Belo Vale – Audiência Pública discutiu “Mina da Baixada”, para licenciar o empreendimento da Minerinvest Mineração (Green Metals)

A Superintendência Regional de Meio Ambiente – SUPRAM Central Metropolitana de Minas Gerais realizou na noite de 03 de abril de 2024, Audiência Pública para atender solicitação de licenciamento ambiental através do processo no. 713/2023 do empreendimento “Projeto Mina da Baixada”, da Minerinvest Mineração (Green Metals Soluções Ambientais Ltda). O evento aconteceu na Quadra da Escola Municipal Prefeito João Eustáquio, bairro Santo Antônio, Belo Vale. A organização coube à Minerinvest Mineração, atual detentora do direito de exploração de lavra da Mina da Baixada, e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).

APHAA-BV requereu Audiência Pública para tratar do empreendimento “Mina da Baixada”, que explora minério de ferro no povoado Córrego dos Pintos.

Minerinvest solicita Licença de Operação de Correção

Em março de 2023, a SUPRAM Central Metropolitana de Minas Gerais abriu edital para Audiência Pública do empreendimento que requer Licença de Operação de Correção (LOC), para vários itens de operação apresentados nos relatórios EIA/RIMA, elaborados pela Consultoria e Empreendimentos de Recursos Naturais Ltda. (CERN). Em maio do mesmo ano, a Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale (APHAA-BV) protocolou requerimento à FEAM para realizar a Audiência, em Belo Vale. Kamila Borges Alves, Gestora Ambiental da SEMAD, designada para acompanhar o processo 713/2023, presidiu a mesa em conjunto com Kamila Esteves Leal, chefe da Unidade Regional do Alto São Francisco, quem secretariou os trabalhos.

Diretores da Minerinvest e executores dos Relatórios EIA/RIMA apresentaram suas propostas para a conquista definitiva da Licença de Operação Corretiva (LOC).

“Não somos a Green Metals, nem no aspecto”

À Minerinvest foram dados 45 minutos para apresentar a empresa, seus objetivos e a proposta de seu empreendimento com base nos Relatórios de Estudo de Impacto Ambiental EIA/RIMA. Anna Motta, Gestora Ambiental da mineradora ressaltou o novo jeito de operar com base em compromissos com meio ambiente sustentável, transparência, geração de empregos, qualidade dos produtos, responsabilidade social e governança corporativa, além da proteção aos patrimônios culturais e comunidades tradicionais no entorno. “Buscamos o licenciamento para decolar com ética e responsabilidade. Há uma vontade de mudanças com segurança; não somos a Green Metals, nem no aspecto”; ressaltou.

Atentos, representantes da APHAA-BV, autoridades e cidadãos participaram de um momento raro em Belo Vale, em que se discutiu postura de mineradoras.

 Há quase um ano, a Minerinvest desfez um contrato de parceria com a Green Metals e, assumiu além da concessão da lavra que já lhe pertencia, o direito à exploração que vinha sendo executado pela Green Metals desde 2011. A empresa opera na Fazenda da Baixada, e ocupa Área Diretamente Afetada (ADA), de 101,14 ha, no povoado Córrego dos Pintos, Belo Vale, onde explora minério de ferro e outros minerais em lavra a céu aberto, porém vem atuando mediante a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) concedido pela SEMAD / SUPRAM, vencido em 2017, porém condicionado a uma cláusula de prorrogação.

Tarcísio Martins, indicado pelo presidente da APHAA-BV Romeu Matias Pinto, apresentou fatos de um empreendimento, até então, sem maiores benefícios ao povoado Córrego dos Pintos.

Histórico de desrespeito às normas ambientais

Durante trinta minutos, com apoio em farta documentação, o requerente da Audiência Pública, APHAA-Belo Vale, através do coordenador de projetos Tarcísio Martins apresentou um histórico de descumprimento de normas ambientações pelo empreendedor. Relatou a falta de licenças e não cumprimento de condicionantes estabelecidas em termos de condutas com Município, Ministério Público de Minas Gerais e SEMAD. Um agravante, dois SUMPs romperam-se no interior da Mina da Baixada: um em 2019 e outro em 2023, que provocaram enxurradas de lama com danos ao ambiente e a residências da comunidade do Córrego dos Pintos, fatos que motivaram representações dos habitantes na Promotoria de Justiça da Comarca de Belo Vale. Em 2019, convocada para Audiência Pública pela Câmara Municipal de Belo Vale, a Green Metals não compareceu e não justificou.

A história da exploração na Mina da Baixada, desde 2006, parece um tanto confusa. Por lá, passaram diversas empresas: TEX Service; Alaska Comercial de Minerais Ltda. EPP; Ecoinvest – Desenvolvimento Empresarial Ltda. ME. A última Green Metals Soluções Ambientais atuava sem licenças ambientais, mediante a um contrato de exploração de lavra cedido pela Minerinvest, rompido em 2023 por descumprimentos financeiros, em processo que tramitou em Vara Civil do Rio de Janeiro. Mesmo assim, os documentos atuais apresentados à SUPRAM para obtenção da Licença de Operação de Correção, incluindo os Relatórios EIA / RIMA estão em nome da Green Metals como a titular do empreendimento. A empresa diz que a titularidade foi atualizada nos sistemas.

Com larga experiência no que diz respeito às questões ambientais do município, Marcos Virgílio Ferreira de Resende (APHAA-BV) questionou métodos empregados no empreendimento.

SEMAD / SUPRAM irão definir rumos da Minerinvest

A Audiência Pública encerrou-se após uma série de depoimentos de sitiantes e habitantes do povoado Córrego dos Pintos, que relataram impactos que sofrem com as más ações vindas do empreendimento. A Minerinvest argumentou que seus Relatórios EIA / RIMA foram executados com base sólida, com mecanismos modernos que garantem o bom funcionamento, que tem ouvido a comunidade e, que atua de forma respeitosa com o ambiente. A APHAA-BV, entidade com 38 anos de atuação na região, alertou sobre os graves impactos ambientais na Serra dos Mascates provocados pelas mineradoras. Solicitou aos órgãos ambientais competentes rigor na fiscalização dos empreendimentos e nas concessões de certificações para exploração, principalmente, em áreas ricas em história, sítios arqueológicos e berço de comunidades tradicionais. Caberá à SEMAD / SUPRAM analisar o material produzido na Audiência Pública, para traçar os novos rumos da Mina da Baixada.

Tarcísio Martins, jornalista, ambientalista; pesquisador da história de Belo Vale. Fotografias: Tarcísio e Romeu Matias

Concessão já tem ao menos 4 empresas interessadas e entidades contestam construção de nova rodoviária na BR 040; vereador prepara plebiscito

Fernando Albino confirmou que o projeto de concessão do rodoviária de Lafaiete como sua requalificação em terminal urbano/semiurbano e a construção de um novo equipamento às margens da BR 040 para receber embarques e desembarques intermunicipais já tem aos menos 4 empresas interessadas. “A cidade não pode perder este investimento da iniciativa privada melhorando a vida das pessoas e agregando ao centro urbano um atrativo comercial. O projeto de concessão deve ser levado adiante e é uma grande oportunidade de potencializar a vocação comercial da cidade”, salientou o especialista com mais de 20 anos de experiência em estudos de concessões. Ele foi um dos responsáveis pela elaboração da viabilidade econômica do projeto em Lafaiete.

Discussões

Depois de 3 horas de acalorados e tensos debates a Audiência Pública para discutir a concessão da rodoviária ocorreu no auditório da Faculdade de Direito (DFCL) com a presença dos técnicos que elaboraram o projeto, entidades empresarias, lideranças e representantes da prefeitura. Desde final de 2021, o projeto de terceirização do equipamento já vinha sendo debatido entre as diversas secretarias. Através de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) viabilizou a realização de estudos relativos ao projeto de interesse público em conjunto com a iniciativa privada. Com isso, os interessados apresentam propostas e informações sobre empreendimento ou projeto a ser desenvolvido. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acompanhar o projeto de concessão para posterior licitação e a escolha da melhor proposta.

O projeto é um audacioso plano de concessão e modernização do equipamento cujo investimento está na casa de R$28,5 milhões com uso comercial e locação da rodoviária e extinção do terminal de ônibus urbano na avenida. Na Praça Pimentel Duarte local será erguido um prédio de 6 pavimentos para exploração comercial e estacionamento. Ao longo de 30 anos de concessão a previsão de rendimento a concessionária é de R$180 milhões através de receitas e alugueis. O edital de concessão ainda não tem data definida de publicação, mas deve ocorrer no segundo semestre. Segundo dados, em 2022, quase 470 mil embarcaram na rodoviária.

Empresários e comerciantes são contrários/posição da Acias

Apesar da convergência de que a atual rodoviária precisa de revitalização, as lideranças comerciais criticaram duramente a construção de um novo equipamento na BR 040. “Em momento algum nós fomos consultados”. Assim desabafou o Presidente do SINDCOMERCIO, Bento Oliveira, recebendo aplausos de uma plateia de comerciantes. Ele criticou a logística de acesso a nova rodoviária distante 6 km do centro de Lafaiete. “A gente precisa alimentar ainda mais nossa vocação. 84% do PIB de Lafaiete vem do comércio. O projeto não pode condicionar uma solução a construção da nova rodoviária, acreditamos que isso precisa ser revisto”, pontuou.

O empresário, Robson Matos, que emprega mais de 400 funcionários e representantes do CDL-CL, também contestou a construção. “Isso é um absurdo. Não se pode levar um equipamento dessa monta para 6 km da cidade”, assinalou, cobrando um estudo do impacto econômico ao entorno da atual rodoviária. Outro fator ressaltado por Robson foi a construção do hospital regional perto da região central de Lafaiete. “Precisamos de um projeto que se volte para quem usa o transporte público e as entidades ficaram à margens das discussões”.

O Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sincol), Carlos Fernando, dono da Viação Sandra, contestou os números que sustentam a viabilidade econômica da concessão e afirmou que o volume de ônibus no centro não é o gargalo do trânsito em Lafaiete. Já o Presidente da Câmara, Vado Silva (DC), lamentou a ausência de lideranças de bairros e associações comunitárias.

Kenedy Neiva, representante da Associação Comercial e do Conselho de Desenvolvimento Econômico, fez uma defesa do projeto e sua sustentabilidade, classificando com uma grande oportunidade de aporte financeiro na economia local e geração de empregos. “Estamos pensando da mesma forma, mas com olhares diferentes. Estamos querendo a mesma coisa mas posicionando de forma diferente. Precisamos potencializar as conexões dos ônibus interestaduais e transformar a nova rodoviária em um atrativo econômico e a sua área ao entorno para para a ampliação de demanda serviços e abertura de novos negócios”.

Novas ideias

Em sua fala final, o Secretário de Administração, Felipe Tavares, refutou, conforme ventilado, de que o projeto já estaria definido e formatado. “Optamos por realizar esta audiência para ouvir os mais variados setores e incorporar sugestões. Este projeto não foi concebido para prejudicar setores”, frisou. “A divergência é salutar e os interesses existem. Precisamos somar forças a este novo equipamento dando peso significativo e envolvendo todos os setores para o crescimento de Lafaiete”, destacou o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Rafael Lana.

O especialista, Fernando Albino, reforçou que o projeto tem duas convergências comuns entre as entidades comerciais: a revitalização da atual rodoviária e sua permanência no centro de Lafaiete.  “A gente pode dentro de uma composição do projeto alterar o cronograma para que a construção da nova do rodoviária seja construída em um prazo mais dilatado para ampliar e unificar as discussões”.
Pelo projeto inicial, em menos de 2 anos, o investidor garantiria a requalificação do terminal urbano e a construção do novo equipamento. A concessão já iniciaria ainda este ano.

Tensão

Um dos momentos mais tensos da audiência foi quando o Vereador João Paulo Pé Quente (União Brasil) se revoltou contra a mesa dos trabalhos cobrando a participação da plateia. As perguntas eram formuladas apenas por formulário escrito e lido pelo mestre de cerimônia. No início da audiência, o Secretário Felipe Tavares, insinuou que ele foi mal interpretado “com inverdades”. “Meu nome foi citado e agora não posso falar? Agora vê que está tudo marcado mesmo”, protestou Pé Quente deixando o plenário aos berros, juntamente com outros colegas. “Um representante do povo não pode ter sua voz calada”, prestou solidariedade ao vereador, o empresário Robson Santos. Vado Silva também cobrou mais respeito ao Legislativo.

Pebliscito

Ao longo da quarta-feira (1), diversas entidades se posicionaram sobre o projeto de concessão com posições bem antagônicas. O Vereador João Paulo Pé Quente apresenta hoje à noite (2) o requerimento de promoção de uma plebiscito para que a população decida sobre a construção da nova rodoviária na BR 040.

Novo restaurante panorâmico abre vagas de empregos em Lafaiete

Lafaiete em breve vai inaugurar um restaurante, uma novidade promissora com sacada contemporânea, na Avenida Manoel Martins, e promete movimentar o setor de lazer.
No início das atividades o restaurante funcionária entre sexta-feira a domingo.
Vagas:

  • (1) Cozinheiro(a) – Irá lidar com preparos do fogão. Necessária experiência.
  • (1) Auxiliar de Cozinha – Limpeza geral da Cozinha. Necessária boa disposição.
    Escala de Sexta e Sábado: dás 16:20 à 00:00 / Aos domingos: Das 7 às 15:20

Para mais informações:
Interessados entrar em contato pelo WhatsApp: (11) 962-681-098 ou pelo e-mail: reburtms@gmail.com

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