El Niño causará verão super intenso com chuvas irregulares em diversas regiões do Brasil

Previsão do INMET aponta temperaturas acima da média em todo o país durante a estação; Nordeste enfrentará calor intenso enquanto chuvas retornam a outras áreas

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) anuncia um verão marcado por temperaturas acima da média em todo o Brasil para a temporada de 2023-2024, impulsionado pelo fenômeno El Niño, cujo pico é previsto para ocorrer entre dezembro e janeiro. As regiões nordeste e partes do norte do país estarão especialmente impactadas.

De acordo com as projeções do INMET, o sudeste em sua totalidade, algumas áreas do centro-oeste e partes do sul enfrentarão chuvas ligeiramente acima da média já em dezembro.

A previsão para o mês inclui um panorama das condições climáticas, destacando a influência de um Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN) no Nordeste. Tal fenômeno deverá limitar as precipitações na Bahia, Tocantins, Maranhão e sul do Piauí, enquanto provocará o surgimento de nuvens carregadas no Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, destaca o jornal O Globo.

Na região Norte, áreas como nordeste e noroeste do Pará, norte de Roraima e oeste do Amazonas devem enfrentar chuvas abaixo da média. Por outro lado, o Centro-Oeste e o Sudeste deverão apresentar índices pluviométricos acima da média na maior parte do território. No sul, Paraná e Santa Catarina terão um volume de precipitação ligeiramente elevado, com o Rio Grande do Sul sendo a exceção.

As temperaturas, conforme a previsão do INMET para dezembro, apontam calor acima da média em grande parte do país, especialmente no Tocantins, Piauí, norte da Bahia e oeste de Pernambuco. O termômetro nessas regiões continuará a registrar valores superiores a 40°C, acompanhados de umidade abaixo de 20%, condições consideradas perigosas pelo instituto.

O INMET prevê um verão seco no Nordeste, Tocantins e Pará, enquanto o Rio Grande do Sul e partes do norte voltarão a registrar chuvas acima da média.

FONTE BRASIL 247

Por que está fazendo tanto calor? Especialistas explicam

Entenda o aumento das temperaturas e veja qual é a previsão do tempo para a sua região

Não está fácil acompanhar as oscilações climáticas dos últimos meses. Após ondas de calor extremas e fortes tempestades, as temperaturas voltaram a subir em grande parte do país. Mas, afinal, o que explica essa mudança? Entenda.

A alteração pode até parecer repentina, porém, meteorologistas já sinalizavam a possibilidade dos termômetros voltarem a subir a partir do dia 29 de novembro.

Segundo o Climatempo, uma alta pressão atmosférica do Atlântico Sul (ASAS) que atua entre o Espírito Santo, o leste e o norte de Minas Gerais é um dos responsáveis.

“Ela inibe o crescimento das nuvens, reduz a chance de chuva e também dificulta a aproximação das frentes frias. Com pouca nebulosidade e o sol forte, as temperaturas se mantém elevadas”, esclarece o relatório.

O El Niño, que deve atingir seu pico em dezembro, é outro fator determinante. O empilhamento do fenômeno, com o aquecimento global e o sistemas de alta pressão favorece climas atípicos e mais intensos, esclarece Alexandre Nascimento, da Nottus Meteorologia.

Vai esquentar? Veja a previsão

Também chamado de bolha de calor, o sistema de alta pressão mantém o ar quente sobre o Sudeste, de acordo com divulgações do Climatempo.

Ainda assim, nuvens carregadas crescem na região, com menor nebulosidade, mas condições para chuva forte. O clima segue abafado no estado do Rio de Janeiro, na Zona da Mata Mineira e no Sul de Minas.

Em São Paulo, variações térmicas são previstas na primeira quinzena em decorrência da frente fria que atinge o Sul do país.

El Niño, aquecimento global e sistema de alta pressão mantém altas temperaturas — Foto: Getty Images/Canva
El Niño, aquecimento global e sistema de alta pressão mantém altas temperaturas — Foto: Getty Images/Canva

Novas ondas de calor são esperadas no interior da Bahia, no sul do Piauí, no interior de Pernambuco, e no sertão nordestino. A previsão indica temperaturas acima da média em grande parte dos Estados.

O calor intenso também pode atingir o Sul. Porém, o períodos serão mais curtos devido às frentes frias que atingem a região. Em geral, os dias serão mais frios, com muita nebulosidade, evitando que as temperaturas se mantenham elevadas por muito tempo.

Uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai aumenta as precipitações no Mato Grosso do Sul. A chuva, que deve se manter acima da média história do Centro-Oeste, será provocada pelo calor e alta umidade.

“Dias de calor intenso ainda serão observados, com possibilidade de temperaturas acima dos 40°C”, alerta o Climatempo.

FONTE GLOBO RURAL

Pesquisador diz que tempestade solar pode desligar a internet por meses em 2024

Segundo Peter Becker, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos

Uma tempestade solar pode causar um “apocalipse” na Internet no ano que vem. Publicada pelo Insider Paper nessa quarta-feira (13), a previsão é do professor Peter Becker, da Universidade George Mason, nos Estados Unidos. Ele é responsável por desenvolver sistemas de alerta sobre atividades solares que possam prejudicar a tecnologia mundial. 

“A Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e, agora, está entrando numa época mais ativa”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos.

A última atualização do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA indica que o Ciclo Solar 25 — que prevê uma supertempestade solar — deve atingir o pico mais cedo do que o inicialmente previsto. As projeções apontavam para um pico em julho de 2025, mas, agora, acredita-se que a fase mais intensa poderá ocorrer já no ano que vem.

VEJA TAMBÉM

O que é tempestade solar?

As tempestades solares acontecem quando uma grande bolha de gás superaquecido, conhecida como plasma, é ejetada pela superfície do sol e atinge a Terra. Esse fenômeno é chamado de ejeção de massa coronal

Ao atingir a Terra, essa “nuvem de plasma”, composta por partículas eletricamente carregadas — prótons e elétrons — interage com o campo magnético que circunda o nosso planeta. Essa interação enfraquece e deforma o campo magnético terrestre, aumentando as chances dos fenômenos naturais acontecerem.

Por consequência dessas interações, as tempestades solares ou geomagnéticas podem desencadear grandes quantidades de raios cósmicos na atmosfera, que, por sua vez, produzem carbono-14, um isótopo radioativo de carbono.

O que a supertempestade solar pode provocar?

De acordo com Becker, explosões solares podem afetar rede elétrica, satélites, cabos subterrâneos de fibra óptica com revestimento de cobre, sistemas de navegação e GPS, transmissores de rádio e equipamentos de comunicação.

“Todo mundo pensa: ‘Meu computador está aterrado, estou bem’. Mas, em um evento como esse, se você direcionar correntes indutivas para a superfície da Terra, quase pode funcionar ao contrário, e você pode acabar realmente fritando coisas que achava que eram relativamente seguras”.

O pesquisador disse ainda que cada minuto será importante para garantir a manutenção dos sistemas. “Se tivermos um aviso, cada minuto conta, porque é possível colocar os satélites em modo de segurança. Você pode desligar os transformadores da rede, para que não fritem”, explicou.

FONTE DIÁRIODO NORDESTE

Pesquisador diz que tempestade solar pode desligar a internet por meses em 2024

Segundo Peter Becker, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos

Uma tempestade solar pode causar um “apocalipse” na Internet no ano que vem. Publicada pelo Insider Paper nessa quarta-feira (13), a previsão é do professor Peter Becker, da Universidade George Mason, nos Estados Unidos. Ele é responsável por desenvolver sistemas de alerta sobre atividades solares que possam prejudicar a tecnologia mundial. 

“A Internet atingiu a maioridade numa época em que o Sol estava relativamente calmo e, agora, está entrando numa época mais ativa”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, é a primeira vez na história em que há uma convergência entre o aumento da atividade solar e a dependência da Internet pelos humanos.

A última atualização do Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA indica que o Ciclo Solar 25 — que prevê uma supertempestade solar — deve atingir o pico mais cedo do que o inicialmente previsto. As projeções apontavam para um pico em julho de 2025, mas, agora, acredita-se que a fase mais intensa poderá ocorrer já no ano que vem.

VEJA TAMBÉM

O que é tempestade solar?

As tempestades solares acontecem quando uma grande bolha de gás superaquecido, conhecida como plasma, é ejetada pela superfície do sol e atinge a Terra. Esse fenômeno é chamado de ejeção de massa coronal

Ao atingir a Terra, essa “nuvem de plasma”, composta por partículas eletricamente carregadas — prótons e elétrons — interage com o campo magnético que circunda o nosso planeta. Essa interação enfraquece e deforma o campo magnético terrestre, aumentando as chances dos fenômenos naturais acontecerem.

Por consequência dessas interações, as tempestades solares ou geomagnéticas podem desencadear grandes quantidades de raios cósmicos na atmosfera, que, por sua vez, produzem carbono-14, um isótopo radioativo de carbono.

O que a supertempestade solar pode provocar?

De acordo com Becker, explosões solares podem afetar rede elétrica, satélites, cabos subterrâneos de fibra óptica com revestimento de cobre, sistemas de navegação e GPS, transmissores de rádio e equipamentos de comunicação.

“Todo mundo pensa: ‘Meu computador está aterrado, estou bem’. Mas, em um evento como esse, se você direcionar correntes indutivas para a superfície da Terra, quase pode funcionar ao contrário, e você pode acabar realmente fritando coisas que achava que eram relativamente seguras”.

O pesquisador disse ainda que cada minuto será importante para garantir a manutenção dos sistemas. “Se tivermos um aviso, cada minuto conta, porque é possível colocar os satélites em modo de segurança. Você pode desligar os transformadores da rede, para que não fritem”, explicou.

FONTE DIÁRIODO NORDESTE

Achou o fim de semana um forno? Veja até quando vai a onda de calor

Segundo meteorologistas, altas temperaturas vão se estender ao longo de toda a semana. Locais com alerta têm previsão de temperaturas ao menos 5 °C acima da média histórica para novembro.

O fim de semana foi de calor intenso e a semana não vai ter trégua. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que as altas temperaturas sigam ao longo da semana com pontos do país com temperaturas acima dos 40°C.

O forno em que estamos é resultado de uma onda de calor. O fenômeno é comum nessa época do ano, com a aproximação do verão, mas é intensificada pelo calor intenso que já vinha sendo registrado por causa do El Niño — fenômeno que aquece as águas dos oceanos.

Com esse cenário, segundo os meteorologistas, essa deve ser uma das ondas de calor mais intensas já vistas.

Nesta segunda-feira (13), o Inmet emitiu um alerta para 15 estados e Distrito Federal sobre riscos à saúde. Os alertas se concentram nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, mas também alcançam estados do Norte, Nordeste e do Sul do país.

As temperaturas devem ficar pelo menos 5ºC acima da média em boa parte dos estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O Inmet explica que os alertas de grande perigo se referem a situações em que estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional, com riscos para a integridade física.

Estão sob alerta de “grande perigo”:

  1. Amazonas
  2. Rondônia
  3. Pará
  4. Mato Grosso
  5. Mato Grosso do Sul
  6. Tocantins
  7. Goiânia
  8. Paraná
  9. São Paulo
  10. Minas Gerais
  11. Bahia
  12. Piauí
  13. Espírito Santo
  14. Rio de Janeiro
  15. Distrito Federal

O alerta é válido até as 23h59 da próxima sexta (17).

Em São Paulo, a Defesa Civil decretou estado de alerta diante da previsão de máxima de 37 °C. No Rio de Janeiro, as temperaturas ficaram acima de 30°C já pela manhã, e o bairro do Jardim Botânico registrou 33,7 °C, com sensação térmica de 48 °C.

Maiores temperaturas

Segundo o Inmet, São Paulo teve a maior máxima dos últimos nove anos, com 37,1°C neste domingo (12).

As cidades de Porto Murtinho (MS) e Aragarças (GO) registraram máxima de 42,3 °C no sábado (11), as maiores registradas no dia pelo Inmet. Cuiabá (MT) registrou 41,3 °C e foi a capital com a maior temperatura do dia.

O Inmet afirma que as temperaturas máximas no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul devem atingir os 44 °C nos próximos dias. A previsão é de que várias cidades registrem recordes históricos de calor nesta semana.

Previsão de temperaturas máximas para as capitais nos próximos dias. — Foto: Kayan Albertin/Arte g1

Previsão de temperaturas máximas para as capitais nos próximos dias. — Foto: Kayan Albertin/Arte g1

A meteorologista Andrea Ramos, do Inmet, explica que esta é uma tendência mundial, já identificada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

“A Organização Meteorologia Mundial já identificou que estamos vivenciando quatro meses com temperaturas acima da média e uma tendência de terminarmos o ano como o mais quente já registrado desde o início das medições”, informou Andrea.

Tempestades no Sul

Na região Sul, as áreas de instabilidade devem ganhar força nos próximos dias.

Até a próxima quinta-feira (16) os acumulados podem superar os 200 milímetros entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As tempestades devem ter rajas das vento acima de 80 km/h e queda de granizo.

FONTE G1

Achou o fim de semana um forno? Veja até quando vai a onda de calor

Segundo meteorologistas, altas temperaturas vão se estender ao longo de toda a semana. Locais com alerta têm previsão de temperaturas ao menos 5 °C acima da média histórica para novembro.

O fim de semana foi de calor intenso e a semana não vai ter trégua. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que as altas temperaturas sigam ao longo da semana com pontos do país com temperaturas acima dos 40°C.

O forno em que estamos é resultado de uma onda de calor. O fenômeno é comum nessa época do ano, com a aproximação do verão, mas é intensificada pelo calor intenso que já vinha sendo registrado por causa do El Niño — fenômeno que aquece as águas dos oceanos.

Com esse cenário, segundo os meteorologistas, essa deve ser uma das ondas de calor mais intensas já vistas.

Nesta segunda-feira (13), o Inmet emitiu um alerta para 15 estados e Distrito Federal sobre riscos à saúde. Os alertas se concentram nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, mas também alcançam estados do Norte, Nordeste e do Sul do país.

As temperaturas devem ficar pelo menos 5ºC acima da média em boa parte dos estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O Inmet explica que os alertas de grande perigo se referem a situações em que estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional, com riscos para a integridade física.

Estão sob alerta de “grande perigo”:

  1. Amazonas
  2. Rondônia
  3. Pará
  4. Mato Grosso
  5. Mato Grosso do Sul
  6. Tocantins
  7. Goiânia
  8. Paraná
  9. São Paulo
  10. Minas Gerais
  11. Bahia
  12. Piauí
  13. Espírito Santo
  14. Rio de Janeiro
  15. Distrito Federal

O alerta é válido até as 23h59 da próxima sexta (17).

Em São Paulo, a Defesa Civil decretou estado de alerta diante da previsão de máxima de 37 °C. No Rio de Janeiro, as temperaturas ficaram acima de 30°C já pela manhã, e o bairro do Jardim Botânico registrou 33,7 °C, com sensação térmica de 48 °C.

Maiores temperaturas

Segundo o Inmet, São Paulo teve a maior máxima dos últimos nove anos, com 37,1°C neste domingo (12).

As cidades de Porto Murtinho (MS) e Aragarças (GO) registraram máxima de 42,3 °C no sábado (11), as maiores registradas no dia pelo Inmet. Cuiabá (MT) registrou 41,3 °C e foi a capital com a maior temperatura do dia.

O Inmet afirma que as temperaturas máximas no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul devem atingir os 44 °C nos próximos dias. A previsão é de que várias cidades registrem recordes históricos de calor nesta semana.

Previsão de temperaturas máximas para as capitais nos próximos dias. — Foto: Kayan Albertin/Arte g1

Previsão de temperaturas máximas para as capitais nos próximos dias. — Foto: Kayan Albertin/Arte g1

A meteorologista Andrea Ramos, do Inmet, explica que esta é uma tendência mundial, já identificada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

“A Organização Meteorologia Mundial já identificou que estamos vivenciando quatro meses com temperaturas acima da média e uma tendência de terminarmos o ano como o mais quente já registrado desde o início das medições”, informou Andrea.

Tempestades no Sul

Na região Sul, as áreas de instabilidade devem ganhar força nos próximos dias.

Até a próxima quinta-feira (16) os acumulados podem superar os 200 milímetros entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As tempestades devem ter rajas das vento acima de 80 km/h e queda de granizo.

FONTE G1

Brasil registra pela primeira vez região árida de deserto, apontam estudos

Pela primeira vez, mapas climáticos produzidos com dados dos últimos 30 anos apontam que o Brasil tem áreas com clima árido, similar ao de desertos. Isso foi causado pelas mudanças climáticas que aumentaram a temperatura da terra, associado à degradação gerada pelo uso humano.

Uma nota técnica produzida por cientistas do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgãos do governo federal, alerta que o índice de aridez cai a patamares inéditos, aumentando áreas em desertificação.

O documento já foi entregue ao MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e demais órgãos que devem compor o plano de ação de mitigação ao problema.

“Nosso levantamento utilizou dados até 2020, e no novo mapa aparecem essas áreas áridas, mais precisamente na região norte da Bahia. A gente nunca tinha visto isso antes, essa é a primeira vez.”
– Javier Tomasella, pesquisador do Inpe e coordenador do estudo.

Como é o cálculo

O cálculo de aridez classificado pela UNCCD (Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação) leva em conta a média de chuva em um intervalo de 30 anos e a evaporação potencial. Quanto maior a aridez de um local, menor é a disponibilidade de água (Entenda melhor o cálculo do índice).

Entre os fatores apontados estão as mudanças climáticas, que aquecem o planeta e levam a uma evaporação mais rápida da água. Tudo isso, claro, associado a questões humanas de degradação do solo, com desmatamento e queimadas, por exemplo.

A nota aponta que o processo de aridez do clima avança por todo o país, com exceção da região Sul. Além de Javier, o artigo ainda é assinado por Ana Paula Cunha e José Marengo, do Cemaden.

Hoje, oficialmente, o país tem 1.427 municípios classificados como semiárido em uma área que ocupa parte dos nove estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo.

Outro estudo na mesma direção

Além do Cemaden e Inpe, o pesquisador Humberto Barbosa, coordenador do Lapis (Laboratório de Processamento de Imagens de Satélite) da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), fez uma outra pesquisa e publicou artigo que também aponta para o mesmo problema.

“Temos agora dentro do conceito de terras secas da UNCCD, as três tipologias: subúmidas secas, semiárido e a novidade, o árido. Isso cria nova ordem do semiárido brasileiro.”
– Humberto Barbosa

Mapa que aponta áreas com avanço de aridez no Nordeste e norte de Minas
Mapa que aponta áreas com avanço de aridez no Nordeste e norte de Minas Imagem: Lapis/Ufal

Usando dados de satélite disponíveis dos últimos 18 anos, ele percebeu uma queda no número de nuvens no céu da região ao longo dos anos. O norte da Bahia também é apontado no mapa como a região mais afetada pela aridez, que também tem processos avançados de desertificação e degradação em menor escala em Minas, Pernambuco e Paraíba.

“Redução de nuvem na linguagem meteorológica a gente quer dizer que está se reduzindo a capacidade de chuva de um local.”
– Humberto Barbosa

Autor do livro “Um século de secas” ao lado de Catarina Buriti, Humberto explica que o Nordeste enfrentou oito eventos prolongados de seca desde 1845, mas nenhum deles durou seis anos, como a estiagem prolongada entre 2012 e 2017. “Foi a primeira vez que tivemos, antes eram períodos de dois, três anos.”

Ação integrada

A informação preocupa o MMA, que este ano criou o Departamento de Combate à Desertificação.

Segundo Alexandre Pires, que coordena esse departamento, o MMA vai usar os dados de Inpe e Cemaden para atualizar o mapa das áreas suscetíveis à desertificação.

A última versão desse mapa é de 2015, e o novo documento vai apontar agora essas áreas e municípios classificados como de clima árido.

“O MMA está se articulando com os governos dos estados no sentido de retomada da política, de repactuação de ações que atendam a necessidade de implementação de práticas e tecnologias concretas de combate à desertificação.”
– Alexandre Pires

17.mar.2015 - Por causa da estiagem que afetou o Nordeste, nível do reservatório de Sobradinho caiu a patamares inéditos
17.mar.2015 – Por causa da estiagem que afetou o Nordeste, nível do reservatório de Sobradinho caiu a patamares inéditos Imagem: Beto Macário/UOL

Ele explica que outras pastas devem ser envolvidas no processo para que possam apoiar os serviços de assistência técnica e rural a agricultores da região.

Também há um diálogo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para o lançamento de um edital de pesquisa sobre a agenda da desertificação focado sobretudo em grupos de mulheres agricultoras.

Tribunais de Contas cobram ações

Nas últimas terça e quarta-feira, cientistas e autoridades se reuniram em um seminário em João Pessoa. O debate do tema foi promovido pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que está coordenando uma rede com quatro outros tribunais (de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe) para ajudar gestores com informações e cobra planos de mitigação de impactos da desertificação.

“Ou se cuida disso imediatamente, ou a desertificação obrigará a remoção das populações do semiárido.”
– Nominando Diniz, presidente do TCE-PB

Governador João Azevedo fala em evento no TCE-PB
Governador João Azevedo fala em evento no TCE-PB Imagem: TCE-PB

A preocupação atinge todos os estados. A engenheira agrônoma e gerente de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), Margareth Sílvia Benício, palestrou no evento e diz que, apesar de não ter ainda áreas com clima árido, o Ceará é o único que tem 100% de seu território suscetível à desertificação, segundo levantamento de 2016.

Ela explica que, de 2016 para cá, novos mapeamentos apontam que as mudanças climáticas já estão interferindo e acelerando nesse processo. No estado, existem três núcleos de desertificação já percebidos, que são os que mais preocupam.

“As chuvas diminuíram e são muito espaçadas, as temperaturas estão elevadas, sem contar a pressão antrópica. A gente percebe isso que está alimentando a vulnerabilidade e nos assusta. É preciso que os governos sejam alertados e façam medidas de mitigação.”
– Margareth Sílvia Benício

FONTE UOL

Brasil registra pela primeira vez região árida de deserto, apontam estudos

Pela primeira vez, mapas climáticos produzidos com dados dos últimos 30 anos apontam que o Brasil tem áreas com clima árido, similar ao de desertos. Isso foi causado pelas mudanças climáticas que aumentaram a temperatura da terra, associado à degradação gerada pelo uso humano.

Uma nota técnica produzida por cientistas do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), órgãos do governo federal, alerta que o índice de aridez cai a patamares inéditos, aumentando áreas em desertificação.

O documento já foi entregue ao MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima) e demais órgãos que devem compor o plano de ação de mitigação ao problema.

“Nosso levantamento utilizou dados até 2020, e no novo mapa aparecem essas áreas áridas, mais precisamente na região norte da Bahia. A gente nunca tinha visto isso antes, essa é a primeira vez.”
– Javier Tomasella, pesquisador do Inpe e coordenador do estudo.

Como é o cálculo

O cálculo de aridez classificado pela UNCCD (Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação) leva em conta a média de chuva em um intervalo de 30 anos e a evaporação potencial. Quanto maior a aridez de um local, menor é a disponibilidade de água (Entenda melhor o cálculo do índice).

Entre os fatores apontados estão as mudanças climáticas, que aquecem o planeta e levam a uma evaporação mais rápida da água. Tudo isso, claro, associado a questões humanas de degradação do solo, com desmatamento e queimadas, por exemplo.

A nota aponta que o processo de aridez do clima avança por todo o país, com exceção da região Sul. Além de Javier, o artigo ainda é assinado por Ana Paula Cunha e José Marengo, do Cemaden.

Hoje, oficialmente, o país tem 1.427 municípios classificados como semiárido em uma área que ocupa parte dos nove estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo.

Outro estudo na mesma direção

Além do Cemaden e Inpe, o pesquisador Humberto Barbosa, coordenador do Lapis (Laboratório de Processamento de Imagens de Satélite) da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), fez uma outra pesquisa e publicou artigo que também aponta para o mesmo problema.

“Temos agora dentro do conceito de terras secas da UNCCD, as três tipologias: subúmidas secas, semiárido e a novidade, o árido. Isso cria nova ordem do semiárido brasileiro.”
– Humberto Barbosa

Mapa que aponta áreas com avanço de aridez no Nordeste e norte de Minas
Mapa que aponta áreas com avanço de aridez no Nordeste e norte de Minas Imagem: Lapis/Ufal

Usando dados de satélite disponíveis dos últimos 18 anos, ele percebeu uma queda no número de nuvens no céu da região ao longo dos anos. O norte da Bahia também é apontado no mapa como a região mais afetada pela aridez, que também tem processos avançados de desertificação e degradação em menor escala em Minas, Pernambuco e Paraíba.

“Redução de nuvem na linguagem meteorológica a gente quer dizer que está se reduzindo a capacidade de chuva de um local.”
– Humberto Barbosa

Autor do livro “Um século de secas” ao lado de Catarina Buriti, Humberto explica que o Nordeste enfrentou oito eventos prolongados de seca desde 1845, mas nenhum deles durou seis anos, como a estiagem prolongada entre 2012 e 2017. “Foi a primeira vez que tivemos, antes eram períodos de dois, três anos.”

Ação integrada

A informação preocupa o MMA, que este ano criou o Departamento de Combate à Desertificação.

Segundo Alexandre Pires, que coordena esse departamento, o MMA vai usar os dados de Inpe e Cemaden para atualizar o mapa das áreas suscetíveis à desertificação.

A última versão desse mapa é de 2015, e o novo documento vai apontar agora essas áreas e municípios classificados como de clima árido.

“O MMA está se articulando com os governos dos estados no sentido de retomada da política, de repactuação de ações que atendam a necessidade de implementação de práticas e tecnologias concretas de combate à desertificação.”
– Alexandre Pires

17.mar.2015 - Por causa da estiagem que afetou o Nordeste, nível do reservatório de Sobradinho caiu a patamares inéditos
17.mar.2015 – Por causa da estiagem que afetou o Nordeste, nível do reservatório de Sobradinho caiu a patamares inéditos Imagem: Beto Macário/UOL

Ele explica que outras pastas devem ser envolvidas no processo para que possam apoiar os serviços de assistência técnica e rural a agricultores da região.

Também há um diálogo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para o lançamento de um edital de pesquisa sobre a agenda da desertificação focado sobretudo em grupos de mulheres agricultoras.

Tribunais de Contas cobram ações

Nas últimas terça e quarta-feira, cientistas e autoridades se reuniram em um seminário em João Pessoa. O debate do tema foi promovido pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que está coordenando uma rede com quatro outros tribunais (de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe) para ajudar gestores com informações e cobra planos de mitigação de impactos da desertificação.

“Ou se cuida disso imediatamente, ou a desertificação obrigará a remoção das populações do semiárido.”
– Nominando Diniz, presidente do TCE-PB

Governador João Azevedo fala em evento no TCE-PB
Governador João Azevedo fala em evento no TCE-PB Imagem: TCE-PB

A preocupação atinge todos os estados. A engenheira agrônoma e gerente de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente da Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), Margareth Sílvia Benício, palestrou no evento e diz que, apesar de não ter ainda áreas com clima árido, o Ceará é o único que tem 100% de seu território suscetível à desertificação, segundo levantamento de 2016.

Ela explica que, de 2016 para cá, novos mapeamentos apontam que as mudanças climáticas já estão interferindo e acelerando nesse processo. No estado, existem três núcleos de desertificação já percebidos, que são os que mais preocupam.

“As chuvas diminuíram e são muito espaçadas, as temperaturas estão elevadas, sem contar a pressão antrópica. A gente percebe isso que está alimentando a vulnerabilidade e nos assusta. É preciso que os governos sejam alertados e façam medidas de mitigação.”
– Margareth Sílvia Benício

FONTE UOL

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu

Informação foi divulgada por pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia nesta quarta-feira. O calor é resultado do aumento dos gases do efeito estufa e do El Niño.

Cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram nesta quarta-feira (8) que 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos.

Os dados mostram que o último mês de outubro foi o mais quente do mundo nesse período.

O outubro deste ano bateu o recorde mais quente da história, superando o de 2019, que tinha registrado o maior índice até então. Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, o recorde ainda foi batido com uma larga diferença.

O recorde foi quebrado em 0,4 graus Celsius, o que é uma margem enorme.

— Samantha Burgess, vice-diretora do C3S

A vice-diretora do C3S descreveu a anomalia de temperatura de outubro como “muito extrema”.

Segundo o observatório europeu Copernicus, o mês de outubro de 2023 quebrou uma série de recordes:

  • Foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,30°C, 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,40°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.
  • anomalia da temperatura global para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses do conjunto de dados ERA5, atrás de setembro de 2023.
  • mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial.

Efeito estufa e El Niño

O calor é o resultado das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

Para Luciana Gatti, pesquisadora especialista em emissões de carbono do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), “apesar de sabermos de tudo que está acontecendo, as emissões de gases aumentam todos os anos”.

“A humanidade sabe que isso está acontecendo e as emissões não só não diminuem como aumentam. O ser humano está caminhando para a catástrofe conscientemente”, afirma.

Ao analisar a série histórica, ela destaca que as emissões diminuíram apenas durante a pandemia de Covid, mas apenas porque o mundo parou.

Estamos caminhando para o colapso global e de forma rápida. Acho que isso que estamos vendo é a aproximação desse colapso. Não é à toa que estamos vendo o El Niño anômalo. É suicídio coletivo.

— Luciana Gatti, pesquisadora do Inpe

El Niño deve durar ao menos até abril de 2024, aponta Organização Meteorológica Mundial

O meteorologista Giovani Dolif, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, faz um alerta no mesmo sentido.

Ele explica que o El Niño e a dinâmica da temperatura dos oceanos são independentes do que ocorre na atmosfera e, por isso, é necessário que a sociedade controle o que está ao seu alcance: ou seja, reduza a emissão de gases que faz com que a Terra fique mais quente.

A combinação de um oceano mais quente com a alta crescente do calor na atmosfera causou o que estamos vendo agora. É preciso controlar as emissões de gases para que a gente não tenha, na soma desses dois eventos, recordes de calor como o que estamos vivendo.

— Giovani Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)

Comparação com os 125 mil anos

A explicação para a comparação com os 125 mil anos está na paleoclimatologia, segundo Dolif.

São usados métodos que não têm precisão temporal, mas que permitem estimar uma certa época com a simulação do comportamento da atmosfera para climas passados.

Essa conclusão se baseia em observações de estações meteorológicas, em modelos informáticos complexos do sistema climático e em registros do clima muito antigos a partir de núcleos de gelo e anéis de árvores, por exemplo.

Lista de recordes

A marca de temperatura de outubro se soma à lista de recordes globais de calor deste ano:

  • O número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final do ano.
  • Julho foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.

Com isso, o que os pesquisadores do Copernicus apontam é que é extremamente improvável que os últimos dois meses de 2023 revertam a tendência e as altas temperaturas em todo o mundo devem continuar até novembro.

No vídeo a seguir, o g1 explica a crise do clima em gráficos e mapas:

Entenda a crise do clima em gráficos e mapas

FONTE G1

2023 deve ser o ano mais quente em 125 mil anos, diz observatório europeu

Informação foi divulgada por pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia nesta quarta-feira. O calor é resultado do aumento dos gases do efeito estufa e do El Niño.

Cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram nesta quarta-feira (8) que 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos.

Os dados mostram que o último mês de outubro foi o mais quente do mundo nesse período.

O outubro deste ano bateu o recorde mais quente da história, superando o de 2019, que tinha registrado o maior índice até então. Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, o recorde ainda foi batido com uma larga diferença.

O recorde foi quebrado em 0,4 graus Celsius, o que é uma margem enorme.

— Samantha Burgess, vice-diretora do C3S

A vice-diretora do C3S descreveu a anomalia de temperatura de outubro como “muito extrema”.

Segundo o observatório europeu Copernicus, o mês de outubro de 2023 quebrou uma série de recordes:

  • Foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,30°C, 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,40°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.
  • anomalia da temperatura global para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses do conjunto de dados ERA5, atrás de setembro de 2023.
  • mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial.

Efeito estufa e El Niño

O calor é o resultado das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

Para Luciana Gatti, pesquisadora especialista em emissões de carbono do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), “apesar de sabermos de tudo que está acontecendo, as emissões de gases aumentam todos os anos”.

“A humanidade sabe que isso está acontecendo e as emissões não só não diminuem como aumentam. O ser humano está caminhando para a catástrofe conscientemente”, afirma.

Ao analisar a série histórica, ela destaca que as emissões diminuíram apenas durante a pandemia de Covid, mas apenas porque o mundo parou.

Estamos caminhando para o colapso global e de forma rápida. Acho que isso que estamos vendo é a aproximação desse colapso. Não é à toa que estamos vendo o El Niño anômalo. É suicídio coletivo.

— Luciana Gatti, pesquisadora do Inpe

El Niño deve durar ao menos até abril de 2024, aponta Organização Meteorológica Mundial

O meteorologista Giovani Dolif, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, faz um alerta no mesmo sentido.

Ele explica que o El Niño e a dinâmica da temperatura dos oceanos são independentes do que ocorre na atmosfera e, por isso, é necessário que a sociedade controle o que está ao seu alcance: ou seja, reduza a emissão de gases que faz com que a Terra fique mais quente.

A combinação de um oceano mais quente com a alta crescente do calor na atmosfera causou o que estamos vendo agora. É preciso controlar as emissões de gases para que a gente não tenha, na soma desses dois eventos, recordes de calor como o que estamos vivendo.

— Giovani Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)

Comparação com os 125 mil anos

A explicação para a comparação com os 125 mil anos está na paleoclimatologia, segundo Dolif.

São usados métodos que não têm precisão temporal, mas que permitem estimar uma certa época com a simulação do comportamento da atmosfera para climas passados.

Essa conclusão se baseia em observações de estações meteorológicas, em modelos informáticos complexos do sistema climático e em registros do clima muito antigos a partir de núcleos de gelo e anéis de árvores, por exemplo.

Lista de recordes

A marca de temperatura de outubro se soma à lista de recordes globais de calor deste ano:

  • O número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final do ano.
  • Julho foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.

Com isso, o que os pesquisadores do Copernicus apontam é que é extremamente improvável que os últimos dois meses de 2023 revertam a tendência e as altas temperaturas em todo o mundo devem continuar até novembro.

No vídeo a seguir, o g1 explica a crise do clima em gráficos e mapas:

Entenda a crise do clima em gráficos e mapas

FONTE G1

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.