Cidades impactadas pela mineração recebem pela primeira vez quase R$7,6 milhões de impostos da CFEM; Lafaiete chega a R$ 1,6 milhões

No último dia 15, 10 municípios da região receberam da ANM (Agência Nacional de Mineração) valores relativos aos novos critérios de distribuição e repasse da Compensação Financeira pela Exploração de Minerais (CFEM). Assim as cidades impactadas e gravemente afetadas pela mineração tiveram direito aos recursos, pela primeira vez, que serão depositados anualmente aos municípios.

Somente fizeram jus à parcela de CFEM os municípios não produtores de qualquer produção mineral. Para o cálculo da compensação levou em conta a presença das ferrovias que cortam os Municípios.

Os valores

Lafaiete recebeu quase R$1,7 milhões, seguido por Jeceaba com R$1,5 milhão, Carandaí com R$1,3 milhão, Entre Rios com R$4.930 mil e São Brás do Suaçuí com R$4.228 mil. As cidades impactadas da região com a ferrovia receberam o total de quase R$7,4 milhões.


Comissão deputados visitará novos trechos e acervo ferroviário de Lafaiete

Intenção é resgatar a fabricação de vagões da extinta Santa Matilde que marcou época no mercado ferroviário brasileiro/Reprodução

Integrantes da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pretendem visitar vários trechos, oficinas e equipamentos ferroviários nos próximos dias, tanto na Região Metropolitana quanto no interior do Estado. Requerimentos nesse sentido foram aprovados na manhã desta quarta-feira, dia 18.

O Deputado Glaycon Franco aprovou a visita da Comissão a Conselheiro Lafaiete, para conhecimento do acervo ferroviário local. Na ocasião, será visitado, também, o município de Congonhas. A visita está pré-agendada para o dia 13 de agosto.

Os deputados devem visitar também o galão da extinta Santa Matilde, empresa tradicional do mercado ferroviária que confeccionou e fazia manutenção de vagões. Hoje o local é pertence a massa falida da Santa Matilde.

O deputado Glaycon Franco integrante das comissão destacou a importância de se discutir a retomada dos investimentos nas ferrovias.

Concessões

Marília Campos (deputada estadual PTMG), João Leite (deputado estadual PSDBMG), Glaycon Franco (deputado estadual PVMG), Celinho do Sinttrocel (deputado estadual PCdoBMG)/Foto Flávia Bernardo

Os integrantes da comissão voltaram a discutir a antecipação da renovação das concessões ferroviárias, outro assunto que ganhou destaque nos últimos dias, após a União ter definido que o dinheiro seria revertido para obras em São Paulo e no Mato Grosso, sem nenhuma destinação para Minas Gerais. Outros estados teriam reclamado e, em função disso, o governo federal teria anunciado que o Pará também receberá investimentos de R$ 1 bilhão.

Outro requerimento aprovado, de autoria de todos os integrantes da comissão, é para que seja realizada audiência pública com os deputados federais e senadores, em Belo Horizonte, para debater as negociações federais sobre a renovação de concessões de ferrovias que atravessam Minas Gerais e a retomada do transporte ferroviário de passageiros no Estado.

Balanço semestral aponta queda nos acidentes e atropelamentos da MRS

Enquanto Lafaiete, São Brás, Entre Rios e Carandaí não registraram acidentes, Congonhas e Barbacena sofreram aumento de ocorrências

Durante o 1º semestre de 2018 foram registrados 54 atropelamentos ou abalroamentos na linha férrea sob concessão da MRS, número que representa uma queda de 3,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior (56 ocorrências). A imprudência continua sendo a principal causa e o maior obstáculo para a formação de uma cultura de segurança perante à linha férrea. Clique aqui e conheça, neste infográfico, os números referentes à sua região.
Através de uma análise das causas dos acidentes, foi possível confirmar a tese, solidificada ao longo dos últimos anos, de que não há uma concentração geográfica das ocorrências, tendo em vista que os atropelamentos ou abalroamentos são provocados pelo comportamento imprudente nas proximidades da ferrovia, um componente imprevisível. Municípios sem histórico recente de acidentes ferroviários retornaram ao mapa, como Ewbank da Câmara, Pindamonhangaba e Lavrinhas. Neste último, não havia registro de acidentes ferroviários, de qualquer tipo, desde 2010 e, apenas no 1º semestre deste ano, foram registradas duas ocorrências na cidade.

“Além dessa constatação, os números apresentam pontos positivos como a redução no registro de abalroamentos, que são os choques entre o trem e os demais veículos. Ao todo, foram seis casos a menos, se compararmos ao 1º semestre de 2017. Registramos uma pequena redução no número total de acidentes, o que é bom. No entanto, poderíamos melhorar muito mais. Afinal de contas, precisamos de uma simples mudança de atitude por parte das pessoas”, ressalta Filipe Berzoini, especialista em Segurança de Riscos Operacionais da MRS.

Um dado alarmante da análise está diretamente relacionado aos atropelamentos causados pelo uso de álcool ou drogas nas proximidades da linha férrea. Os casos do tipo praticamente dobraram neste período, passando de sete no 1º semestre de 2017 para 13 em 2018. Dois atropelamentos foram causados por jovens que utilizavam o celular no momento do acidente e, por isso, não observaram a aproximação do trem.

“Trinta dos 36 atropelamentos no 1º semestre foram registrados em locais proibidos ao trânsito de pedestres, ou seja, fora das passagens em nível oficiais. Isto representa 83% dos casos desse tipo e mostra, de forma decisiva, a importância de se atravessar a ferrovia apenas em locais permitidos”, finaliza Berzoini.

 

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