Vale quer ampliar mina que causou danos em condomínio de luxo

Mineradora pediu ao Governo de Minas para aumentar a mineração na lavra das minas Capão Xavier e Mar Azul, localizadas em Nova Lima

Depois de comprar um condomínio de luxo em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, a mineradora Vale apresentou, ao Governo de Minas, um pedido para ampliar a exploração em duas minas vizinhas ao empreendimento imobiliário. Ainda não houve uma resposta oficial ao pedido. 

Em janeiro, reportagem da Itatiaia mostrou que a mineradora gastou mais de R$ 100 milhões com pagamento de indenizações e compras de imóveis e lotes no condomínio Jardim Monte Verde, localizado às margens da BR-040, em Nova Lima. O local fica a menos de 500 metros da barragem B6/B7, que pertence ao complexo da Mina Mar Azul. A poucos metros dali, do outro lado da rodovia, fica a Mina Capão Xavier. 

A atividade no local provocou trincas e rachaduras em casas de luxo localizadas dentro do condomínio. A Vale, então, comprou algumas unidades afetadas pelos danos estruturais e, mais tarde, resolveu adquirir todo o empreendimento.  

Um estudo geológico classificou o local como “área de risco” devido à proximidade das atividades de mineração. 

Pedido protocolado

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a Vale já protocolou um pedido para ampliar a operação nas duas minas – Mar Azul e Capão Xavier. O pedido foi protocolado junto ao Sistema de Licenciamento Ambiental (SLA) e está em “fase de caracterização”, uma etapa inicial, em que a mineradora inclui informações como as atividades exercidas, a localização exata e outros fatores. 

“Nessa fase de caracterização o processo fica aberto somente para o empreendedor, quando ele pode inserir ou modificar informações. Somente após a finalização da caracterização e pagamento das taxas devidas com o devido processamento na Secretaria de Estado da Fazenda é que a solicitação entra para pré-análise do órgão”, informa a Semad. Ainda não há prazo para essa análise. 

A reportagem entrou em contato com a Vale, que negou que o aumento da área a ser explorada irá atingir o terreno onde ainda está localizado o condomínio. 

Segundo a mineradora, “o condomínio não está na zona de autossalvamento (ZAS) de nenhuma de suas barragens e que os licenciamentos ambientais envolvendo as minas Capão Xavier e Mar Azul não estão relacionados com avanço de lavra no terreno do condomínio”.

Relembre o caso

Em janeiro, a Itatiaia revelou a compra de um condomínio residencial de luxo, localizado em Nova Lima, pela Vale. O Condomínio Jardim Monte Verde tem 51 lotes e infraestrutura com clube particular, quadras de vôlei e futebol, centro de convivência e parque infantil

Na ocasião, a Vale confirmou que fez uma proposta aos condôminos, em 2020, para reparação da área, “incluindo a aquisição dos imóveis e indenização às famílias”. A reportagem perguntou qual o valor pago pela mineradora aos moradores, mas não obteve resposta.  

A Vale disse, ainda, que um estudo técnico feito por uma empresa terceirizada “constatou interferências da operação da mina Capão Xavier em área do condomínio Jardim Monte Verde, em Nova Lima (MG).” 

A Capão Xavier é uma das que tem plano de aumento da atividade de mineração. 

“De acordo com a pesquisa, a geologia do terreno é mais suscetível a deformações do solo”, disse a Vale. 

FONTE ITATIAIA

Projeto que muda limites da Serra da Moeda para ampliar mineração da Gerdau vai a plenário

Proposição recebe novo substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico e está pronta para votação em 1º turno

Está pronto para a análise do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em 1º turno, o Projeto de Lei (PL) 3.300/21, de autoria do deputado Thiago Cota (MDB), que altera os limites e amplia o Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda (Monae).

A proposição recebeu parecer favorável da Comissão de Desenvolvimento Econômico em reunião da noite desta quarta-feira (17/11/21). O parecer do relator, deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), havia sido distribuído em avulso (cópias) à tarde e foi aprovado no fim da noite. Ele apresentou o substitutivo nº 2 ao texto da proposição. O deputado Bernardo Mucida (PSB) votou contrariamente ao parecer.

O novo parecer ao projeto teve o voto contrário do deputado Bernardo Mucida (PSB), que defendeu a discussão da matéria com população e outros interessados – Foto:Daniel Protzner

Ainda na tarde desta quarta (17), o PL 3.300/21 havia recebido parecer favorável nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Em ambas, o parecer foi pela aprovação na forma do substitutivo nº 1 da CCJ e a proposição recebeu duras críticas de parlamentares, por supostamente atender aos planos de expansão de empreendimento minerário da empresa Gerdau. 

projeto modifica os limites do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda, situado nos municípios de Moeda e Itabirito, na Região Central do Estado. Ele prevê a inclusão de área de 75,28 hectares e a desafetação (retirada) de outros 12,81 hectares.

Em seu parecer, Dalmo Ribeiro Silva justifica a apresentação do novo texto para eliminar qualquer probabilidade de insegurança jurídica e guardar coerência com a área e o perímetro originais explicitados no Decreto 45.472, de 2010, que criou a unidade de conservação.

O novo texto suprime o parágrafo único do substitutivo nº 1, que enfatizava as áreas incluídas e retiradas do monumento. Permanece, porém, o tamanho aproximado de 2.435,2110 hectares, previsto nos anexos da proposição.

substitutivo nº 2 também retira a necessidade de atendimento das exigências da Lei Federal 9.985, de 2000Essa norma institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.

Por outro lado, o texto mantém a previsão de que as áreas e benfeitorias de domínio particular inseridas nos perímetros incorporados ao Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda podem ser declaradas de utilidade pública e de interesse social para fins de desapropriação pelo próprio ato legislativo, conforme previsão do artigo 8º do Decreto-Lei Federal 3.365, de 1941.

FONTE ALMG

PF prende 19 pessoas em Minas por exploração sexual de crianças na internet

Além da comercialização e compartilhamento, a Polícia Federal apura a prática de produção de conteúdos pornográficos envolvendo crianças

Com um efetivo de 160 agentes em uma megaoperação de combate à pornografia na internet envolvendo crianças, a Polícia Federal prendeu 19 pessoas, em Minas Gerais, nesta quarta-feira (29/9), sob suspeita de integrarem uma rede de compartilhamento e venda de conteúdos – entre fotos e vídeos – de  abuso sexual infantil .

A reportagem apurou que os policiais federais investigam se integrantes do grupo também estão envolvidos na produção de conteúdo pornográfico. A divisão de tarefas da rede criminosa ainda não está totalmente esclarecida. Oficialmente, a PF afirma que os autores comercializavam vídeos e fotos de crianças em situações sexuais já existentes na internet.  Ao todo, foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão , durante a manhã de hoje, nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Santa Luzia, distrito de Mariana, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Varginha, Montes Claros, Divinópolis e Governador Valadares. 

Prisões

 Cinco prisões ocorreram na área de abrangência da Superintendência Regional (SR), em Minas Gerais – que compreende as cidades de Belo Horizonte, Contagem, Santa Luzia e o distrito de Mariana. Na capital do estado, três pessoas foram detidas. Apesar dos questionamentos da reportagem, a Polícia Federal não especificou em quais cidades da SR aconteceram as outras duas prisões.

Nos municípios de Varginha, Governador Valadares e Divinópolis, três pessoas também foram capturadas. Em Juiz de Fora, a quarta maior cidade do estado, dois homens foram detidos em flagrante em decorrência da troca de imagens e vídeos pornográficos. No início da tarde, o Estado de Minas também já havia noticiado três prisões em Uberlândia . Por fim, a Polícia Federal identificou e prendeu três pessoas em Montes Claros e mais três em Uberaba. Em relação à faixa etária das 19 pessoas presas nesta quarta-feira, a PF não deu retorno à reportagem. 

Investigação

 A Polícia Federal informou à reportagem que as investigações tiveram início em julho deste ano. Conforme comunicado oficial, as diligências aconteceram “a partir do uso de ferramentas e técnicas investigativas que permitem a coleta de informações na internet e a identificação de usuários que frequentemente compartilham ou comercializam esse tipo de arquivo na rede”. “Os investigados poderão responder pelos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dentre outros. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a 10 anos de reclusão, além de multa”, finalizou a PF, em nota.

O que diz a lei sobre pedofilia?

A pedofilia em si não é considerada crime, pois se enquadra como um quadro de psicopatologia. Por lei,  são considerados crimes ou violências sexuais contra crianças e adolescentes abuso sexual, estupro, exploração sexual, exploração sexual no turismo, assédio sexual pela internet e pornografia infantil.

O que é estupro contra vulnerável?

O crime de estupro contra vulnerável está previsto no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro. O texto veda a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclusão de 8 a 15 anos.

No parágrafo 1º do mesmo artigo, a condição de vulnerável é entendida para as pessoas que não tem o necessário discernimento para a prática do ato, devido a enfermidade ou deficiência mental, ou que por algum motivo não possam se defender.

No entanto, se a agressão resultar em lesão corporal de natureza grave ou se a vítima tiver entre 14 e 17 anos, a pena vai de oito a 12 anos de reclusão. E, se a conduta resultar em morte, a condenação salta para 12 a 30 anos de prisão.

O que é a cultura da pedofilia?

A cultura da pedofilia  é um termo criado para definir como a sociedade aceita e até incentiva a sexualiação de crianças e adolescentes, além de estimular a infatilização da mulher adulta.

Isso pode se tornar presente desde letras de músicas a enredos de filmes.

Como denunciar violência contra mulheres?

  • Ligue 180  para ajudar  vítimas de abusos .
  • Em casos de  emergência  ligue 190 .

FONTE ESTADO DEMINAS

Operação prende 3 envolvidos de exploração da prostituição e tráfico na Marechal

As Polícias Civil e Militar de Minas Gerais realizaram, na última quinta-feira (2/9), uma operação conjunta com o objetivo de coibir os crimes de tráfico de drogas,
posse ilegal de arma de fogo e receptação, na cidade de Conselheiro Lafaiete e região.

Durante a ação, que foi concentrada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, região central da cidade, três pessoas foram presas, sendo uma mulher, de 49 anos, por
exploração da prostituição, venda ilegal de mercadoria estrangeira e receptação e dois homens, de 24 e 26 anos, pelo crime de tráfico de drogas. Um outro investigado, alvo da operação, não foi encontrado, mas em sua residência foi apreendido um revólver calibre 32.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Marcus Vinícius Rodrigues, a mulher alegou ser a responsável por organizar a exploração das prostitutas e, a
cada quatro programas realizados, as meninas ganhavam uma diária na pousada em que a mulher era proprietária.

Foram apreendidas drogas, dinheiro, arma de fogo e aproximadamente 470 kg de Rondonita, um mineral com alto valor comercial. “Especula-se que o quilo desta
pedra possa render até mil reais no comércio paralelo”, explica o investigador Helber Bertolin. As pedras estavam numa residência no bairro Paulo VI, que pertenceria à mulher presa.

Os presos e os materiais foram encaminhados à unidade policial para as providências legais cabíveis.

Texto: Sylvia Pagotto.
Revisão/edição: Thays Ferreira e Welington Capristrano.
Assessoria de Comunicação
13° Departamento de Polícia Civil

Em artigo, Juiz Dr. José Aluísio, faz uma reflexão sobre Dia Nacional do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

Leia uma crônica do Juiz de Direito, José Aluísio Neves da Silva, titular da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Conselheiro Lafaiete.

“18 de maio de 1973. Araceli Cabrera Sanchez Crespo, 08 anos de idade, sai mais cedo da escola para levar uma encomenda para sua mãe. Foi vista pela última vez quando brincava com um gato em frente a um bar em Vitória – ES.

Juiz Dr. José Aluísio / DIVULGAÇÃO

Raptada, violentada sexualmente sob efeito de droga, teve o corpo desfigurado por ácidos e foi carbonizada. Seu corpo foi encontrado seis dias após em um matagal.
Em homenagem à jovem vítima esse dia passou a constar do calendário lamentável das atrocidades humanas como “Dia Nacional do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”.
Dante Michelini de Barros e Paulo Constanteen Helal, de famílias de destaque em Vitória-ES, pessoas que costumavam realizar festas em um apartamento e para levavam meninas de faixa de idade semelhante a Araceli, pelo que se noticía, foram a julgamento como autores do bárbaro crime e condenados a dezoito anos de prisão. Em recurso interposto em favor de ambos, o julgamento foi anulado pela instancia superior e um novo Juiz, presidindo o feito, depois de vários anos de tramitação do processo, entendeu que não havia prova bastante pra a condenação, pelo que absolveu os acusados.
O relato acima tem razão de ser posto aqui pois que, com certeza, muitos hoje adultos e outros jovens, provavelmente, não tem conhecimento do trágico fim de uma criança de apenas oito anos de idade em razão da desmedida maldade de seres humanos, com certeza adultos, e que conseguiram se esconder de forma tal que se livraram da tutela da lei penal que deveria lhes cair de forma pesada sobre os ombros.
É preciso relembrar, nesta data, esse acontecimento que envergonha a raça humana para, agora, comentar sobre o como e porque se deve fazer o combate que consagrou o dia de Araceli.
O artigo 227, em seu caput, da Constituição Federal impõe ao Estado Democrático de Direito:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade. o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente, reafirma a norma constitucional e acrescenta que as violações a todos esses objetivos e, então, aos seus direitos fundamentais, poderá ocorrer não só pela ação positiva, pelo agir dos agentes, mas também pela forma omissiva, isto é, pelo não agir desses mesmos agentes .Se por um lado não podemos agir (fazer) , cometer atos em desfavor das crianças e adolescentes, ao jovem em geral, não é menos verdade que não podemos nos omitir, deixar de fazer, em favor delas quando qualquer ameaça aos seus direitos estiver em curso.
Muitas vezes, o agir em favor dessas crianças e adolescentes não reclama atitude física qualquer, mas tão somente o noticiar às autoridades competentes. É preciso lembrar, afinal, “quem não denuncia também violenta”.
Bem. Vejamos algumas questões relativas à violência, o abuso e a exploração sexual cujas vítimas são os seres humanos mais fragilizados e, na maioria das vezes, incapazes de reagir à sanha facínora de seus agentes.
No Brasil, estatísticas mostram que mais de 90% dos agressores sexuais são pessoas conhecidas das vítimas e próximo desse número do próprio grupo familiar dela. Normalmente as técnicas utilizadas para conseguir o objetivo exigem mostre o agente um perfil sedutor, buscando um vínculo de confiança, as vezes se aproveitando de relação afetiva existente ou que busca criar. Faz a vítima acreditar que tudo não passa de uma brincadeira, um jogo e, fortalecendo o vínculo, se sente à vontade e adquire segurança necessária para passar ao próximo passo de sua investida. Inicia, então, os atos preliminares da violência ao dividir segredos muitas vezes íntimos e, dessa forma, rompendo possíveis barreiras ainda existentes na frágil e indefesa vítima. Insegura, aceita os argumentos de que se revelados os segredos aos seus pais, estes ficariam bravos sugerindo a ocorrência, pois, de castigos que seriam impostos. Quando os agentes são os pais ou outros familiares bem próximos, apelam eles até para a ameaça de violência física para conseguir seu objetivo, quando não efetivamente a praticam.
À evidência, indiscutível que projetos técnicos, financeiros e políticos de inciativa dos governos democráticos, são indispensáveis como parâmetros de proteção às crianças e adolescentes em situação de risco sexual. Não basta, porém, a elaboração de tais projetos se a sociedade, a família, a escola, as instituições públicas como um todo, as entidades privadas, as igrejas, as instituições de atendimento, a mídia e os profissionais de áreas afins não fizerem sua parte nesse projeto de proteção. A rede, digo eu, é infinita na medida que exige de nós, seres humanos, individual e coletivamente, nos dedicarmos a termos atenção na escalada dessa violência. Compete a cada um de nós sermos presentes e não omissos nesse processo mundial que visa preservar a integridade física e psicológica de nossas crianças e adolescentes.
Os primeiros contatos da criança com a coletividade, acredito, são com a família e com a escola. Daí a preparação inicial para a convivência com toda a raça humana. Esses primeiros passos, então, hão de ser cautelosos, previdentes, a exigir dedicação e conhecimento dos pais e dos mestres para que os obstáculos naturais sejam vencidos de maneira a formar na criança uma personalidade segura para atingir uma adolescência com o mínimo risco de ser afetada pelos facínoras infelizmente ainda presentes na raça humana. A participação, no entanto, desses educadores primeiros, não podem afetar o curso natural do crescimento de cada criança dentro de suas próprias características pessoais e influenciada pela índole de seus antepassados. Cada ser humano traz na sua individualidade natural o indicativo de quem será ele no futuro. Não se trata aqui de aplicação intransigente da conhecida máxima “é de menino que se torce o pepino”, mas de uma modulação necessária de forma a preparar as crianças para enfrentarem a vida em comum com seus pares conhecendo os caminhos do bem e do mal.
A convivência familiar harmônica, educada, honesta, honrada e com uma criação com limites necessários, com suporte no diálogo, no afeto, na confiança, no amor, na espiritualidade cristã, protege os filhos (as) e os orienta a trilhar o caminho certo. Não basta aos pais, porém, as palavras senão os gestos e ações que bem demonstram não ser aquelas vãs e descompromissadas com o futuro.
Dos pais se exige atenção permanente no desenvolvimento das criança no dia a dia. Ainda no sei da família a educação impõe a informação, sexual inclusive, posto que nos dias atuais ela verá, por todos os meios, atos, gestos, cenas, palavras, diálogos sobre o tema e, muitas vezes vindas de pessoas despreparadas ou maliciosas além de outras com objetivos escusos. É importante fazer ver a elas que o contato físico puro é natural entre os seres humanos, é importante que ocorram como manifestação de afeto e carinho. No entanto, é preciso também que saibam, e melhor fonte de informação não existe que a familiar, de que no futuro esse contato físico terá viés sexual, o que também é absolutamente natural e necessário, mas sem a eiva do abuso, da exploração e, ao fim, da violência.
É em casa que é dado conhecer as crianças e os adolescentes que não devem se expor de forma a provocar a sanha dos “malditos”. Cautela e prudência no uso das redes sociais de forma a não postar fotos íntimas, não conversar com estranhos sobre sua intimidade , seus desejos, sua vida privada e de seus pais, principalmente quando seu interlocutor tem idade não compatível com a vida de juventude, posto que pode sugerir intenções maliciosas. Informar sobre sua rotina fora de casa como ir para escola, onde ela se localiza ou a casa de amigos e parentes, não tem razão para ocorrer e só pode indicar interesse duvidoso do interlocutor.
Indícios de que a criança ou o adolescente necessita da atenção e presença dos pais em face de possíveis problemas na seara sexual emergem por vezes e devemos estar atentos. Alguns deles podemos mencionar mas, é certo, não se esgotam nessa lista: comportamento sexual inadequado para a idade, brincadeiras sexuais com amigos, insegurança excessiva, vergonha, isolamento, o evitar contato físico natural, alegria em determinados momentos e fechamento sem causa em outros, agressividade, fuga de casa e baixa autoestima, são sugestivos de estar sofrendo qualquer tipo de violência.
A escola, a seu turno, local da produção e circulação de conhecimento, deve estar atenta a qualquer anormalidade no comportamento dos jovens ali presentes diariamente. Afinal a convivência com eles é contínua. Assim como os pais, é preciso conhecer para proteger e ensinar. As crianças e adolescentes ali estão, e certo, pela confiança irrestrita dos pais de que serem cuidadas como filhos e filhas e a responsabilidade dos mestres é encaminha-las a um futuro seguro não só lhes transmitindo o conhecimento precípuo de sua atividade mas também aqueles necessários à formação integral. Qualquer sinal indicativo de possível violência sexual, e os indícios acima servem também para essa família “institucional”, precisa ser de pronto verificada.
A violência sexual pode causar, além de dores físicas, o dano psicológico por vezes irremediável, levando o (a) jovem, em face do trauma adquirido, principalmente quando seus algozes são membros da família ou amigos próximos, a seguir o nefasto caminho das drogas, à depressão, ao suicídio, ao trancamento absoluto de qualquer relacionamento sentimental. Nessa esteira, o desenvolvimento físico, emocional, intelectual, a personalidade, a afetividade e seus valores pessoais, sofrerão também as consequências das agressões perpetradas em seu desfavor.
A criança e o adolescente não se prostituem, mas são levadas a isso, muitas vezes porque abusadas e, após, exploradas sexualmente.
O tema em questão precisa ser amplamente debatido e, à guisa de informação, destacamos que o projeto “Promenino”, por Yuri Kiddo, listou algumas musicas como forma de incentivar o debate e a reflexão necessárias sobre ele:
Michael Jackson – “Do you know where your children are”
MV Bill – “testemunha ocular”
Titãs – “Pedofilia”
Nenhum de Nós – 1987 – “Camila, Camila”
Korn – 1994 – “Daddy”
Nirvana – (Nevermind -1991) – “Polly”

Discursando, por escrito, sobre o tema “Abuso sexual infantil, exploração sexual de crianças, pedofilia: diferentes nomes, diferentes problemas?” Laura Lowenkron, Doutoranda em Antropologia do Museu Nacional (UFRJ), destaca:
“… em que sentido entendo a violência sexual contra criança como fenômeno contemporâneo. Observa-se, nas últimas décadas, uma explosão discursiva em torno do tema, acompanhada da censura ao “silêncio” entendido como “omissão” e “conivência”. Frente a essa nova tagarelice a ao aumento de denúncias, aparecem duas possibilidades de interpretação: uma mais pessimista, que acredita que estamos vivendo uma “epidemia” de “abusos sexuais” de crianças e outra mais otimista, que considera que a maior visibilidade não decorre do aumento repentino de atos, mas da ruptura do antigo “tabu do silêncio”…”.
De qualquer maneira, acredito, talvez pela publicidade antes comprometida por razões diversas, tenho que o crescimento do abuso faz parte do crescimento de uma sociedade conturbada pela perda de valores mais tradicionais e desvios de conduta muita vez como consequência da própria facilidade de comunicação nos dias atuais. Lado outro, tenho que a consciência de muitos se viu despertada pela necessidade de conter o avanço de tais agressões, pelo reconhecimento da responsabilidade de todos nós de forma a quebrar mesmo esse pacto surdo de silêncio.
Finalizo destacando que a Convenção sobre os Direitos da Criança (Instrumento de Direitos Humanos mais aceito na história universal), diz, resumindo, em seu preâmbulo, que são princípios proclamados na Carta das Nações Unidas, a liberdade, a justiça e a paz no mundo e fundamenta-se no reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana. E prossegue dizendo que conscientes os povos das Nações Unidas reafirmam sua fé nos direitos fundamentais do homem e na dignidade e valor da pessoa humana.
Muito mais que uma carta e das intenções ou compromissos nela postas pelas Nações, no coração, na alma e na mente de cada ser humano deve estar inserida, definitivamente, a certeza do compromisso da conduta de cada um em prol do bem de toda humanidade.

Polícia Federal prende homem por exploração sexual infantil em Lafaiete

A Polícia Federal deflagrou hoje (17),  a Operação “PEGA-PEGA IV”, em combate à produção, ao armazenamento e à divulgação na internet de imagens e vídeos de exploração sexual de crianças e adolescentes. Dez Policiais Federais cumpriram quatro mandados judiciais de busca e apreensão, nas cidades de Sete Lagoas, Conselheiro Lafaiete, Santa Maria de Itabira e na Capital; todos expedidos pela 35ª Vara Federal em Belo Horizonte/MG.

Uma parte da investigação foi iniciada por volta de maio deste ano, a partir de relatórios produzidos por unidade especializada da Polícia Federal, que identificaram dois usuários de aplicativo de mensagens que realizaram a transmissão de arquivos com conteúdo de abuso sexual infantojuvenil. Outra parte da investigação teve início por meio de monitoramentos, por meio do qual foi possível se identificar dois usuários de internet que baixavam e compartilhavam arquivos com esse tipo de conteúdo ilícito.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos equipamentos eletrônicos possivelmente utilizados nas condutas criminosas, os quais serão submetidos à perícia técnica, com o objetivo de verificar a existência de armazenamento e compartilhamento de material pornográfico infantojuvenil.

Um homem de 29 anos foi preso em flagrante pelo armazenamento de arquivos de pornografia infantil na cidade de Conselheiro Lafaiete/MG.

 

“Operação de guerra” combate tráfico e exploração sexual na Marechal em lafaiete

Grande contingente de policiais fizeram uma varredura no comércio da Marechal

Na tarde de hoje(3), foi desencadeada “OPERAÇÃO MARECHAL”, deflagrada Lafaiete para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. A operação será desenvolvida em duas fases e é baseada no Programa da PMMG “Minas Segura”.

A primeira fase da operação tem como objetivo o combate ao tráfico ilícito de drogas e a exploração sexual na Rua Marechal Floriano Peixoto, bem como pelas imediações. Já a segunda fase tem como foco a visibilidade e ostensividade dos Policiais Militares nos principais corredores da cidade.

As ações preventivas e repressivas estarão sendo realizadas ao longo do dia tendo como foco proporcionar maior tranquilidade e aumentar a sensação de segurança de toda a população local.

A operação continua a região da Marechal Floriano.

Mega operação da Polícia Civil cumpre 3 mandados e prende 2 homens envolvidos em exploração sexual contra crianças e adolescentes

Equipe de policiais civis, Dr. Alexandre, chefe do 13º departamento e o delegado Dr. Darli Teixeira que participaram da operação em Entre Rios de Minas/Divulgação

A Policia Civil de minas Gerais participou, nesta quinta-feira (17), da operação Luz na Infância 2, que aconteceu em todo país.

 A operação é coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública e realizada pelas polícias civis de cada estado, e tem como objetivo fazer apreensão de arquivos com conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes. Além de deter suspeitos em flagrante.

 O 13° Departamento de Polícia Civil de Barbacena desencadeou a operação nas cidades de Entre Rios de Minas e Barbacena, e contou com 40 policiais civis e 12 viaturas, divididos em duas equipes.

 Na cidade de Barbacena uma das equipes foi direcionada para um alvo, onde foi arrecadado material. Já em Entre Rios de Mimas existiam três alvos, além de um quarto que surgiu no decorrer da operação, durante ação da segunda equipe foi arrecadado mais material e dois suspeitos autuados em flagrante.

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