Prestes a perder agência da receita federal, Mário Marcus pede intervenção e apoios de prefeitos da região

O Prefeito de Lafaiete Mário Marcus (DEM) participou hoje, em Queluzito, da primeira reunião entre as AMALPA (Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paraopeba), AMMA (Associação dos Municípios da Microrregião da Mantiqueira) e AMVER (Associação dos Municípios da Microrregião dos Campos Vertentes), classificado como “Encontro Histórico”.

Prefeito Mário Marcus alertou sobre possibilidade de fechamento da agência da Receita Federal/ CORREIO DE MINAS

Ao discursar para a plateia, Mário fez um apelo e entregou uma carta reivindicando a ampliação dos serviços da agência da Receita Federal. Sem a presença anunciada do Senador Rodrigo Pacheco para o qual o pedido seria entregue, o prefeito encaminhou a solicitação diretamente ao Governo Federal através coordenação do encontro.

Mário denunciou o esvaziamento da agência e até mesmo cogitou seu fechamento. “A agência da receita federal em Lafaiete atende 19 municípios, porém temos somente 3 funcionários. Hoje são realizados apenas o serviço de expedição de CPF e protocolo de documentos. Não são mais feitos os serviços de regularização de construções. Lafaiete e a região não podem perder a agência principalmente pela importância deste órgão na economia de nossas cidades. Este é o apelo que faço aqui aos nossos prefeitos, vereadores e todas as lideranças que se unam a nós nesta empreitada para reativar os serviços prestados pela Receita Federal”, assinalou Mário Marcus.

Segundo informações colhidas por nossa reportagem o sucateamento da agência ocorreu desde o início deste ano, com corte de pessoal. Assim ela funciona apenas como protocolo e os serviços são executados em Belo Horizonte impactando diretamente na economia da cidade com atraso na regularização de imóveis e construções. Por exemplo, a certidão Negativa de Débitos (CND) chega a demorar até 6 meses para a emissão.

Em tom de desabafo, Presidente anuncia possibilidade de fechamento do Hospital São Camilo; médicos procuram a direção para assumir instituição

Direção do São Camilo criticou desestruturração da saúde nos últimos meses e cobrou atenção do poder público

Assim que foi aprovada, por unanimidade, pelo Conselho de Saúde, a prestação de contas de um convênio no valor de R$50 mil, provenientes de emenda parlamentar, a Presidente do Hospital São Camilo, Filomena Cardoso, “Filó”, fez um desabafo informando que a instituição pode fechar suas portas. A revelação foi feita na noite do último dia 7, em reunião na Casa dos Conselhos. A principal queixa foi a ausência de recursos financeiros.

Muito abalada, Filó desabafou: “Estamos procurando formas de evitar o encerramento das atividades do Hospital, pois sabemos que será uma perda muito grande para a população de Lafaiete e região”, obvservou.

Filó fez um desabafo acenado a possibilidade de fechamento do São Camilo

A presidente enfatizou que as finanças sempre foram deficitárias, culpando diretamente a defasagem dos serviços pagos pelo SUS, pois a tabela aplicada não sofre reajuste há quase 30 anos. E prosseguiu: “Sempre trabalhamos no vermelho. Não há como manter o hospital nestas condições. Dependemos diariamente de ajuda para tentar equilibrar o orçamento. Chega uma hora em que a gente não mais suporta a carga”, assinalou, esclarecendo que 90%  dos atendimentos do São Camilo são advindos do SUS.

Ela comentou que a situação piorou nos últimos meses, segundo ela, com a desestruturação do sistema municipal de saúde, acrescentando: “Espero que, com a nova gestão da Secretaria de Saúde, as instituições recebam a devida atenção do Poder Público.”

Por fim, informou ainda que uma equipe de médicos considera a hipótese de assumir a direção do Hospital e que uma reunião deverá acontecer na próxima semana entre o Conselho Municipal, a Secretaria de Saúde e o possível grupo que pretende assumir o São Camilo.

Com o fechamento da Associação, as comunidades lafaietense e regional perderão uma referência em atendimento à população mais carente, aumentando ainda mais a necessidade de suprir a lacuna no setor de saúde da região. “A atual direção, após décadas à frente do Hospital, sente que já cumpriu sua missão”, finalizou Filó.

 

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Vereadores defendem ação para evitar fechamento do São Camilo

A possibilidade de fechamento do Hospital São Camilo, assunto que mobilizou a semana em Lafaiete, voltou ao radar dos vereadores a sessão de ontem à noite. “È um absurdo afirmar que nós vereadores somos responsáveis pelo fechamento do São Camilo”, desabafou Pé Quente ao criticar um programa de rádio que ventilou a tese. “Precisamos unir a Câmara, o Executivo e não deixar que uma instituição, que não de toda a região, feche suas portas. Precisamos mobilizar todas as cidades”, defendeu André Menezes (PP).

O Vereador Divino Pereira (PSL)  confirmou que nossa reportagem que ouviu de uma funcionário do São Camilo de que o hospital estaria m99,9% de chance de fechar. “Não vou deixar isso acontecer. Lafaiete não pode deixar que esta tragédia ocorra. Será uma vergonha para todos nós. Este hospital é que atende o mais pobre”, afirmou.

Ele disse que está em contato com diversos empresários locais quando agendará uma reunião para buscar alternativas viáveis para reerguer o hospital. Ele disse que pretende mobilizar a região em torno da causa do hospital.

Leia também: Diante da possibilidade de fechamento do Hospital São Camilo, vereadores buscam mobilização e provedora reconhece situação de penúria

Diante da possibilidade de fechamento do Hospital São Camilo, vereadores buscam mobilização e provedora reconhece situação de penúria

Segundo Divino Pereira, crise financeira faz com que 99,99% seja

a chance da instituição encerrar suas atividades

O Hospital São Camilo foi o principal tema dos debates entre os vereadores na sessão da Câmara na noite de ontem, dia 9.  Coube ao Vereador Divino Pereira (PSL) tocar na ferida sobre a precária situação financeira vivenciada pela instituição. Ele denunciou na Tribuna que o hospital vai fechar suas portas, encerrar suas atividades e lançou um desafio a sociedade lafaietense na busca de uma solução de sustentabilidade. “Estou preocupado com a situação que tomei conhecimento nestes dias de que o Hospital São Camilo está perto de fechar suas portas. Se acontecer será revoltante e vergonhoso para todos nós, principalmente os políticos. Seja pobre ou rico, ele atende”, afirmou.

Vereadores alertam sobre a real possibilidade do fechamento do São Camilo

Divino antecipou que a semana que vai procurar um deputado na busca de uma emenda parlamentar para socorrer o hospital. “Dia 15 vou a Belo Horizonte em busca destes recursos. Temos que os unir, nós os vereadores, o prefeito e o secretário de saúde. Que cada vereador procure seu deputado para ajudar o São Camilo. 99,99% é para fechar”, alertou.

Sandro José sugeriu que os idosos sejam atendidos diretamente no São Camilo, ao inés da triagem na policlínica

Em seu discurso, o Vereador Sandro José (PSDB) sugeriu que, a exemplo do São Vicente, se adotasse também o programa de portas abertas. “Deveriam fazer como o Hospital São Vicente quando as crianças não precisam passar pela triagem do pronto socorro. Porque não iniciam os atendimentos dos nossos idosos diretamente no São Camilo? Que

façam isso também nos outros hospitais desafogando a policlínica. Toda a sociedade lafaietense reconhece com elogios o atendimento no São Camilo”, ressaltou.

Situação difícil

Em conversa com a provedora do Hospital São Camilo,Filomena Cardoso, carinhosamente conhecida como Filó, que há mais de 30 anos comanda a entidade, ela reconheceu como muito preocupante a situação financeira. O hospital vem acumulado sucessivos déficits, em função de que desde janeiro houve uma queda acentuada no número de atendimentos do SUS.

O outro lado

Os hospitais da cidade não pertencem à prefeitura, eles não são públicos, mas particulares, tendo o SUS como um dos conveniados. A administração dos hospitais não é feita pela prefeitura, eles tem corpo administrativo que não é composto por servidores da prefeitura, mas por servidores dos hospitais (pagos por eles). a Secretaria Municipal de Saúde repassa as verbas referentes aos serviços prestados para o SUS.” 

Diz a nota enviada a nosso jornal.

 

Para Sindicato Vale age de maneira desrespeitosa e irresponsável e fechamento de minas pode afetar mais de 20 mil pessoas na região

Três dias após rompimento da barragem no Córrego do Feijão, em Brumadinho, a Vale anunciou a desativação de 19 barragens em Minas, entre as quais duas em Ouro Preto e Mina de Fábrica em Congonhas.

Rafael Ávila em assembleia com trabalhadores da Mina de Fábrica pós ocorrido em Brumadinho/Reprodução

A medida deve afetar mais 10 mil trabalhadores, entre os quais 2 mil em Congonhas. Cada demissão de operário da mineração afeta, em média, outras 10 pessoas na região daquele demitido, o que significa que fechamento da Mina deve afetar 20 mil pessoas em Congonhas.

O Sindicato Metabase Inconfidentes que abrange Congonhas, Ouro Preto e outras cidades já um pauta de negociação com a Vale cuja reunião ocorrerá no dia 11. O sindicato alega que a mineradora ainda não comunicou nenhuma das medidas adotadas. “Vale desconta nas costas dos trabalhadores o crime cometido pela alta chefia em Brumadinho”, disse em entrevista exclusiva, Rafael Ávila, mais conhecido como Duda, diretor presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes.

Dias após a tragédia da Vale, o sindicato fez uma paralisação na Mina de Fábrica em solidariedade aos trabalhadores e comunidade de Brumadinho. 

  1. Como o sindicato analisa a decisão da Vale de desativar as barragens?

A Vale, de maneira desrespeitosa e irresponsável, não oficializou ao sindicato nenhuma decisão. A informação que possuímos é aquela que circula na grande mídia. Para a imprensa nacional, o presidente da Vale disse que irá esvaziar barragens e “reflorestar” a área e que, para isso, paralisará as operações em diversas minas, Mina de Fábrica (Congonhas) é uma delas.

Mais uma vez, se trata da Vale seguindo o manual da covardia das grandes empresas e descontando nas costas dos trabalhadores o crime cometido pelos altos executivos, pela alta chefia, pelos acionistas da mineradora e pelos governos que foram coniventes com as práticas da empresa, que lamentavelmente assassinou outros tantos trabalhadores e trabalhadoras.

Nosso sindicato está totalmente de acordo de que é necessário descomissionar as barragens, principalmente aquelas que possuem estruturas semelhantes às de Brumadinho e Mariana (Samarco). No entanto, para isso a Vale não deve e não precisa descontar no emprego de seus trabalhadores. Ao contrário disso, se a preocupação da empresa fosse realmente o bem estar das comunidades e de seus funcionários, o ato de mudar parte do processo produtivo deveria gerar mais empregos, não o contrário.

Em um trimestre, a empresa tem, em média, cinco bilhões de reais de lucro, tudo isso às custas do trabalho de cada um e cada uma que todo dia bate cartão. Agora, que os “manda-chuvas” da Vale cometeram um verdadeiro crime, querem que estes mesmos trabalhadores, que tanto fizeram pela produção de minério, paguem pelo processo de mudança que a mineradora já deveria ter feito há anos.

  1. Quantas pessoas afetadas na região e em Congonhas? Ao que parece, a nossa região será diretamente afetada com o fechamento das minas em Itabirito, Congonhas e Ouro Preto.
Trabalhadores da Mina de Fábrica promoveram um ato de solidariedade às vítimas em Brumadinho/Reprodução

Ainda não temos dimensão do número de afetados, já que, como dissemos, a empresa não oficializou nenhuma informação junto ao nosso sindicato. Segundo a imprensa local, cerca de dois mil trabalhadores serão afetados. Se os números forem estes, isso pode significar aproximadamente 10 mil pessoas afetadas, se considerarmos as famílias. Isso sem contar o impacto nos serviços públicos oferecidos pelos municípios dependentes da mineração e no comércio regional. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), cada demissão de operário da mineração afeta, em média, outras 10 pessoas na região daquele demitido.

  1. Quais as movimentações do sindicato em defender o emprego dos trabalhadores?

Em relação à defesa do emprego, mais especificamente, estamos tomando iniciativas no sentido de ir ao Ministério Público do Trabalho para buscar medidas jurídicas que garantam a estabilidade no emprego para os trabalhadores e trabalhadoras.

Sindicato busca diálogo com a mineradora e no dia 11 acontece reunião com diretoria/Reprodução

Sobre a situação como um todo, logo no dia seguinte ao ocorrido em Brumadinho, nosso sindicato, junto ao Metabase Itabira, convocou e participou de uma reunião com outros sindicatos, movimentos e ativistas de toda a região e até mesmo de fora do estado para montar uma pauta de lutas conjuntas. Entre essas lutas, está a defesa do emprego.

Também estivemos na cidade de Brumadinho para prestar solidariedade e auxílio às vítimas, tentando também transformar o luto em luta. Em Mina de Fábrica, fizemos uma paralisação em solidariedade aos trabalhadores, trabalhadoras e comunidade de Brumadinho e também dialogamos com a categoria sobre os desafios de nossa classe.

Como maneira de tentar obter algum tipo de informação oficial para elucidar nossos próximos passos, solicitamos uma reunião com a Vale. Essa reunião ocorrerá no próximo dia 11. Esperamos que a empresa tenha o mínimo de responsabilidade e leve a vida dos trabalhadores mais a sério, oficializando informações concretas.

Infelizmente, as posturas que a Vale e as grandes empresas no geral adotam não nos passa confiança nem credibilidade. Por este motivo, entendemos que a mobilização da classe trabalhadora é o caminho para que a justiça seja feita, a vida seja respeitada e o emprego seja mantido. O Sindicato Metabase Inconfidentes está a serviço principalmente desta tarefa.

  1. Porque a Vale não adequa as minas dentro da legislação em termos de segurança, ao invés de penalizar os trabalhadores?
Paralisação da Mina de Fábrica mobilizou trabalhadores entorno de seus direitos/Reprodução

A mineração é fundamental para a sociedade. No entanto, da maneira como é feita hoje, ela não está a serviço da sociedade, nem da vida, nem da geração de empregos. A lógica de grandes empresas como a Vale é a de produzir de maneira desenfreada, sem se preocupar com segurança do trabalho, vida e meio ambiente. Para os grandes patrões e acionistas, tudo se trata de números: Se bateu recorde de produção de minério, se as ações da empresa subiram na bolsa de valores… O mais importante fica secundarizado, que é o atendimento à sociedade, o cuidado com a vida, a segurança e o meio ambiente.

Por essa lógica, toda vez que “a corda arrebenta”, empresas como a Vale querem fazer os trabalhadores e comunidades pagarem pelo problema que a própria empresa gerou. Isso é ainda mais cruel porque estamos vendo que a empresa não só está desrespeitando as vítimas de Brumadinho, como também se aproveita da comoção nacional para argumentar que terá que penalizar trabalhadores de várias outras unidades, quando na verdade a preocupação da empresa é a de reduzir impactos em seus números, não o de preservar aqueles que produzem toda a sua riqueza, que são os trabalhadores.

  1. A Vale já fez algum anúncio ao sindicato?

Irresponsavelmente, não foi feito nenhum anúncio oficial ao Sindicato. Há uma reunião com a empresa marcada para o dia 11/02, solicitada por nossa entidade. No entanto, não sabemos se a empresa oficializará algum tipo de informação a respeito.

  1. Qual a solução pra toda essa situação que se iniciou com o rompimento da barragem em Brumadinho?

Infelizmente, essa situação não se iniciou em Brumadinho. Desde 2001, são sete rompimentos de barragem. Estão transformando nossos locais de trabalho em covas coletivas.

Sindicato criticou Vale e alegou que trabalhadores não foram oficializados sobre desativação de barragens/Reprodução

Achamos que é necessário um outro modelo de mineração, que esteja mais preocupado com os empregos, com as pessoas, com o meio ambiente, com a diversificação da economia das regiões mineradoras e não com recordes de produção, escaladas na bolsa de valores e resultados no mercado para engravatados comemorarem.

No entanto, não temos ilusão de que isso irá acontecer por qualquer bondade de grandes empresários, acionistas ou políticos corruptos, que lucram com o nosso suor e sangue e os de nossos irmãos. Para que a mineração seja de fato da sociedade, empresas como a Vale a CSN precisam ser estatizadas, mas não nas mãos destes governos, já que todos eles, os anteriores e o atual, já se provaram corruptos e marionetes dos ricos e grandes empresários.

Precisamos de uma mineração estatizada sob controle dos trabalhadores e das comunidades, que esteja preocupada em produzir aquilo que seja necessário para o bem estar e riqueza social. Acreditamos que o caminho para isso é a mobilização da classe trabalhadora e de toda a população. Não é o caminho mais fácil, mas nos parece o único que realmente pode responder à necessidade das cidades e das pessoas, que são, ao mesmo tempo, o emprego, a segurança e a preservação da vida e do meio ambiente.

Zelinho diz que desativação de Mina de Fábrica será desastre para Congonhas; Cidade pode perder R$15 milhões e 2 mil empregos

Para Zelinho, fechamento de Mina de Fábrica provocará um desastre na economia de Congonhas/Reprodução

Os 13 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos de minério de ferro que escorreram após o rompimento de um empreendimento Vale em Brumadinho atiçou a insegurança da população da Cidade dos Profetas em torno da barragem de Casa de Pedra, a maior barragem da América em área urbana. A tragédia inflamou Congonhas, sua população está em pavorosa e surgem diversos movimentos para suspender a atividade da barragem.

Além dos riscos, a cidade, onde mais de 60% da população dependente da mineração, vive um dilema da possibilidade de desativação da Mina de Fábrica, antiga Ferteco. A Vale anunciou que descomissionará 19 barragens e uma delas é a de Congonhas.

A decisão afetará ao menos 2 mil trabalhadores e  atingirá a economia da cidade, totalmente dependente do minério de ferro. Durante um programa de Rádio, hoje em Belo Horizonte, o prefeito Zelinho reconheceu que a barragem provoca medo, mas recordou que estudos recentes atestam sua estabilidade. Ele questionou autorização do governo do Estado que permitiu, há 30 anos atrás, a construção da barragem. “Foi um absurdo. Diferente de Brumadinho e Mariana, ela foi construída a jusante com técnicas mais modernas, mas dá medo”, assinalou, afirmando que a CSN já iniciou o processo de disposição dos rejeitos a seco. “ A mineradora já anunciou que o tratamento dos rejeitos será pelo processo a seco e vai descomissionar a barragem”, afirmou

Economia de Congonhas é dependente da produção de minério de ferro/Sandoval Souza

O prefeito fez um apelo ao Governador Zema (NOVO) para que ele interceda junto a direção da Vale para que ela não desative a mina de Fábrica em Congonhas. “O descomissionamento leva até 5 anos.  A mineradora pode promover as adequações técnicas que aumentem a segurança e ao mesmo tempo manter a produção. Parar a atividade é uma atitude radical que será nociva a Minas e Congonhas”,avaliou.

Segundo ele, com a paralisação das atividades de Fábrica, Congonhas vai perder cerca de R$ 15 milhões em arrecadação. “Será um prejuízo e um desastre para nossa economia. A Vale pode muito bem manter a mina e promover mudanças que assegurem a estabilidade. Belo Vale, Itabirito, Nova Lima serão atingidas duramente. Somente com a notícia de fechar minas as ações da Vale subiram na Bolsa e ela recuperou o prejuízo. Ela tem de rever caso a caso a situação. Faço aqui uma apelo ao Governador Zema pela sustentabilidade de Minas e de diversas cidades que dependem do minério”, cobrou Zelinho. “Nossa cidade vive do minério, 60% da população está empregada nas mineradoras e todos os nossos cursos técnicos são voltados para a mineração. Temos investido no potencial do turismo, mas são lentos os resultados. Vamos cobrar do futuro ministro do turismo mais investimentos nas cidades históricas. O governo federal só divulga o turismo de praia e do Nordeste”, criticou.

 

Vale vai desativar produção de Mina de Fábrica em Congonhas e afetará 2 mil trabalhadores

Cerca de 2 mil trabalhadores serão afetados com decisão da Vale de desativar barragem/Reprodução

A Vale anunciou seu plano para descomissionar todas as suas barragens em Minas construídas pelo método de alteamento a montante como as de Mariana e Brumadinho.

Do total de 19 barragens, nove já passaram por esse processo, segundo a multinacional, restando dez em todo o Estado. Destas, , grande parte delas situados na região como Congonhas, Ouro Preto, Mariana.

O processo de descomissionamento, que significa devolver a barragem à natureza, vai demora de 1 a 3 anos. O custo para a desativação das estruturas será de R$5 bilhões.  As barragens serão esvaziadas, tampadas ou devolvidas à natureza em um processo de reflorestamento,

Os projetos estão prontos e serão enviados aos órgãos responsáveis nos próximos 45 dias.

A paralisação vai gerar um impacto de 40 milhões de toneladas por ano na produção da Vale, algo em torno de 10% da produção total da mineradora. Cinco mil funcionários da empresa em Minas serão realocados para outras seções da empresa, na tentativa de diminuir o quadro de demissões.

Para a realização das obras de descomissionamento das barragens a montante com segurança e agilidade, a Vale paralisará temporariamente a produção das unidades onde as estruturas estão localizadas, a saber: as operações de Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato e Tamanduá, no complexo Vargem Grande, e as operações de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, no complexo Paraopebas, incluindo também a paralisação das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande. As operações nas unidades paralisadas serão retomadas à medida que forem concluídos os descomissionamentos.

A Mina de Fábrica, ex Ferteco, possuiu cerca de 2 mil funcionários entre diretos e indiretos.

Caminhão roubado é apreendido a BR 040 e bandidos fogem; fechamento do posto da PRF em Congonhas é questão de tempo

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Congonhas interceptaram, hoje no início da tarde, um caminhão M.BENZ/L 1620 Placa LKL-2988 que havia sido furtado em Além Paraíba, quando ele passava em frente à UOP (Unidade Operacional) Posto Policial no km 606.

Caminhão interceptado pela Polícia Rodoviária em Congonhas

Conforme informações,  o veículo trafegava pela BR-040, sentido a Belo Horizonte, e quando recebeu ordem de parada os dois ocupantes abandonaram o caminhão e empreenderam fuga a pé pelas ruas do Bairro Campo das Flores, não sendo possível a sua captura. O veículo foi recuperado e encaminhado juntamente com o Boletim de Ocorrência para a Polícia Civil de Congonhas para as providencias subsequentes.

 Fechamento do posto em Congonhas é questão de tempo

 Conforme resposta da Superintendência da PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao Ofício da Câmara Municipal de São Brás do Suaçuí, é dado como certo o fechamento e a transferência do Posto em de Congonhas.

Veja a íntegra do ofício:

 

  1. Em atenção ao Memorando 2930 (15889169), que solicita informações sobre a desativação da Unidade Operacional de Congonhas/MG (UOP-Congonhas), a fim de subsidiar resposta da Direção-Geral ao demandante, passo a expor:
  2. O trecho da BR 040 compreendido entre o km 592 (município de Congonhas/MG) e a divisa do Estado de Minas Gerais com o Estado do Rio de Janeiro constitui a circunscrição da 5.ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (DEL05-MG), com sede em Juiz de Fora/MG.
  3. A UOP de Congonhas/MG (km 606) dista 160 (cento e sessenta) quilômetros da UOPde Juiz de Fora/MG (km 766) e 52 (cinquenta e dois) quilômetros da UOP de Nova Lima/MG (km 554), o que representa uma grande discrepância na distribuição de UOP pelo trecho da BR 040. A transferência daquela UOP para o município de Carandaí/MG (km 664) corrigiria esta distorção, considerando sua posição quase equidistante em relação às demais UOP.

    Posto da PRF deve ser desativado em breve
  4. Junte-se a isso o fato de que, em razão da idade do imóvel, a UOP de Congonhas/MG se tornou obsoleta para o trabalho operacional. Ademais, por força do contrato de concessão da rodovia, a Concessionária BR 040 S/A tem a obrigação de implantação e operacionalização de UOP no trecho, com prazos e parâmetros predeterminados, o que suscitou a presente tomada de decisão.
  5. De fato, a construção de uma nova UOP em Carandaí/MG, aliada à manutenção da UOP de Congonhas/MG, seria a solução ideal. Contudo, a generalizada falta de efetivo que afeta a Polícia Rodoviária Federal impõe a adoção de medidas restritivas, com base em critérios de ordem técnica e objetiva.
  6. Diante da atual conjuntura, a transferência da UOP de Congonhas/MG para o município de Carandaí/MG constitui medida menos impactante para a sociedade, haja vista a relativa diminuição do tempo de resposta das equipes policiais aos eventos de defesa social ocorridos ao longo da rodovia.
  7. Vale ressaltar que tal medida não trará prejuízo à população de Congonhas/MG, pois a presença da PRF não se restringe às UOP, uma vez que se prioriza a fiscalização dinâmica, com constantes rondas policiais ao longo do trecho, no intuito de prevenir os acidentes e coibir a prática de crimes.
  8. Por fim, assevero que a SRPRF-MG continuará trabalhando com afinco e dedicação, a fim de tornar mais eficiente e eficaz a prestação dos serviços de segurança pública, reiterando o compromisso com o bem estar e incolumidade da população.

Respeitosamente, Paulo Henrique de Urzeda Mota-  Superintendente SRPRF-MG SEI/PRF – 15957257

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