Lavras Novas recebe o projeto Sons e Sabores no próximo final de semana

A iniciativa tem como proposta impulsionar o turismo, a cultura, a gastronomia e as pousadas locais, além de potencializar a cidade como um destino turístico.

O Projeto Sons e Sabores será realizado até o dia 16 de outubro em Lavras Novas, distrito de Ouro Preto, com muita comida boa e música. Idealizada pela empresa FCA e Pulsar Brasil, a iniciativa tem como proposta impulsionar o turismo, a cultura, a gastronomia e as pousadas locais, além de potencializar a cidade como um destino turístico.

Eberty Salles, um dos organizadores do Sons e Sabores, explica que o projeto contará com a participação das doninhas, as cozinheiras e quituteiras locais. “As doninhas ganharão barracas para oferecer ao público iguarias tradicionais da culinária mineira”, conta.  “Elas poderão apresentar a delícia de seus pratos, de uma culinária simples e rica entre o cheiro e o tempero durante o festival”, acrescenta.

As atividades do projeto serão desenvolvidas no entorno da igreja Nossa Senhora dos Prazeres, considerada o cartão-postal da cidade. 

De acordo com Salles, o intuito do projeto é fomentar a economia para as cerca de 35 pousadas e 30 restaurantes, bem como valorizar a cultural de Lavras Novas com a apresentação de shows com músicos locais.  Ele adianta que outras localidades já estão sendo mapeadas para receber o evento, como Monte Verde, Diamantina, Poços de Caldas e Ouro Preto.

Na programação cultural, o projeto apresentará shows com Bruno Felga, Thitonho, Carla Lima, Velotrol, Renan Scarpati e Lavras Novas Music Band. Um dos destaques de shows será apresentação da banda JPG, projeto do músico João Ramalho, que tem um belo berço musical: ele é filho de Zé Ramalho com a cantora Amelinha.

FONTE REAL FM

Núcleo urbano de Lavras Novas entra em fase de tombamento e preservação arquitetônica

O núcleo urbano na extensão da rua Nossa Senhora dos Prazeres, no distrito de Lavras Novas, entrou em processo de “tombamento provisório” após quase três anos da submissão do pedido. Publicado na edição nº 3.011 do Diário Oficial de Ouro Preto, de 13 de setembro, o edital de tombamento pode ser contestado no prazo máximo de 15 dias. Não havendo ponderações, o processo segue os trâmites legais para registro no Livro do Tombo dos Bens Arqueológicos, Paleontológicos, Etnográficos e Paisagísticos.

O processo, que começou ainda em 2019, foi mobilizado pela própria comunidade de Lavras Novas, que submeteu o pedido de tombamento à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Em 2021, foi aberto o processo licitatório para prospecção e pesquisa acerca das características arquitetônicas e históricas do distrito, cujo documento final contemplou a pesquisa histórica e o Estudo de Impacto de Vibrações Mecânicas Geradas pelo Tráfego. Um dos mais antigos distritos ouropretanos, o local possui grande relevância para a preservação histórica de Minas Gerais.

Ação tem como objetivo proteger a memória da comunidade do distrito – Foto: Patrick de Araújo

De acordo com a justificativa apresentada no edital de licitação elaboração do dossiê que embasou o tombamento provisório, o processo “contribui com a consolidação de diretrizes de uso e ocupação do solo compatíveis com a proteção e salvaguarda do patrimônio cultural local, seja material ou imaterial, garantindo o seu usufruto por parte da comunidade tanto no presente quanto no futuro”. Com o avançar do processo, a Prefeitura se torna responsável por ações de salvaguarda do núcleo urbano, promovendo sua preservação e consolidação enquanto patrimônio cultural municipal.

A pedido do vereador Matheus Pacheco (PV), a Câmara Municipal fará uma Audiência Pública, agendada para 19 de outubro, com o objetivo de discutir as questões que envolvem tombamento de Lavras Novas.

Preservação da história mineira

Localizado a 20km da sede de Ouro Preto, Lavras Novas é um dos distritos que mais atrai turistas no município. Com o aumento do fluxo de visitantes que buscavam contato com a natureza e tranquilidade próximo à capital, a criação de infraestrutura no distrito foi sendo cada vez mais demandada a partir dos anos 1990. Hoje, a localidade conta uma rede hoteleira que contempla desde acomodações mais simples, até pousadas de luxo com atendimento exclusivo. Além disso, o distrito também é amparado por um suporte de bares, restaurantes e espaços de lazer, como a tirolesa mais alta de Minas Gerais.

Lavras Novas teve seu processo de ocupação iniciado no século XVIII, com o aumento da exploração de ouro na região, formada por uma população majoritariamente negra. Historiadores veem indícios de que quilombos foram formados no decorrer do período, dando origem à atual comunidade do distrito. Os operários das mineradoras do período viviam em casas que remontam ao estilo bonserá, caracterizada por construções geminadas de pé direito baixo, típicas do período, e que marcam a habitação dos operários em Minas Gerais.

Além da relevância histórica e arquitetônica, o distrito possui também importantes monumentos naturais a serem preservados, como a Bacia do Custódio, quedas d’água e as singulares pedreiras, pontos de referência na localidade.

Margareth Monteiro, secretária de Cultura e Turismo de Ouro Preto, comentou sobre a notoriedade do processo para a salvaguarda da memória da população: “a comunidade desenvolveu um forte pensamento de pertencimento e querem preservar a localidade. Então, o mínimo que a gestão pública pode fazer é resguardá-la, e a melhor forma de fazer isso é por meio do tombamento”.

  • Agência Primaz

Lavras Novas pode ser tombado como patrimônio material de Ouro Preto

Com o tombamento, o distrito poderá ter novas diretrizes para preservar a cultura e o espaço urbano para os moradores locais

O núcleo urbano do distrito de Lavras Novas pode ser tombado como patrimônio material da cidade de Ouro Preto. A Secretaria de Cultura e Turismo Municipal contratou uma empresa para elaborar um dossiê robusto que deverá ser apresentado ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural e Natural de Ouro Preto (Compatri), que definirá pelo tombamento ou não do lugar.

O dossiê para o tombamento é um grande trabalho de pesquisa histórica e urbanística. A empresa contratada conta com historiadores e arquitetos para sua elaboração. Na parte da história será levantada toda a trajetória de ocupação do território para poder entender como gerou aquele núcleo urbano e qual a relevância das edificações para o tombamento. Enquanto isso, os arquitetos farão os levantamentos urbanísticos para serem definidos os perímetros de tombamento e quais são as diretrizes para nós preservarmos a área urbana de Lavras Novas.

De acordo com a legislação municipal, compete ao conselho de patrimônio – que é uma entidade que faz o intermédio entre o poder público e a sociedade civil – fazer deliberações sobre o tombamento. Assim que o dossiê estiver pronto, a Secretaria de Cultura de Ouro Preto fará a análise do material e, se considerarem que ele tem com todos os itens necessários, a documentação será encaminhada ao conselho para os conselheiros fazerem uma ampla discussão e definirem pelo tombamento e suas diretrizes, conforme a maioria.

A principal intensão do tombamento é preservar aquilo que existe hoje de registros históricos e de ocupação no distrito. De acordo com a Secretaria de Cultura de Ouro Preto, a iniciativa foi um pedido da comunidade para que haja a regulamentação e organização das áreas públicas de Lavras Novas.

“O tombamento vem, pela fala da comunidade, que fez o pedido, principalmente para poder regulamentar e organizar o uso das áreas públicas. Definir diretrizes para o trânsito, estacionamento, fluxo de turismo que Lavras Novas tem se mostrado mais agressivo, gerando desconforto nos moradores locais. Vão existir parâmetros para as novas construções para que haja harmonia no conjunto, porque a comunidade tem sentido que lá tem sido descaracterizado por essas novas construções promovidas pelo turismo, que é muito forte na região e, principalmente, pelo uso do espaço público, que a comunidade não tem conseguido acessar”, disse Ana Paula, arquiteta do Departamento de Supervisão, de Proteção e Pesquisa do Patrimônio Cultural, da Secretaria de Cultura e Turismo de Ouro Preto, ao Mais Minas.

De acordo com Ana Paula, o turista está dominando as áreas públicas de Lavras Novas. Os carros de passeio estão tomando conta das áreas onde os moradores usavam para suas práticas culturais. Portanto, essa é a principal reinvindicação e é justamente nessa problemática que o tombamento atuará.

Lavras Novas

Um lugar tranquilo, com calçadas de pedras e uma arquitetura colonial, Lavras Novas fica há 117 km de Belo Horizonte e 17 km de Ouro Preto. Cerca de 1.500 pessoas moram lá, mas, em finais de semana e feriados, dezenas de turistas visitam o distrito para deslumbrar das belezas locais. Inclusive, lá é encontrada a tirolesa mais alta do Brasil.

A história da vila começa a partir do início do século XVIII, quando a família Cubas de Mendonça descobre lavras novas de ouro na região. A partir do século XIX, o vilarejo começou a crescer, com a chegada de novas famílias, dando forma arquitetônica e cultural ao local.

No século XX, o artesanato se torna uma das principais vocações dos moradores da vila. Os artesãos, na época, produziam e vendiam cestas e balaios de taquara, uma espécie de gramínea com caule oco, típico da região.

Na década de 1970, o distrito passou a ter energia elétrica, melhorando as condições de vida dos moradores e a administração municipal de Ouro Preto começou a investir na infraestrutura da vila, valorizando mais as riquezas naturais da região.

A partir da década de 1990 a charmosa vila foi “descoberta” pelos turistas de Minas e de todo o Brasil. Hoje, Lavras Novas é um dos destinos mineiros mais procurados por turistas que buscam aventuras, esportes radicais, cachoeiras, trilhas, passeios e descanso.

FONTE MAIS MINAS

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