Homem morre e outro fica ferido em soterramento de mina

Por volta de 19h30, o corpo do homem foi localizado e encaminhado para a Polícia Civil após trabalho dos bombeiros durante horas

Um homem, de 27 anos, morreu soterrado em uma mina de extração de quartzo, em Corinto, no Centro-Oeste de Minas Gerais, no fim da manhã dessa quarta-feira (27). Outro homem, de 38 anos, ficou ferido no acidente.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, no local, uma propriedade particular, há uma mina com, aproximadamente, 13 metros de profundidade.

O Corpo de Bombeiros prestou os primeiros socorros ao homem, de 38 anos. Ele apresentava ferimentos leves e foi socorrido para o hospital municipal de Corinto.

Os militares trabalharam durante toda tarde e início da noite em busca da outra vítima. Por volta de 19h30, o corpo do homem foi localizado e encaminhado para a Polícia Civil.

As causas do acidente não foram reveladas pela corporação.

FONTE O TEMPO

Ouro Branco adere ao Plano Estadual Minas Consciente e prevê retomada gradativa do comércio

A Prefeitura de Ouro Branco publicou na tarde dessa sexta-feira, dia 22/05, o Decreto 9.719 que determina a adesão do Município ao Plano do Governo do Estado – Minas Consciente. Dessa forma, a partir de segunda-feira, dia 25/05, o Município passa a seguir as determinações estaduais e adota a Onda Branca para o comércio local.

A adesão foi embasada nas determinações do Governo Estadual – Programa Minas Consciente, Comitê Estadual Extraordinário Covid-19, Macrorregião Centro Sul de Saúde, Comitê Municipal Gestor Contra o Coronavírus em Ouro Branco.

Com as diretrizes, haverá a retomada gradual das atividades comerciais, de acordo com a ondas, que o Plano Estadual setoriza as atividades econômicas.

Sobre o Minas Consciente

“A proposta criada pelo Governo de Minas Gerais, por meio das secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sede) e de Saúde (SES-MG), sugere a retomada gradual de comércio, serviços e outros setores, tendo em vista a necessidade de levar a sociedade, gradualmente, à normalidade, através de adoção de um sistema de critérios e protocolos sanitários, que garantam a segurança da população.

O plano setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – primeira fase; onda amarela – segunda fase; onda vermelha – terceira fase), a serem liberadas para funcionamento de forma progressiva, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença, avaliando o cenário de cada região do estado e a taxa de evolução da Covid-19.”

De acordo com as diretrizes do Governo do Estado, na Onda Branca, respeitadas as medidas sanitárias e protocolos de higiene, e limite máximo de pessoas nos locais, serão retomadas:

Medidas de Prevenção que os estabelecimentos precisam cumprir

É  obrigatório:

  • Afixar cartaz na porta do estabelecimento, com a capacidade máxima de lotação
  • Fornecer máscaras para todos os funcionários ou terceirizados
  • Fornecer álcool 70% (ou água corrente e sabão, bem como papel toalha descartável) para higienização das mãos de todos os funcionários ou terceirizados
  • Organizar ?las com distanciamento de 2 metros entre as pessoas, dentro e fora do estabelecimento, com marcação nas calçadas
  • Controlar acesso de clientes e, em estabelecimentos de grande ?uxo (bancos, mercados, supermercados, mercearias, pa- darias, açougues, farmácias) permitir acesso apenas de duas pessoas por grupo social
  • Manter a quantidade máxima de 10 (dez) pessoas por guichê/caixa em funcionamento, em locais de grande ?uxo, deven- do ser respeitada a distância mínima de 2 metros entre pessoas
  • Garantir que os ambientes estejam ventilados
  • Ampliar a frequência de limpeza dos pisos, corrimãos, maçanetas, superfícies e banheiros com álcool 70% ou solução de água sanitária
  • Disponibilizar lixeira com tampa e abertura sem contato manual
  • Higienizar todos os equipamentos utilizados na prestação de serviço, incluindo balcões e máquinas de cartão de crédito, antes e após cada utilização, com álcool a 70% ou solução de água sanitária
  • Orientar as pessoas a não tocarem em superfícies e a se absterem de contato físico com outras
  • Descartar resíduos corretamente, conforme preconizado na Resolução RDC 222/2018 Anvisa/MS
  • Garantir que todos os funcionários utilizem roupas/uniformes para uso exclusivo dentro dos estabelecimentos, inclusive máscaras, de forma  correta.

Vale diz que não há interesse na área da escola para exploração de minério; empresa diz que pilha de estéril está estável e não há risco para moradores

Nossa reportagem enviou a mineradora Vale diversos questionamentos acerca da suspensão das aulas na Escola Meridional em função de laudos que apontavam riscos na pilha de estéril.
Ontem, a empresa assinou contrato com a unidade da Unipac  Lafaiete para a retomada das aulas, a
partir do dia 18 de março. Ela informou que “caso seja necessário, a empresa fornecerá o transporte de alunos e professores até a estrutura temporária”.

Vale garante que não há risco para moradores próximos a Mina de Manganês em Lafaiete / DIVULGAÇÃO

A Vale também se comprometeu com pais, alunos e professores, além da prefeitura e demais órgãos competentes, a ceder o terreno e construir uma nova escola, em local próximo à antiga, atendendo às necessidades e aos anseios da comunidade.
Sobre informações de que a retirada dos alunos estaria ligada a exploração de minério na área, a “empresa reforça que não tem intenção de utilizar a área da Escola Municipal Meridional para a expansão da operação manganês ou para qualquer outra finalidade mineraria”.
A Vale afirmou que faz o controle diária da estabilidade da pilha de estéril e não há alterações. “Os instrumentos de aferição de estabilidade da pilha de estéril de Morro da Mina, operação de manganês da Vale em Conselheiro Lafaiete, continuam funcionando normalmente, com controle diário, e não mostram alterações, mesmo com as intensas chuvas dos últimos meses. No entanto, a última avaliação técnica da seção voltada para a escola, cuja deposição de estéril foi encerrada no final da década de 70, não alcançou os valores esperados. Empresas especializadas já foram contratadas pela Vale para efetuar a reavaliação. Nem essa pilha nem as demais existentes no Morro da Mina possuem qualquer interface com casas ou outras unidades habitacionais do entorno. É importante destacar que a pilha de estéril é uma estrutura sólida, formada por  blocos de pedras e revegetada, cujo risco associado é o de eventuais deslizamentos e quedas de árvores.

Moradores do Morro da Mina temem por explosões da Vale e relatam trinca em residências

Em mais de 15 casas visitadas por nossa reportagem trincas e rachaduras são comuns e moradores alegam que são provenientes das detonações/CORREIO DE MINAS

Moradores do Morro da Mina, Manoel de Paula e outros bairros da região norte de Lafaiete relatam o medo e a insegurança em torno da Mina de Manganês da Vale.  As explosões fazem parte do processo de exploração do  manganês, sub produto da indústria metalúrgica.

A Vale Manganês suspendeu suas atividades em 2016 e retomou a cerca de um ano e meio. Porém, segundo os moradores, a intensidade das explosões traz preocupação e apreensão. Ao longo da semana, nossa reportagem esteve no bairro Morro da Mina e ouviu dezenas de moradores. A principal reclamação é que as detonações afetariam as estruturas das residências. “Até agora a Vale sequer nos informou a respeito de suas atividades. Percebemos que as explosões afetam nosso cotidiano com um grande barulho”, protestou um morador que não quis se identificar mas mora bem próximo a entrada da Vale. Ele mostrou diversas trincas, segundo ele, provocadas pelas explosões.

A nossa reportagem percebeu que as explosões ocorrem sempre no final das tardes entre 17:00 até 17:30 horas. Segundo moradores, é sempre uma explosão, quando muito duas ao dia. “Sempre houve estas explosões, mas agora piorou. Até os vidros e o prédio balançam. Chegou até cair produtos da prateleira”, comentou Wellington e Natália, sócios de um açaí no final da Duque de Caxias. Eles contam que até acostumaram com o barulho.

Morador cobra solução para o barulho que estremece casas e provoca trincas/correio de minas

A dona de um prédio, Jaqueline da Silva, contou que o barulho incomoda seus filhos e chegam a chorar. “No momento das explosões eles acordam assustados com o barulho”, relatou. Jaqueline diz que o prédio treme e o impacto constante fez com que os ladrilhos de sua cozinha soltassem. “Até a porta fecha sozinha e vidros tremem. Chegou até quebrar o vidro aqui”, apontou.

O enfermeiro Maurício Melo, morador há mais de 50 anos da Duque de Caxias, observou que o volume das explosões subiu. “Temos muitas rachaduras em nossa casa e quando das explosões sentimos a casa balançar e vidros tremerem”, afirmou.

Já a Secretaria Soraia Bastos, que há 30 mora na Duque de Caxias, demonstrou preocupação com as explosões. “Sempre houve as explosões, mas agora são mais intensas. Isso preocupa a gente em relação a estrutura de nossa casa onde há diversas tricas”, observou.

O empresário Vinícius e o líder comunitário Galdino: Vale deve ser mais transparente com a comunidade/CORREIO DE MINAS

O marceneiro autônimo, Marco Aurélio, é outro morador da Duque de Caxias, que, apesar do costume com o barulho, nota que as pessoas estão mais preocupadas com a situação. “Na verdade a gente não sabe nada e a Vale  sequer mostrou laudos para nos tranquilizar sobre a situação. Tenho minha fábrica há 1km da minha casa, na Capela da Paz, e de lá ouço o barulho das explosões. Como não preocupar?”, questionou. Marco lembra que há anos atrás a sirene era aciona para avisar aos moradores das detonações.

Promotoria

Nossa reportagem procurou o Promotor Glauco Peregrino, Curador do Meio Ambiente. “Não há qualquer procedimento aberto sobre esta questão, haja vista que ninguém reclamou ao Ministério Público sobre isso”, informou.

Outros depoimentos

Na rua Nossa Senhora da Conceição, na divisa entre os Bairros Morro da Mina e Manoel de Paula, os moradores também reclamam do barulho das explosões. A enfermeira Cláudia Lúcia, mostrou sua casa com diversas rachaduras. “Aqui os basculantes tremem, as portas e janelas batem. Já troquei vários vidros trincados”, sinalizou. Ela cobrou transparência da Vale, minerada na qual seu pai se aposentou. “A Vale deveria olhar com mais carinho para o bairro. Além do barulho temos problemas com poeira”, observou.

Morro da Mina foi formado e povoado por moradores oriundos da mineração e mantém aspecto bucólico/CORREIO DE MINAS

Vinicius Couto é dono de uma padaria há 16 anos. “Estas explosões sempre existiram. A maioria das casas aqui na rua tem rachaduras. A gente precisa da Vale que gera empregos em Lafaiete, mas o problema piorou nos últimos anos”, comentou.

O Presidente da Associação Comunitária do Morro da Mina, Galdino Ferreira Neto, ex funcionário da Gerdau, fez uma solicitação a empresa. “O que gente espera é mais atenção com nós moradores. Que ela explique melhor a situação e esclareça o aumento das explosões  que deixam os moradores apreensivos. Ela deveria ser mais transparente e ao menos mostrar a realidade através de um informativo ou uma reunião conosco”, sugeriu. Entre diversas entrevistas colhidas uma moradora, 34 anos residente no Morro da Mina, afirmou que os barulhos não são preocupantes e o aumento da intensidade das detonações está ligada muitas das vezes ao vento. As explosões já existem há várias décadas e faz parte do processo para extração do manganês, explicou.

A história de um bairro operário

Moradores relataram apreensão com o barulho provocado pelas explosões na Mina de manganês/CORREIO DE MINAS

O Morro da Mina é um bairro familiar e bucólico. São poucos prédios e as casas mantém grandes quintais que ao fundo são cortado pelo Rio Ventura Luiz. Grande parte dos moradores são ex funcionários da mineradora e muitos filhos ainda são empregados hoje da Vale. “O bairro nasceu em torno do morro da mina . Foi através da mineração que se formou esta região. É um bairro operário e de ex funcionários que ganharam lotes e terrenos para residirem aqui”, recorda o ex funcionário Sebastião Bastos que também é vice presidente da associação de moradores.

Ele conta que mineração existe no local há mais de 120 anos, quando os americanos criaram a Cia Meridional Mineração. Depois veio a Paulista Ferro Ligas, Sociedade Mineira de Mineração e em 1996 a Vale adquiriu a mina. “A história do bairro foi escrita pela mineração”, finalizou Sebastião.

Laudos da Vale apontam que barulho e vibrações  provocados pelas explosões estão dentro dos limites

Vale diz que as detonações estão dentro de padrões e limites conforme atestam laudos/CORREIO DE MINAS

Nossa reportagem entrou em contato com  Augusto Júnior Araújo, Coordenador da Defesa Civil da Prefeitura de Lafaiete. Ele contou que em agosto do ano passado, a Defesa Civil foi acionada pelo Ministério Público para fazer vistoria na Capela de Santo Antônio sob alegações do provedor de que vibrações oriundas das atividades de detonação ocorridas no bairro Morro da Mina estariam deteriorando o patrimônio histórico.

No laudo realizado pela empresa especializada com instalação de sismógrafos foi constatado que as vibrações advindas do bairro Morro da Mina não estariam sendo a causadora das avarias encontradas na Capela.

Já em outubro de 2018, a defesa civil foi acionada novamente pela associação dos moradores do bairro Arcádia para vistoriar cerca de 30 residências que estariam com trincas também sob alegações de vibrações oriundas de detonações. As edificações foram vistoriadas e nenhuma apresentou risco de desabamento, no entanto foram verificadas algumas patologias como fissuras e trincas em algumas casas sendo que muitas destas são comuns à qualquer tipo de edificação.

Mina de manganês já dura mais de 120 anos/CORREIO DE MINAS

A Vale forneceu um relatório de monitoramento sismográfico, sendo que os sismógrafos que monitoram as vibrações foram instalados nos bairros Morada do Sol, Escola Meridional, Faculdade FASAR, São Judas Tadeu e estrada da Água Preta.

O relatório realizado em junho/2018 traz em sua conclusão o seguinte: “Todos os resultados, tanto de vibrações quanto de pressão acústica ficaram consistentemente abaixo dos limites de segurança contra danos preconizados pela NBR 9653/2018 não ensejando, portanto a possibilidade de terem sido causados danos, ainda que superficiais, às estruturas monitoradas e às que se encontram no entorno de cada ponto de monitoramento”.

Os estudos de monitoramento sismográfico estão disponíveis para consulta na Defesa Civil à disposição de qualquer cidadão.

Zelinho diz que desativação de Mina de Fábrica será desastre para Congonhas; Cidade pode perder R$15 milhões e 2 mil empregos

Para Zelinho, fechamento de Mina de Fábrica provocará um desastre na economia de Congonhas/Reprodução

Os 13 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos de minério de ferro que escorreram após o rompimento de um empreendimento Vale em Brumadinho atiçou a insegurança da população da Cidade dos Profetas em torno da barragem de Casa de Pedra, a maior barragem da América em área urbana. A tragédia inflamou Congonhas, sua população está em pavorosa e surgem diversos movimentos para suspender a atividade da barragem.

Além dos riscos, a cidade, onde mais de 60% da população dependente da mineração, vive um dilema da possibilidade de desativação da Mina de Fábrica, antiga Ferteco. A Vale anunciou que descomissionará 19 barragens e uma delas é a de Congonhas.

A decisão afetará ao menos 2 mil trabalhadores e  atingirá a economia da cidade, totalmente dependente do minério de ferro. Durante um programa de Rádio, hoje em Belo Horizonte, o prefeito Zelinho reconheceu que a barragem provoca medo, mas recordou que estudos recentes atestam sua estabilidade. Ele questionou autorização do governo do Estado que permitiu, há 30 anos atrás, a construção da barragem. “Foi um absurdo. Diferente de Brumadinho e Mariana, ela foi construída a jusante com técnicas mais modernas, mas dá medo”, assinalou, afirmando que a CSN já iniciou o processo de disposição dos rejeitos a seco. “ A mineradora já anunciou que o tratamento dos rejeitos será pelo processo a seco e vai descomissionar a barragem”, afirmou

Economia de Congonhas é dependente da produção de minério de ferro/Sandoval Souza

O prefeito fez um apelo ao Governador Zema (NOVO) para que ele interceda junto a direção da Vale para que ela não desative a mina de Fábrica em Congonhas. “O descomissionamento leva até 5 anos.  A mineradora pode promover as adequações técnicas que aumentem a segurança e ao mesmo tempo manter a produção. Parar a atividade é uma atitude radical que será nociva a Minas e Congonhas”,avaliou.

Segundo ele, com a paralisação das atividades de Fábrica, Congonhas vai perder cerca de R$ 15 milhões em arrecadação. “Será um prejuízo e um desastre para nossa economia. A Vale pode muito bem manter a mina e promover mudanças que assegurem a estabilidade. Belo Vale, Itabirito, Nova Lima serão atingidas duramente. Somente com a notícia de fechar minas as ações da Vale subiram na Bolsa e ela recuperou o prejuízo. Ela tem de rever caso a caso a situação. Faço aqui uma apelo ao Governador Zema pela sustentabilidade de Minas e de diversas cidades que dependem do minério”, cobrou Zelinho. “Nossa cidade vive do minério, 60% da população está empregada nas mineradoras e todos os nossos cursos técnicos são voltados para a mineração. Temos investido no potencial do turismo, mas são lentos os resultados. Vamos cobrar do futuro ministro do turismo mais investimentos nas cidades históricas. O governo federal só divulga o turismo de praia e do Nordeste”, criticou.

 

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