Piranga precisará repensar o seu processo de crescimento urbano

A cidade de Piranga precisará repensar o seu processo de crescimento urbano, notadamente a questão da drenagem hídrica, de modo a conciliar a expansão com a proteção de áreas sensíveis, em especial as de preservação permanente, imprescindíveis para o amortecimento das águas das chuvas.

Com apenas 23,1mm de chuva, ruas como a Belém, situada na Vila do Carmo, voltaram a ficar sob alerta. O referido volume foi registrado em 20 minutos ainda nesta quinta-feira (12)..

Frente aos problemas que já são observados, sobretudo na Vila do Carmo (ruas Belém e Sargento Santana), intervenções para resolvê-los certamente exigirão parcerias do Poder Público Municipal com o Governo Estadual e, até Federal, haja vista a complexidade das situações (seja em termos dos estudos quanto dos valores vultuosos das obras). Agora, a sociedade precisa também fazer a sua parte!

A Bento Rodrigues de Piranga

Anteontem, visitei o local mais afetado de Piranga pelas chuvas do último 06 de janeiro, onde dez familiares perderam tudo. Por um momento, me emocionei: o lugar era desolador e uma ave, ali ainda presente, caminhava, sem rumo, talvez, sem entender o ocorrido. Onde estariam todos? Lembrei-me da tragédia de Bento Rodrigues, em Mariana. Mas, aqui não havia mineração; aqui não havia barragem de rejeitos. Essas famílias merecem uma atenção mais do que especial do nosso poder público municipal, e não tenho dúvidas de que todos os esforços serão feitos!

  • Patrício Guará Drone

Piranga: chuvas deixaram mais de 30 pontes e 620 moradores isolados e sem estradas

O Prefeito Luisinho Araújo (PMN), de Piranga, se debruça nos últimos dias contabilizando um dos piores desastres naturais que se abateu sobre o município, em especial na zona rural.  Piranga tem quase 660 km². “Ainda estamos em fase de levantamentos pois há muitos localidades e povoados sem acesso. Mas podemos dizer que foi uma catástrofe”, pontuou. “Os prejuízos para diversos ramos da economia como agricultura, suinocultura e pecuária são incalculáveis”, concluiu.

Um relatório de 17 páginas, enviado a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) mostra um quadro de destruição de mais de 30 pontes e bueiras, estradas intransitáveis, desabamentos de encostas e ainda muitas famílias sem acesso diante dos desdobramentos das intensas chuvas dos últimos dias.

Para reerguer o município uma força tarefa foi criada incluindo diversas secretarias para restabelecer os acessos as comunidades rurais e o socorro aos desabrigados e desalojados totalizando mais de 620 pessoas severamente atingidas tanto na zona rural e urbana.

A Prefeitura decretou estado de emergência e contratou 4 retroescavadeiras que se desdobram na zona rural para restabelecer o trânsito de veículos e moradores. “O Município convive com problemas estruturais. Acredito que no mínimo vamos precisar de mais de R$ 5 milhões para erguer nosso município”, avaliou.

Já nesta semana chegaram a cidade donativos como colchões, kits dormitórios e de limpeza, cestas básicas para os desabrigados e desalojados. “Após todo o levantamento minucioso da situação vamos buscar recursos para reconstruir nosso município. Mas não nos faltam coragem e dedicação neste sentido”, finalizou.

Segundo ele, são 102 pessoas desabrigadas e que perderam tudo; 68 desalojadas- pessoas, casa em risco é que foram afetadas, com percas parcial; 40 famílias desabrigadas e 24 famílias desalojadas.

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