temerosos: uma barragem de contenção de rejeitos com potencial de risco eminente, localizada em Congonhas do Campo, pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), se romper, poderá atingir a cidade, através do já maltratado Rio Paraopeba.

A Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV), entidade fundada há 33 anos, vem trabalhando, junto aos Poderes Público e Jurídico, a fim de que se combatam o avanço de empreendimentos da mineração que põem em risco o meio ambiente natural, cultural e comunidades.

Vista da barragem logo acima das Ruínas das Casas Velhas – Foto de 2015 /Tarcísio Martins

A VALE S.A. busca autorização do governo de Belo Vale para implantar uma Pilha de Estéril – PDE Marés II – em área de preservação permanente, junto à barragem de contenção de finos e a 100 metros de um patrimônio cultural do século XVIII – Ruínas das Casas Velhas – tombado pelo município.  A construção da Pilha de Estéril, já em execução pela VALE S. A. não gera impostos – CFEM – para Belo Vale, uma vez, que a mina de produção do minério está localizada em área do município de Ouro Preto.  Belo Vale receberia, apenas, lixo, e riscos para o ambiente e comunidades, além de contaminar águas do Córrego Marés, afluente do Rio Paraopeba, que abriga belas cachoeiras.

Em 2004, o Ministério Público tomou conhecimento, através de uma representação da APHAA-BV, de que a VALE estaria desmatando 79.80 ha (setenta e nove hectares e oitenta ares). Foram feitas intervenções em três nascentes, em área de preservação permanente. O objetivo seria a instalação do empreendimento denominado “Ampliação do Depósito de Estéril Marés”.

Em 2005, foi aberta uma Ação Civil Pública em parceria do MPMG e APHAA-BV, contra a VALE. Houve diversas manifestações da comunidade local, dezenas de reuniões, além das Audiências Públicas, com suporte da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A APHAA-BV obteve a liminar para que a empresa paralisasse suas obras. Após 13 anos, o processo Nº 0009507-09.2007.8.13.0064, ainda tramita na Comarca de Belo Vale.

Foto de 2004 – inicio da terraplanagem para a construção da barragem – supressão de vegetação e intervenção em nascentes – atividades na época não autorizadas/Tarcísio Martins

Em 17 de janeiro de 2015, firmou-se um “Termo de Transação Judicial”, entre o Ministério Público de Minas Gerais e a VALE S.A., o qual foi juntado aos autos no dia 15/01/2015. O documento foi construído e homologado, sem o conhecimento da APHAA-BV, que como parte da Ação Civil não foi convocada para discuti-lo e assiná-lo. Imediatamente, a VALE deu continuidade às suas obras de expansão da barragem e da pilha. A APHAA-BV recorreu através de “Embargos de Declaração”, em 28 de janeiro de 2015. Por diversas vezes, oficialmente, solicitou análise da Comarca, porém, o documento só foi analisado pelo juiz em dezembro de 2018.

Em 10.09.2018, a VALE esteve presente em reunião do Conselho de Cultura de Belo Vale. Foi solicitar autorização para instalar a Pilha de Estéril, uma vez, que ela interfere na paisagem e impacta o patrimônio cultural do século XVIII. Na apresentação, os técnicos da VALE S.A. tiveram dificuldades de explicar aos membros do Conselho de Cultura, maiores detalhes do empreendimento. O pedido foi negado por todo o Conselho, inclusive, pelos representantes do Poder Público.

Integrantes da ONG APHAA-BV estiveram com o prefeito Lapinha, quando foi questionado sobre risco de barragens/Danilo Fontes

Coincidentemente, após essa reunião, em 04.12.2018, o juiz da Comarca de Belo Vale indeferiu os “Embargos de Declaração” propostos pela APHAA-BV, que estavam adormecidos na Comarca desde 2015. O juiz confirmou o “Termo de Transação Judicial”. A VALE S.A. estaria livre para continuar suas obras.

Por considerar que a barragem e pilha de rejeitos são impactantes ao patrimônio cultural e ambiental, ainda com danos e riscos mais que evidentes para a comunidade, a APHAA-BV está usando de seus direitos: está protocolando em 31.01.2019 uma “Apelação contra sentença” – O novo documento deve ser juntado ao processo, para ser remetido à Superior Instância, onde espera seja conhecido e provido, com mais urgência.

Vista geral da área com parte da barragem e área onde situa-se o ” Sítio Ruínas das Casas Velhas/Tarcísio Martins

Diante dos crimes cometidos pela VALE em Mariana e Brumadinho, a entidade acredita que dessa vez, os poderes constituídos sensibilizem-se, e não autorizem o empreendimento danoso ao município. Como também, acompanhem de perto os movimentos contra a Barragem da CSN em Congonhas, a fim de que Belo Vale não sofra consequências, caso aquela barragem se rompa!

O prefeito Lapinha fala

Prefeito, José Lapa dos Santos (MDB) recebeu esta semana, o presidente da APHAA-BV, Romeu Matias e associados: Selma Moura e Tarcísio Martins.

Questionado sobre riscos das barragens na Serra dos Mascates (Serra da Moeda), foi categórico: “Não há riscos! As duas barragens não são de rejeitos, e venho fiscalizando. Porém, no meu mandato não autorizarei, através de ‘Carta de Conformidade’, nenhum projeto de expansão de empreendimentos da VALE S.A. no local. E não autorizo a construção da Pilha de Estéril PDE Marés II, para mantermos a integridade do patrimônio cultural: Ruínas das Casas Velhas, e não poluir as águas do córrego Marés.”

Texto: jornalista e ambientalista Tarcísio Martins – Coordenador de Projetos da APHAA-BV e membro do Conselho de Cultura de Belo Vale.

Fotos: Tarcísio Martins e Glória Maia

 

Imagem barroca da região passa por raio x para restauro e identificação das cores originais

Imagem de Santana, mãe de Maria, é recuperada em local sigiloso e conta com ajuda da tecnologia

A restauração da imagem de Santana – mãe de Maria e avó de Jesus – considerada símbolo católico de Belo Vale, une devoção e ciência e guias as mãos hábeis dos encarregados do serviço. O trabalho, feito em local sigiloso, já revelou que, ao contrário do que padres e moradores locais pensaram ao longo do tempo, a peça do século 18 é legítima do Barroco mineiro, e não de origem portuguesa.

Imagem barroca de Santana que passa por restauro/Tarcísio Martins

A expectativa dos especialistas Adriano Ramos e Rosângela Reis Costa, do Grupo Oficina de Restauro, de Belo Horizonte, é que o trabalho demande seis meses, incluindo estudos e uso de alta tecnologia. Como parte dos trabalhos, a peça sacra foi levada para exames de raios x no Laboratório de Ciência da Conservação (Lacicor), no Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), ambos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Precisávamos de um exame mais profundo, principalmente no tronco da imagem, já que as prospecções, comumente chamadas de ‘janelas’, não permitiam verificar a pintura original”, contou Rosângela, após a sessão de raios x comandada pelo coordenador do Lacicor e vice-diretor do Cecor, professor Luiz Souza. Sob camadas de tinta, os especialistas encontraram apenas resquícios de decoração, sendo necessárias, portanto, mais pesquisas. “A tecnologia ajuda demais, pois muitos detalhes não conseguimos enxergar a olho nu. Mais importante é que, com equipamentos modernos, podemos avaliar o que pode ser retirado ou não da peça”, disse Rosângela.

Dividida em três partes de madeira – a cadeira com 1,60 metro de altura, a imagem de Santana, com 1,10m, e a menina Nossa Senhora, com 80 centímetros –, a peça, pertencente à Igreja de Santana, de 1735, localizada a nove quilômetros da sede municipal de Belo Vale, tem grande qualidade artística. Mas, além das repinturas, manchas e sujeira acumulada com o tempo, apresenta problemas na estrutura de cedro e perda de pintura, embora sem ataque de cupins. Por questão de segurança, o local do serviço, que ocorre fora da capital, não foi revelado. Todas as etapas têm acompanhamento do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Igreja

Histórica igreja de Santana será restaurada em 2019/Radio Mega

“A comunidade está muito alegre, afinal, a imagem de Santana é ícone da região. As pessoas têm muito carinho por ela, porque se trata de um símbolo muito forte. Tanto que, quando saiu para o restauro, veio muita gente se despedir e rezar”, afirma padre Wellington Eládio Nazaré Faria, titular da Paróquia de São Gonçalo, em Belo Vale, acrescentando que os recursos para o serviço são da paróquia. Outra boa notícia é que já foi entregue o projeto de restauração do templo, também do século 18, elaborado por alunos de arquitetura e urbanismo do Centro Universitário Newton Paiva. O trabalho começou com uma visita dos estudantes à igreja, para levantamento de todas as patologias da construção. Os dados foram levados para o StudioN, escritório da escola de arquitetura, em busca de ideias para viabilizar as ações.

Em nota, a instituição de ensino informou que foram feitos, gratuitamente, desenhos técnicos da edificação, contendo todas as medidas e peculiaridades da igreja, e apresentadas soluções de intervenção para a recuperação da integridade do imóvel. Os alunos também fizeram a maquete da igreja, com obra concluída, para que as pessoas tenham ideia do resultado final.

Com base no projeto, a Prefeitura de Belo Vale abrirá licitação e pretende iniciar as obras de restauração em 2019. Outra fonte de recursos provém de atividades promovidas pela Associação dos Zeladores da Igreja de Santana do Paraopeba, entidade que é pessoa jurídica, parceira da paróquia e faz eventos para angariar fundos para as obras da igreja.

Exame apaga a lenda do tesouro escondido

Luiz Souza e Rosângela Reis observam detalhes na imagem em raios x da peça sacra, que ajuda a identificar vestígios da pintura original e da estrutura em madeira/Estado de Minas

Quem esteve na Igreja de Santana durante a despedida da imagem, em novembro, presenciou um fato curioso. É que, durante muito tempo, correu a lenda de que, no interior da imagem, haveria ouro e diamante. Com cuidado, os restauradores retiraram uma “tampa” de madeira e mostraram aos presentes que o nicho estava naturalmente vazio, não havendo o tesouro que povoava o imaginário de muitos moradores. Todo o momento foi filmado e documentado pela equipe e autoridades, incluindo a coordenadora geral do Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, Maria Goretti Gabrich, e a historiadora do setor, Flávia Reis.

A Igreja de Santana, ponto de peregrinação que costuma recebe cerca de 10 mil pessoas a cada 26 de julho, data consagrada à padroeira, e alvo agora de ações para recuperar a arquitetura, os elementos artísticos e o entorno. Tendo o pároco como guia, a equipe percorreu o interior da construção e viu que, por décadas, foram feitas intervenções que retiraram o brilho e traços originais. Se os anjos barrocos do retábulo-mor ganharam a camada de um prateado metálico, os próximos ao sacrário perderam os douramentos. No espaço no qual fica a padroeira, tecnicamente chamado de camarim, cores berrantes foram escolhidas em outras épocas, em um contraste com o ar singelo da igreja, tombada pelo município.

Embora sem “contaminar” a imagem da padroeira, os cupins estão presentes na Igreja de Santana, conforme mostrou o padre Wellington. Em uma coluna pintada de verde, a madeira vai se “esfarinhando” e exigindo um trabalho urgente de recuperação. Já na parede perto da sacristia, o pároco aponta um dos perigos visíveis: uma rachadura que rasga a tinta branca e sinaliza os riscos. O forro também demanda serviços urgentes, pois parte foi retirada e não voltou para o lugar, deixando as telhas à mostra. Em 2007, a igreja entrou no foco do Ministério Público de Minas Gerais, que cobrou providências das autoridades municipais para restauração do templo. Na época, a secretária municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Belo Vale, Eliane dos Santos, informou que a prefeitura vai bancar um terço do valor da obra no bem tombado pelo município.

Padroeira dos mineradores

Nossa Senhora de Santana ou simplesmente Santana (também Santa Ana e Sant’Ana) é mãe de Maria e avó de Jesus. Na capital e no interior de Minas, reúne muitos devotos, pois é padroeira dos mineradores. Em 26 de julho, data consagrada à santa casada com Joaquim, depois São Joaquim na Igreja Católica, comemora-se também o Dia das Avós. Uma das representações mais significativas, comum nos altares dos templos, é a Santana Mestra: sentada numa cadeira ou de pé, ela ensina a menina Maria a ler. O nome Ana vem do hebraico Hanna e significa graça. Moradores e visitantes podem admirar, em Tiradentes, no Campo das Vertentes, dezenas de imagens no Museu de Sant’Ana, fundado em 2014.

  • Fonte: Estado de Minas

Patrimônio preservado: Igreja de Santana do Paraopeba, em Belo Vale, ganha projeto de restauração

Comunidade reuniu-se em 07 de novembro para despedir-se da imagem de Santana, enviada para restauro, em Belo Horizonte

Imagem de Nossa Senhora Santana Mestra, em madeira policromada, com 1,30 metros de altura/Tarcísio Martins

Marco da fé católica de Belo Vale, Vale do Paraopeba, Minas Gerais, e por que não do Brasil, a Igreja de Nossa Senhora Santana está sob nossa responsabilidade, portanto, devemos preservá-la e tratar com carinho todos os seus bens interiores. Vivenciamos um momento histórico. O que está acontecendo, conta com a autorização de nosso primeiro responsável: Dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte. A imagem de nossa padroeira Santana será restaurada e ficará muito mais bonita. Todo o processo foi planejado com muito cuidado, para termos sucesso na restauração”, afirmou Wellington Eládio Nazaré Faria, pároco de Belo Vale, na abertura do evento.

Para definir a empresa que irá restaurar a imagem de Santana, foram feitos três orçamentos, e considerou-se o melhor preço aliado à técnica e currículo da empresa. O valor orçado de R$ 16 mil será pago através do caixa único da Paróquia de São Gonçalo. O prazo de entrega é de oito meses, a tempo de liberar a imagem para celebrar a próxima festa, em 2019.  “O processo de restauro é como uma cirurgia e deve ser muito cuidadoso. A imagem de Santana sofreu muitas pinturas não adequadas que devem ser removidas, até atingir a cor original. Ela irá mudar para melhor e vai ganhar qualidade cromática, através de um trabalho feito com amor. Irei devolvê-la restaurada e iluminada”, relatou o restaurador Adriano Ramos.

Padre Wellington Faria, prefeito José Lapa e líderes comunitários prestigiaram o evento/Tarcísio Martins

A comunidade de Santana do Paraopeba tem muito carinho com seu patrimônio, portanto, há alguma preocupação com a retirada da imagem de seu local, para o trabalho a ser feito em Belo Horizonte. Muitos habitantes do lugar e representantes da Associação dos Zeladores da Igreja de Santana estiveram presentes no ato. Eles demonstraram apoio para com os trabalhos que serão feitos, e para isso, lançaram uma campanha: “Juntos por Santana”, realizando rifas e festas para angariar fundos. “Estou um pouco apreensiva, pois irei ficar longe de nossa padroeira; já sinto saudade. Ao mesmo tempo, feliz, pois sei que ela voltará mais forte e iluminada. O trabalho será para melhor”, disse Elza Maria Jesus Rezende, zeladora da capela.

O projeto executivo arquitetônico de restauro da Igreja de Santana foi desenvolvido pelo ‘Escritório Studio N’, criado em 2012, pelo Centro Universitário Newton Paiva. A coordenação geral está a cargo do professor Rodrigo Reis, que orienta os alunos bolsistas. O ‘Escritório Studio N’ atende, gratuitamente, algumas demandas de comunidades. O grupo foi responsável por identificar e avaliar as patologias do templo e as causas de sua degradação. O projeto foi concluído em outubro de 2018 e entregue à Secretaria Municipal de Cultura para encaminhamentos.

Muitos fiéis foram despedir da padroeira de Santana do Paraopeba/Tarcísio Martins

Segundo a secretária municipal de Cultura, Eliane Santos, o projeto já foi encaminhado ao IEPHA-MG para cálculo das planilhas de custos. “Estamos prevendo que a licitação pública para a escolha da empresa executora da obra, seja feita em janeiro de 2019. A Prefeitura Municipal irá arcar com 30% do valor orçado. O restante virá dos fundos provenientes das campanhas e da possibilidade de aplicar o projeto em leis de incentivo, para o financiamento de empresas”, informou a secretária Eliane Santos.

Texto e fotos: Jornalista Tarcísio Martins

Feriado municipal: Belo Vale celebra festa de Sant’ana e São Joaquim e atrai multidão

Belo Vale está em feriado municipal hoje, instituído pelo Artigo 3º. da Lei 603, para veneração de seus habitantes à Mãe de Maria: Sant’Ana. A tradicional Festa de Santana, organizada pela Paróquia de São Gonçalo, é comemorada, anualmente, nos dias 25 e 26 de julho, no povoado de Santana do Paraopeba. O ponto alto acontece na tarde dessa quinta feira, às 15 horas com missa e procissão das imagens ao redor do adro da capela, com acompanhamento da Banda de Música Santa Cecília de Belo Vale. Espetáculos pirotécnicos, barraquinhas para venda de alimentos e jogos completam as festividades, que recebem milhares de romeiros de diversas partes do país, devotos de Sant’Ana e São Joaquim.

 Restauração da Capela de Sant’Ana

Em estilo eclético e de traços representativos do barroco mineiro, a capela é administrada pela “Associação dos Zeladores da Igreja de Santana”. Está localizada no alto de uma colina, com adro gramado e cercado por muro de pedras secas. Embora bastante danificada, conserva, ainda peças significativas de sua originalidade. O município de Belo Vale, em parceria com o Instituto Cultural Newton de Paiva Ferreira e Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) está desenvolvendo um projeto arquitetônico de restauro, para revitalizar o patrimônio religioso de grande valor histórico e artístico, tombado a nível municipal. Não há previsão para o início das obras.

História

 “Construída de taipa em 1692 pela Bandeira de Fernão Dias, com o nome primitivo de São Pedro do Paraipeva, foi destruída pelas chuvas em 1730 e, reconstruída pelo Sr. Sobreira, ficou pronta em 1735. Marco da civilização em Minas Gerais, foi o segundo pouso da Bandeira que desbravava os sertões em busca das esmeraldas. Em 1763, era Santana do Paraopeba uma das mais importantes freguesias de Minas”, Jornal O Belo Vale, 1938.

Tragédia causou morte de 59 romeiros

Na noite de domingo, do dia 26 de julho de 1987, um ônibus da Viação Transnazaré, retornava da Festa de Santana pela BR-040. No quilômetro 561, próximo ao “Topo do Mundo”, fez uma ultrapassagem irregular e atingiu de frente, outro ônibus da empresa Transmoniz, de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, o qual voltava de uma festa em Diamantina, MG. O acidente causou a morte de 59 romeiros, em sua maioria belovalenses, que residiam na região industrial, a oeste de Belo Horizonte.

Tarcísio Martins – Fotos e texto

 

Trabalhador é assassinado a facadas

Em menos de 24 horas, a região foi palco de 2 assassinatos. Por volta das 19:00, da última terça-feira, dia 24, William Ribeiro, de 31 anos, foi morto com 5 tiros em Três Barras, zona rural de Lafaiete.

Hoje mais um homicídio consumado na comunidade rural de  Roças Novas de Cima em Belo Vale. As primeiras informações são de que ele foi assassinado a facadas e estava trabalhando no local em fazendas. A vítima é natural de Pirapora (MG) e as circunstâncias do crime estão sendo investigadas. A PM está no local neste momento.

Neste período da safra de mexerica Belo Vale recebe muitos trabalhadores oriundo de diversas cidades de Minas e do Brasil.

Único do gênero no Brasil, Museu do Escravo é revitalizado

Fachada do Museu do Escravo em estilo colonial / Foto: Tarcísio Martins

Comemorando-se os 130 anos da Abolição da Escravatura, a Prefeitura Municipal de Belo Vale entregou à comunidade no dia 19 de maio, o “Museu Municipal do Escravo Padre Dr. José Luciano Jacques Penido”, um dos mais expressivos espaços culturais do país com referências à cultura negra. O prédio projetado com tipologia em estilo colonial, concluído em 1983 e inaugurado, oficialmente, como “Museu do Escravo” em 1988, recebeu um eficiente projeto de revitalização.

O evento teve a presença do prefeito municipal, José Lapa dos Santos, e contou com Missa Afro celebrada por Padre Ivan Alves da Silva, que em brilhante homilia, chamou atenção pela igualdade das raças, e alertou que não se repitam preconceitos e fatos desumanos acontecidos contra os negros. A Secretaria Municipal de Cultura foi eficiente na programação, que contou com presenças de grupos tradicionais e populares: Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário, Coral Cantantes da Boa Morte e grupo de cantorias da Chacrinha dos Pretos.

Faz-se necessário rediscutir a história, confrontar e apresentar novos conceitos que possam contribuir e justificar a importância do representativo e vigoroso Museu do Escravo.  Não se deve pensar o negro apenas como um elemento que foi subjugado, mas algo que expresse e contemple seu Ser, sua força, seu trabalho, sua grande contribuição, e todo o esplendor da rica cultura regional africanizada que proporcionou ao país.

O Governo local investiu na recuperação de seus patrimônios culturais que há anos estavam esquecidos. Entregou à comunidade belíssimos espaços de interação com a memória da cidade, o que a colocam, não só no roteiro cultural de Minas, mas, definitivamente, como um dos municípios que mais têm investido em cultura no estado. Visitar o “Museu do Escravo” é obrigatório.

Tarcísio Martins

 

“Mamãe virei bicha”: Prefeitura de Belo Vale cancela carnaval

Belo Vale se junta a diversas cidades mineiras a cancelar o carnaval. Um dos carnavais temporões mais famosos de Minas, “Mamãe virei bicha”, não acontecerá este ano.

A justificativa é a crise financeira que atravessa os municípios. O comunicado oficial foi postado nas redes sociais em que a atual administração justifica também a segurança como um dos fatores para o cancelamento do carnaval.

Comunicado oficial da prefeitura:

 

Belo Vale: público lota jogos da decisão dos campeonatos municipais

Equipe Laranjeiras foi campeã da categoria Aspirante/ Reprodução

Na tarde deste domingo, Belo Vale conheceu seus campeões nas categorias Aspirante e Principal. Uma bela festa no Estádio “Antônio Martins”, Campo do Carijós, finalizou ma competição muito acirrada, com equipes que se dedicaram muito à competição valorizando os títulos conquistados por Fluminense e Laranjeiras.
Na Categoria Aspirante uma final inédita reuniu Carijós e Fluminense que fizeram uma partida muito disputada e após empate de 2X2 no tempo normal as emoções ficaram reservadas para a decisão nos pênaltis. Após sucessão de erros das equipes, o Fluminense levou o título inédito da categoria, vencendo por 5 a 4, fazendo a festa da Comunidade de Roças Novas de Cima. A partida foi conduzida pelo árbitro Igor Júnio Benevenuto (FIFA) auxiliado por Gláucia Faria e Bruna Lima.

Categoria Principal

Equipe do Fluminense foi campeã da categoria Principal/Reprodução

Já na Categoria Principal, a equipe da ACEB, que entrou em campo para defender o título conquistado em 2016, não conseguiu superar a forte equipe do Laranjeiras. Mais bem postada em campo durante todo o o 90 minutos ela não deu espaço à equipe Acebiana e com gols de Felipe Moura e dois de Jenilson e Alisson ainda descontando, o Laranjeiras sagrou-se campeão ao vencer por 3X1. A partida foi conduzida pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro (FIFA) auxiliado por Bruna Lima e Gláucia Faria.
Os premiados da tarde além das equipes campeãs foram na categoria Aspirante: Marco Aurélio (artilheiro/Fluminense) e Ramon Filipe (Chácara dos Cordeiros/goleiro menos vazado). Na categoria principal, Jenilson (Laranjeiras) ao lado de Elió (ACEB) receberam o troféu de artilheiros e Welton (Nego), da ACEB, recebeu o troféu de melhor goleiro da temporada 2017.
Um grande público lotou novamente as dependências do estádio que contou com bom efetivo da Polícia Militar e apoio de ambulância com profissionais da saúde oferecendo segurança a todos os participantes.

Fotos e texto: Mauro Euzebio

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