Entre Rios de Minas recebe encenação da Paixão de Cristo na sexta-feira santa

Nesta sexta-feira 19 de abril, Entre Rios de Minas irá receber o Teatro da Paixão de Cristo, que conta a história de Jesus momentos antes da crucificação. A apresentação será às 19h, ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora das Brotas, centro da cidade.

A encenação faz parte das atividades da Semana Santa no município, que conta ainda com bênção de ramos, confissões, procissões, via-sacra, sermão do descendimento da cruz, dentre outras. Clique aqui e confira a programação completa da Semana Santa, realizada pela Paróquia Nossa Senhora das Brotas.

https://drive.google.com/file/d/1eXjDRBWiOGeMayZPH27w6D95-ITcye-H/view

História

A Semana Santa, em Entre Rios de Minas, desperta fé e arte na população. A encenação da Paixão de Cristo é uma iniciativa dos próprios moradores, que passa de geração a geração, há quase 50 anos. O grupo é formado por voluntários e amadores que transformam madeirites em cenários, comerciantes em atores, mecânico em sonoplasta, aposentada em figurinista, pintor em contra-regra e o que seria improviso, vira espetáculo!

As encenações começaram no início dos anos 1970, dentro da Igreja Matriz. O teatro amador foi se consolidando e virando tradição na cidade. Crescia o número de voluntários e público. As apresentações passaram para o lado de fora da Igreja e ganharam até palco. Não faltavam nem os efeitos especiais. “Certa vez, juntamos muitas latas para fazer o barulho do trovão. Na hora de sacudir as latas, saiu um rato correndo e, sem querer, o momento do trovão ficou mais apavorante”, conta Maria da Conceição Fernandes, costureira aposentada que ainda hoje ajuda com os figurinos.

Segundo Wagner Ribeiro de Paula conhecido como Faustão, que trabalhou no elenco de 1989 a 2007, só não houve apresentações em 2015 e 2016. Mas a fé não sucumbiu à escassez de recursos e um novo grupo se formou, ainda mais forte.

Em 2017, o roteiro foi reescrito e os papéis, democraticamente, divididos, sob a direção do Secretário de Cultura, Felipe Resende. “Tudo foi uma construção coletiva. O roteiro foi baseado na peça de Nova Jerusalém, em Pernambuco. Todos os atores trabalharam na adaptação dos textos. Depois de assistirem a obra em vídeo, foi feito um trabalho de linguagem corporal. E, enfim, conversamos sobre os personagens que cada um queria fazer”, conta Felipe.

O ressurgimento do grupo que encena a Paixão de Cristo não somente consolidou a tradição da cidade, mas avançou seus limites, em uma corrente de ação e oração. Há dois anos, com o apoio da Prefeitura, o grupo se apresenta nas comunidades rurais adjacentes. Em 2019, além de Entre Rios de Minas, o grupo também irá se apresentar em Lagoa Dourada.

A direção da encenação da Semana Santa deste ano é do Secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Felipe Resende. No total o elenco conta com 37 pessoas e a apresentação é gratuita.

Mais informações:

Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Entre Rios de Minas

(31) 98623-6616 ou pmcultura@entreriosdeminas.mg.gov.br

Procissão do Encontro reuniu dezenas de fiéis na Matriz de N. Sra. da Conceição

Da Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, fiéis, acompanhando a imagem do Senhor dos Passos, caminharam até a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde, em um momento simbólico, encontraram a imagem de Nossa Senhora das Dores, vinda em procissão da Igreja do Rosário. Realizada em um dos mais belos cenários religiosos de Minas, a Procissão do Encontro marcou, nessa Terça-feira Santa (16), o encontro da Virgem Maria com Seu Filho, no momento em que Ele carregava a cruz à caminho do Calvário.

Procissão do Encontro reuniu dezenas de fiéis na Matriz de N. Sra. da Conceição/DIVULGAÇÃO

Essa celebração litúrgica – marcada, ainda, pelas missas realizadas na Basílica e na Igreja do Rosário – foi encerrada nas escadarias da Matriz de N. Sra. da Conceição. As figuras bíblicas do Antigo e do Novo Testamento, representadas por cidadãos congonhenses que usavam trajes da época, foram apresentadas ao público. Em seguida, o padre Sebastião Moreira ministrou um sermão, relatando oito grandes momentos de Maria, desde o dia da Anunciação até seu encontro com Jesus na Via Crucis. Também refletiu sobre a importância de se aprender, em família, a importância da responsabilidade, do compromisso e do respeito pelo outro.

“Não se constrói uma sociedade, não se pode viver em paz, em fraternidade, sem justiça, sem ética e sem moral. Grandes educadores preparam seus jovens para andarem na luz. Mas Maria, a Mãe de Jesus, foi muito mais penetrante. Sonhava que Seu Filho fosse luz. Eis aqui a enorme diferença: quem anda na luz precisa ser conduzido. Quem é luz tem compromisso social, com a vida, com o outro, com a ecologia, não é egoísta e não pensa em si mesmo apenas. Seu pensar e seu agir é de inclusão, e jamais de exclusão”, proferiu o padre Sebastião Moreira.

Confira a programação da Semana Santa de Congonhas aqui.

Fé e esperança: familiares e rede de amigos fazem varredura para encontrar ambientalista desaparecido há 8 dias

Hoje completa 8 dias de aflição, dor e ansiedade para amigos e familiares de José Odilon Rodrigues Pereira, o Odilon, 69 anos.  Ele foi visto pela última vez perto da BR 040, no bairro São Dimas, em Lafaiete, por volta das 14:00 horas, e desde então não houver sequer alguma informação de seu paradeiro.

Ele é portador do mal de Alzheimer estava trajande camisa branca, calça jeans e sandálias de couro. Segundo a família, Odilon pode estar desorientado,sem conseguir voltar para casa. Familiares, amigos e uma rede de solidariedade cada vez maior de voluntários vêm realizando buscas minuciosas e uma varredura em mais de 20 cidades da região.

A fé move a esperança de poder encontrar o ambientalista, ativista político/ambiental e psicólogo. José Odilon é uma pessoa muito estimada em Lafaiete e região pelo seu carisma e seu desaparecimento sensibilizou a comunidade.

Informações sobre o paradeiro de Odilon podem ser passadas por telefone para sua esposa Selma (31-99682-5647) ou seu filho Leo (31-99970-3632). Quem tiver quaisquer informações sobre o paradeiro de Jose Odilon, favor entrar em contato com a Polícia Civil: 0800 2828 197.

Lafaiete: desparecido desde domingo, amigos e familiares se unem na fé para encontrar ambientalista

Seguem a aflição e a dor dos familiares e amigos de José Odilon Rodrigues Pereira, o Odilon, 69 anos. Ele é portador do mal de Alzheimer e está desaparecido desde o dia 07, domingo. Por volta das 14 horas, o psicólogo, ativista político e ambientalista saiu de casa, no bairro São Dimas, em Lafaiete.

Segundo a família, Odilon estava de camisa branca, calça jeans e sandálias de couro. Ele pode estar desorientado, sem conseguir voltar para casa. Familiares, amigos e uma rede cada vez maior de voluntários vêm realizando buscas na cidade e até em outros municípios da região. O último lugar em que foi visto fica próximo à Oficina do Ronei perto da BR 040.

Informações sobre o paradeiro de Odilon podem ser passadas por telefone para sua esposa Selma (31-9-9682-5647) ou seu filho Leo (31-9-9970-3632).


Missa campal revive história da Santa Manoelina dos Coqueiros

O sobrinho Antônio Jorge (E) admira quadro com foto de Manoelina na mesa do altar.

Uma missa campal na Fazenda Retiro Velho , distante 12 km de Entre Rios de Minas, na casa onde nasceu Manoelina Maria de Jesus, a “Santa de Coqueiros”, celebrada pelo padre José Geraldo, da Paróquia do Pereirinhas , da cidade vizinha de Desterro de Entre Rios, marcou a inauguração da estátua em homenagem à taumaturga, na tarde de sábado, dia 16. A imagem de Manoelina foi esculpida em pedra-sabão pelo artesão David Fuzatto, de Cel. Xavier Chaves, inspirada no desenho do artista entrerriano Daditto.

A exemplo do que acontecia diariamente nos idos de 1930, uma multidão de fiéis (cerca de 350 pessoas), mais uma centena de veículos, se aglomeraram dentro da modesta casa e no seu entorno, para participar do evento que faz parte de um projeto, que, de acordo com  seu idealizador, o médico José Pedro Borges, objetiva resgatar a história da “Santa de Coqueiros” como patrimônio cultural de Entre Rios de Minas, além de legitimar seu valioso trabalho assistencial de cura. “É um resgate histórico e, ao mesmo tempo, uma reparação junto aos familiares”, ponderou Borges,acrescentando que, pela primeira vez, Manoelina Maria de Jesus, católica fervorosa, recebe missa em sua homenagem”.

A estátua de Manoelina ladeada pelo artista Dadilton (E), o proprietário Maurilio (E) e o idealizador do projeto de resgate, José Pedro, pegando água.

Ao pedir “uma salva de palmas pelas virtudes e santidade de Manoelina”, Pe. José Geraldo explicou “que nós, católicos, não estamos divinizando nem aclamando ninguém como deus ou deusa. Mas os santos são exemplos para nós de vida, de fraternidade, de santidade. Se eles puderam ser santos, nós também podemos. Então, é um incentivo para nossa santificação pessoal. Além disso, intercedem a Deus por nós, cuidam de nós através das orações. Por isso, é importante a invocação dos Santos e Santas”. Na mesa improvisada como altar, embaixo de uma goiabeira, entre flores, castiçais e crucifixo, o retrato de Manoelina. Mais ao lado, a estátua em sua homenagem enfeitada com flores deixadas há mais tempo pelos devotos e em perfeito estado.

A reabertura do local para visitação pública é desejo do proprietário Maurilio de Oliveira Resende, que pretende construir uma passagem tipo “vai e vem” para permitir o acesso das pessoas  “que queiram desfrutar da paz deste lugar, fazer suas orações e beber água pura da fonte”. O projeto de resgate histórico da “Santa de Coqueiros” foi elogiado pelo prefeito José Walter Resende Aguiar ao agradecer a participação de todos “neste momento de fé, bênção e intercessão”.

Manoelina é homenageada quase 60 anos depois de sua morte e devotos testemunham o milagre da vida

O afilhado Neli Maciel, de Cracilândia, durante testemunho, lembrou que brincava de carrinho aos pés da madrinha, que usava uma capa azul e benzia pedrinhas para fazer chá

Entre as centenas de visitantes provenientes de Entre Rios, Crucilândia, Piedade dos Gerais, Conselheiro Lafaiete, Desterro de Entre Rios, Belo Horizonte, Igarapé, que prestigiaram o evento, estavam parentes de Manoelina Maria de Jesus. O sobrinho, Antonio José Jorge, 61 anos, de Igarapé, afirmou que estava “emocionado de ver o trabalho, o empenho, o amor  que estão demonstrando pela minha tia”. Também Américo Garibaldi de Oliveira, 86 anos, de São Sebastião do Gil – Desterro, lembrou que nos idos de 1958, quando ia a cavalo buscar a irmã, passou em Crucilândia para pedir uma bênção à Manoelina.

-Senti muita humildade nela. Fico satisfeito de ver esta homenagem e o movimento de resgate histórico, porque ela saiu daqui de uma forma menos agradável, argumentou Oliveira. Para a sobrinha de 2º grau, Neusa Aparecida Campos, 47 anos, “é uma boa ideia resgatar a história dela, porque principalmente as crianças não a conhecem”.

A sorridente Estéfani, atropelada por uma moto aos 8 anos, sobreviveu pela intercessão de “Santa Manoelina”.

Já  os devotos, que alcançaram graças, não a esquecem. Darci Resende Maia, moradora no Colônia, zona rural de Entre Rios, relembra quando a filha  Estéfani Resende Maia, aos 8 anos, foi atropelada na estrada por uma moto e ficou ‘desenganada` no hospital em Belo Horizonte. “ Rezei para Santa Manoelina e pedi que ela intercedesse pela minha filha”. Estéfani, hoje com18 anos, estava na fila para assinar o caderno de presença ao evento e  também é devota de Manoelina.

Maria Gonçalves Ferreira, 86 anos, recebendo a comunhão, retribui bêmçãos alcançadas enfeitando túmulo de Manoelina ao Cemitério Paroquial de Cracilândia.

Sorrindo, mostrou a cicatriz que tem na perna – única lembrança do grave acidente que quase lhe tirou a vida.

Natural do Gil ,em Desterro, Elza de Assis Fonseca,72 anos, presente ao evento, afirmou que foi curada “por intercessão de Santa Manoelina”.  Em agosto do ano passado , apresentou um problema renal grave, urinava sangue e precisaria operar para retirar o rim. Conta que rezou e pediu que Manoelina intercedesse por ela.

Fiéis observam acervo histórico dentro da casa onde nasceu e viveu Manoelina, em Coqueiros.

“Fiz novos exames, antes da cirurgia, e o rim que estava detonado não apresentava mais o problema”. Já o entrerriano Vitor de  Oliveira Pena, 66 anos, contou que seu avô ajudava a retirar os carros que ficavam agarrados no barro da estrada, “usando uma cangada de bois” e que “ganhou dinheiro com os estrangeiros”.

Mãe batiza filha de “Manoelina” após milagre ao nascer

Inaugurada com a celebração eucarística, a estátua de Manoelina  jorra água pura na mão direita, da mesma fonte de onde, outrora, ela apanhava água e benzia milhares de romeiros que vinham de toda parte do país e até do exterior em busca de cura para males físicos e “da alma”. Muitos saíam curados do encontro com Manoelina, como Delmira Andrade Silva, conforme relatou sua filha Manoelina Silva.

Manoelina Silva, de 87 anos, de Campo Belo, considera-se um milagre da “Santa de Coqueiros”.

Era março de 1931, grávida de cinco meses, Delmira corria risco de morte se levasse adiante aquela quarta gestação, devido a um problema circulatório em uma das pernas,   que inclusive a impedia de caminhar sem ajuda . O marido, Otávio Silva, barbeiro na cidade de Campo Belo, leu sobre os milagres da “Santa de Coqueiros” em um jornal de um cliente. Levou o periódico para casa e mostrou para a esposa. Ela, que há havia sido avaliada por quatros médicos que recomendaram a interrupção da gravidez, disse que queria ir até Coqueiros. Mas não tinham dinheiro, uma vez que todas as economias tinham sido gastas nos tratamentos médicos. Então, Otavio buscou ajuda com a sogra. D.Júlia disse que pagava a viagem para a filha e sugeriu que o genro buscasse outras pessoas para dividir o transporte. Otávio rapidamente lotou um caminhão (tipo pau de arara) e vendeu a máquina de costura da mulher para custear a parte dele. Dias depois chegavam em Coqueiros.

Emocionada, Delmira chorava ao receber a bênção de Manoelina que repetia “Tenha fé em Deus” enquanto aspergia água benta. Otávio levou a esposa para sentar-se à sombra de uma árvore enquanto armava a barraca com os demais perto dali, Ao retornar, já não encontrou Delmira. Foi achá-la agachada, colhendo avenca, à beira do pequeno riacho que corria atrás da casa de Manoelina,. “Minha ‘véia’, como você veio parar aqui?”, perguntou-lhe , carinhosamente, Otávio. E, para surpresa de ambos, o problema na perna havia sumido! Assistiram outras duas bênçãos antes de retornarem no dia seguinte para Campo Belo. Na viagem de volta, o caminhão tombou em uma vala da estrada. Ninguém se machucou e Delmira, junto com outras mulheres,  andou cerca de 1km até poder voltar para o caminhão.

Cinco meses depois, nascia em 24 de julho de 1931, de parto normal, Manoelina – batizada assim em homenagem à “Santa ,  “a quem devo meu nascimento”, afirmou, emocionada, Manoelina Silva, hoje com 87 anos, residente em Belo Horizonte,  ao visitar o Retiro Velho, um dia antes da inauguração da estátua. Depois de narrar   sua história de vida ao proprietário Maurílio de Oliveira Resende, ela ficou alguns minutos sentada em silêncio dentro da modesta casa. Em suas orações, louvor e agradecimento.

Breve relato sobre a minha experiência ao esculpir a imagem da Santa Manoelina dos Coqueiros

José Pedro com o escultor Fuzatto, em Coronel Xavier Chaves, e a estátua em fase de acabamento.

Trabalhando nessa obra, depois de ter visto muitas vezes o filme  Santa Manoelina dos Coqueiros e tomar conhecimentos mais detalhados da história dela, pude sentir, em vários momentos, a presença dela.
Trabalhando normalmente, a mente se esvaziava de pensamentos e de repente, eu sentia uma energia diferente, uma presença.
Eu olhava para a escultura, me lembrava da história dessa santa e quanto mais  eu entrava em sintonia com ela, com a  realização da obra e sentia esses momentos onde essa energia se  fazia presente, mais eu tomava consciência de que aquela escultura  ganhava uma representatividade profunda, pois aquela imagem, retratava um corpo que aqui viveu, realizou um trabalho místico e, voltou para a terra, estando agora em um túmulo.
Essa consciência me fazia entrar mais e mais em sintonia com essa presença.
Quando terminei a  escultura, fiquei de frente a ela, segurei em sua mão e fiquei  impressionado com o que ocorreu.
Em meu  mais profundo íntimo, brotou uma sensação de conforto, de paz, de alegria, uma sensação de um reencontro agradável.

Escultura da Santa será inaugurada no dia 01 de Abril na praça Coronel Joaquim Resende; a data rememora um ano do projeto de resgate de Manoelina.

Penso que todos os que conhecerem a história dessa santa, ao segurarem a mão dela e observarem seus sentimentos, entrará em uma experiência mística igual à que experimentei ao fazer isso.
Espero que todos possam se colocar diante dela, segurar em sua mão e sentir essa presença.
Tenho certeza que ao sentirem essa experiência agradável que descrevo aqui, todos possam sentir a sensação de que venceram a barreira do tempo e se transportaram para a época em que ela vivia aqui na terra e  derramava essa energia curadora sobre os que a visitavam.
Sou imensamente grato em ter recebido a incumbência de materializar aqui essa escultura, esse símbolo, com toda essa representatividade da Santa Manoelina dos Coqueiros.

MANOELINA MARIA DE JESUS: Um pouco da sua história de vida

Manoelina, em foto de 1930 na janela de sua casa abençoando romeiros.

Nasceu em 1911 (data estimada porque não há a Certidão de Nascimento para comprovar), no sítio Retiro Velho, em Coqueiros, distante cerca de 12 km de Entre Rios de Minas, sentido Desterro de Entre Rios. Filha de Miguel José da Rocha e Rosária Maria da Conceição.

Cresceu entre 14 irmãos, porque quatro faleceram. Aos 19 anos, em outubro de 1930, desenganada pelos médicos, recuperou-se “ por milagre divino”  da  doença grave que lhe roubava a saúde e o ânimo  – tuberculose ( incurável à época ) e  começou a operar, também  sob inspiração divina (espiritual), curas diversas em sua modesta casa no Retiro Velho, atraindo milhares de pessoas de todo o Brasil e até do exterior, que vinham em busca de solução para males físicos e “da alma”.

Manoelina, moça simples, pobre, analfabeta, devota fervorosa, abençoava os fiéis   aspergindo “água benta” e fazendo orações. Alimentava-se pouco ou quase nada. Narra a tradição oral que sua água se transformava em vinho e que os romeiros chegavam às centenas e eram atendidos em bênçãos às 6, 12 e 18 horas.  Pelos correios chegavam sacos de correspondência pedindo a intercessão dela em problemas diversos. Muitas cartas continham também dinheiro e moedas, que acabavam numa fogueira junto com os escritos.

A rotina da vida familiar e da região sofreu grande impacto. De acordo com matérias publicadas em jornais da época, a exemplo do ESTADO DE MINAS, fazendeiros, incomodados com o grande fluxo de veículos que danificavam as estradas (já em condições precárias) e de pessoas doentes que acampavam na região, uniram-se às autoridades locais, inclusive membros da Igreja, conseguindo afastar Manoelina de sua terra natal.

Na madrugada de 12 de abril de 1931, mudou-se com toda a família para Dom Silvério, distrito de Bonfim (MG). Ainda lá foi “perseguida”. Por ordem do então Secretário do Interior de Minas Gerais, Gustavo Capanema, uma missão militar levou-a, em 12 de junho daquele ano, à   Belo Horizonte, para “ter um encontro com o Governo”. Na   verdade, acabou sendo internada no Instituto Raul Soares, onde fez greve de fome e se recusava a tomar medicamentos como protesto.

O internamento foi justificado pelo Governo do Estado  sob alegação de que “sua presença era prejudicial à região que ficou sendo foco de doenças e de ladrões e marginais que furtavam transeuntes incautos e romeiros simplórios”; que “sua ´santidade` era explorada por empresários”; que “a vigilância policial, que por muito tempo se está fazendo no local da romaria ,não  resolveu o caso” ; que “Manoelina está sendo, deste modo, permanente causa de desassossego público” (…)  e  que “ ao Governo só restou a providência ,aliás a mais prudente e caridosa, de afastar Manoelina de seu officio (grafia da época) para submetê-la a cuidadoso exame e necessário tratamento”. Estas declarações foram coletadas de reportagens veiculadas à época pelo   jornal ESTADO DE MINAS.

Ainda de acordo com o mesmo jornal, na tentativa de libertar Manoelina,  ”os advogados Osmam Loureiro e José Alves Nogueira entram na Justiça com um pedido de  habeas- corpus    (…) Entretanto, o pedido não seria aceito uma vez que só é utilizado em favor de réus ou acusados de crimes comuns. E não era o caso.  Por sua vez, dentro do mesmo ano -1931 – “o pai Miguel José da Rocha denuncia o que aconteceu com a filha no Juizado de Menores e, no dia 16 de junho, é divulgada a libertação de Manoelina, e ela faz questão de declarar que não é santa.(…) Um psiquiatra não identificado, ouvido no Raul Soares, concluiu que Manoelina é apenas uma débil mental, nada mais. Não é uma louca e,como tal, não deve ficar internada entre loucos. Já o Governo toma providências para impedir a movimentação de peregrinos e afastar o perigo de um novo Canudos”. (alusão ao nome que designa a “cidade santa” e o movimento messiânico fundado pelo líder místico Antônio Conselheiro no sertão da Bahia, no fim do século XIX).

Mais uma vez, ela e toda a família mudam de D.Silverio (Bonfim) e   buscam refúgio num local denominado Capão, em Crucilândia(MG), onde continuou recebendo a visita de inúmeros romeiros. Tendo esta lembrança guardada na memória, seu afilhado de batismo, Neli Maciel, residente em Crucilância e presente à missa em homenagem à Manoelina, no Retiro Velho, qualificou   a madrinha, que usava uma capa azul e benzia pedrinhas para fazer chá, “como uma pessoa que só me deu alegria. Sinto-me abençoado por ela o tempo todo e muitas coisas graves desviaram de mim pela sua proteção”.

Voltando à história de vida de Manoelina Maria de Jesus, ela faleceu de uma grave anemia, às 3 horas do dia 14 de março de 1960, aos 49 anos, em sua casa no Capão, sendo   sepultada no dia seguinte, às 10 horas, no Cemitério Paroquial. Até hoje, sua sepultura –  de nº 284 –  é muito visitada em Crucilândia, onde ficou conhecida por “Virgem Manoelina”, com vários relatos de graças alcançadas.

Jornal Estado de Minas na sua edição de cinquentenário lançou um caderno especial contendo página inteira só com reportagens sobre a “Santa de Coqueiros”.

Justamente por ter recebido muitas bênçãos, Maria Gonçalves Ferreira, uma senhora de 86 anos, natural da zona rural de Barro Preto e atualmente residindo em Belo Horizonte, contou que faz questão de, uma vez ao mês, ir à Crucilândia enfeitar o túmulo, cuja grade mandou colocar.  Ela também veio prestigiar o evento no Retiro Velho. Emocionada, relembrou a convivência com a “Virgem Manoelina” e o desejo de que a filha se chamasse   Manoelina ,   “mas meu marido escolheu Márcia”.

_ Manoelina curou a vista da minha irmã, Conceição Gonçalves Pinheiro e, até hoje ela enxerga melhor do que eu, lembrou D.Maria.   Sem ter vivido naquela época mas escutando os familiares comentarem, a jovem Graciana da Silva Xavier, 27 anos, residente em Piedade dos Gerais, se encantou com a história, “que inspira muita fé. Há algo de diferente em Manoelina. Deus deu a ela, uma pessoa de grande santidade, a oportunidade de fazer milagres”. Durante a celebração eucarística, Graciana, que é devota dela, pediu “para que interceda por todos nós“.

Texto e fotos: Jornalista Jurema Gervason

Emoção e Resgate: Multidão de fiéis participa de missa campal na casa onde nasceu Santa Manoelina dos Coqueiros

Fiéis se deleitaram com a água que jorrava de uma flor na mão direita da imagem/DIVULGAÇÃO

Uma missa campal na Fazenda Retiro Velho ,distante 12 km de Entre Rios de Minas, na casa onde nasceu Manoelina Maria de Jesus, a “Santa dos Coqueiros”, celebrada pelo padre José Geraldo, da Paróquia do Pereirinhas , da cidade vizinha de Desterro de Entre Rios, marcou a inauguração da estátua em homenagem à taumaturga, na tarde de sábado, dia 16.

A imagem de Manoelina foi esculpida em pedra-sabão pelo artesão David Fuzatto, de Cel. Xavier Chaves, inspirada no desenho do artista entrerriano Daditto.

A exemplo do que acontecia diariamente nos idos de 1930, uma multidão de fiéis (cerca de 350 pessoas), mais uma centena de veículos, se aglomeraram dentro da modesta casa e no seu entorno, para participar do evento que faz parte de um projeto que objetiva resgatar a história da “Santa de Coqueiros” como patrimônio cultural de Entre Rios, além de legitimar seu valioso trabalho assistencial de cura.

O Proprietário Maurilio de Oliveira Resende, de camisa branca, e sua esposa Claudia, se disseram felizes com a participação de centenas de pessoas no evento/DIVULGAÇÃO

A reabertura do local para visitação pública é desejo do proprietário Maurílio de Oliveira Resende , objetivando que “todos que aqui vierem possam beber da água , fazer suas orações e sentirem a paz deste lugar”.

O prefeito de Entre Rios de Minas, José Walter, prestigiou o evento que qualificou como “um momento de fé, bênção e intercessão de Sta Manoelina”. Agradeceu também a presença de todos e o trabalho dos organizadores

Texto: Jornalista Jurema Gervason

Veja fotos a seguir:

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Alto Maranhão comemora 300 anos de fé

Alto Maranhão comemora 300 anos de fé/Divulgação

No ano da comemoração dos 300 anos do surgimento da devoção à Nossa Senhora da Ajuda e da localidade do Alto Maranhão, a comunidade, em comunhão com as demais de Congonhas e de cidades vizinhas, realizam uma festa em homenagem à Padroeira para ficar na história. Até a próxima quarta (dia 15), quando acontecem o repicar de sinos, leilão, celebração de quatro missas (sendo a última às 15h) e descerramento do Mastro, a fé e a devoção regerão o cotidiano daquele povo.

A programação acontece, principalmente, em dois locais: as celebrações e a quermesse, coordenadas pela Paróquia de São José Operário, no Espaço Celebrativo da Comunidade, em frente à Igreja que leva o nome da Santa. Já na Igreja, bem histórico tombado pelo Município e o Estado, os turistas e visitantes poderão apreciar a criteriosa restauração, que trouxe de volta a beleza do monumento. Após os trabalhos a edificação, segundo especialistas e populares, se aproximou consideravelmente de sua condição original. A expectativa da comunidade e a de que, tão logo for concluída a instalação do Sistema de Combate a Pânico e Incêndio, prevista para o período de 90 dias, as celebrações voltem ao local.

Nos nove dias que antecedem o 15 de agosto, a comunidade do Alto Maranhão recebe religiosos de toda região para, juntos, expressarem sua devoção à Nossa Senhora d’Ajuda. O Grupo Rejam, da Melhor Idade do Alto Maranhão, presidido por Dona Cecília da Silva Gomes, é um dos que já marcou presença este ano. O grupo já participou da acolhida juntamente com a Sociedade São Vicente de Paulo na missa celebrada pelo Padre João Carlos Chini, cooperador da Paróquia Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto.

A participação do Grupo Rejam continua durante a festa. Os integrantes ajudarão nas missas e na quermesse, sempre após as atividades religiosas do dia. Integrar às festividades tornou-se motivo de satisfação para os membros do grupo que, por décadas, estiveram na novena, missas e cumpriram o cortejo da procissão. Pedro Sacramento Pinto é um deles. Desde criança nos festejos, agora ele é voluntário. “Quando se aproxima o período da festa, a gente começa a ficar entusiasmado. Aí conversamos com os colegas sobre os preparativos. Nesses dias de celebração, agradeço as graças alcançadas e peço paz e saúde para toda a comunidade”.

Dona Maria Rita Pinto também não perde uma novena. Ela já contribuiu como cozinheira e ministra da Eucaristia. “Agora venho para pedir e agradecer pelo bem das nossas vidas. Só lamento a mudança da procissão para o domingo, ao invés do 15 de agosto. Antes ela encerrava a festa”, lembra.

A devota Sebastiana Severa da Paixão é de família de pessoas que resgataram o Congado no Alto Maranhão, que é realizado de forma integrada à Festa de N. Sra. d’Ajuda. No adro da igreja, acontece o levantamento e descerramento dos mastros. “Por toda esta tradição e pelo nosso patrimônio tombado e outras relíquias, considero o Distrito merecedor de ser visitado por turistas, sejam eles religiosos ou não”, diz.

Origem

Fonte que deu origem à devoção a N. Sra. d’Ajuda/Divulgação

Segundo a professora e historiadora Maria da Paz, manuscritos do escrivão Joaquim Batista Pinto, datados de 1931, informam sobre a lenda dos irmãos João da Silva Redondo e José da Silva Redondo, que já moravam na região no início do século 18, procurando por fontes de água para o plantio de cana-de-açúcar e café. Enquanto buscavam, os irmãos portugueses pediam a interseção de Nossa Senhora d’Ajuda, já que trouxeram de Portugal a fé na Santa.

Quando encontraram a mina d’água, ao seu do lado estava a imagem da hoje padroeira do Distrito do Alto Maranhão. Dai em diante, começou-se a devoção na localidade e a peregrinação até o local da fonte. Ainda de acordo com relato do escrivão, os irmãos Redondo colocaram essa imagem em determinado local para construir uma capelinha, mas, para o espanto deles, a cada dia, esta se encontrava em um ponto diferente. Até que construíram a capelinha no terreno que fica próximo ao coreto, mas no sentido da saída para a sede de Congonhas. Esta imagem já não mais existe.

A historiadora, que é do Alto Maranhão, conta ainda ter registros de três milagres ocorridos na fonte. Os outros dizem respeito à cura de pessoas, também registrada pelo escrivão. Uma delas, ao passar pela fonte, se lembrou dos relatos sobre o poder milagroso de sua água que já havia corrido a região e se banhou, alcançando a cura de problemas nos olhos.

“A comunidade pretende comemorar este ano, os 300 anos de devoção no local, onde hoje está o Alto Maranhão, pelo fato de, na data  de  29 de março de 1718, ter sido expedida uma carta por Dom Pedro de Almeida[, o Conde de Assumar, então governador de São Paulo Capitania das Minas do Ouro, informando de ter tomado ciência da autorização da Sesmaria, da qual consta a compra de um sítio no local por um dos irmãos (Escritos Anônimos de Évora, Portugal). Cresci sabendo que a água da fonte era milagrosa, minha mãe mesma, quando alguém manifestava alguma enfermidade, sempre dizia para buscarmos uma garrafinha, dela. Meu pai, Geraldo Lucindo, que foi o proprietário do terreno, a encanou para a família e para as pessoas do Alto Maranhão, através de uma bica que fica do lado de fora do muro da casa dele”, lembra Maria da Paz.

Há anos a historiadora luta por uma maior valorização da Festa de N. Sra. d’Ajuda, que considera possível se transformar em Jubileu. “Aqui tem Igreja, que ficou muito bonita, tem a fonte que deu origem a essa devoção, as ruínas da cadeia e do Sobrado do Capitão Moreira, sendo estas duas últimas parte da história do Brasil”, cita.

Restauração

A Igreja de N. Sra. d’Ajuda encontrava-se em um processo de degradação muito avançado, com risco de desabamento, e não havia recursos para a restauração. Em 2009, o monumento sofria, inclusive com problemas estruturais. A primeira ação foi cuidar da consolidação das paredes e a troca de toda a madeira do telhado. Em seguida, foram recuperados os 25 quadros do teto da capela mor, os altares principal, laterais e colaterais e criado o sistema de drenagem em torno da igreja. Depois foram trocados o sistema elétrico, como o piso de alvenaria pelo de madeira, instalado para-raio e realizada a pintura de toda a Igreja, sendo que este ano houve a manutenção na pintura interna.  Atualmente, acontece a etapa de Instalação do Sistema de Combate a Incêndio e Pânico, que tornará a edificação a primeira da região a possuir reservatório de água e hidrante.

Sequência da programação

Dia 10 – sexta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral da Criança, AMODAM e Cenáculo

Participação: Nossa Senhora da Conceição (Matriz), Nossa Senhora do Rosário (Rosário e Alvorada), Nossa Senhora de Lourdes (Campinho) e (Primavera), Nossa Senhora das Graças e São Judas (Ribeirão do Eixo).

Dia 11 – Sábado

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Catequese e Grupo de Jovens

Participação: São Sebastião (Gagé), São José ( Três Barras) e Nossa Senhora da Luz (Barreira).

Dia 12 – Domingo

18 h – Solene Procissão luminosa, com a Imagem de Nossa Senhora da Ajuda, percorrendo as ruas da Comunidade.

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Equipe de Canto, Ministros e Coroinhas

Participação: São José Operário (Centro), Sant’Ana (Vila São Vicente), São João Batista (Boa Vista) e Dom Orione (Praça Bandeirantes).

Dia 13 – Segunda-feira

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral do Dízimo

Participação: Sto Antônio (Mineirinha), São Sebastião (Mota), Nossa Senhora da Conceição (Barnabé), Sagrada Família (Campo das Flores) e São Cristovão / Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Pires).

Dia 14 – terça-feira

Ladainha Festiva

09 h – Missa da Saúde, benção dos enfermos

19 h – Celebração Eucarística e Ladainha festiva

Acolhida: Terço das Mulheres

Participação: Todos os devotos

Dia 15 – quarta- feira

06 h – Repicar dos sinos

7h , 9h, 11h e 15 h – Missas solenes em honra a Nossa Senhora da Ajuda

13 h – Leilões

Após a celebração das 15h, descerramento do Mastro e encerramento da Festa.

300 anos de história: começa hoje a tradicional Festa de Nossa Senhora da Ajuda

Tradicionalmente fiéis lotam o distrito do Alto Maranhão para celebrar a festa da padroeira local/Arquivo

Começou hoje uma das mais tradicionais festas religiosas de Minas com a novena de Nossa Senhora da Ajuda, no Alto Maranhão, em Congonhas. O histórico distrito está perto de comemorar 300 anos de fundação.

A festa termina no dia 15 com leilão, repicar de sinos, celebração das 15h e descerramento do Mastro quando fies toma as ruas da localidade em uma grande celebração que expressa a fé popular.

Alto Maranhão – 06 a 15 de agosto de 2018

Dia 06 – segunda-feira

18 h –  Saída da Bandeira: Rua Dr. José Theodoro da Cunha, nº 130

Mordomo: Gabriel de Freitas Paula

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Terço dos Homens

Participação: São Geraldo (Dom Oscar), Santa Luzia (Residencial), Santa Quitéria ( Santa Quitéria), Santa Isabel (Caetano Lopes), Sesmaria de Jeceaba e Maria Concebida (Esmeril).

Dia 07 – terça-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Grupo de reflexão e Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Participação: Mãe da Igreja (Jardim Profeta), Santa Mônica (Santa Mônica) e Nossa Senhora da Soledade (Lobo Leite).

Dia 08 – quarta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Sociedade São Vicente de Paulo e melhor Idade

Participação: São Brás (São Brás do Suaçuí), São Sebastião (Pequeri) e Nossa Senhora de Fátima (Mato Dentro e Caeté).

Dia 09 – quinta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral Familiar e Pastoral Batismo

Participação: São Judas Tadeu (Vila Cardoso), Nossa Senhora Aparecida ( Vila Marques), Santa Rita de Cássia (São Luiz) e Santo Antônio (Joaquim Murtinho).

Dia 10 – sexta-feira

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral da Criança, AMODAM e Cenáculo

Participação: Nossa Senhora da Conceição (Matriz), Nossa Senhora do Rosário (Rosário e Alvorada), Nossa Senhora de Lourdes (Campinho) e (Primavera), Nossa Senhora das Graças e São Judas (Ribeirão do Eixo).

Dia 11 – Sábado

18 h – Recitação do terço

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Catequese e Grupo de Jovens

Participação: São Sebastião (Gagé), São José ( Três Barras) e Nossa Senhora da Luz (Barreira).

Dia 12 – Domingo

18 h – Solene Procissão luminosa, com a Imagem de Nossa Senhora da Ajuda, percorrendo as ruas da Comunidade.

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Equipe de Canto, Ministros e Coroinhas

Participação: São José Operário (Centro), Sant’Ana (Vila São Vicente), São João Batista (Boa Vista) e Dom Orione (Praça Bandeirantes).

Dia 13 – Segunda-feira

19 h – Celebração Eucarística

Acolhida: Pastoral do Dízimo

Participação: Sto Antônio (Mineirinha), São Sebastião (Mota), Nossa Senhora da Conceição (Barnabé), Sagrada Família (Campo das Flores) e São Cristovão / Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Pires).

Dia 14 – terça-feira

Ladainha Festiva

09 h – Missa da Saúde, benção dos enfermos

19 h – Celebração Eucarística e Ladainha festiva

Acolhida: Terço das Mulheres

Participação: Todos os devotos

Dia 15 – quarta- feira

06 h – Repicar dos sinos

7h , 9h, 11h e 15 h – Missas solenes em honra a Nossa Senhora da Ajuda

13 h – Leilões

Após a celebração das 15h, descerramento do Mastro e encerramento da Festa.

Semana Santa em Congonhas: palco de Fé, Emoção e Arte

Semana Santa em Congonhas: palco de Fé, Emoção e Arte/Divulgação

Vai começar uma das celebrações mais populares do Brasil: de 25 de março a 1º de abril, em Congonhas (MG), os fieis são convidados a vivenciar todo o clima de fé, devoção e reflexão, revivendo o caminho de Cristo, da chegada a Jerusalém até o Calvário e a Ressurreição. Por uma semana, o cenário do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, “Patrimônio Cultural da Humanidade”, torna-se o palco para que artistas locais encenem Passagens Bíblicas do Novo ao Velho Testamento.

As celebrações, sermões e procissões se estendem também por todo o eixo histórico, que liga as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário, Matriz de N. Sra. da Conceição, Matriz de São José Operário e a Basílica, que, juntas, representam a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. As demais comunidades destas paróquias como as da Mãe da Igreja, do Jardim Profeta, igualmente participam deste período especial para os católicos. As novidades este ano ficam por conta da nova iluminação das Ladeiras e a maior valorização da Igreja de São José Operário.

A Prefeitura apoia o evento por ser de grande importância cultural e por envolver boa parte da população, além de fomentar o turismo e consequentemente o comércio. Mais de 1mil pessoas contribuem de para a realização da Semana Santa, entre voluntários, irmandades, festeiros, religiosos e servidores de diversas Secretarias, tais como Cultura, Obras e Gestão Urbana.

Congonhas: Cenário de Tradição e Fé

Diante de um Monumento da Humanidade, o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, onde Aleijadinho esculpiu as “Cenas da Paixão de Cristo”, centenas de artistas, figurantes e anônimos, se encontram. O objetivo é um só: reviver, à luz dos novos tempos, a mensagem de fé e devoção, imortalizada pela trajetória de Jesus Cristo na Terra.

No palco instalado em frente à Basílica de Bom Jesus de Matosinhos, são encenadas as Passagens Bíblicas e realizadas parte das celebrações e Sermões. A encenação conta com participação de cerca de 60 atores, além de outras dezenas de figurantes.

Como o tema da Campanha da Fraternidade este ano é “Fraternidade e Superação da Violência”, as cenas serão mais intensas. “A população de Congonhas tem na Semana Santa uma das celebrações de que mais gosta. Por isso precisamos ousar, respeitando a tradição. Modificamos, ano a ano, o texto das encenações porque, se permanecer inalterado, ele não chama a atenção, mas preservamos a história de Jesus, que é uma só”, explica o responsável pela direção cênica do espetáculo, José Félix Junqueira, o Zezeca.

Segundo ele, um ano fazemos o Cristo mais conciliador e pacificador, em outro, ele se apresenta mais forte. “Desta vez haverá uma cena do Velho Testamento em que Abraão tem sua fé testada por Deus, que ordena a ele que sacrifique seu filho. A peça estabelecerá relação entre esta passagem e a do Novo Testamento em quem o Filho de Deus morre para salvar a humanidade”, adianta Zezeca.

Figurinos

O figurado Bíblico que acompanha as procissões é composto por mais de 200 pessoas, representando desde Adão e Eva, passando pelo Velho Testamento, até chegar ao Novo e culminando com a figura de Jesus Cristo. Servidores e voluntários sempre fazem adaptações no figurino das personagens bíblicas, levando em consideração a Campanha da Fraternidade daquele ano.

Quando o tema esteve ligado à misericórdia, toda indumentária foi branca. Nos anos seguintes, passou a ser aproveitada na Procissão do Triunfo de Nossa Senhora, do Domingo da Ressurreição à noite, em que aparecem os personagens do Novo Testamento e que foi resgatada pelo Padre Paulinho anos atrás. Este ano, como o tema está mais ligado a ações e atitudes, foram feitos basicamente reparos e pequenas adaptações.

Há outros figurinos fixos e, entre estes, um que se tornou outro elemento diferencial a celebração realizada na Cidade dos Profetas: a versão em tecido das vestes utilizadas por Aleijadinho na produção das imagens em cedro que compõem as sete cenas da Paixão de Cristo e que se encontram nas seis Capelas no Jardim dos Passos e dos 12 Profetas do adro da Basílica, também situado no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Um outro figurino é formado por peças de mais de 50 anos, de autoria de Tia Vick, Tia Mimi, Tia Ana e Wilson Ribeiro.

Qualificação

A Semana Santa em Congonhas abre inúmeras oportunidades para qualificação da economia criativa local. Para produzir o evento são realizadas diversas oficinas de teatro na Casa da Semana Santa, espaço localizado no antigo prédio da Rádio Congonhas, ao lado da Basílica. Lá são confeccionados e conservados os figurinos e cenários. O evento é oportunidade ainda para formação de núcleos de atores, entre adultos, crianças e idosos, a fim de prepará-los para as encenações. Simultaneamente acontecem oficinas de adereços, cenários e figurinos.

Momento de Reflexão

O pároco da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Padre Paulo Barbosa, é um dos principais responsáveis pela mensagem de fé e devoção, simbolizada na Semana Santa de Congonhas. Na entrevista a seguir, ele revela detalhes dos preparativos, do tema da Campanha da Fraternidade, e ainda do espírito de fé que marca esta época do ano em Congonhas:

 

Os temas da Campanha da Fraternidade, inicialmente, contemplaram mais aspectos ligados à religiosidade. Ultimamente eles abordam questões como a injustiça, exclusão e este ano a violência. Como a Semana Santa de Congonhas tratará este tema?

Padre Paulinho – A Igreja escolheu o tema “Fraternidade e Superação da Violência”, porque o Brasil sofre com a violência racial, em família, na escola, contra a mulher, genocídio, ameaças como aborto, desemprego e situação econômica. A superação da violência virá pelos caminhos da fraternidade: a cultura da paz, do perdão, da reconciliação, do ponto de vista social e político com a produção de políticas públicas para melhoria das escolas, da cultura, do meio ambiente. Todos os temas que constam do programa, desde o Domingo de Ramos até o Domingo da Páscoa, estão relacionados à superação da violência. Pedimos aos responsáveis pelas encenações que eles sejam abordados. Na Igreja, a liturgia e os sermões também tratarão da Campanha da Fraternidade. É preciso que durante a Semana Santa tratemos do aspecto tradicional como da realidade atual, trabalhando a cultura da paz. O Jesus Cristo que morreu no passado continua vivo hoje na luta, na batalha do dia a dia de todos que acreditam no ideal deste Reino, que tem como prioridade a justiça, a paz, a fraternidade e a solidariedade.

Por que este ano as procissões do Cristo Fragelado na Segunda-feira Santa e a que conduzirá a imagem de Nosssa Senhora das Dores, na quarta-feira, terminarão na Igreja de São José Operário, situada na Ladeira Bom Jesus?

Padre Paulinho – A nossa programação é conjunta entre a Paróquia de N. Sra. da Conceição e  a de São José Operário e percebemos que, nos últimos anos, esta última ficava em segundo plano, então é importante conjugarmos esta comunhão entre as paróquias que realizam a Semana Santa. Não se perde o cenário do Bom Jesus, porque lá acontecerão vários momentos como o início do Domingo de Ramos, o início da Procissão do Encontro, o Lava Pés, a encenação da Condenação, Paixão e Morte de Cristo e a Bênção do Santíssimo Sacramento. Na segunda-feira, após a procissão, haverá o Sermão do Pretório na Igreja de São José Operário e as pessoas poderão se sentar e refletir sobre todo o processo que levou Jesus a Cruz. Na quarta-feira, Dia de N. Sra. das Dores, novamente valorizaremos à Igreja de São José, que há pouco completou 200 anos.

As especificidades do acervo arquitetônico, cultural e religioso de Congonhas, com a Igreja do Rosário, construída por escravos; a Matriz de N. Sra. da Conceição, que possui a maior nave barroca sem coluna do Brasil; a Igreja de São José Operário, que está entre os últimos templos católicos edificados em estilo Rococó; e a Basílica do Bom Jesus, que atrai milhares de romeiros a Congonhas e é considerada Patrimônio Mundial, representando juntas a Sagrada Família, torna esta Semana Santa diferente das realizadas em outras cidades?

O cenário de Congonhas já é por si só religiosamente preparado, não apenas para uma encenação, mas para a religiosidade, para que os fiéis rezem e possam se dedicar a Deus. Por isso milhares de fieis das diversas comunidades de Congonhas e até de outras cidades participam de nossa Semana Santa.

Que mensagem o senhor quer passar para o católico, dias antes de começar a Semana Santa?

Padre Paulinho – Fazemos uma convocação cristã para a maior semana do ano, não cronologicamente, mas com relação ao tempo da qualidade da fé, do Kairós, que é o tempo de Deus, para refletir, rezar, buscar a conversão, pensar na própria vida, em amar o outro, superar as violências como os preconceitos. Que a Semana Santa sirva para a gente se encontrar consigo mesmo, com o outro na comunhão, no encontro com o Pai, tendo Maria Santíssima nos ajudando tanto a carregar a cruz, mas também a viver a ressurreição da vida nova. Convidamos todos para essa belíssima Semana Santa de Congonhas.

Enquanto Padre Paulinho encerrava a última resposta da entrevista, os sinos da Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição cumpriam propósito parecido com o das palavras do vigário: chamar o povo, mas para o período do Setenário das Dores, que antecede à Semana Santa.

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