Prefeitura de Congonhas vai conceder R$ 10 mil a comerciantes afetados pelas enchentes

Governo Municipal vai conceder auxílio emergencial de 10 mil reais para comerciantes afetados pelas enchentes. A previsão do Prefeito Dinho é que o dinheiro esteja disponível para o pagamento aos atingidos entre fevereiro e março.

A lista dos beneficiados foi definida por meio de um estudo realizado pela Secretaria de Planejamento e Gestão, Diretoria de Industria e Comércio e Serviços, Sala Mineira do Empreendedor e Associação Comercial de Congonhas. Confira no vídeo.

https://youtu.be/YmyIvWHrubE

Chuvas colocam barragens em alerta, 3 anos após ruptura em Brumadinho

Tragédia em cidade mineira completa três anos nesta terça-feira

As chuvas das primeiras semanas de 2022 em Minas Gerais têm colocado a mineração em alerta, ao mesmo tempo em que moradores de áreas próximas às minas e às barragens voltam a temer a repetição de tragédias como a de Brumadinho (MG). O episódio que tirou a vida de 270 pessoas completa exatos três anos nesta terça-feira (25).

De lá para cá, o setor e o poder público anunciaram medidas que prometiam trazer maior segurança à população. No entanto, um dossiê divulgado na semana passada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) mostra que o cenário atual segue oferecendo preocupações. Constatou-se que 18 das 31 estruturas de mineração em situação de emergência no estado precisam de medidas emergenciais.

O relatório é fruto de uma parceria com a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), órgão ambiental vinculado ao governo mineiro. Foram reunidas informações como a pluviosidade média que incidiu em cada barragem, a existência ou não de plano para o período chuvoso, a avaliação da performance do sistema de drenagem, as referências a anomalias e patologias registradas, além de ações planejadas de manutenção e monitoramento.

O levantamento, considerado preventivo, foi anunciado como uma resposta aos últimos acontecimentos em meio às chuvas torrenciais. Em algumas localidades, foram registrados mais de 200 milímetros em apenas dois dias.

Segundo o MPMG, as mineradoras tiveram um prazo de cinco dias para apresentar documentos e prestar esclarecimentos. Expostas ao alto volume pluviométrico, as 18 estruturas precisarão de algum tipo de intervenção específica para prevenir novas intercorrências.

No dia 8 de janeiro, um dique da mina de Pau Branco, pertencente à mineradora francesa Vallourec, transbordou em Nova Lima (MG). Não houve ruptura da estrutura e nem mortes, mas a rodovia federal BR-040 foi atingida e ficou interditada por quase dois dias. A Vallourec recebeu do governo de Minas Gerais uma multa de R$ 288 milhões.

Um dia depois, o susto foi em Pará de Minas (MG). A população do entorno da represa da Usina Hidrelétrica do Carioca foi orientada a deixar suas casas às pressas diante do risco de rompimento, embora a estrutura da companhia têxtil Santanense não se seja uma barragem de mineração e sim de água.

Em Congonhas (MG), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) justificou a suspensão dos trabalhos no domingo (9) pelo aumento do volume de chuva. Uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou há duas semanas o envio de fiscais da Defesa Civil para averiguar a situação, próxima à barragem Casa de Pedra.

A mineradora assegura que os deslizamentos são na área externa de barragem e que está trabalhando para conter o problema. A CSN também elevou, no dia 11 de janeiro, o alerta para a barragem B2 da Mina de Fernandinho, em Rio Acima (MG).

Já no dia 13 de janeiro, a Vale comunicou a alteração das condições de segurança em duas estruturas: a barragem Área IX, da Mina da Fábrica em Ouro Preto (MG), e o Dique Elefante, da Mina Água Limpa no Rio Piracicaba (MG).

“A companhia já iniciou estudos e ações corretivas em ambos os casos. Não há a ocupação permanente de pessoas nas zonas de autossalvamento correspondentes”, informou a mineradora na ocasião.

Diante da força das chuvas, as operações em diversas minas foram suspensas. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que representa as maiores empresas do setor, emitiu uma nota dizendo que o setor age com cautela diante dos fenômenos naturais e que as paralisações eram medidas temporárias de precaução para minimizar riscos.

“Se esta intensidade de chuvas perdurar por um curto período, o Ibram estima que não haverá reflexos na variação do preço dos minérios e na oferta. Todas as estruturas que compõem as empresas – como barragens de rejeitos – estão sendo monitoradas 24h ao dia e a qualquer sinal de anormalidade as autoridades são imediatamente comunicadas e medidas de emergência, como alertas, são tomadas imediatamente”, informou a entidade.

Projeto

Para o engenheiro Marcos Massao Futai, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), vazamentos ou rompimentos podem indicar problemas de projeto. “Se ele for bem feito, com premissas bem estabelecidas, isso não era pra acontecer”, avalia.

Ele explica que uma fase dos estudos envolve o levantamento hidrológico. “Há um estudo estatístico que leva em conta o período de recorrência, que é uma premissa do projeto. Para barragens muito importantes, esse estudo é feito para uma chuva decamilenar. Ou seja, qual é a maior chuva que poderia acontecer em dez mil anos? Aquela barragem vai ser projetada para suportar isso”, diz.

Depois da tragédia de Brumadinho, o descomissionamento de barragens que utilizam o método de alteamento a montante se tornou obrigatório no país. A Lei Estadual 23.291/2019, que tornou a medida obrigatória, fixou um prazo de três anos, que se completará no próximo mês.

Em âmbito nacional, a Agência Nacional de Mineração (ANM) editou uma resolução com determinação similar mas estabeleceu outras datas: agosto de 2021 para estruturas inativas e agosto de 2023 para aquelas que ainda estavam em operação.

Em todo caso, nem o prazo mais alargado deve ser cumprido. Até agora, menos de 20% das estruturas alteadas a montante no estado tiveram seu processo concluído. Após a rompimento da sua barragem em Brumadinho, a Vale anunciou o descomissionamento de nove estruturas.

Com base nas determinações legais fixadas posteriormente, ela passou a listar 30. Apenas sete delas já estão com o processo concluído. A última, que teve a finalização anunciada em novembro do ano passado, foi o Dique 5, em Itabira (MG).

Diante dos riscos associados às barragens alteadas a montante, o descomissionamento muitas vezes passou a ser acompanhado por uma medida emergencial: a construção de muros de contenção, que atuariam como uma barreira para bloquear a passagem de uma onda de rejeitos. Essas obras costumam ser pactuadas entre mineradora e poder público nos casos mais críticos, quando há alto risco de rompimento.

Em meio ao alto volume pluviométrico, no entanto, consequências indesejadas foram relatadas por moradores da comunidade de Macacos, em Nova Lima, onde foi erguida uma dessas estruturas com cerca de 40 metros de altura para frear o impacto de uma eventual ruptura na barragem B3/B4. Mas com a retenção de água da chuva, ocorreu um alagamento nos acessos ao local e a população ficou ilhada.

Por meio de nota, a Vale afirma que o muro foi projetado para permitir a passagem do fluxo da água a partir de seu vertedouro e suas comportas. “Entretanto, devido ao elevado volume de chuvas – superior a 520 mm desde o início deste ano e acima da capacidade da estrutura –, a contenção acabou contribuindo para alagamentos nas vias próximas à estrutura. Com a melhora da situação climática e gradual liberação dos acessos nas áreas afetadas, as equipes técnicas da Vale já se mobilizam para executar uma avaliação aprofundada e identificar melhorias necessárias na estrutura”, garante a mineradora.

Futuro

Um movimento que vem ocorrendo no Brasil é a adoção de métodos do empilhamento à seco, conhecido também pela expressão em inglês dry stacking: a água filtrada é reutilizada no processo produtivo enquanto o rejeito é disposto em pilhas, dispensando assim o uso das barragens.

Essa alternativa, embora seja mais custosa, tem se tornado atraente em meio às mudanças na legislação ambiental brasileira. Muitas das grandes mineradoras que atuam no país têm caminhado nessa direção.

A Vale, por exemplo, iniciou em 2011 um projeto piloto em Vargem Grande (MG) e estima alcançar uma investimento de R$ 1,5 bilhão na implantação desta tecnologia em outras minas no período entre 2020 e 2023.

No mês passado, a Usiminas anunciou a inauguração de um sistema dry stracking em Itatiaiuçu (MG). “A nova planta permitirá à empresa encerrar o ciclo de uso das barragens para a disposição dos rejeitos gerados no processo de beneficiamento de minério”, assegura a mineradora, que aponta ainda outra vantagem do sistema: a recirculação da água reduz a necessidade de captação em rios ou poços.

Apesar do otimismo publicamente manifestado pelas mineradoras, o episódio ocorrido na mina de Pau Branco levanta o alerta. A Vallourec utiliza o sistema de disposição a seco no local. O transbordamento ocorreu no dique que capta a água da chuva que passa pela pilha de rejeitos. O nível da água se elevou porque parte do material empilhado escorregou para o reservatório.

“São coisas para se estudar. Essas pilhas estão começando a ser construídas e vão atingir alturas consideráveis. Mas deve demorar algumas décadas para chegarmos nesse cenário”, diz Marcos Massao Futai.

Ele alerta que é preciso aprofundar os conhecimentos para evitar novos problemas. “Em alguns países de clima mais árido, esse sistema funciona bem. Em locais onde chove pouco, não se vê muito problema. No nosso caso, com o passar do tempo, pode-se criar nível freático dentro dessas montanhas artificias de rejeito”, pontua.

Para o engenheiro, o caminho é melhorar a tecnologia constantemente e encontrar formas mais seguras de depositar o rejeito. “Independente do método, ele precisa ser bem projetado, bem construído, bem monitorado e ser preparado para um dia fechar. Chega um momento que não é possível mais por material. E aí é possível devolver para a sociedade de forma que sejam áreas reutilizáveis. É possível prever por exemplo que, depois do empilhamento, seja construído um parque com revegetação. Envolve um esforço amplo, não só da engenharia”.

Barragens em emergência

Das 31 barragens em situação de emergência no estado, uma pertence à ArcelorMittal e uma à CSN. As outras 29 são de responsabilidade de Vale, inclusive as três que se encontram atualmente no nível de emergência 3, que significa risco iminente de ruptura: a B3/B4 em Nova Lima, a Sul Superior em Barão de Cocais (MG) e a Forquilha III em Ouro Preto.

Essa lista cresceu após um pente-fino impulsionado por órgãos de controle em resposta à tragédia de Brumadinho. Diversas barragens perderam suas declarações de estabilidade, o que exige sua paralisação e o acionamento automático do nível 1 de emergência.

Nos casos em que a gravidade da estrutura atinge nível de emergência 2 ou 3, é obrigatória a evacuação de todo o perímetro que seria alagado em caso de um rompimento.

A retirada de milhares de moradores de suas casas, em diversas cidades mineiras, foi uma realidade durante os meses que se seguiram após o rompimento da barragem de Brumadinho.

No ano passado, ainda houve ocorrências pontuais. Os atingidos, na maioria dos casos, costumam ser levados para imóveis alugados pela mineradora responsável. A reparação dos danos causados a essas populações vêm sendo discutida em diversas ações judiciais.

A Vale já chegou a ter quatro barragens no nível de emergência 3 e seis no nível de emergência 2. Por outro lado, é frequente a entrada de barragens na lista daquelas que demandam atenção.

Em abril do ano passado, por exemplo, o MPMG foi à Justiça para cobrar inspeções e pedir a paralisação das operações em 14 barragens da Vale que eram consideradas fantasma.

Elas haviam sido cadastradas pela mineradora em 2020 e até então não eram conhecidas dos órgãos competentes. Três dessas tiveram acionamento do nível de emergência 1, diante da falta de informações sobre as condições de estabilidade.

Edição: Denise Griesinger

FONTE AGENCIA BRASIL EBC

MG 262 entre Mariana e Ponte Nova é liberada

Depois de mais de 8 dias sem tráfego, devido a queda de barreira, no trecho da MG 262, Km 47, que liga Mariana (MG) a cidade de Ponte Nova, foi liberado no início desta tarde (19), através de um desvio provisório.
O anúncio foi feito pelo Prefeito de Mariana, Juliano Duarte, distribuído nas redes sociais, quando estava acompanhado do diretor geral do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagens em Minas Gerais, Robson Santana.
A informação é que dentro de 3 meses o trecho será totalmente pavimentado e sinalizado.

https://youtu.be/p1VjImpi0tw

Zema anuncia auxílio de R$ 1.200 para vítimas das chuvas em Minas

O investimento é estimado em R$ 78 milhões e deve beneficiar aproximadamente 60 mil pessoas em todo o Estado

O governo de Minas anunciou nesta terça-feira (18) a criação de um benefício emergencial no valor de R$ 1.200 que deve ser pago em três parcelas mensais de R$ 400 aos desabrigados e desalojados no Estado.

Segundo o governador Romeu Zema (Novo), o investimento é estimado em R$ 78 milhões e deve beneficiar aproximadamente 60 mil pessoas em todo o Estado. “Estamos criando um auxilio-desabrigado que, muito provavelmene vai beneficiar 70 mil pessoas, onde nós pagaremos R$ 400 por mês por pessoa da familia. Uma familia de cinco pessoas vai receber R$ 2.000. Isso é para que as pessoas que tiveram suas casas atingidas e destruidas tenham condições de passar por esse momento difícil”, disse.

Segundo o governo, o repasse será feito aos municípios e “caberá às prefeituras definir o tipo de benefício a ser ofertado, como aluguel, cestas básicas, transferência direta de recursos ou compras de móveis, colchões, eletrodomésticos e itens de higiene, conforme a realidade local de cada cidade, para auxiliar na superação das dificuldades causadas pelas enchentes”.

Romeu Zema anunciou o benefício para desabrigados e desalojados
Foto: Reprodução/Governo de Minas

Além disso, o Estado anunciou uma linha de financiamento do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) às prefeituras no valor de R$ 182 milhões para a construção ou reconstrução de moradias populares em localidades afetadas pelas chuvas.

Ainda no eixo de auxílio às pessoas, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) deve fazer a doação de 5.000 geladeiras a famílias de baixa renda de municípios em situação de emergência ou de calamidade pública. E também, tanto a Cemig quando a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), devem adotar medidas diferenciadas nas tarifas nas localidades atingidas, com suspensão da cobrança em alguns casos e parcelamentos de débitos em até 24 vezes.

Ao todo, Minas tem 380 cidades em situação de emergência em razão das chuvas e 25 óbitos – número que não considera o acidente em Capitólio porque, segundo a Defesa Civil, esses óbitos “não serão computados no balanço do período chuvoso até o encerramento das investigações”. O Estado contabiliza ainda  47.912 desalojados e 7.336 desabrigados, conforme o boletim da Defesa Civil Estadual divulgado nesta terça-feira.

FONTE O TEMPO

Famílias atingidas pelas chuvas vão receber auxílio de R$ 10 mil em cidade da região

Depois de passar por dias difíceis de chuvas intensas — que causaram muitas enchentes, deixando famílias desalojadas e com perdas materiais – a prefeitura de Itabirito começa a trabalhar em políticas sociais para auxiliar os afetados pelo eventos climáticos, incluindo comerciantes.

Nesta segunda-feira, 17 de janeiro, a prefeitura apresentou à Câmara Municipal o projeto de lei para garantir apoio a famílias, profissionais liberais e comerciantes afetados pelas enchentes no município. O projeto prevê a concessão de auxílio financeiro e benefícios fiscais.

As famílias afetadas pelas enchentes receberão auxílio de R$ 10 mil, enquanto empresários, comerciantes e profissionais financeiros vão receber R$ 20 mil, com exceção de empresas que tiverem cobertura por seguro próprio. Os critérios para definir os beneficiários ainda serão definidos.

No tocante aos benefícios fiscais, serão concedidas isenção e remissão do IPTU e isenção e remissão das taxas referentes ao alvará do ano de 2022 a estabelecimentos, além de isenção e remissão das taxas de água e esgoto – durante os meses de janeiro e fevereiro – à população diretamente afetada.

FONTE MAIS MINAS

Bombeiros realizam vistoria em áreas inundadas pelas chuvas em cidades; casa são interditadas e barranco invade pousada

Precipitações dos últimos dias deixaram massas de terra com risco de deslizamento

Militares do Corpo de Bombeiros de São João del-Rei foram acionados, na manhã deste domingo, dia 16, para comparecerem à duas localidades afetadas pelas fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias. Em um dos locais, que fica no bairro Lombão, parte de uma rua está em risco de desmoronar após a rede pluvial subterrânea romper, levando toda a terra por debaixo da área atingida. Já em Tiradentes, parte de um muro de cerca de 6 metros de altura desabou, colocando em risco algumas áreas de uma pousada que funciona no imóvel lado. Os dois locais foram parcialmente interditados até que a Defesa Civil avalie as situações.

De acordo com o Sargento Giarola, chefe da equipe que atendeu as ocorrências, sobre a situação no Lombão, “Parte da rua e da calçada ficaram comprometidas e uma residência passou a apresentar trincas significativas. Devido ao risco, um trecho da rua foi interditado e os moradores da casa afetada foram orientados a buscarem local seguro até que uma vistoria da Defesa Civil fosse realizada. Além dos danos estruturais, um poste da rede elétrica veio a ceder, ficando preso apenas pela fiação. Todo o local apresenta riscos que devem ser levados em consideração. A Defesa Civil de São João del-Rei foi notificada sobre a situação e se comprometeu a vistoriar o local o mais rápido possível”.

Sobre o caso de Tiradentes, “Parte de um grande muro que separa a pousada e o terreno ao lado desabou, vindo a atingir uma área de café da manhã e alguns bens materiais. Além disso, um barranco deslizou e ficou apoiado na parte do muro que ficou de pé, representando um risco para quem transita por lá. Por isso, a área foi interditada e os proprietários orientados a não permitirem trânsito de pessoas pelo local até que um engenheiro civil avaliasse a situação”. Em ambos os casos as Defesas Civis de São João del-Rei e Tiradentes foram notificadas da situação e realizarão uma vistoria nos locais comprometidos.

Conta de luz não vai ficar mais barata por causa das chuvas em Minas; entenda

Está chovendo muito em Minas, mas reservatórios do sistema nacional ainda não estão com níveis altos de capacidade

As chuvas intensas sobre Minas Gerais permitiram a elevação de alguns reservatórios do sistema hidrelétrico do Brasil, mas isso não vai se refletir em uma redução nas tarifas da conta de luz de forma imediata. Isso porque o sistema de geração e transmissão do Brasil é conectado por meio do Sistema Nacional Interligado (SIN), ou seja, a produção de energia no país é compartilhada entre quase todos os Estados.

Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) indicam que o sistema Sudeste / Centro-Oeste ainda está com 32,6% do volume total dos reservatórios. Enquanto o reservatório de Três Marias, com 73%, puxa a média para cima, os reservatórios dos rios Paranaíba e Paraná puxam para baixo. Nova Ponte, no Triângulo Mineiro, por exemplo, está com nível em 21,68%.  

Dessa forma, para que a cobrança da bandeira de escassez hídrica deixe de ser cobrada, é preciso que chova muito mais e em diferentes espaços do país. Se isso não acontecer, ela deve continuar em vigor até abril, conforme planejamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

“A bandeira é um tipo de cobrança que está sendo repassada ao consumidor de um custo anterior de geração de energia. Primeiro você usa e depois você paga, E as principais usinas do país estão na região Sul, onde ainda não choveu o mesmo volume que em Minas”, explica Orlando de Souza, professor de Engenheria Elétrica no Centro Universitário UNA.

Como Itaipu ainda está com nível baixo de água e algumas termoelétricas ainda estão em atividade, a tendência é de que a bandeira de escassez hídrica continue sendo cobrada do consumidor, já que a geração de energia permanece cara. Isso pode mudar se continuar chovendo e se as precipitações ocorrerem em várias regiões do país.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a bandeira de escassez hídrica foi instituída para pagar os gastos adicionais de 2021 (veja nota abaixo).

Por meio de nota, a Cemig esclarece que as bandeiras tarifárias que incidem nas contas de energia dos brasileiros são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e valem para todo o território nacional, sendo o mesmo valor aplicado para todos os consumidores no país. Ou seja, a Cemig não define quando é aplicada uma bandeira tarifária ou não.

“Vale ressaltar que, como o sistema brasileiro é interligado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leva em consideração todos os subsistemas para definir a bandeira que vai vigorar no país.  Lembrando que as bandeiras tarifárias indicam as condições hidrológicas para a produção de energia elétrica. Isto é, quanto mais térmicas são acionadas para atender a demanda da população, mais cara será a produção de energia. Isso se deve pelo fato de que as usinas térmicas utilizam combustíveis fósseis”, explica a Cemig.

Confira a nota do Ministério de Minas e Energia sobre a bandeira de escassez hídrica:

Desde outubro de 2020, o Ministério de Minas e Energia (MME) tem adotado diversas medidas para mitigar o impacto no setor elétrico do pior cenário de escassez hídrica da história do país. Por meio de um acompanhamento permanente realizado pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), foram tomadas medidas tanto para aumentar a oferta de energia quanto para reduzir o consumo.

Entre as ações estão o acionamento de mais termelétricas, importação de energia, entrada em operação de novos empreendimentos de geração e de transmissão de energia, flexibilização de restrições de defluência e de armazenamento mínimo em reservatórios de usinas hidrelétricas, flexibilizações de critérios operativos, disponibilização de unidades de regaseificação de gás natural, incentivo à oferta de excedente de geração de energia elétrica, programas de redução voluntária da demanda e do consumo e campanhas de consumo consciente de energia.

Vale ressaltar que as usinas termelétricas foram acionadas já em outubro de 2020, logo quando foi identificado que as chuvas do período úmido de 2020/2021 poderiam ser abaixo da média. A bandeira de escassez hídrica foi instituída para pagar os gastos adicionais decorrentes da situação de escassez hídrica realizados em 2021.

Também foram tomadas medidas para redução do consumo de energia elétrica na administração pública federal e os programas para redução voluntária da demanda por grandes e pequenos consumidores.
Os resultados avaliados recentemente, com a melhora dos níveis dos reservatórios, evidenciam a assertividade dos esforços empreendidos por todos os entes do setor elétrico. Por meio de robusta atuação conjunta, com a necessária tempestividade na tomada de decisão, o setor tem garantido, ao menor custo possível, a devida segurança e confiabilidade no fornecimento de energia elétrica no País e a preservação dos usos da água, mesmo diante de cenário bastante adverso de escassez hídrica vivenciado nos últimos anos
“.

FONTE O TEMPO

Congonhas (MG): desabrigados ultrapassam 200 moradores; já foram retirados mais de 300 caminhões de lama em locais inundados

O alto volume de chuvas dos últimos dias, em Congonhas, provocou inundações, enxurradas, enchentes e alagamentos em vários bairros da cidade.

Consequentemente, os desastres resultaram em danos materiais e psicológicos, além de prejuízos econômicos. O número de desabrigados já passa de 200. Estes, estão sendo atendidos em Escolas Municipais da cidade.

Em virtude desta situação de calamidade, o Prefeito de Congonhas, Dr. Cláudio Antônio de Souza, publicou no Diário Oficial do dia 08 de janeiro de 2022 o Decreto 7298 declarando situação de emergência no Município.

Desde a última sexta-feira (07) foi realizada uma força-tarefa com integrantes de todas as Secretarias para poderem determinar ações e como seriam os trabalhos em relação às chuvas.
A equipe da Defesa Civil, Trânsito, Assistência Social, e diversos servidores de todas as secretarias, Guardas Civis em parceria com o corpo de Bombeiros e Polícia Militar, trabalharam intensamente em plantões para atender as demandas que chegavam a cada minuto no setor de operações. Todas as soluções para os problemas enfrentados foram resolvidos no curto espaço de tempo para que os moradores pudessem ter sua vida preservada.

As Escolas Municipais foram abertas e nelas um mutirão de voluntários se apresentaram para ajudar a quem mais precisava, o cidadão Congonhense. As doações vieram de todas as partes. População, empresas, associações, anônimos. O Prefeito esteve em todos os locais atingidos, nos abrigos, sempre reforçando a importância de tratar com dignidade todos que estavam precisando naquele momento.

Kits de roupas, alimentos, artigos de higiene pessoal, limpeza foram montados e estão sendo distribuídos desde o último sábado (08) para as famílias vítimas das chuvas.

A Defesa Civil esteve em diversos pontos da cidade e com ajuda das assistentes sociais, Guardas Civis, Bombeiros, Militares, conseguiram retirar os moradores em área de risco.

Nesta quarta-feira (12) o Governador do Estado, Romeu Zema, publicou no Diário Oficial de Minas Gerais o Decreto 17 declarando situação de emergência em 220 municípios mineiros em decorrência das chuvas intensas, e Congonhas está na lista. Assim, fica autorizada a mobilização dos integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, no âmbito do Estado, para prestar apoio complementar aos municípios atingidos.

A cidade de Congonhas ainda sofre com pontos de interdição e com moradias em risco. Mas, desde a noite de segunda-feira (10), com a diminuição das chuvas, que as ruas estão sendo limpas para que o trânsito possa voltar ao normal. Até ontem, terça-feira (11), mais de 300 caminhões de lama foram retirados nos locais atingidos.

Para o Prefeito ainda tem muito trabalho pela frente. “Sabemos da situação da nossa cidade, da situação dos nossos moradores. Tudo está sendo tratado com o maior empenho para que as soluções para estes problemas das altas chuvas que atingiu diversas famílias seja resolvido o mais rápido possível. Estive nos abrigos, conversei com as famílias. Nossa equipe está empenhada para que tudo seja resolvido. Agradeço a cada um que se dispôs a ajudar. A cada voluntário de vários cantos da cidade que trouxe além de doações, uma palavra de conforto, carinho. As Ongs, equipe da zoonoses e também voluntários que ajudaram nos resgates dos animais. Só temos a agradecer. Juntos passaremos por mais esta situação”, afirma o Prefeito.

A Defesa Civil do município pede que os moradores, que tiveram suas casas atingidas, que não retornem às moradias. O risco de desabamento e deslizamento de encostas ainda é alto tendo vista o excesso de umidade no solo.

A Prefeitura de Congonhas pede que a população se mantenha atenta aos alertas e comunicados oficiais e que siga todas as orientações que forem repassadas.

Em caso de necessidade, acione os telefones de emergência: Defesa Civil (199), 3731-4133 e o WhatsApp 98476-5045. Ou o Corpo de Bombeiros no 193. Plantão 24h

Texto e foto: Lilian Gonçalves – Comunicação – Prefeitura de Congonhas

Governo de Minas reconhece situação de emergência em mais 220 municípios atingidos pelas chuvas; veja as cidades

Subiu para 220 o número de municípios mineiros em situação de emergência devido às intensas chuvas das últimas semanas. Desde o início do período chuvoso, em outubro de 2021, 19 pessoas morreram, 13.756 ficaram desalojadas e 3.481 desabrigadas (dados atualizados em 11/1). As informações foram divulgadas pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).

O governador Romeu Zema assinou decreto de luto oficial de três dias em todo o estado de Minas Gerais em sinal de pesar às vítimas da tragédia em Capitólio e em respeito aos mineiros afetados pelos fortes temporais dos últimos dias.
Até o momento, mais de 10 mil itens de ajuda humanitária (cestas básicas, kits de higiene pessoal, limpeza, colchões, roupas e kits dormitório) foram entregues aos municípios para assistência à população nas regiões atingidas.

Comitê

Com o agravamento do cenário, o Governo de Minas criou um Comitê Gestor de Medidas de Prevenção e Enfrentamento das Consequências do Período Chuvoso, que conta com as Forças de Segurança e secretarias de Estado para dar apoio aos municípios atingidos.
As regiões com maior número de ocorrências estão sendo monitoradas em tempo real e recebendo apoio das equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Além disso, para agilizar as ações de resposta, restabelecimento, recuperação e reconstrução, a Defesa Civil auxilia as prefeituras no preenchimento da documentação exigida para acesso aos recursos da União.

Região

Piranga, Jeceaba, Belo Vale, Senhora de Oliveira, Ouro Branco, Ouro Preto e Itabirito são as cidades da região que estão na lista da Situação de Emergência.

Leia decreto na íntegra

Nova liberação de saque do FGTS: veja quem tem direito agora

Trabalhadores já podem enviar a documentação para liberação do valor

Os trabalhadores residentes em Itabuna (BA) e Itororó (BA), podem solicitar, a partir desta terça-feira (11), o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade.

A liberação, decorrente das fortes chuvas nas cidades, pode ser solicitada à CAIXA por meio do aplicativo FGTS.

Nova liberação de saque do FGTS: veja quem tem direito agora
Nova liberação de saque do FGTS: veja quem tem direito agora – Imagem: FIESP

Quem pode ter acesso ao saque do FGTS por calamidade

Os moradores das áreas afetadas, conforme endereços identificados pela Defesa Civil Municipal, podem solicitar o saque até 28 de março de 2022.

Para tanto, é necessário possuir saldo positivo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. A saber, o valor máximo para retirada é de R$ 6.220,00.

A solicitação é realizada de forma fácil e rápida pelo aplicativo FGTS, opção Meus Saques, no celular, sem a necessidade de comparecer a uma agência.

Ainda mais, ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da CAIXA, inclusive a Poupança Digital CAIXA Tem, ou de outra instituição financeira para receber os valores, sem nenhum custo.

A saber, até o momento, oito municípios da Bahia e de Minas Gerais foram habilitados para recebimento do Saque FGTS por motivo de calamidade.

Confira a lista:

  • Bahia: Canavieiras, Eunápolis, Gandu, Ilhéus, Itabuna, Itororó, Medeiros Neto, Mundo Novo, Prado e Teixeira de Freitas.
  • Minas Gerais: Águas Formosas e Machacalis.

Como realizar a solicitação?

O trabalhador que tiver direito ao saque por calamidade pode seguir essas etapas:

  • Realizar o download do aplicativo FGTS e inserir as informações de cadastro;
  • Ir na opção “Meus saques” e selecionar “Outras situações de saque – Calamidade pública” – acessar a cidade;
  • Encaminhar os seguintes documentos: foto de documento de identidade, comprovante de residência em nome do trabalhador, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade;
  • Selecionar a opção para creditar o valor em conta CAIXA, inclusive a Poupança Digital CAIXA Tem, ou outro banco e enviar a solicitação.

O prazo para retorno da análise e crédito em conta, caso aprovado o saque, é de cinco dias úteis.

Apresentação de documentos

Acompanhe alguns esclarecimentos.

  • Carteira de Identidade: também são aceitos carteira de habilitação e passaporte;
  • Comprovante de residência em nome do trabalhador: conta de luz, água ou outro documento recebido via correio, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade.
  • Certidão de Casamento ou Escritura Pública de União Estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro(a).

Para mais informações, os trabalhadores podem acessar o site da CAIXA ou entrar em contato com a CAIXA pelo Fale Conosco 0800 726 0207.

Fonte: Caixa Econômica Federal

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