Congonhas discute barragem de Casa de Pedra em CPI da Câmara dos Deputados

Para ouvir a comunidade e as autoridades locais sobre a situação da barragem de Casa de Pedra, foi realizada, na manhã desta segunda-feira, 1º de julho, na Câmara Municipal, uma audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rompimento da Barragem de Brumadinho, presidida pelo deputado federal Júlio Delgado. O objetivo foi apurar informações para que, ao final dos trabalhos, os parlamentares proponham formas de minimizar os riscos de novas tragédias.

Sociedade civil participou de audiência

Assim que a barragem da mina Córrego do Feijão rompeu em 25 de janeiro deste ano, imediatamente foi constituída uma comissão para propor legislação que modernize e minimize os riscos de acontecimentos e tragédias como as de Mariana e Brumadinho, conforme explicou o deputado federal Júlio Delgado. “Esse é o motivo que nos trouxe aqui hoje: avaliar formas de minorar os riscos de novos acidentes. E não é só acidente de rompimento, mas é o que vocês estão passando, como a questão de eventual evacuação, ausência da escola, ausência da referência de bairro, ausência da possibilidade de realocação dessas pessoas para outra área que não seja próxima da barragem, para que não tenha risco de rompimento. Nós não negociamos vida, não precisa romper, matar, para que a gente possa agir”, disse.

Medidas tomadas em Congonhas

O prefeito Zelinho destacou que, em 2015, encaminhou um ofício para a Secretaria de Meio Ambiente do Estado se posicionando contrário ao alteamento da Barragem Casa de Pedra. Em 2014, a CSN havia entrado com um pedido de licenciamento ambiental para um novo alteamento da barragem, com previsão de aumentar mais 11 metros“Foi preciso acontecer o que aconteceu em Brumadinho e Mariana para alertar todos nós. Tenho certeza de que agora a situação será diferente. Precisamos de uma nova mineração. Aqui, a CSN disse que até dezembro todo o minério produzido será tratado a seco“, observou.

Em relação à paralisação temporária das atividades da Creche Municipal Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, no Residencial, o Chefe do Executivo reforçou que a medida foi tomada em resposta à sensação de pânico de profissionais e da comunidade. Conforme acordado durante Audiência de Conciliação de autoria do Ministério Público Estadual, a Prefeitura apresentou à Justiça um local provisório para a retomada das aulas, que deve ser custeado pela CSN.

Já entregamos um projeto da casa provisória até que possamos ter um local seguro. Eu acredito que essa barragem é segura, porque é a jusante, mas não podemos garantir nunca a segurança. Esse é o nosso posicionamento. Estamos aguardando, agora, o posicionamento da CSN, para saber se ela vai realmente alugar essa casa e colocar os alunos lá. Se ela não fizer, a Prefeitura vai fazer. Então, eu transferi as crianças por contado pânico, dpsicológico dos professores”, explicou. Os alunos da Escola Municipal Conceição Lima Guimarães foram transferidos para o CEMEI Pingo de Gente e para a E.M.Judith Augusta.

promotor de Justiça, Vinícius Alcântara Galvão, completou que a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público também contempla a construção de prédios para a creche e a escola. Ele também fez um panorama das medidas desenvolvidas pelo MP no que se refere à situação da barragem de Casa de Pedra, como a recomendação de realocação dos moradores das áreas de risco pela CSN.

O prefeito Zelinho pontuou ações do governo em favor da seguranças em barragens

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Neylor Aarão, além da Barragem de Casa de Pedra, Congonhas possui outras 23 estruturas pertencentes às mineradoras. O responsável pela pasta apresentou diversas medidas que estão sendo implementadas no Município. Entre elas está o Plano Municipal de Segurança das Barragens, que conta uma série de medidas que devem ser adotadas pelas empresas, e que foi encaminhado à Câmara Municipal para ter força de lei e se tornar a Política Municipal de Gestão das Barragens (PMGB).

Entre as medidas estão a criação do Centro de Comando de Operações a Defesa Civil, que, segundo Neylor, todas as informações das barragens serão encaminhadas à unidade, em tempo real, a implantação do ConselhoTécnico para Controle Social das Barragens, e o desenvolvimento do Plano de Contingenciamento Integrado.

O Gerente-Geral de Exploração Geológica da CSN, Henrile Meireles, destacou que a CSN atua há 26 anos como empresa privada e que a mina funciona há 106 anos. “Nós não temos registro de acidentes com barragem no complexo de Casa de Pedra“, afirmou. O representante da empresa mineradora também reafirmou o compromisso de filtrar os rejeitos a seco. “Somos a única mineradora do mundo que vai fazer 100% da filtragem de rejeito em grande escala. Nós visitamos, em 2017, a mineradora Vallourec, que faz a filtragem de rejeito em um volume pequeno, que corresponde a 1/8 do que nós produzimos. Desenvolvemos, durante um ano e conseguimos concretizar a tecnologia de filtragem em larga escala. Assumimos, perante à Prefeitura, em primeira mão, que a partir de 1º de janeiro de 2020 não disporemos mais na barragem e filtraremos 100% do nosso rejeito”, concluiu.

CPI vai à Congonhas hoje ouvir comunidades que vivem às margens da barragem Casa de Pedra

Hoje (01), a CPI de Brumadinho da Câmara Federal irá ao município de *Congonhas-MG*, distante cerca de 80 quilômetros da capital Belo Horizonte, para mais uma reunião externa, agora para ouvir a população da cidade e andamento das negociações das áreas habitadas próximas à barragem Casa de Pedra, da Companhia Siderúrgica Nacional (*CSN*), com potencial elevado de rompimento.

Deputados mineiros estarão em Congonhas para ouvir os que moram perto das barragens

O presidente da Comissão, deputado federal Júlio Delgado (PSB/MG), quer ouvir os relatos dos moradores dos bairros do Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro, que vivem próximos à barragem, considerada uma das maiores do mundo próxima à área urbana. A estimativa é de que ela possui perto de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, no total.

Nas redondezas, também estão instalados equipamentos públicos, escolas e creches – estas, inclusive, foram interditadas no início do ano. Estudos realizados pela Prefeitura da cidade informam que, na hipótese do vazamento, as pessoas seriam atingidas em segundos sem qualquer possibilidade de reação e salvamento.

Além de representantes do Judiciário, Ministério Público e outras autoridades locais, a CPI de Brumadinho convidou representantes da população e de entidades ligadas às causas humanas e ambientais, além de funcionários da empresa para discutir os questionamentos levantados durante o encontro.

*Reuniões externas*

A CPI já esteve, desde o início do ano, em Brumadinho para audiência pública e foi até Barão de Cocais, no fim de maio, para conversar sobre a ameaça iminente do deslizamento do talude localizado próximo à barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco.

*Serviço*

  • Visita da CPI de Brumadinho à Congonhas – MG
  • Local: Câmara Municipal de Congonhas
  • Início: segunda-feira (01/07), às 09h.
  • Contato: (61) 98125-9955 ou 3215-5323 / Thiago Lucas (Assessoria de Comunicação)

Após operações da PF, Câmara de Barbacena instaura CPI para apurar fraudes em licitações

Após operações da Polícia Federal na cidade, a Câmara Municipal de Barbacena instaurou CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar possíveis irregularidades em licitações na Secretaria de Saúde e Programas Sociais entre 2015 e 2017.

O presidente da Mesa, vereador Amarílio, nomeou os vereadores Milton Romam (presidente), Edson Rezende (vice), José Newton (relator) e Nilton César (secretário), como titulares da CPI da Saúde.  Os nomes foram divulgados em reunião desta quinta-feira (30). A CPI tem prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, sendo que esse prazo pode ser prorrogado, uma única vez, pela metade do prazo original (60 dias).

O pedido de instauração da CPI foi lido em plenário. O objetivo é investigar as obras de programas como o Minha Casa Minha Vida no bairro Nova Cidade, a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), as academias ao ar livre, além da construção de ginásios e praças esportivas. ( Barbacena Online)

Foto: Divulgação

Pé Quente chama de covarde vereadores que insinuam proteção a envolvidos em relatório da CPI da Iluminação

Relatório da CPI ainda repercute na Câmara/CORREIO DE MINAS

Poucos dias após leitura do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), ocorrida no dia 14 de maio, que apontou vícios em licitação e pediu quebra de sigilos bancários e telefônicos de citados na contratação de empresas pelo Consórcio de Iluminação Pública (Casip), o líder do governo na Câmara, o vereador Pé Quente (DEM), soltou o verbo xingou os colegas que insinuam que a comissão teria protegido envolvidos.

Ele disse que boatos espalhados nos corredores da Câmara levam informações inverídicas a população sobre resultado dos trabalhos de apuração e investigação que durou 8 meses. “Foram 240 dias de intenso trabalho nesta casa para produzir um relatório. Inúmeras reuniões que começavam 8 horas da manhã e rompiam a tarde inteira. Ouvimos procuradores, funcionários, prefeitos, donos de empresas em um trabalho sério e decente. Fizemos o melhor e debruçamos com independência em função do zelo pela coisa pública. È inamissível um colega nosso agora vir a público e afirmar que protegemos pessoas. Isso é mentira e não protegemos nem A nem B. O resultado está aí para qualquer cidadão consultar os autos”, disparou em tom de protesto contra um de seus pares. “Caráter e honestidade não são qualidades, mas obrigação. Quem espalha estes boatos é um moleque. Pedimos quebrar de sigilo, algo que ainda não aconteceu em CPI alguma nesta Casa. Nosso poder é limitado e levamos tudo ao conhecimento da promotoria que ela prossiga as investigações. Isso é uma covardia que fazem com os vereadores que trabalharam na CPI e com a Casa”, protestou.

Os vereadores Pedro Américo (PT), presidente da CPI da Iluminação Pública, e o Fernando Bandeira (PTB), relator da comissão, defenderam a comissão. “Fizemos nossa parte”, assinalou Américo. “Foi um trabalho árduo e decente”, comentou Bandeira. “Existem comissões em andamento e quem falou pode estar sendo investigado em uma delas”, insinuou Pé Quente. “Para que sabe ler um pingo é letra e temos que lembrar que temos telhado de vidro”, disse a nossa reportagem ao final da sessão Pé Quente.

CPI da Iluminação Pública: relatório final pede quebra de sigilo bancários/telefônicos, realização de busca e apreensões de documentos de envolvidos

Vereadores levantaram diversas suspeitas e agora pedem apuração rigorosa do Ministério Público / CORREIO DE MINAS

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada há 8 meses, pela Câmara de Lafaiete concluiu seus trabalhos de apuração e investigação sobre possíveis irregularidades nos procedimentos licitatórios e na contratação de empresas privadas pelo Consórcio de Administração do Serviço de Iluminação Pública – CASIP, para prestação de serviços ao próprio Consórcio e/ou Município de Conselheiro Lafaiete, a execução destes contratos, a existência de pagamentos indevidos e/ou recebimento de vantagens indevidas.

A leitura do relatório final aconteceu ontem à noite, dia 15, durante sessão. O documento final será encaminhado ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado Minas Gerais, ao Chefe do Executivo Municipal e ao Controlador Geral do Município. A relatoria da CPI foi do vereador Fernando Bandeira (PTB) e a presidência da comissão ficou a cargo de Pedro Américo (PT).

Segue abaixo a conclusão dos trabalhos:

“Ante a tudo o que foi apurado, esta comissão entende haver indícios de existência de várias irregularidades, entretanto, o poder de atuação da CPI é limitado, o que impede uma averiguação mais aprofundada dos fatos e, em razão disso, esta CPI RECOMENDA que sejam adotadas as seguintes providências:

– a quebra de sigilo fiscal, telefônico e a realização de buscas e apreensões para completar os trabalhos desta comissão, para definir os limites da responsabilidade de alguns dos envolvidos;

– avaliar situações que possam caracterizar a prática dos crimes de advocacia administrativa (art. 321) e corrupção passiva (art. 317);

– realizar diligências complementares, a fim de apurar a existência de interesses escusos na demissão do Sr. LUCIANO do cargo de Diretor Geral do CASIP;

– realizar diligências complementares a fim de apurar a existência de critério que restringiu o caráter competitivo do certame, o que é passível de multa e caracteriza crime, nos termos da legislação vigente;

– realizar acareação entre envolvidos haja vista a existência de nítidas contradições entre os depoimentos, o que pode configurar crime de falso testemunho e a ocorrência de omissão de informações;

– realizar diligências complementares com o escopo de apurar possível responsabilidade da comissão de licitação para a contratação da empresa JM Construções Elétricas Ltda”.

Leia na íntegra o relatório final:

RELATORIO FINAL CPI CASIP

Mistério na Câmara de Lafaiete: sumiço de pen drives de CPI da iluminação pública vira caso de polícia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada em setembro do ano passado para investigar possíveis irregularidades em licitações e na contratação de empresas pelo Consórcio de Administração do Serviço de Iluminação Pública (Casip) na prestação de serviços, como também a Lafaiete, a chamada “CPI do Poste” vem causado um furor os bastidores da Câmara e entre os citados nos documentos de farto teor até agora produzidos.

Agora, a CPI foi parar na delegacia de polícia. Em meados deste mês, José Lúcio de Souza, André Luis Menezes, Darcy José de Souza e Washington Fernando Bandeira registram um Boletim de Ocorrência pedindo a investigação da Polícia Civil sobre o sumiço de pen drives. Ouvida por nossa reportagem, a delegada Juliana Leijoto, que cuida do caso, disse que os dispositivos continham informações de reuniões e inúmeros depoimentos prestados a “CPI do Poste”. Também é alvo de investigação pela Polícia Civil uma denúncia recebida os gabinetes dos vereadores de suposta irregularidade a licitação no CASIP.

A CPI do Poste continua seus trabalhos e ainda ganhou mais 90 dias para apuração das possíveis irregularidades levantadas.

Histórico

Foi a partir de insinuações feita pelo prefeito Mário Marcus durante discurso na Câmara, em meados de agosto, apontando supostas irregularidades em licitações do CASIP, um dos motivos que teria levado o Município de Lafaiete a se desligar do CASIP, motivaram a abertura da CPI. À época, o prefeito explicou que a prefeitura pagava por cada ponto de luz, de um total de 12 mil que compõem o parque de iluminação, o valor de R$7,60. No total o valor do repasse mensal ao CASIP seria em torno de mais de R$110 mil. Porém outros consórcios dos quais vários municípios da região fazem parte o valor é vantajosamente bem inferior, por isso a prefeitura de Lafaiete “bateu o pé” e forçou uma negociação cujo valor chegando a um impasse que durou 4 meses. O prefeito defendia o valor de R$4,,99, mas as partes não chegaram a um acordo e Lafaiete deixou o CASIP.

A disputa foi parar na Justiça já que o consórcio cobra um restante do contrato ainda não quitada. Por outro lado, a prefeitura alega que não há dívida com o consórcio. Lafaiete ficou por 4 meses sem o serviço de manutenção de iluminação pública, resolvido em outubro com a contratação emergencial direta de uma empresa, até a realização de um processo licitatório.

Leia também:

http://correio.local/cpi-vai-apurar-denuncias-de-irregularidades-no-servico-iluminacao-publica-e-prefeitura-ja-trabalha-com-alternativa-retomada-do-servico-em-lafaiete/

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